Antropogênese
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Antropogênese refere-se ao surgimento e evolução da humanidade. Já foram propostas diversas teorias que tentam explicar a origem do homem, tanto no contexto científico, quanto por parte das religiões e na mitologia.
As primeiras tentativas do homem de explicar a origem do homem foram os mitos. A mitologia grega, por exemplo, diz que Epimeteu foi incumbido de criar os homens, mas os fez do barro, imperfeitos e sem vida. Então, seu irmão Prometeu, por compaixão aos homens, roubou o fogo de Vulcano e deu-o aos homens para que estes tivessem vida. Zeus puniu Prometeu pelo roubo, condenando-o a ficar acorrentado no Cáucaso, onde uma águia bicaria todos os dias o seu fígado.
A ciência atual aceita a teoria da evolução, na qual o ser humano tem um ancestral comum com os primatas superiores, tendo se adaptado a hábitos terrícolas por bipedismo primário e desenvolvido um cérebro mais complexo. Segundo os cientistas, a separação entre os ancestrais dos humanos e dos chimpanzés - os parentes vivos mais próximos - teria ocorrido há cerca de 5 milhôes de anos.
Na Bíblia, o livro do Gênesis narra a criação de Adão pelo Senhor Deus a partir do barro. Então o homem pecou, seguindo o conselho da serpente tentadora, e comendo da árvore proibida, foi expulso do paraíso pelo Senhor Deus. Assim começa a vida terrena do homem. Hoje, muitos teólogos consideram esta narrativa alegórica, abandonando seu sentido literal, tendo o próprio papa João Paulo II expressado que há compatibilidade entre a evolução e a fé católica. Ainda assim, existem setores fundamentalistas (mesmo dentro dos católicos) que crêem na interpretação literal do gênesis, ou de outros livros e mitologias religiosas diversas.
Segundo a cabala, a tradição esotérica e mística do judaísmo, a criação do mundo e do Homem deu-se por emanações de um princípio chamado de Ain Soph. Estas emanações são chamadas de Sephiroth, em número de dez, e o seu conjunto forma a árvore da vida, que representa esotericamente o Homem Arquetípico, Homem Primordial, Adam Kadmon. O mundo material é representado na árvore da vida por sua base, que é associada a Adonai (veja: Tetragrammaton).
Na Teosofia, filosofia esotérica fundada por Helena Petrovna Blavatsky e outros, rejeita-se a descendência dos primatas em favor de uma origem da humanidade poligenética e astral. Esta teoria tem suas raizes na filosofia oriental, particularmente o hinduismo e o budismo e influenciou as chamadas ciências ocultas.
Segundo Blavatsky, em seu livro A Doutrina Secreta (1888), a origem e evolução do homem é descrita em pergaminhos muito antigos, chamados de Estâncias de Dzyan, os quais ela teria tido acesso e teria estudado. Segundo esta teoria, o Homem físico surgiu há 18 milhões de anos a partir de seu molde astral, formando-se então a Raça que ela chama de Atlante. Para Blavatsky os primatas superiores são antigas raças humanas que se degeneraram, e daí se explica as semelhanças fisiológicas entre ambos.
Blavatsky não nega a teoria da evolução, porém não acredita que uma força "cega e sem objetivo" possa ter criado o homem. Para ela, a criação do homem foi guiada pelas hierarquias divinas a partir de um plano.