Delfim da Câmara
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Delfim Joaquim Maria Martins da Câmara (Magé, 1834 - ?, c. 1916) foi um pintor brasileiro, ativo no século XIX.
Com 14 anos matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes, sendo aluno de Manuel Joaquim de Melo Corte Real, Joaquim Inácio da Costa Miranda e Corrêa Lima e dando mostras de brilhantismo. Obteve vários prêmios enquanto aluno, como a grande medalha de ouro em pintura histórica em 1850. Pleiteou o prêmio de viagem mas perdeu, só ficando atrás de Victor Meirelles. Um segundo pleito foi tentado em 1857, também sem sucesso, e neste momento deixou a Academia, passando a estudar por conta própria.
Aparentemente frustrado em suas ambições como artista, transferiu-se para Porto Alegre pouco antes da Guerra do Paraguai, produzindo escassa pintura e alguns trabalhos em cenografia e gravura. Quando eclodiu o conflito alistou-se como voluntário do exército da Província. Só voltaria à capital em 1870, já como capitão, mas quatro anos depois volta para o Rio, reaproximando-se da corte imperial.
Durante sua estadia no sul sustentou-se de seu ofício como pintor, embora tenha preferido manter-se em relativa obscuridade. Só chamou a atenção geral quando realizou o retrato do Visconde de Pelotas, e a partir daí passou a ser muito procurado. Vivia em um sobrado modesto à rua Nova, sendo descrito como uma figura alta e esguia, pouco expansiva e de extrema modéstia. Seu talento foi muito elogiado por Gonzaga Duque. Foi professor de desenho na Academia e ensinou também no Colégio Pedro II.
[editar] Ver também
[editar] Referências
- DAMASCENO, Athos. Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1970. pp. 101-105.