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Rio de Janeiro (cidade) - Wikipédia, a enciclopédia livre

Rio de Janeiro (cidade)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Esta página é sobre o município do Rio de Janeiro. Se procura pelo estado do qual esta cidade é capital, consulte Rio de Janeiro.
Município do Rio de Janeiro
Enseada de Botafogo
"Cidade Maravilhosa"

"Rio"

Brasão do Rio de Janeiro
Bandeira do Rio de Janeiro
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 1° de março
Fundação 1565
Gentílico carioca
Lema
Prefeito(a) César Maia (DEM)
Localização
Localização de Rio de Janeiro
22° 54' 10" S 43° 12' 28" O22° 54' 10" S 43° 12' 28" O
Estado Rio de Janeiro
Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro
Microrregião Rio de Janeiro
Região metropolitana Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Duque de Caxias, Itaguaí, Seropédica, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu e São João de Meriti
Distância até a capital 1.161 quilômetros
Características geográficas
Área 1.182 km²
População 6.093.472 hab. est. IBGE/2007 [1]
Densidade 5.155,2 hab./km²
Altitude 0 a 380 metros
Clima Tropical Atlântico Aw
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,842 (RJ: 2º) elevado PNUD/2000 [2]
PIB R$ 118.979.752 mil (BR: 2º) IBGE/2005 [3]
PIB per capita R$ 19.525,77 IBGE/2005 [3]

O Rio de Janeiro, capital do estado homônimo, é a segunda maior metrópole do Brasil, situada no Sudeste do País. Cidade brasileira mais conhecida no exterior[4][5] e maior rota do turismo internacional no Brasil[6], funciona como um "espelho", ou "retrato" nacional, seja positiva ou negativamente.

É um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país, sendo internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e paisagísticos, como o Pão de Açúcar, a Estátua do Cristo Redentor (uma das sete maravilhas do mundo moderno), as praias dos bairros de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca (entre outros), o Estádio do Maracanã, o Estádio Olímpico João Havelange, a Floresta da Tijuca, a Quinta da Boa Vista, o Réveillon de Copacabana e o Carnaval.

Representa o segundo maior PIB do país[7] (e o 30º maior do mundo[8]), estimado em cerca de R$ 119 bilhões (IBGE/2005)[3], e é sede das duas maiores empresas brasileiras – a Petrobras e a Vale, e das principais companhias de petróleo e telefonia do Brasil, além do maior conglomerado de empresas de mídia e comunicações da América Latina, as Organizações Globo.[9] Contemplado por grande número de universidades e institutos, é o segundo maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 17% da produção científica nacional – segundo dados de 2005.[10]

Foi capital do Brasil Colônia a partir de 1763, capital do Império Português na época das invasões de Napoleão, capital do Império do Brasil, e capital da República até a inauguração de Brasília, na década de 1960. É também conhecida por Cidade Maravilhosa, e aquele que nela nasce é chamado de carioca.

Índice

História

Primeiro brasão da cidade (1565-1826).
Primeiro brasão da cidade (1565-1826).

Descoberta

A baía de Guanabara, à margem da qual a cidade se organizou, foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1º de janeiro de 1502. Embora se afirme que o nome Rio de Janeiro tenha sido escolhido em virtude de os portugueses acreditarem tratar-se a baía da foz de um rio, na verdade, à época, não havia qualquer distinção de nomenclatura entre rios, sacos e baías – motivo pelo qual foi o corpo d'água corretamente designado como rio. Os franceses estabeleceram-se na região em 1555 e foram expulsos pelos portugueses em 1567.

Período francês

Ver artigo principal: França Antártica

Em 1º de novembro de 1555, os franceses, capitaneados por Nicolas Durand de Villegagnon, apossaram-se da baía da Guanabara, estabelecendo uma colônia na Ilha de Sergipe (atual Ilha de Villegagnon). Ali ergueram o Forte Coligny, enquanto consolidavam alianças com os Tamoios e Tupinambás. Foi também com o auxílio dos povos autóctones que os portugueses atacaram e destruíram este agrupamento em 1560.

Período colonial

Visão traseira da Estátua da Cristo Redentor a partir do bairro do Cosme Velho, que ainda conserva muitos elementos do Período Imperial em sua arquitetura.
Visão traseira da Estátua da Cristo Redentor a partir do bairro do Cosme Velho, que ainda conserva muitos elementos do Período Imperial em sua arquitetura.

Persistindo a presença francesa na região, os portugueses, sob o comando de Estácio de Sá, desembarcaram num istmo entre o morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, fundando, a 1 de Março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Uma vez conquistado o território, em uma pequena praia protegida pelo Pão de Açúcar edificaram uma fortificação de faxina e terra, o embrião da Fortaleza de São João.

A expulsão e derrota definitiva dos franceses e seus aliados indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de 1567. A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando a partir daí novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do morro do Castelo (completamente arrasado em 1922), no atual centro histórico da cidade. O novo povoado marca, de fato, o começo da expansão urbana.

Durante quase todo o século XVII a cidade teve um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30 mil habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o domínio colonial.

Essa importância tornou-se ainda maior com a exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico. Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.

Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu-se para Brasília. Atualmente é a segunda maior cidade do país, depois de São Paulo. Entre 1808 e 1815, foi capital do Reino de Portugal e dos Algarves, como era oficialmente designado Portugal na época. Entre 1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após elevação do Brasil a parte integrante do Reino Unido. É a única cidade no mundo que sediou um império europeu fora da Europa.

Período imperial

Hotel Copacabana Palace, construído entre 1919 e 1923.
Hotel Copacabana Palace, construído entre 1919 e 1923.
Planta da zona da enseada de Botafogo na década de 1970: diversas obras já modificaram o traçado urbanístico desde então.
Planta da zona da enseada de Botafogo na década de 1970: diversas obras já modificaram o traçado urbanístico desde então.

Após a independência, a cidade tornou-se a capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.

Como centro político do país, o "Rio" concentrava a vida político-partidária do império. Foi palco principal dos movimentos abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde força política para São Paulo e Minas Gerais.

