Piauí
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Estado do Piauí | |
Hino: Hino do Piauí | |
Gentílico: piauiense | |
Localização | |
- Região | Nordeste |
- Estados limítrofes | Tocantins, Maranhão, Bahia, Ceará e Pernambuco |
- Mesorregiões | 4 |
- Microrregiões | 15 |
- Municípios | 223 |
Capital | Teresina |
Governo | 2007 a 2011 |
- Governador(a) | Wellington Dias (PT) |
- Vice-governador(a) | Wilson Martins (PSB) |
- Deput. federais | 10 |
- Deput. estaduais | 30 |
Área | |
- Total | 251.529,186 km² (11º) |
População | 2007 |
- Estimativa | 3.032.421 hab. (17º) |
- Densidade | 12,06 hab./km² (18º) |
Economia | 2005 |
- PIB | R$11.124.892 (23º) |
- PIB per capita | R$3.700 (27º) |
Indicadores | 2000 |
- IDH | 0,656 (25º) – médio |
- Esper. de vida | 68,2 anos (24º) |
- Mort. infantil | 29,3/mil nasc. (18º) |
- Analfabetismo | 26,2% (26º) |
Fuso horário | UTC-3 |
Clima | tropical () |
Sigla | BR-PI |
Site governamental | www.pi.gov.br |
O Piauí (IPA: /pi.aw.'i/) é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a noroeste da região Nordeste e tem como limites o oceano Atlântico (N), Ceará e Pernambuco (L), Bahia (S e SE), Tocantins (SO) e Maranhão (O e NO). Ocupa uma área de 251.529 km²[1] (pouco maior que o Reino Unido). Sua capital é a cidade de Teresina.
As cidades mais populosas são Teresina, Parnaíba,Picos, Piripiri,Floriano e Campo Maior. O relevo é moderado e a topografia regular, com mais de 53% abaixo dos 300 metros. Parnaíba, Poti, Canindé, Piauí e São Nicolau são os rios principais.
Índice |
[editar] Geografia
[editar] Ver também
[editar] Relevo
O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas das margens do rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte do Estado. Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas chapadas de Ibiapaba e do Araripe, a leste, e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul, encontram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de 900 metros de altitude. Entre essas zonas elevadas e o curso dos rios que permeiam o Estado, como, por exemplo, o Gurguéia, Fidalgo, Urubu Preto e o Parnaíba, encontram-se formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da áreas erosivas das águas.
[editar] Hidrografia
Enquanto os estados do Nordeste oriental contam com apenas um rio perene, o rio São Francisco, com aproximadamente 1.800 quilômetros dentro de seus territórios, o Piauí conta com o rio Parnaíba e alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o Gurguéia que, somando-se seus cursos permanentes, ultrapassam 2.600 km de extensão. O Estado conta ainda com lagoas de notável expressão, tais como a de Parnaguá, Buriti e Cajueiro, que vém sendo aproveitadas em projetos de irrigação e abastecimento de água na região.
A perenidade dos rios piauienses, entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios sofrem intenso processo de assoreamento, sempre crescente, em decorrência do desmatamento acentuado que ocorre no Estado, principalmente nas nascentes e nas margens dos rios.
[editar] Vegetação
Predenominam quatro classes vegetacionais: caatinga, cerrado, mata de cocais e floresta.
- Caatinga: tem sua ocorrência registrada no sul e sudeste do Estado; é composta por cactos, arbustos e árvores de pequeno porte.
- Cerrado: estende-se nas porções sudoeste e norte do Estado; apresenta os característicos arbustos e árvores retorcidas e algumas gramíneas cobrindo o solo.
- Floresta: encontrada ao longo do Vale do Parnaíba; é composta por palmeiras, principalmente espécies como carnaúba, babaçú e buriti. Estas espécies também podem ser encontradas no cerrado e na mata de cocais.
- Mata de cocais: vegetação predominante entre a Amazônia e a caatinga nos estados do Maranhão, Piauí e norte do Tocantins. No Piauí predominam as palmeiras babaçu e carnaúba, além do buriti.
