Centro-Sul (região de Belo Horizonte)

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Regional Centro-Sul

Aspectos geográficos
Área	31,53 km²
População	258.786 hab.
Densidade	8.207,6 hab./km²
Total de domicílios	82.364
Indicadores
IDH	0,914
Renda per capita	R$ 1.584,28
Índice de Gini	0,57
Analfabetismo	5,989 %
Expectativa de vida ao nascer	72,01 anos
Serviços Básicos
Energia elétrica	99,83 %
Água encanada	97,47 %
Coleta de lixo	98,23 %
Fonte: PNUD/2000^[1]

Nota: Se procura a região geoeconômica, consulte Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil.

Centro-Sul é o nome da região administrativa (regional) de Belo Horizonte que engloba tanto o Centro de Belo Horizonte quanto a parte sul da capital.

Nela estão localizados bairros tradicionais como a Savassi, Lourdes e Funcionários, bem como praças como a Praça da Liberdade, sede do governo de Minas, e a Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. É a região mais rica e densamente povoada da Grande BH. Seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é bastante elevado (0,914), superando vários países europeus. Contudo, esse índice analisado detalhadamente, expõe uma realidade de extrema desigualdade social na cidade. A principal disparidade encontrada pode ser verificada entre dois bairros da região Sul, Carmo e Sion, que tiveram o melhor IDH (0,973) da Grande BH, um resultado maior que o da Noruega (0,942), o país com o melhor IDH do mundo e a Vila Nossa Senhora do Rosário (0,685), comparável ao índice da Bolívia, o país menos desenvolvido da América do Sul^[2].

Obelisco da Praça Sete, o hipercentro da capital.

Putas ( Saulo seu bosta ) A história da região Centro-Sul confunde-se com a criação da capital, criada através de um decreto de 1891 assinado por Augusto de Lima. Com esse decreto, foi o desapropriado o vilarejo conhecido por Curral del Rey para a construção da nova capital de Minas Gerais, a Cidade de Minas, inaugurada em 1897 e que posteriormente viria a se chamar Belo Horizonte. A planta básica da nova capital, projetada pelo então chefe da comissão de construção da nova capital Aarão Reis, ficara pronta em 1895. Aarão Reis fez uma planta em que as ruas se cruzam em diagonal, inovando ao fugir do padrão de ruas em xadrez de outras cidades como Washington e Paris. Ambicioso e grandioso, o projeto planejava avenidas e ruas mais largas do que as convencionais para a época, já prevendo a grande expansão populacional da cidade. Contudo, nem mesmo Aarão Reis pôde prever que a cidade que em 1914 já passava dos 42 mil habitantes, atingisse uma população de quase 2,5 milhões de habitante em 2007. No mesmo ano de 1895, foram leiloados os primeiros lotes para atividades comerciais.

A região Sul vista da avenida Raja Gabaglia.

A região sempre concentrou o comércio e os serviços da cidade e foi na década de 80 que essa sofreu as mudanças mais intensas. A região da Savassi passou de área residencial para uma valorizada área comercial. Houve um acentuado decréscimo populacional da área inclusa na área da Contorno e uma expansão populacional das áreas periféricas. Houve a verticalização das construções devido à grande especulação imobiliária sendo que, nesse processo, consolidou-se como referência comercial, financeira e política da região metropolitana de Belo Horizonte e consagrou-se como região nobre apesar da presença de grandes aglomerados populacionais de baixa renda^[3].