Esterilização (materiais)
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A Esterilização de materiais é a total eliminação da vida microbiológica destes materiais. É diferente de limpeza e diferente de assepsia. Como exemplo, uma tesoura cirúrgica pode ser lavada, e ela estará apenas limpa. Para ser esterilizada é necessário que seja submetida ao calor durante um determinado tempo, destruindo todas as bactérias, seus esporos, vírus e fungos. Existem várias técnicas de esterilização, que apresentam vantagens e desvantagens. Contudo a técnica usada mais regularmente é a autoclavagem. Ver autoclave.
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[editar] Flambagem
A flambagem é a colocação do material sobre o fogo até que o metal fique vermelho.
- Vantagem: fácil execução
- Desvantagem: Não é seguro, pode não esterilizar alguns tipos de bactérias pelo baixo tempo de exposição. Estraga o material.
[editar] Calor Seco
Atua sobre os microorganismos provocando a oxidação dos constituintes celulares orgânicos e a desnaturação e coagulação das proteínas. Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor húmido e por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos, para que haja uma eficaz esterilização.
São utilizadas as estufas. Conforme o calor gerado recomenda-se um certo tempo: a 170 Graus Celsius, são necessários 60 minutos. A 120 Graus são necessários 12 horas.
- Vantagens: não forma ferrugem, não danifica materiais de corte. É o ideal para vidros, metais, algumas gorduras e substâncias em pó.
- Desvantagens: O material deve ser resistente a variação da temperatura. Não esteriliza líquidos.
[editar] Calor Úmido
Atua também desnaturando e coagulando as proteínas das células microbianas, mas a água vai influenciar a destruição das membranas e enzimas pois pode induzir a destruição das pontes de hidrogénio, o que vai tornar estes processos mais eficazes e diminuir o tempo de exposição.
- Autoclavagem: é a exposição do material a vapor de água sob pressão, a 121°C durante 15min. É o processo mais usado e os materiais devem ser embalados de forma a permitirem o contacto total do material com o vapor de água. Deve ser realizado no vácuo para permitir que a temperatura não seja inferior à desejada, permitir a penetração do vapor nos poros dos corpos porosos e impedir a formação de uma camada inferior mais fria. Podem ser usados autoclaves de parede simples (que são mais rudimentares) ou de parede dupla, que permitem melhor extracção do ar e melhor secagem. É muito usado para o vidro seco e materiais que não oxidem com água (os materiais termolábeis não podem ser esterilizados por esta técnica). É utilizada ainda para esterilizar tecidos. A sua eficácia é valiada por dois métodos. Indicadores químicos: mudam de cor consoante a temperatura (ex. tubos de Brown a fita adesiva Bowie-Dick). Indicadores biológicos: tubo com suspensão de esporos de bactérias muito resistente (Bacillus stearothermophylus) que morrem quando expostos por 12 min ou mais a uma temperatura de 121°C. Após um repouso de 14h, faz-se uma sementeira dos esporos, que deve dar negativa. Ver autoclave.
- Vantagens: fácil uso, custo acessível para grandes hospitais.
- Desvantagens: Não serve para esterilizar pós e líquidos.
- Nota:Hoje já existem modelos de autoclaves que esterilizam cargas líquidas.
- Ebulição: Não é um verdadeiro método, pois não elimina formas resistentes. A sua condição mínima é a fervura a 100°C durante 15 min.
- Tindalização: o material é submetido a 3 sessões de exposição a vapor de água a 100°C, durante 20-45min, 45min e 20-45min, com um tempo de repouso entre elas de 24h. Consegue-se a esterilização, visto que permite a germinação dos esporos entre duas sessões e sua posterior destruição. É usada para soluções açucaradas ou que contenham gelatina.
[editar] Raios Gama/Cobalto
Os raios-gama têm comprimentos de onda ainda menores do que o tamanho dos átomos. Os fótons de raio-gama levam muita energia e são mortais.
- Vantagens: Esteriliza uma variedade de materiais
- Desvantagens: caro e perigoso, requer equipe altamente especializada.
[editar] Métodos químicos
- Gás Óxido de Etileno:O gás óxido de etileno é um produto altamente tóxico usado para esterilizar materiais.
- Vantagens: Não danifica os materiais
- Desvantagens: Danos ao meio ambiente quando manipulado erroneamente, alto custo, tóxico para o manipulador, requer aeração de 48 horas. demorado.
- Glutaraldeído: Fornecido na forma de líquido a 25 ou 50%, são pouco voláteis a frio e utilizados para a desinfecção de instrumentos médicos. Irritante das mucosas e tóxico, necessita de cuidados especiais
- Vantagens: facilidade de uso
- Desvantagens: esterilização é tempo dependente. É necessário a imersão total do material. Alergênico, tóxico e irritante. Mycobacterias podem ser resistentes, bem como esporos.
- Formaldeído: Atualmente utilizado em processos fechados com autoclave especial. A esterilização é eficiente mas depende de umidade local controlada.
- Vantagens: Barato. Muito eficiente. Ciclo de 6 horas. Baixa temperatura (55°C)
- Desvantagens: Requer equipamento específico e controle rigoroso.
- Ácido peracético: Líquido que esteriliza materiais por imersão.
- Vantagens: rapidez: em 20 minutos sob imersão apresenta esterilização
- Desvantagens: Tóxico, o material deve ser submergido, impossibilitando seu uso para pós e líquidos.
- Plasma de Peróxido de Hidrogênio: Sistema à gás que utiliza equipamento complexo composto de alto vácuo e gerador eletrico de plasma. Processo químico eficiente e de baixa temperatura (35~40°C).
- Vantagens: Rapidez, eficiencia, baixa temperatura.
- Desvantagens: Custo alto do equipamento e processo, incompatibilidade de embalagens.
[editar] Filtração
Usa-se habitualmente em soluções e gases termolábeis. As substâncias atravessam superfícies filtrantes, e a técnica é considerada esterilizante conforme o diâmetro dos poros. Se os poros tiverem um diâmetro igual ou inferior a 0.2 μm, embora não retenham vírus. Os filtros podem ser de vários tipos – velas porosas, discos de amianto, filtros de vidro poroso, de celulose, e filtros “millipore” (membranas de acetato de celulose ou de policarbonato).