Jaques Jesus

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Jaques Jesus, (Brasília, 7 de março de 1978) é um psicólogo, escritor e ativista brasileiro.

Psicólogo e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília, atualmente cursa o doutorado na mesma instituição, onde atua como gestor do sistema de cotas e coordena e coordena um centro voltado para estudantes negros.

Índice 1 Militância 2 Cronologia de ações relevantes em Direitos Humanos 3 Notas 4 Ligações externas

[editar] Militância

Desde cedo Jaques Jesus tem atuado de forma proativa frente à discriminações, recusando aceitar o preconceito de forma passiva. Começou sua militância em direitos humanos em 1997, a partir do "Estruturação" – grupo homossexual de Brasília, do qual foi secretário e, em 1999, assumiu a presidência. Nesse período atuou junto a instituições governamentais e escolas no sentido de combater preconceitos e valorizar diferenças, palestrou na abertura da Conferência Nacional de Direitos Humanos, foi um dos organizadores da Parada do Orgulho LGBT de Brasília e participou da elaboração da metas brasileiras para a Cúpula do Milênio da ONU.

Participou, em Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, com vários movimentos sociais, das manifestações de crítica às festividades dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Em 2000, ao término de seu mandato, fundou, com o professor Luiz Mott, a lista eletrônica AAGLS - Associação de Acadêmicos Gays, Lésbicas e Simpatizantes do Brasil, da qual foi secretário-geral; traduziu textos do Espanhol para o Boletim do Quimbanda Dudu, Grupo Gay Negro da Bahia; foi indicado como membro do Conselho Editorial da Editora Grupo Gay da Bahia e fundou a ONG ACOS – Ações Cidadãs em Orientação Sexual, por meio da qual propôs parágrafos e defendeu a aprovação da Lei 2.615/2000 do Distrito Federal, que pune a homofobia; fez a primeira pesquisa especificamente voltada ao Distrito Federal e Entorno sobre violência contra homossexuais e transgêneres, com financiamento internacional.

Foi membro suplente de Luiz Mott no CNCD – Conselho Nacional de Combate à Discriminação e, na Ralacoco – Rádio-laboratório da Universidade de Brasília/UnB, criou e comandou o programa "Beijo Livre" (referência ao primeiro grupo gay de Brasília), então único programa de rádio ao vivo, na América Latina, com foco na valorização da cultura LGBT, tendo entrevistado personalidades nacionais e internacionais. Associou-se ao Enegreser – coletivo de estudantes negros na UnB. Em fins de 2004 trabalhando como psicólogo da UnB, apresentou projeto relacionado à gestão do recém-aprovado Sistema de Cotas para Negros, sendo convidado a criar a Assessoria de Diversidade e Apoio aos Cotistas, em março de 2005. Em abril do mesmo ano começou a desenhar o conteúdo do portal do Sistema de Cotas para Negros da UnB^[1], o qual, em outubro de 2007, foi premiado pela Rede DHNET de Direitos Humanos e Cidadania^[2]. como um dos melhores sites de direitos humanos em língua portuguesa.

Em 2005 elaborou o projeto do Centro de Convivência Negra, espaço de referência na UnB para a valorização da presença negra, e a partir de negociação com o Diretório Central de Estudantes da UnB, começou a coordená-lo em um prédio em reformas, anteriormente ocupado por aquele diretório. Enquanto Assessor da UnB nessa área negociou com o Superior Tribunal de Justiça^[3], convênio de estágio para estudantes cotistas da UnB; criou o Projeto Cotistas nas Escolas, que treina estudantes cotistas para palestrar em escolas públicas sobre questões raciais e ações afirmativas; além de ter participado de fóruns nacionais sobre inclusão racial, ter presidido a comissão organizadora do Seminário Políticas de Ações Afirmativas para Inclusão Racial no Ensino Superior, evento nacional que reuniu universidades brasileiras com sistemas de inclusão racial, em 2006, na UnB, em parceria com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e a SEPPIR - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial^[4]; e organizado várias formas de apoio ao desenvolvimento sócio-acadêmico de estudantes negros da UnB.

Concluiu seu Mestrado em dezembro de 2005, com uma pesquisa sobre libertadores de escravos no Brasil contemporâneo. Recentemente, em novembro de 2007, foi indicado pela ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis^[5] para representação na "Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados^[6]. Em 2008 foi eleito como um dos delegados para representar o Distrito Federal na Conferência Nacional GLBT^[7], realizada na capital federal no mês de junho do mesmo ano.

[editar] Cronologia de ações relevantes em Direitos Humanos

• 1999 - Presidência do grupo Estruturação
• 2000 - Fundação e presidência da ONG ACOS
• 2004 – Indicação para o CNCD
• 2004 – Criação do programa de rádio Beijo Livre
• 2005 – Indicação para a Assessoria de Diversidade e Apoio aos Cotistas da UnB/Coordenadoria do Centro de Convivência Negra
• 2005 – Negociação de bolsas de estágio no STJ
• 2005 – Defesa de Dissertação de Mestrado sobre Libertadores de Escravos no Brasil Contemporâneo
• 2006 – Criação do Projeto Cotistas nas Escolas
• 2006 – Organização do Seminário Políticas de Ações Afirmativas para Inclusão Racial no Ensino Superior
• 2007 – Premiação do site do Sistema de Cotas para Negros pela Rede DHNET de Direitos Humanos e Cidadania
• 2007 – Indicação para a Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania
• 2008 - Participação na Conferência Nacional GLBT

Notas

[editar] Ligações externas

• Direitos Humanos são para Todos.
• Brasília mostra seu lado homofóbico.
• Mesmo sem cotas, eles entrariam.
• Protesto contra Thomaz Bastos.
• Não doe sangue.
• Estágio para cotistas.
• Emissora da UnB transmite programa para público GLS.
• A cor da Universidade.
• Pioneira, UnB sofre com racismo.
• UFMS discute inclusão social.
• Ameaça ao sistema de cotas.
• A realidade das cotas.

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