Loucos pelo Botafogo
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Loucos pelo Botafogo é o nome da barra brava do Botafogo de Futebol e Regatas. Este movimento foi o primeiro inspirado nas tradicionais torcidas latino-americanas a ser criado na cidade do Rio de Janeiro e o segundo do sudeste do Brasil, em fevereiro de 2006.
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[editar] História
Criado por ex-integrantes da Torcida Jovem do Botafogo, o movimento Loucos pelo Botafogo estreou em uma partida do Botafogo contra a Cabofriense válida pelo Campeonato Carioca de 2006 em 22 de fevereiro daquele ano. Seus fundadores foram os amigos Pedro "Dep", Joaquim "Kjo", Felipe "TuÃ", Dago e Petrônio, que contaram dias depois com a ajuda de Henrique "Louco",[1] Rafael "RMK" (este lÃder da então torcida Copa-Fogo), Leonardo "Burns", Marcos "Kinhu", Eduardo Trovão, Carlos "Cafê" e Marcio Padilha. Ainda com um pequeno contingente, o movimento manteve-se atuante no antigo setor 12 (atual 20) das arquibancadas amarelas do Maracanã até a época da Copa do Mundo, quando as partidas de futebol no Brasil foram interrompidas.
Após a Copa, o Loucos pelo Botafogo voltou enfraquecido, sem que seus integrantes tivessem o mesmo interesse de antes. Logo, viu-se a necessidade de se buscar novos componentes, o que foi feito através de divulgação pela internet, assim como fizeram outras barra bravas brasileiras. Pouco a pouco, a Barra foi crescendo, chegando pela primeira vez a cerca de pouco mais de 250 componentes em um jogo contra o Santos em outubro de seu primeiro ano de existência, e assim permaneceu até o final de 2006.
Em 2007, iniciou o ano novamente enfraquecido, com aproximadamente 100 participantes por jogo. Contudo, o movimento passou a ter enorme adesão a partir do lançamento da música "E ninguém cala esse nosso amor",[2] uma adaptação da ultra Super Dragões, do FC Porto. A canção, que foi entoada a primeira vez em uma partida contra o Fluminense no Estadual, passou a ser a principal música da torcida botafoguense no Brasileirão de 2007 quando a maior torcida organizada do time, a Fúria Jovem do Botafogo, teve seus instrumentos impedidos de adentrar o estádio do Maracanã devido a brigas com outras torcidas organizadas do Flamengo no dia do clássico entre as duas equipes, devido a este fato, neste dia o movimento Loucos pelo Botafogo se juntou a torcida Fúria Jovem para fazer um só coro e desde então o cântico passou a ser cantado por toda a torcida do Botafogo.[3]
Rapidamente, o fortalecimento do Loucos pelo Botafogo gerou o crescimento de movimentos semelhantes nos times adversários, como a Guerreiros do Almirante do Vasco e o Movimento Popular Legião Tricolor do Fluminense.[4] A Barra Brava do Botafogo passava a se tornar o segundo principal movimento de torcedores do clube em maio de 2007. A partir de então, o Loucos pelo Botafogo passou a investir pesadamente na criação de bandeiras, músicas, caravanas, fogos de artifÃcio, entre outros materiais mais que seriam usados durantes os jogos.
O crescimento do movimento foi tamanho, que ele ganhou até componentes em outros Estados do Brasil, como em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia na região Nordeste, São Paulo, Minas Gerais e EspÃrito Santo na região Sudeste, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul na região Centro-Oeste, além de todos os estados da região Sul.
Ao final de 2007, os Loucos pelo Botafogo foram impulsionados pela sucesso do cântico "Fogo olê olê olê" e pelo inÃcio do uso do Estádio OlÃmpico João Havelange por parte do Botafogo. Após várias mudanças na localização do movimento, o grupo solidificou-se em 2008 atrás da baliza da Ala Sul[5] do estádio com vários torcedores e bandeiras durantes os jogos. Atualmente, é o segundo maior movimento organizado de torcedores do clube e responsável pela criação das novas músicas cantadas durante os jogos do alvinegro carioca.[6]
[editar] Ideologia
A criação do Loucos pelo Botafogo deve-se ao fato de os integrantes desejarem mudar o comportamento da torcida botafoguense durante os jogos, através de cânticos intermináveis e não pregando a violência.[7] Outro aspecto que os diferencia das tradicionais torcidas organizadas dá-se pelo uso de camisas oficiais do clube, ao contrário das organizadas que utilizam e comercializam uniformes com o nome das mesmas.[8]
Apesar de possuir lÃderes, o movimento não possui presidentes ou diretoria própria, sustenta-se através de doações de simpatizantes, vendendo materiais utilizados durantes os jogos a preço de custo.
[editar] Aliados
Oficialmente, e na prática, o movimento Loucos pelo Botafogo não possui aliança com torcidas organizadas de outros times brasileiros. Contudo, o grupo mantém clima de cordialidade com as outras torcidas do Botafogo como a Botachopp, Torcida Estrela Solitária, a Fúria Jovem e a TJB, esta última fica localizada ao lado dos Loucos no Estádio OlÃmpico João Havelange, sendo comum ver suas bandeiras junto ao movimento em alguns jogos.
Porém, a barra brava brasileira possui amizade com uma barra brava da Argentina, La 22, do Gimnasia y Esgrima La Plata, desde 2006, quando o time argentino disputou uma partida no Brasil pela Copa Sul-Americana contra um dos rivais alvinegros, o Fluminense. Este fato dá destaque ao movimento por ser a única barra brava do paÃs a ter ligações com grupos estrangeiros.
[editar] Ligações externas
Referências
- ↑ Globoesporte.com - Pagar ingressos é questão de honra (04/03/2008)
- ↑ Lancenet! - Ninguém cala o amor da torcida do Botafogo (18/6/2007)
- ↑ Jogo Extra Online - Ninguém cala esses gritos de raça, amor e paixão (15/03/2008)
- ↑ Globoesporte.com - As torcidas que dão show (06/10/2007)
- ↑ Movimento Carlito Rocha - Nova localização dos "Loucos pelo Botafogo" no Engenhão (29 de outubro de 2007)
- ↑ Globoesporte.com - Chororô? Torcida é só alegria no Engenhão (02/03/2008)
- ↑ Yahoo! Esportes - Especial - Apoio incondicional, a nova forma de torcer nos estádios (9 de outubro de 2006)
- ↑ BalÃpodo.com - Fenômeno das barras merece mais atenção (21/12/07)