Escola de jornalismo
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Uma Escola de Jornalismo é uma instituição na qual se ensina a profissão jornalística, com suas técnicas e teorias aplicadas à prática.
No Brasil, o curso superior em Jornalismo é obrigatório para o exercício da profissão. Só há ensino de Jornalismo no nível da graduação (ou seja, não há cursos de nível técnico) e especialização. Existem atualmente cerca de 120 escolas de Jornalismo distribuídas pelo país. Por elas são graduados quase 5.000 jornalistas anualmente.
A legislação brasileira também especifica que, para ensinar Jornalismo, é obrigatório ser jornalista de profissão.
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[editar] Escolas de Jornalismo no Mundo
A primeira escola de Jornalismo do mundo foi a Washington College, fundada na Virgínia pelo general estadunidense Robert E. Lee em 1869. Nas décadas seguintes, foram sendo criados cursos semelhantes em outras universidades dos EUA e da Europa. Na Inglaterra, a primeira a ter uma escola de jornalismo foi a Universidade de Londres, a partir de 1920.
Atualmente, algumas das mais conceituadas escolas de jornalismo na América do Norte são a Columbia University Graduate School of Journalism, a E.W. Scripps School of Journalism, Berkeley Graduate School of Journalism (Universidade da Califórnia) e a Medill School of Journalism. Na Europa, a existe a faculdade de jornalismo construída em parceria com a Universidade Autônoma de Madri e o jornal El País.
[editar] Escolas de Jornalismo no Brasil
A primeira escola de Jornalismo criada no Brasil foi a Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, fundada em 1947 em São Paulo. Outras escolas relevantes são a Escola de Comunicações e Artes (da USP),a Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Escola de Comunicação (da UFRJ), o Centro de Comunicação e Letras (da Universidade Presbiteriana Mackenzie), o Departamento de Comunicação Social (da Universidade de Taubaté) o Instituto de Artes e Comunicação Social (da UFF), a Fabico (da UFRGS), o Centro de Comunicação (da UFSC) e a Faculdade de Comunicação Social da UERJ.
[editar] Currículo dos Cursos de Jornalismo no Brasil
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil, o currículo dos cursos de Jornalismo deve incluir, pelo menos, as seguintes disciplinas:
- Realidade Socio-Econômica Brasileira
- História da Comunicação
- História do Jornalismo
- Técnica de Reportagem
- Técnica de Redação
- Diagramação
- Radiojornalismo
- Telejornalismo
- Jornal Laboratório
- Projeto Experimental em Jornalismo
Desde 1999 não há Currículo Mínimo para os Cursos da área de Comunicação no Brasil. A partir do Seminário sobre as Diretrizes Curriculares realizado na PUC-Campinas, promovido pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e Federação Nacional dos Jornalistas as IES tem liberdade para organizar a estrutura curricular dos Cursos de Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade/Propaganda, Cinema, Editoração e Rádio e TV.
[editar] Teoria x Prática
É comum, no ensino brasileiro de Jornalismo, o debate da teoria privilegiada em detrimento da prática, ou vice-versa. As críticas mais comuns são de que o ensino não é orientado para as demandas do mercado e que os acadêmicos da área não se adaptam às mudanças freqüentes da prática profissional. Por outro lado, também é freqüente o comentário de que a função da universidade é ser espaço para experimentações, e não para repetição de cânones pré-existentes.
Muitos dos professores de Jornalismo nas universidades públicas brasileiras não são jornalistas por profissão, vindo de outras áreas de Ciências Humanas, como Sociologia, Filosofia, Lingüística, Economia e Direito.
A pesquisa brasileira em Comunicação é influenciada pela Semiologia de origem francesa e por correntes de pensamento como a Análise do Discurso. Já o ensino da técnica tem muita influência do jornalismo estadunidense dos anos 1940 a 1960, antes da tendência do New Journalism.
[editar] Especialização e Pós-Graduação
Algumas faculdades, como a PUC-SP e a Facha, oferecem diversas opções de especialização e pós-graduação lato sensu, como Jornalismo Econômico, Jornalismo Político, Jornalismo Internacional, Jornalismo Cultural e Jornalismo Esportivo, entre outros. Muitos destes cursos são procurados por jornalistas experientes que desejam fazer reciclagem profissional.
Outras universidades, como a UFRJ e a PUC-RS preferem investir na pós-graduação stricto sensu, ou seja, voltada para a pesquisa acadêmica, nos níveis mestrado e doutorado. Estas universidades têm alcançado níveis de excelência em seus programas de pós-graduação.