Período republicano

Com a Proclamação da República, nas últimas décadas do século XIX e início do XX, o Rio de Janeiro enfrentava graves problemas sociais advindos do crescimento rápido e desordenado. Com o declínio do trabalho escravo, a cidade passara a receber grandes contingentes de imigrantes europeus e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho assalariado. Entre 1872 e 1890, sua população duplicou, passando de 274 mil para 522 mil habitantes.

O aumento da pobreza agravou a crise habitacional, traço constante na vida urbana do Rio desde meados do século XIX. O epicentro dessa crise era ainda, e cada vez mais, o miolo central – a Cidade Velha e suas adjacências –, onde se multiplicavam as habitações coletivas e eclodiam as violentas epidemias de febre amarela, varíola, cólera-morbo, que conferiam à cidade fama internacional de porto sujo.

Muitas campanhas de erradicação, perpetradas pelos governos da época, não foram bem recebidas pela população carioca. Houve muitas revoltas populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também teve como causa a tomada de medidas impopulares, como as reformas urbanas do Centro, executadas pelo engenheiro Pereira Passos. Vários cortiços foram demolidos e, a população pobre da Região Central, deslocada para as encostas de morros, na Zona Portuária e no Caju, sobretudo os morros da Saúde e da Providência. Tais povoamentos cresceram de maneira desordenada, dando início ao processo de favelização (ainda não muito preocupante na época) – o que não impediu a adoção de várias outras reformas urbanas e sanitárias que modificaram a imagem da então capital da República.

Após a transferência da Capital Federal para Brasília em 1960, o Rio foi transformado numa cidade-estado com o nome de "Estado da Guanabara". Em 15 de março de 1975 ocorreu a fusão com o antigo estado do Rio de Janeiro e, em 23 de julho, foi promulgada a Constituição do Rio de Janeiro.

Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), mais conhecida como Rio-92, ou ECO-92 – a primeira reunião internacional de peso a se realizar após o fim da Guerra Fria, com a presença de delegações de 175 países.

Foi sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007, ocasião à qual realizou investimentos em estruturas esportivas (incluindo a construção do novo Estádio João Havelange) e nas áreas de transportes, segurança pública e infra-estrutura urbana.

Geografia

Relevo

A cidade ocupa a margem ocidental da baía de Guanabara e algumas de suas respectivas ilhas (como Governador e Paquetá), e desenvolveu-se sobre estreitas planícies aluviais comprimidas entre montanhas e morros. A Serra do Mar, rebordo do Planalto Atlântico, ergue-se a noroeste, distando cerca de 40 quilômetros do litoral, e divisa a metrópole do interior.

A Pedra da Gávea, uma das maiores elevações rochosas da cidade, é o maior bloco de pedra a beira mar do planeta, com 842 metros de altitude.
A Pedra da Gávea, uma das maiores elevações rochosas da cidade, é o maior bloco de pedra a beira mar do planeta[11], com 842 metros de altitude.[11]

O Rio de Janeiro está assentado sobre três grandes maciços: o da Pedra Branca, que atravessa a cidade no sentido leste-oeste (onde se encontra o ponto culminante do município, o Pico da Pedra Branca, de 1.024 metros[12]); o de Gericinó, ao norte (com o Pico do Guandu, de 900 metros); e o da Tijuca ou da Carioca, sobre o qual irrompem morros e picos, alguns cobertos por exuberante vegetação, de grande interesse turístico: o Pico da Tijuca (1.022 m)[13], o Bico do Papagaio (975 m), o Andaraí (900 m), a Pedra da Gávea (842 m)[11], o Corcovado (704 m), o Dois Irmãos (533 m) e o Pão de Açúcar (395 m), que se encontra à entrada da baía.

Seu litoral tem 197 quilômetros de extensão, inclui mais de 100 ilhas que ocupam 37 km², e desdobra-se em três partes, voltadas à baía de Sepetiba, ao oceano Atlântico e à baía de Guanabara. O litoral da baía de Sepetiba tem como único acidente geográfico de expressão a Restinga da Marambaia, e é arenoso, baixo e pouco recortado. O litoral da baía de Guanabara é recortado, baixo, abarca muitas ilhas (como a do Governador, de 29 km², local do Aeroporto Internacional do Galeão) e, em suas margens, situam-se o centro comercial e os subúrbios industriais. O litoral atlântico expressa alternâncias consideráveis, apresentando-se ora alto, quando em contato com as ramificações costeiras dos maciços da Pedra Branca e da Tijuca, ora baixo, trecho pelo qual se estendem as praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, todas integradas à paisagem urbana.

Vista da enseada de Botafogo, com a marina do Iate Clube do Rio de Janeiro (ao centro) e o Morro do Pão de Açúcar, à direita: um dos principais cartões-postais do Brasil.
Vista da enseada de Botafogo, com a marina do Iate Clube do Rio de Janeiro (ao centro) e o Morro do Pão de Açúcar, à direita: um dos principais cartões-postais do Brasil.

Diversas lagoas, como as da Tijuca, Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas formaram-se nas baixadas, muitas de terreno pantanoso a ainda não completamente drenado.

Clima

Nuvens sobre a Estátua do Cristo Redentor: uma das imagens brasileiras mais conhecidas no mundo.
Nuvens sobre a Estátua do Cristo Redentor: uma das imagens brasileiras mais conhecidas no mundo.

