Manuel de Arruda Câmara
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Manuel de Arruda Câmara (Pombal, Paraíba, 1752 - Goiana, Pernambuco, 2 de outubro de 1810), foi um religioso, médico e intelectual brasileiro. Notabilizou-se como um dos grandes botânicos do final do século XVIII.
Em 23 de novembro de 1783 professou a regra dos Carmelitas Calçados no Convento de Goiana, em Pernambuco. Posteriormente matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde se formou em Filosofia Natural. Foi para a Universidade de Montpellier, na França, onde recebeu o grau de doutor em Medicina.
Retornou em 1793 a Pernambuco, incumbido pela Coroa portuguesa de realizar diversos levantamentos naturais na região Nordeste do Brasil:
- entre Março de 1794 e Setembro de 1795, fez uma expedição mineralógica entre Pernambuco e Piauí, levantando a ocorrência de diversos minerais;
- entre Dezembro de 1797 e Julho de 1799, viajou entre a Paraíba e o Ceará;
- realizou viagens até ao rio São Francisco.
No conjunto dessas expedições científicas, realizou levantamentos mineralógicos, botânicos e zoológicos, por ele próprio sistematizados. Redigiu escritos sobre agricultura e uma Flora de Pernambuco (Centúrias dos novos gêneros e espécies das plantas pernambucanas), que contém desenhos feitos por ele mesmo e por João Ribeiro de Mello Montenegro.
Foi fundador do Areópago de Itambé, uma sociedade filosófica de caráter liberal, cujas idéias influenciaram a Conspiração dos Suassunas (1801).