Cemitério da Consolação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cemitério da Consolação é o mais central e importante cemitério da cidade de São Paulo, tendo sido fundado em 10 de julho de 1858 com o nome de Cemitério Municipal, visto que e foi o primeiro cemitério público da cidade. Na cidade existia ainda o cemitério dos Aflitos, porém este pertencia a Cúria Metropolitana, ou seja, pertencia à Igreja Católica.
Índice |
[editar] História
Antes da sua construção os sepultamentos eram realizados nas igrejas e em seus arredores, o que trazia problemas de saúde pública. Com a aparição de idéias de sanitarismo e higiene, os governos das cidades criaram os primeiros cemitérios públicos. Em São Paulo, por força do Ato Institucional do Imperador, foi-se consolidando a idéia da construção de um cemitério público de uso geral pela população. Assim, Carlos Rath incumbiu-se da missão de arquitetar o novo cemitério. Foram anos de discussão na Câmara Municipal antes de sua efetiva inauguração.
[editar] Localização
Localizado inicialmente na periferia de São Paulo, no ponto mais distante, acaba depois de um crescimento da economia cafeeira cercado de casarões da elite paulista.
O cemitério tem acesso pela Rua da Consolação, 1660.
[editar] Obras e personalidades
Em seus primeiros anos, o cemitério da Consolação era o lugar de sepultamento de pessoas de todas as classes sociais, incluídos os escravos, que foram transferidos do cemitério dos Aflitos. Já a partir do século XX, o cemitério passa a receber quase que exclusivamente pessoas da alta classe média e da burguesia - notadamente os nouveaux riches - devido ao loteamento dos terrenos em jazigos perpétuos vendidos pela prefeitura.
Desde então, o cemitério abriga túmulos de personalidades e famílias ilustres da sociedade brasileira e paulista, sendo também referência em arte tumular no Brasil, com importantes obras de arte de escultores como Victor Brecheret, Celso Antônio Silveira de Menezes, Nicola Rollo, Luigi Brizzolara e Galileo Emendabili.
No Cemitério da Consolação encontram-se os restos mortais de muitas personalidades importantes da História do Brasil. Lá se encontra a tríade Modernista: Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade, nomes da politica brasileira como os presidentes Campos Sales, Prudente de Morais e Washington Luís e os governadores Ademar de Barros e Roberto Costa de Abreu Sodré, personalidades como a Marquesa de Santos, Monteiro Lobato e Ramos de Azevedo e santos populares como Antoninho da Rocha Marmo. Um dos destaques do cemitério é o colossal mausoléu da família Matarazzo, que do fundo do túmulo ao pico possui 25 metros de altura, ornamentado por um impressionante conjunto escultório em bronze italiano, obra de Brizzolara. Segundo jornalistas da época de sua construção, teria custado praticamente o mesmo que o Hospital Umberto I.
[editar] Visitação
O cemitério tem acesso gratuito e aberto todos os dias das 7 às 18 horas e as visitas monitoradas são feitas das 8 às 15 horas.
[editar] Ver mais
[editar] Bibliografia
- FIX, Reinaldo Guilherme. Os muros que separam os mortos: um estudo de caso dos cemitérios da Consolação, dos Protestantes e da Ordem Terceira do Carmo. Trabalho de Graduação Individual. USP, São Paulo, 2007. (disponível na biblioteca da FFLCH-USP)