O clima é classificado como tropical atlântico (Aw), segundo o modelo de Köppen, e a média anual das temperaturas é de 23,1ºC.[14]

Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito da maritimidade é bastante perceptível, traduzindo-se em amplitudes térmicas relativamente baixas. A média anual das temperaturas médias máximas mensais é 26,1ºC, e das médias mínimas mensais, 20ºC.[15] Já as médias anuais das temperaturas máximas e mínimas absolutas aferidas em cada mês ficam, respectivamente, em 36,2ºC e 13,8ºC.[15] Julho é o mês mais frio, com médias máxima e mínima de 24ºC e 17ºC, e janeiro, o mais quente (29ºC e 23ºC).[15]

Os verões são marcados por dias quentes e úmidos, eventualmente suplantando a barreira dos 40ºC em pontos isolados, enquanto os invernos apresentam-se amenos e com regime de chuvas mais restrito, com mínimas raramente inferiores a 10ºC. De modo geral, o ano pode ser dividido em duas estações: uma, relativamente quente e chuvosa, e outra, de temperaturas amenas; desta forma, primavera e outono agregam-se às características das demais, tratando-se mais de intervalos de transição do que estações propriamente definidas. Até hoje, o recorde oficial de menor temperatura já registrada deu-se no Campo dos Afonsos (4,8ºC), em julho de 1928, e o de maior, em Bangu (43,2ºC), em janeiro de 1984.[15]

Devido à altíssima concentração de edifícios nas regiões urbanas centrais, mais afastadas do litoral, é comum o surgimento de ilhas de calor, com termômetros superando a marca dos 40ºC nos meses mais quentes do ano. Nessas áreas e em outras, é possível verificar disparidades de alguns graus centígrados com relação às zonas costeiras, em razão das brisas marítimas.

Tabela Climática do Rio de Janeiro[15]
Temperatura
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
M. T. Máximas Absolutas (°C) 39 37 36 34 35 32 33 34 38 39 38 39 36,2
M. T. Médias Máximas (°C) 29 29 28 27 25 24 24 24 24 25 26 28 26,1
M. T. Médias Mínimas (°C) 23 23 22 21 19 18 17 18 18 19 20 22 20
M. T. Mínimas Absolutas (°C) 16 17 18 16 13 11 11 12 10 14 15 13 13,8
Precipitação
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Total mm 125 122 130 107 79 53 41 43 66 79 104 137 1086
Dias Chuvosos
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Total 13 11 12 10 10 7 7 7 11 13 13 14 128
Humidade Relativa do Ar
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
% (Antes do meio-dia) 82 84 87 87 87 87 86 84 84 83 82 82 84,6
% (Após o meio-dia) 70 71 74 73 70 69 68 66 72 72 72 72 70,8
Dados referentes ao período 1961-1990.

O volume pluviométrico acumulado anual é de 1.086 mm.[15] As chuvas concentram-se nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, tornando-se mais esparsas no período de junho a agosto.[15] Abril e novembro apresentam números razoáveis, ainda que menores que os dos meses de maior pluviosidade. Em cerca de um terço dos dias (128), chove.[15] Os meses de outubro, novembro e janeiro têm, em média, 13 dias nos quais se verifica a ocorrência de precipitações; dezembro, 14; fevereiro e setembro, 11; e junho, julho e agosto, 7.[15] Todavia, o maior volume é observado em dezembro (137 mm), janeiro (125 mm), fevereiro (122 mm) e março (130 mm).[15] Temporais não são incomuns no verão, os quais invariavelmente ocasionam vítimas, fatais ou não, sendo o motivo maior os deslizamentos nas encostas da cidade.

A humidade relativa do ar denota índices aceitáveis durante todo o ano. A média no período que antecede o meio-dia fica em 84,6% e, após às doze horas, 70,8%.[15] Junho, julho e agosto apresentam os menores percentuais no período vespertino: 69, 68 e 66%, respectivamente.[15]

Parques e espaços públicos

A cidade conta com importantes parques e reservas ecológicas, como o Parque Nacional da Tijuca, o Parque Estadual Maciço da Pedra Branca, o Complexo da Quinta da Boa Vista e o Jardim Botânico (o mais antigo do Brasil[16]), entre outros.

Principais parques

Ver artigo principal: Parque Nacional da Tijuca

De propriedade da União, o Parque Nacional da Tijuca é um monumento público natural destinado à preservação de espécies faunísticas e florísticas. Inicialmente com o nome de Parque Nacional do Rio de Janeiro, foi criado pelo Governo Federal em 6 de julho de 1961, numa área que hoje corresponde a 3.972 hectares.[17] Abriga uma biota de grande riqueza em quase toda sua extensão, abrangendo as regiões mais elevadas e pitorescas da cidade – inclusive a Floresta da Tijuca, replantada artificialmente no século XIX a mando de D. Pedro II. Entre os pontos turísticos do Parque, grutas, trilhas e cachoeiras, encontram-se marcos famosos da cidade, como a Pedra da Gávea, o Corcovado e o Pico da Tijuca (ponto culminante da reserva, elevando-se 1.022 metros acima do nível do mar).[13] De relevo montanhoso, inclui áreas do maciço da Tijuca. Foi considerado Patrimônio Ambiental e Reserva da Biosfera pela UNESCO, em 1991.

Vista parcial do Parque Nacional da Tijuca.
Vista parcial do Parque Nacional da Tijuca.
Palmeiras Imperiais da Aléia Barbosa Rodrigues, no Jardim Botânico.
Palmeiras Imperiais da Aléia Barbosa Rodrigues, no Jardim Botânico.

O Jardim Botânico foi fundado em 13 de junho de 1808 pelo então Príncipe-Regente de Portugal, D. João. A empreitada tinha por objetivo aclimatar o terreno da antiga fábrica de pólvora (anteriormente ocupado pelo Engenho Rodrigo de Freitas) ao cultivo de gêneros produtores de especiarias das Índias Orientais. Atualmente, desenvolve trabalhos teóricos e empíricos em diversos setores da Botânica, além de catalogar e estudar a vegetação brasileira e suas relações com o meio, e o comportamento de espécies exóticas ou indígenas. Em área aberta à visitação pública, a instituição mantém coleções de plantas vivas destinadas a pesquisa, que englobam mais de 6.500 espécies, algumas em estufas (ou ameaçadas de extinção). O Jardim compreende ainda fragmentos inteiramente preservados de Mata Atlântica, monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico, e um importante centro de pesquisa, que inclui a mais completa biblioteca do país especializada em Botânica, com mais de 32 mil volumes (maior banco de dados do mundo sobre a Mata Atlântica).[18] Em 1991, foi considerado pela UNESCO uma Reserva da Biosfera, e rebatizado como "Instituto de Pesquisas Jardim Botânico" em 1998. Finalmente, em 2002, tornou-se uma autarquia.

