Marina Silva
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Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima (Rio Branco, 8 de fevereiro de 1958) é uma política brasileira, ambientalista e pedagoga, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Nasceu em uma "colocação" (casas de seringueiros, geralmente construídas sobre palafitas) chamada Breu Velho, no seringal Bagaço, a setenta km do centro de Rio Branco, capital do estado do Acre. Seus pais, Pedro Augusto e Maria Augusta, tiveram onze filhos, dos quais apenas oito sobreviveram. Formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.
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[editar] Trajetória Política[1]
Na faculdade descobriu[carece de fontes ] o marxismo e entrou para um agrupamento político semiclandestino[carece de fontes ], o Partido Revolucionário Comunista (PRC), que mais tarde seria incorporado ao PT.
Foi professora na rede de ensino de segundo grau e engajou-se no movimento sindical. Foi companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Nesse ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, porém não foi eleita.
Em 1988, foi a vereadora mais votada do município de Rio Branco, conquistando a única vaga da esquerda na câmara municipal. Como vereadora, causou polêmica por combater os privilégios dos vereadores e devolver benefícios financeiros que os demais vereadores também recebiam. Com isso passou a ter muitos adversários políticos, mas a admiração popular também cresceu.
Exerceu seu mandato de vereadora até 1990. Nesse ano candidatou-se a deputada estadual e obteve novamente a maior votação. Logo no primeiro ano do novo mandato descobriu-se doente: havia sido contaminada por metais pesados quando ainda vivia no seringal.
Em 1994 foi eleita senadora da República, pelo estado do Acre, com a maior votação, enfrentando uma tradição de vitória exclusiva de ex-governadores e grandes empresários do estado.
Foi Secretária Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores, de 1995 a 1997.
Pode-se dizer que se tornou uma das principais vozes da Amazônia, tendo sido responsável por vários projetos, entre eles o de regulamentação do acesso aos recursos da biodiversidade.
Em 2003, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, foi nomeada ministra do Meio Ambiente. Desde então, enfrentou conflitos constantes com outros ministros do governo, quando os interesses econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental.
[editar] Demissão
Marina afirmou que desde a reeleição do presidente Lula, no fim de 2006, alguns projetos importantes de sua gestão, como a criação de áreas protegidas na floresta amazônica, haviam sido praticamente paralisados. Durante o primeiro governo Lula (2003-2006), foram delimitados 24 milhões de hectares verdes , contra apenas 300 mil hectares em 2007.
Em dezembro de 2006, enfraquecida por uma disputa com a Casa Civil, que a acusava de atrasar licenças ambientais para a realização de obras de infra-estrutura, a ministra avisara que não estaria disposta a flexibilizar a gestão da pasta para permanecer no governo.
Ultimamente agravaram-se as divergências com a ministra Dilma Rousseff da Casa Civil pela demora da liberação das licenças ambientais pelo Ibama para as obras no rio Madeira, em Rondônia. Essa demora e o rigor na liberação das licenças foram considerados como um bloqueio ao crescimento econômico. [2].
Marina Silva também denunciou pressões dos governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, para rever as medidas de combate ao desmatamento na Amazônia. [3]
Em 13 de maio de 2008, cinco dias após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), cuja administração foi atribuída a Roberto Mangabeira Unger, Marina Silva entregou sua carta de demissão[4] ao Presidente da República em razão da falta de sustentação à política ambiental.
O importante é que tenha alguém isento para tocar esse plano (PAS). A Marina não é isenta; o Stephanes não é isento. Por isso, será o Mangabeira Unger. | — Presidente Lula em reunião no Palácio do Planalto para o lançamento do PAS em 8 de maio de 2008[5]
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[editar] Fatos relevantes
- Em 1996 recebeu o Prêmio Goldmann de Meio Ambiente pela América Latina e Caribe, nos Estados Unidos.
- Em 2007, por meio da Medida Provisoria 366, a ministra Marina Silva desmembrou o Ibama e repassou a gestão das unidades de conservação da natureza federais para o Instituto Chico Mendes.
- Também em 2007, Marina recebeu o maior prêmio das Nações Unidas na área ambiental - o Champions of the Earth (Campeões da Terra)- concedido a seis outras personalidades: o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore; o príncipe Hassan Bin Talal, da Jordânia; Jacques Rogge, do Comitê Olímpico Internacional; Cherif Rahmani, da Argélia; Elisea "Bebet" Gillera Gozun, das Filipinas; e Viveka Bohn, da Suécia.
Referências
- ↑ Agência Brasil
- ↑ Globo Online. Marina Silva tinha um histórico de embates desde o início do governo Lula (português). Página visitada em 16 de maio de 2008.
- ↑ Marina admite pressões para deixar ministério
- ↑ UOL - Últimas notícias. Leia a carta de Marina ao presidente Lula (portugues).
- ↑ Globo Online; Miriam Leitão. O abate e o fogo (português). Página visitada em 15 de maio de 2008.
[editar] Ligações externas
- United Nations Environment Programme-Champions of the Earth(en)
- Texto de Antônio Alves na página oficial da Ministra Marina Silva
- Página do Ministério do Meio Ambiente
- L'avenir de l'Amazonie brésilienne entre dans une zone d'ombre(fr)
- Brésil: l'Amazonie en péril après la démission de l'«ange gardien de l'écologie»(fr)
- Figure de l'écologie, Marina Silva quitte le gouvernement brésilien(fr)
Precedido por José Carlos Carvalho |
Ministra do Meio Ambiente do Brasil 2003 — 2008 |
Sucedido por Carlos Minc |