[editar] Clima
Duas tipologias climáticas ocorrem no estado. A primeira, classificada por Köppen como tropical quente e úmido (Aw); domina a maior parte do território variando entre 25 e 27°C. As chuvas na área de ocorrência deste clima também são variáveis. Ao sul, indicam cerca de 700mm anuais, mais ao norte a pluviosidade aumenta, atingindo índices próximos a 1.200mm/ano.
O segundo tipo de clima predomina na porção sudeste do estado, sendo classificado como semi-árido quente (Bsh). As chuvas ocorrem durante o verão, distribuindo-se irregularmente, alcançando índices de 600mm/ano; pela baixa pluviosidade, a estação seca é prolongada (oito meses mais ou menos) sendo mais drástica no centro da Serra da Ibiapaba. As temperaturas giram na casa dos 24 a 40°C, tendo seus invernos secos.
[editar] História
Em começo do século XVII, fazendeiros do São Francisco procuravam expandir suas criações de gado,quando os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastos. Em 1718, o território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão e passaram a ocupar as terras às margens do rio Gurguéia. Para estas terras existiam cartas de sesmarias. O capitão Domingos Afonso Mafrense ou capitão Domingos Sertão como era conhecido, era um desses sesmeiros; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região doando suas fazendas - após sua morte - aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.
A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária que em meados do século XVIII atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí; até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização esta se deu do interior para o litoral.
Em 1811, o Piauí tornou-se uma capitania independente. Por ocasião da Independência, em 1822, a cidade de Parnaíba foi ocupada por tropas fiéis a Portugal; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por ocasião da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, o qual saiu enfraquecido e acabou por ser preso em Caxias. Alguns anos depois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada, atingiram também o Piauí.
Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da república, o Estado apresentou tranqüilidade no terreno político, mas grandes dificuldades no desenvolvimento econômico-social.
[editar] Símbolos estaduais
[editar] Bandeira
A bandeira do Piauí foi adotada oficialmente através da lei nº 1.050, promulgada em 24 de julho de 1922 e alterada posteriormente pela lei ordinária no 5.507, de 17 de novembro de 2005. Possui as mesmas cores da bandeira do Brasil, o amarelo representa a riqueza mineral e o verde a esperança.
Inscrito dentro do retângulo azul, abaixo da estrela branca, está "13 DE MARÇO DE 1823", dia da batalha do Jenipapo, que foi introduzida na alteração de 2005.
[editar] Ciência e tecnologia
Apesar do pouco investimento e incentivo do governo nesta área, o Piauí se destaca na área de Tecnologia. Alunos de Ciência da Computação da UFPI lançaram uma distribuição Linux chamada Kuia Linux, que diminuiu em 30% o custo dos computadores adquiridos pela instituição. Também, o Piauí conta com um serviço gratuito de E-mail, chamado AmoPiauí.
[editar] Subdivisões estatísticas
O Piauí é dividido em quatro mesorregiões e quinze microrregiões estatísticas.
- Mesorregiões
- Microrregiões
- Alto Médio Canindé
- Alto Médio Gurguéia
- Alto Parnaíba Piauiense
- Baixo Parnaíba Piauiense
- Bertolínia
- Campo Maior
- Chapadas do Extremo Sul Piauiense
- Floriano
- Litoral Piauiense
- Médio Parnaíba Piauiense
- Picos
- Pio IX
- São Raimundo Nonato
- Teresina
- Valença do Piauí
[editar] População
[editar] Etnias
Cor/Raça | Porcentagem |
---|---|
Pardos | 73% |
Monocromáticos | 23% |
Negros | 3% |
Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).
[editar] Economia
A economia do estado é baseada no setor de serviços (comércio), na indústria (química, têxtil, de bebidas), na agricultura (soja, algodão, arroz, cana-de-açúcar, mandioca) e na pecuária extensiva. O turismo apresenta-se mais forte na região norte do estado, nos municípios de Parnaíba e Luís Correia, no litoral, e também nos diversos parques nacionais, em sua maioria, no sul do estado.