Ver artigo principal: Complexo da Quinta da Boa Vista

Destaca-se ainda o Complexo da Quinta da Boa Vista, parque público de grande valor histórico e cultural, no bairro de São Cristóvão. Suas dependências abrigam o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro e o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, instalado no antigo "Paço de São Cristóvão", um magnífico palácio em estilo neoclássico, utilizado como residência da Família Imperial Brasileira no século XIX. Atualmente, o Museu encontra-se sob administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e é um dos mais importantes do gênero na América Latina, tanto pela quantidade, quanto pela qualidade de suas coleções. O Paço abriga a exposição de um dos maiores acervos das Américas de animais empalhados, minerais, coleções de insetos, utensílios indígenas, múmias egípcias e sul-americanas, meteoritos, fósseis e achados arqueológicos. O edifício, que obedece às linhas do Rococó Barroco, é composto de três partes: a Casa do Trem (posteriormente renomeada Casa da Ordem), construída em 1762; o corpo do verdadeiro Arsenal de Guerra, datado de 1822; e o Anexo, de 1835. No Arsenal de Guerra, desde o final do século XVIII até os primeiros tempos da República, armas, munições e demais petrechos bélicos foram ali produzidos, com ênfase para a primeira fabricação de bronze no Brasil – trabalho de Mestre Valentim.

Na Quinta da Boa Vista, o portão de entrada para o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro.

O Jardim Zoológico do Rio foi o primeiro zoológico nacional, inaugurado em 1888 por João Batista Viana Drummond (o Barão de Drummond) no bairro de Vila Isabel, em um terreno com riachos, lagos artificiais e uma extensa coleção de animais.[19] No entanto, em virtude das iminentes dificuldades financeiras, seus portões foram fechados em 1940. Em 18 de março de 1945, foi reinaugurado no Parque da Quinta da Boa Vista, onde se encontra até hoje. O zoológico carioca ocupa lugar de destaque na memória histórica do país. Certamente, uma das imagens mais marcantes é o imponente portão construído em sua entrada (oferecido como presente de casamento a D. Pedro I e à futura Imperatriz Leopoldina, por um nobre inglês), o qual pode ser visto na paisagem de algumas telas pintadas durante o Período Imperial. Em 1985, foi convertido na Fundação RIOZOO, mudança que propiciou certa agilidade administrativa e encetou um vigoroso processo de modernização, transformando-o em uma respeitada instituição de pesquisa e educação ambiental, reconhecida no Brasil e no exterior.[19]

Localizado na Zona Oeste, o Parque Estadual da Pedra Branca abriga o ponto culminante do Rio de Janeiro: o "Pico da Pedra Branca", de 1.024 metros.[12] Constitui o maior parque ecológico da cidade e a maior floresta urbana do mundo[20][21], com uma área total de 12.500 hectares[20] – cerca de 10% do território municipal. É encoberto por vegetação típica da Mata Atlântica (cedros, jacarandás, jequitibás e ipês), a qual serve de abrigo a uma generosa fauna composta por jaguatiricas, preguiças-de-coleira, tamanduás-mirins, pacas, tatus e cotias. Além do variado patrimônio natural, dispõe de algumas construções de interesse cultural e turístico, como um antigo aqueduto, represas, ruínas de sedes de antigas fazendas, e o pórtico e a subsede do Pau da Fome, em Jacarepaguá – principal via acesso à região, com projeto de autoria de José Zanine Caldas. Nas cercanias do Parque, encontra-se o Museu Nise da Silveira, na Colônia Juliano Moreira.

Ver artigo principal: Passeio Público

Em pleno centro da cidade, o Passeio Público é um parque ajardinado, projetado e parcialmente executado por Valentim da Fonseca e Silva. Foi o primeiro parque público das Américas, construído no século XVIII. Com inspiração no Passeio Público de Lisboa, e seguindo o estilo francês, surgiram as alamedas retas, que se cruzavam ortogonalmente, e outras formando diagonais, ostentando elementos decorativos também criados pelo artista, como chafarizes, estátuas e pavilhões. Em 1864, a pedido do Imperador D. Pedro II, teve o traçado dos jardins alterado pelo paisagista francês Auguste François Marie Glaziou no sentido romântico, com aléias curvas e sinuosas, lagos e pontes. Após sucessivas intervenções ao longo do século passado, em 2004 passou por uma ampla reforma para devolver o traçado original de Glaziou. Da decoração original de Mestre Valentim restaram o conjunto do Chafariz do Menino, em ferro (1783), e a Fonte dos Amores, com estátuas de jacarés em bronze. Inclui-se entre os monumentos brasileiros tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Outros parques

Também podem ser elencados:

Estação central da Estrada de Ferro Central do Brasil (D. Pedro II), por volta de 1870.
Estação central da Estrada de Ferro Central do Brasil (D. Pedro II), por volta de 1870.
Pátio do casarão do Parque Henrique Lage, com a floresta e o morro ao fundo.
Pátio do casarão do Parque Henrique Lage, com a floresta e o morro ao fundo.

Política municipal

No Rio de Janeiro, o Poder Executivo é representado pelo prefeito e gabinete de secretários, em conformidade ao modelo proposto pela Constituição Federal. A Lei Orgânica do Município e o atual Plano Diretor, porém, preceituam que a administração pública deve conferir à população ferramentas efetivas ao exercício da democracia participativa. Deste modo, a cidade é dividida em subprefeituras, cada uma delas dirigida por um submandatário nomeado diretamente pelo prefeito.

Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, onde está instalada a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, onde está instalada a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Entrada principal do Palácio Tiradentes, antiga sede do Congresso Nacional, atualmente ocupado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).
Entrada principal do Palácio Tiradentes, antiga sede do Congresso Nacional, atualmente ocupado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).
Interior do Palácio do Catete, que hoje abriga as instalações do Museu da República e já sediou o Governo Federal de 1897 a 1960.
Interior do Palácio do Catete, que hoje abriga as instalações do Museu da República e já sediou o Governo Federal de 1897 a 1960.

O Poder Legislativo é constituído à câmara municipal, composta por 50 vereadores[26] eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[27] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Conquanto seja o poder de veto assegurado ao prefeito, o processo de votação das leis que se lhe opõem costuma gerar conflitos entre Executivo e Legislativo.

Conselhos municipais há, entretanto, que atuam em complementação ao processo legislativo e ao trabalho engendrado nas secretarias. Obrigatoriamente formados por representantes de vários setores da sociedade civil organizada, acenam em frentes distintas – embora sua representatividade efetiva seja por vezes questionada. Encontram-se atualmente em atividade: Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural (CMPC), de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMAM), de Saúde (CMS), dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), de Educação (CME), de Assistência Social (CMAS) e Antidrogas.

Por ser a capital do estado, a cidade também é sede do Palácio Laranjeiras (Poder Executivo) e da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), localizada no Palácio Tiradentesedifício que já foi ocupado pelo Congresso Nacional, entre 1926 e 1960.

Empresas públicas ou de economia mista

Pertencem à prefeitura – ou, é esta sócia (majoritária ou não) em seus capitais sociais – diversas empresas responsáveis por serviços públicos ou aspectos econômicos do município:

Autarquias municipais

  • Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP): vinculado à Secretaria Municipal de Urbanismo, encarrega-se das atividades correlatas ao planejamento urbano, à produção de informações geográficas, cartográficas e estatísticas e ao desenvolvimento de projetos estratégicos que subsidiam estudos sócio-econômicos e políticas setoriais.[41] Tem sua origem na Fundação RioPlan, da qual se desmembrou em 1998. Criada em 1979 e convertida posteriormente em Empresa Municipal de Informática e Planejamento, a IplanRio conduzia projetos urbanísticos e a produção de estatísticas gerenciais, além de ser responsável pela base cartográfica do Rio de Janeiro.[41]
  • Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro: autarquia voltada ao gerenciamento do Regime Próprio de Previdência do Município – Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro (FUNPREVI) – e à concessão de benefícios assistenciais e prestação de serviços a seus segurados.[42]

Divisão administrativa

O município do Rio de Janeiro é dividido em 160 bairros, agrupados em 34 regiões administrativas. A cidade conta com 19 subprefeituras.

Zona Oeste · Região Central · Zona Sul · Zona Norte

Demografia

Crescimento populacional

A população estimada para o Rio de Janeiro pelo IBGE em 2007 foi de 6.093.472 habitantes na cidade e 11.571.617 na região metropolitana, o que o torna a segunda maior aglomeração urbana do Brasil[1][43] (e 23ª do mundo).[44]

As taxas de incremento médio anual da população foram de 0,82% (2000-2005) e 0,75% (1991-2000) na cidade, e 1,05% (2000-2005) e 1,18% (1991-2000) na região metropolitana – o que indica, de modo geral, uma suave desaceleração na taxa de crescimento dos demais municípios do Grande Rio, e um pequeno aumento na taxa da capital.[45]

Evolução demográfica da cidade do Rio de Janeiro

Composição étnica

Na região metropolitana, a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE, revelou as seguintes proporções no tipo físico da população: brancos, 53,6% (6.207.702); pardos, 33,6% (3.891.395); pretos, 12,3% (1.424.529); e amarelos ou indígenas, 0,5% (57.908).[46]

Imagem de satélite obtida no ano 2000, mostrando a baía de Guanabara no sentido leste-oeste, com a Ilha do Governador (a maior) ao centro, onde é possível visualizar o Aeroporto Internacional do Galeão. Os tons de cinza correspondem às zonas povoadas. À direita, parte do município do Rio de Janeiro e outras cidades da região metropolitana. À esquerda, parte das áreas urbanas de São Gonçalo e Niterói, este último ligado à capital pela Ponte Rio-Niterói – uma linha horizontal no centro da imagem.
Imagem de satélite obtida no ano 2000, mostrando a baía de Guanabara no sentido leste-oeste, com a Ilha do Governador (a maior) ao centro, onde é possível visualizar o Aeroporto Internacional do Galeão. Os tons de cinza correspondem às zonas povoadas. À direita, parte do município do Rio de Janeiro e outras cidades da região metropolitana. À esquerda, parte das áreas urbanas de São Gonçalo e Niterói, este último ligado à capital pela Ponte Rio-Niterói – uma linha horizontal no centro da imagem.

Dentre os fluxos migratórios mais significativos, destacam-se os de portugueses e demais povos europeus, nordestinos e afro-brasileiros.

Imigração portuguesa

Ver artigo principal: Imigração portuguesa no Brasil

Tal fluxo migratório deflagrou-se no século XVI, e atingiu seu auge no início do século XX, constituindo uma das maiores massas de imigrantes já recebidas pelo país. Entretanto, foi apenas em 1808, com o estabelecimento da Família Real Portuguesa no Rio de Janeiro, e a relativa proximidade das jazidas mineiras (descobertas no século XVIII), que a cidade beneficiou-se da onda lusitana. Somente naquele ano, aportaram em território brasileiro 15 mil nobres e pessoas da alta-sociedade portuguesa – a grande maioria, na então capital da Colônia.

Interior do Real Gabinete Português de Leitura, fundado em 1837 por um grupo de quarenta e três imigrantes portugueses, refugiados políticos, para promover a cultura entre a comunidade portuguesa na então capital do Império. É a maior biblioteca de autores portugueses fora de Portugal.
Interior do Real Gabinete Português de Leitura, fundado em 1837 por um grupo de quarenta e três imigrantes portugueses, refugiados políticos, para promover a cultura entre a comunidade portuguesa na então capital do Império. É a maior biblioteca de autores portugueses fora de Portugal.[47]