Ainda merecem destaque a produção de mel, o caju e o setor terciário em Picos e produção de biodiesel através da mamona em Floriano. O Piauí é considerado um dos estados mais pobres do Brasil, perdendo o primeiro lugar, perdendo o primeiro luga[carece de fontes ].
No setor de mineração, a Vale do Rio Doce está em operação no município de Capitão Gervásio Oliveira, onde foi encontrada a segunda maior reserva de níquel do maior reserva de níquel do de pesquisa para verificar a viabilidade de exploração de petróleo e gás natural ao longo do Rio Parnaíba, provavelmente, em Floriano.
No tocante à industrialização, ressalta-se a multinacional Bunge, instalada em Uruçuí para exploração da soja e da empresa de cimento Nassau, em Fronteiras, onde se obtém matéria-prima para sua produção.
A agricultura é forte em Altos (manga) e União (cana-de-açúcar). Há previsão da construção de um porto seco em Teresina e, também, da construção de oito novas usinas hidrelétricas no Piauí, para tornar possível a navegação do Rio Parnaíba e gerar mais energia elétrica.
- Extrativismo vegetal
Ocorre principalmente nos vales úmidos, onde predominam as matas de babaçu e carnaúba Estudos de laboratário sobre a carnauba demonstraram ser possível a elevado do nível tecnologico de seu aproveitamento, sendo a celulose o derivado de maior potencial para viabilizar a exploração dessa imensa riqueza natural do Estado. A castanha de caju deixou de ser um produto extrativo para se constituir numa cultura desenvolvida em grande escala.
- Extrativismo mineral
Diversos estudos geológicos demonstram a existência de potencial bastante promissor de exploração mineral. Entre as ocorrências de maior interesse econômico, encontram-se o Mármore, o amianto, as gemas, a ardósia, o níquel, o talco e a vermiculita. Vale ressaltar que o Piauí á dotado de grandes reservas de águas subterrâneas artesianas e possui a segunda maior jazida de níquel do Brasil, localizada no município de São João do Piauí.
- Pecuária
A pecuária foi a primeira atividade econômica desenvolvida no Estado, fazendo parte de sua tradição histórica. O folclore e os costumes regionais derivam em grande parte da atividade pastoril. Entre os rebanhos, destacam-se os caprinos, bovinos, suínos,ovinos e asininos. A Caprinocultura, por sua capacidade de adaptação a condições climáticas inispitas, tem sido incentivada pelo Governo, proporcionando meio de vida a significantes parcelas da populção carente, principalmente nas regiões de Campo Maior e Alto Piauí.
- Agricultura
A agricultura no Piauí desenvolveu-se paralelamente á pecuária,como atividade quase que exclusivamente de subsistância. Posteriormente, adquiriu maior caráter comercial, embora de forma lenta e insuficiente para abastecer o crescente mercado interno do Estado. Entre as culturas tradicionais temporárias sobressaem-se o milho, o feijão, o arroz, a mandioca, o algodão herbceo, a cana-de-açúcar e a soja. Entre as culturas permanentes, destacam-se a manga, a laranja, castanha-de-caju e o algodão.
[editar] Filhos ilustres
- João Claudino - empresário de importância nacional
- Antônio Francisco da Costa e Silva - poeta e autor da letra do Hino do Piauí
- Assis Brasil - escritor
- Carlos Castelo Branco - jornalista
- Francelino Pereira - governador de Minas Gerais
- Hindemburgo Dobal - poeta
- João Paulo dos Reis Veloso - economista
- Marcílio Rangel de Farias - educador
- Mário Faustino - escritor
- Orlando Geraldo do Rego de Carvalho - escritor
- Petrônio Portela Nunes - político
- Helvídio Nunes - político
- Torquato Neto - poeta do Tropicalismo
- Wellington Moreira Franco - governador do Rio de Janeiro
[editar] Ver também
- Lista de municípios do Piauí
- Lista de municípios do Piauí por população
- Lista de governadores do Piauí
Referências
- ↑ Excluindo-se a região em litígio com o Ceará, que tem 2 977,4 km²