Após a Independência, os fluxos migratórios apresentaram uma redução paulatina, em razão da xenofobia criada contra os portugueses à época. Mas, com o passar dos anos e a carência de mão-de-obra ocasionada pelo fim do tráfico negreiro, voltaram a crescer. A partir de 1850, a imigração portuguesa tomou caráter quase que exclusivamente urbano e, ao contrário de alemães e italianos que vinham para trabalhar na agricultura, os portugueses rumavam a dois destinos preferenciais: as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Entre 1881 e 1991, mais de 1,5 milhão de pessoas migraram de Portugal para o Brasil. Em 1906, 133.393 portugueses viviam no Rio de Janeiro – 16% da população da época. Apesar das taxas migratórias terem-se reduzido drasticamente a partir da década de 1930 (e, com maior ênfase, após 1960), ainda hoje, a cidade é considerada a segunda mais portuguesa do mundo, depois de Lisboa.[48][49]

Migrantes de outros estados do Brasil

Ver artigo principal: Migração nordestina

É possível notar um respeitável contingente de pessoas de outros estados, sobretudo nordestinos. Paraibanos e pernambucanos fazem-se bastante presentes. No auge da industrialização, entre as décadas de 1960 e 1980, passaram a migrar para a Região Sudeste em busca de melhores condições de vida e trabalho. Com a melhoria estrutural de outras regiões do país, e os problemas resultantes da superpopulação nas grandes cidades, a migração nordestina diminuiu consideravelmente. Embora Rio de Janeiro e São Paulo continuem sendo importantes pólos de atração, a migração "polinucleada" ganhou contornos mais acentuados.

Afro-brasileiros

Também existem muitos afro-brasileiros desde o período colonial – a maioria descendente de escravos trazidos de Benim, Angola e Moçambique. Com importantes contribuições de seu sincretismo religioso e musical, elementos remanescentes da cultura africana encontram-se hoje emaranhados à cultura brasileira e da cidade.

Demais imigrantes

Alemães, italianos, russos, suíços, libaneses, judeus, espanhóis, franceses, argentinos, chineses e seus respectivos descendentes compõem uma parcela considerável dos povos estrangeiros radicados na cidade.

Religião

População residente por religião (Censo 2000)[50]
Religião Número de adeptos (%)
Católicos 3.556.096 60,71
Evangélicos 1.034.009 17,65
Sem religião 781.080 13,33
Espíritas 201.714 3,44
Umbandistas 72.946 1,25
Testemunhas de Jeová 36.273 0,62
Candomblecistas 29.831 0,51
Judeus 23.862 0,41
Budistas 12.741 0,22

São diversas as doutrinas religiosas manifestas na cidade. Tendo-se expandido sobre uma matriz social de predominância católica – em virtude do processo colonizador e imigratório, e da ausência de um estado laico que, à época, preconizava o catolicismo – a maioria dos cariocas ainda hoje se declara como tal. No entanto, é substancial a presença de dezenas de denominações protestantes (cerca de 18% da população residente[50]), além do Espiritismo, que apresenta uma penetração considerável, com mais de 200 mil adeptos.[50] As religiões afro-brasileiras (Umbanda e Candomblé) encontram respaldo em vários segmentos sociais, embora professadas por menos de 2% da população.[50]

Segundo o último censo do IBGE, o percentual dos que não possuem filiação religiosa alguma é expressivo – superior à média nacional, de 7,3% –, sobrestando, inclusive, ao das comunidades espírita e umbandista.[50] Testemunhas de Jeová, judeus e budistas são grupos minotários, mas em ascensão.

Igreja Católica Romana

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Sé Metropolitana da respectiva Província Eclesiástica, pertence ao Conselho Episcopal Regional Leste I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) (instalada no Rio até 1977). Fundada em 1676, abrange um território de 1.721 km², organizado em 246 paróquias.

Vista do Centro do Rio de Janeiro, com a edificação cônica da Catedral Metropolitana em destaque.
Vista do Centro do Rio de Janeiro, com a edificação cônica da Catedral Metropolitana em destaque.

A Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, ou Catedral Metropolitana, foi inaugurada em 1979, na região central da cidade. Suas instalações guarnecem um acervo de grande valor histórico e religioso: o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra e o Arquivo Arquidiocesano. Lá também estão sediados o Banco da Providência e a Cáritas Arquidiocesana.[51] Em estilo contemporâneo, apresenta formato cônico, com 96 metros de diâmetro interno e capacidade para receber até 20 mil fiéis. O esplendor da edificação, de linhas retas e sóbrias, deve-se aos cambiantes vitrais talhados nas paredes até à cúpula. Seu projeto e execução foram coordenados pelo Monsenhor Ivo Antônio Calliari (1918-2005).[51]

São Sebastião é reconhecido como o padroeiro da cidade, razão pela qual esta recebeu o nome canônico de "São Sebastião do Rio de Janeiro".

Igrejas Protestantes e Evangélicas

Na cidade coexistem vários credos protestantes ou reformados, exemplificados pelas Igrejas Evangélicas Batista, Presbiteriana, Metodista, Congregacional, Adventista do Sétimo Dia e Luterana, e pelas de origem pentecostal: Universal do Reino de Deus, Assembléia de Deus, Congregacional Cristã do Brasil, Evangelho Quadrangular, Casa da Bênção, Deus é Amor, Cristã Maranata e Nova Vida.[50] Nas últimas décadas, cominou-se um avanço suplementar dessas igrejas, essencialmente nas regiões periféricas e no centro.

Economia

Composição do PIB

O Rio de Janeiro é a cidade com o segundo maior PIB[7] no Brasil, superada apenas por São Paulo. Detém também o 30º maior PIB[8] do planeta, o qual, segundo dados do IBGE, foi de cerca de R$ 118.979.752.000 em 2005[3] – equivalente a 5,54% do total nacional.[7]

Centro Empresarial Mourisco, no bairro de Botafogo, onde estão instalados os escritórios das seguintes empresas: Banco Pactual, Banco Modal, Previ, Vivo, IBM, PSA Peugeot Citroën e Tower Perrin (multinacional especializada na gestão de recursos humanos).
Centro Empresarial Mourisco, no bairro de Botafogo, onde estão instalados os escritórios das seguintes empresas: Banco Pactual, Banco Modal, Previ, Vivo, IBM, PSA Peugeot Citroën e Tower Perrin (multinacional especializada na gestão de recursos humanos).
Composição do PIB da Cidade do Rio de Janeiro[52]
Serviços
65,28%
Impostos
23,19%
Indústria
11,5%

O setor de serviços abarca a maior parcela do PIB (65,28%), seguido pelos impostos (23,19%), pela atividade industrial (11,5%) e pelo agronegócio (0,03%).[52]

Beneficiando-se da posição de capital federal ocupada por um longo período (1763-1960), a cidade transformou-se em um dinâmico centro administrativo, financeiro, comercial e cultural. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tal como considerada pelo IBGE[43], ostenta um PIB de R$ 172.563.073.000, constituindo o segundo maior pólo de riqueza nacional.[3] Concentra 70% da força econômica do estado e 8,04% de todos os bens e serviços produzidos no país.[3] Há muitos anos congrega o segundo maior pólo industrial do Brasil, contando com refinarias de petróleo, indústrias naval, siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas, gás-químicas, têxteis, gráficas, editoriais, farmacêuticas, de bebidas, cimenteiras e moveleiras. No entanto, as últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um grande pólo nacional de serviços e negócios.

A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), que atualmente negocia apenas títulos públicos, foi a primeira bolsa fundada no Brasil, em 1845, e localiza-se na região central.[53]

Setores em destaque

No Rio estão sediadas as duas maiores empresas brasileiras – a Petrobras e a Vale –, o maior grupo de mídia e comunicações da América Latina – as Organizações Globo[9] –, e grandes empresas do setor de telecomunicações, como: Oi, TIM, Embratel, Intelig, Net (maior empresa multisserviços via cabo da América Latina[54]) e Star One (maior empresa latino-americana de gerenciamento de satélites).

Evolução do Produto Interno Bruto (PIB)[3]
Ano PIB (R$ 1000) PIB per Capita (R$)
2002 90.939.540 15.242
2003 95.680.944 15.923
2004 112.586.665 18.605
2005 118.979.752 19.525

No setor de petróleo, verifica-se um arranjo consentâneo de mais de 700 empresas, dentre as quais as maiores do Brasil (Shell, Esso, Ipiranga, Chevron Texaco, El Paso, Repsol YPF). A maioria mantém centros de pesquisa espalhados por todo o estado e, juntas, produzem mais de 4/5 do petróleo e dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do território nacional.[6] A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) (maior siderúrgica da América Latina) e a filial brasileira da BHP Billiton exercem papel de destaque no setor de mineração.

O Rio de Janeiro herdou de seu passado uma forte vocação cultural. Atualmente, aglutina os principais Centros de Produção da TV Brasileira: o Projac da Rede Globo de Televisão, o RecNov da Rede Record e o Pólo de Cinema de Jacarepaguá – responsáveis pela geração de cerca de 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos. Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada exclusivamente por estúdios cariocas, captando R$ 91 milhões em recursos federais através de leis de incentivo fiscal.[6]

Coca-Cola Brasil, Michelin, PSA Peugeot Citroën, Xerox do Brasil, GE Oil & Gas, Light, Chemtech, Transpetro, Souza Cruz (British American Tobacco), Previ, Grupo SulAmérica, Grupo Queiroz Galvão, Ponto Frio e Lojas Americanas compõem a lista das grandes companhias sediadas na cidade. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos cerca de 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado do Rio, sendo a maior parte na capital.[55] Ênfase para Schering-Plough, GlaxoSmithKline, Sanofi-Aventis, Roche e Merck.

A cidade reúne os principais grupos nacionais e internacionais do setor naval e os maiores estaleiros do país e do estado – o qual detém cerca de 90% da produção de navios e de equipamentos offshore no Brasil.[6][56]

O turismo confere mais do que um mero adendo à economia local, vez que, de todos os estrangeiros que visitam o país, 40% têm como destino a capital fluminense[6], atraídos por uma miríade de ícones culturais e paisagísticos – o que leva à criação de diversos postos de trabalho, robustecendo os setores comercial e de hotelaria. De acordo com um levantamento recente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para 2008, existem 31 estabelecimentos da categoria (segundo lugar no ranking), ou 8,4% do total nacional).[57]

Uma parcela significativa do parque gráfico-editorial brasileiro faz-se presente. Quanto à indústria fonográfica, figuram gigantes como EMI, Universal Music, Sony BMG, Warner Music e Som Livre.

Centro financeiro do Rio de Janeiro, observado da baía de Guanabara.
Centro financeiro do Rio de Janeiro, observado da baía de Guanabara.

Muitas empresas estatais, fundações públicas e autarquias federais possuem suas sedes estabelecidas na cidade, com destaque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Eletrobrás (maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina), as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA-Rio), o Inmetro, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Escritório-Central da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), a Confederação Nacional do Comércio (CNC; também sediada em Brasília), a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Educação e ciência

Com 2.101 estabelecimentos de ensino fundamental, 1.977 unidades pré-escolares, 685 escolas de nível médio e 66 instituições de nível superior, a rede de ensino carioca é a segunda mais extensa do país.[52] Ao total, são 1.572.535 matrículas e 99.161 docentes registrados.[52]

Educação no Rio de Janeiro em números[52]
Nível Matrículas Estudantes da rede pública (%) Docentes Escolas (total) Unidades de ensino da rede pública (%) Ano de referência
Ensino Pré-Escolar 159.759 60,11 9.621 1.977 37,68 2006
Ensino Fundamental 829.487 76,18 47.589 2.101 51,98 2006
Ensino Médio 297.910 81,23 20.992 685 44,67 2006
Ensino Superior 285.379 18,38 20.959 66 9,09 2005

Indicadores

O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2000 a marca de 0,933 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)[2] – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,4% (superior apenas às das capitais da Região Sul).[58]

Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, o Rio obteve a terceira melhor colocação dentre as capitais brasileiras.[59] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2005, três escolas cariocas ocuparam os primeiros lugares: o Colégio de São Bento, o Colégio Santo Agostinho e o Colégio PH.[60] A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz, foi a instituição pública de nível médio a alçar a maior nota no quadro nacional, conquistando a quinta posição.[60] Em 2007, oito escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios São Bento e Santo Agostinho os respectivos primeiro e segundo colocados.[61] Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se numa das causas preponderantes à evasão.

Na capital fluminense também se encontra a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), fundada em 1937 com apoio do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ensino superior

Contemplado por expressivo número de renomadas instituições de ensino e centros de excelência, o Rio de Janeiro é o segundo maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 17% da produção científica nacional – segundo dados de 2005.[10] No cenário atual, destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas.

O "Palácio Universitário", edificação em estilo neoclássico do século XIX, sedia o campus Praia Vermelha da UFRJ.
O "Palácio Universitário", edificação em estilo neoclássico do século XIX, sedia o campus Praia Vermelha da UFRJ.
Bondinho do Pão de Açúcar subindo o morro da Urca, com a Praia Vermelha, a Praça Gen. Tibúricio e o Instituto Militar de Engenharia (IME) ao fundo.
Bondinho do Pão de Açúcar subindo o morro da Urca, com a Praia Vermelha, a Praça Gen. Tibúricio e o Instituto Militar de Engenharia (IME) ao fundo.

Completam o exemplário acima as seguintes instituições: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Universidade Candido Mendes (UCAM), Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade Gama Filho (UGF), Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO), Universidade Estácio de Sá (UNESA), Universidade Santa Úrsula, Universidade Veiga de Almeida (UVA) – entre outras.

Principais institutos de pesquisa e normalização

Construído em estilo neo-mourisco, o Palácio de Manguinhos, situado no bairro de mesmo nome, abriga a sede da Fundação Oswaldo Cruz.
Construído em estilo neo-mourisco, o Palácio de Manguinhos, situado no bairro de mesmo nome, abriga a sede da Fundação Oswaldo Cruz.
Sede do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) do IBGE, no Maracanã.
Sede do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) do IBGE, no Maracanã.

Transportes

Aeroportos

A cidade conta com três aeroportos comerciais:

Além destes, há os aeroportos militares: a Base Aérea do Galeão, em espaço contíguo ao aeroporto internacional, a Base Aérea dos Afonsos (conhecida como Campo dos Afonsos) e a Base Aérea de Santa Cruz, importante centro de defesa da Aeronáutica e maior complexo de combate da Força Aérea Brasileira.[77]

Vista das praias de Ipanema e Leblon.
Vista das praias de Ipanema e Leblon.

Também existe no Rio um aeroporto reservado à operação de ultraleves, o Clube Ceu (Clube Esportivo de Ultraleves)[78], situado ao sul do Autódromo Internacional Nelson Piquet. Trata-se de um dos mais bem aparelhados clubes dentre as agremiações esportivas do mundo todo, considerado pelas autoridades aeronáuticas brasileiras um padrão na aviação esportiva.[79]

Heliportos

Existem vários heliportos e helipontos. Além da possibilidade de pousar nos aeroportos, também se pode contar com o Heliporto da Lagoa.

Porto

O Porto do Rio de Janeiro localiza-se na costa oeste da baía de Guanabara, próximo à região central, e atende aos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e sudoeste de Goiás, entre outros.[80]

É um dos mais movimentados do país quanto ao valor das mercadorias e à tonelagem. Minério de ferro, manganês, carvão, trigo, gás e petróleo são os principais produtos escoados.

Administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), conta com 6.740 metros de cais contínuo e um píer de 883 metros de perímetro, que compõem os seguintes trechos: Cais Mauá (35.000 m² de pátios descobertos), Cais da Gamboa (60.000 m² de área coberta em 18 armazéns e pátios com áreas descobertas de aproximadamente 16.000 m²), Cais de São Cristóvão (12.100 m² em dois armazéns cobertos e uma área de pátios com 23.000 m²), Cais do Caju e Terminal de Manguinhos.[80] Existem ainda dez armazéns externos, totalizando 65.367 m², e oito pátios cobertos (11.027 m²), com capacidade de estocagem para 13.100 toneladas, além de outros terminais de uso privativo na Ilha do Governador (exclusivo de Shell e Esso), na baía de Guanabara (Refinaria de Manguinhos) e nas Ilhas d’Água e Redonda (Petrobras).[80]

Metrô

Ver artigo principal: Metrô do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é servido por uma rede metroviária que integra bairros e municípios distantes, conectando desde o bairro da Pavuna, na Zona Norte, até Copacabana. Estes são então integrados por ônibus especiais, que passam por Ipanema, Leblon, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado e vão até a Barra da Tijuca. Também há integrações específicas da Pavuna para cidades da Baixada Fluminense como Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu. Futuramente também serão implantadas conexões para Belford Roxo. Ao longo da rede metroviária há outras pequenas integrações. Recentemente, foi aberta a terceira estação de Copacabana, Cantagalo. Em 2008/2009, segundo o cronograma, entrará em funcionamento a estação General Osório, no bairro de Ipanema.

Possui 42 quilômetros de extensão distribuídos em duas linhas e 38 estações e é a segunda mais extensa rede metroviária do Brasil.[81][82] Diariamente, o Metrô do Rio de Janeiro transporta 550 mil passageiros.[83]

Malha metroviária do Rio de Janeiro.
Malha metroviária do Rio de Janeiro.

Ônibus

Este é o transporte público mais utilizado no Rio de Janeiro. A qualidade do transporte coletivo de passageiros é reflexo de um trabalho de planejamento estratégico pouco azeitado. Tal como a maioria das grandes metrópoles brasileiras – a despeito de algumas exceções que lograram certo êxito no planejamento do transporte rodoviário urbano (como Curitiba, por exemplo) –, a cidade carece de transporte em massa sobre trilhos, o que também corrobora, não raro, com o aumento do consumo de combustíveis fósseis e, sobretudo, com os congestionamentos nas principais artérias da cidade, além de muitas vias auxiliares.

Contando com um sistema de ônibus insuficiente às suas dimensões de metrópole, e que sofre com carência de integração, sobreposição de linhas, concorrência direta e indireta com os transportes de massa, regulamentação e fiscalização ainda deficitárias e excesso de poder dos operadores, a cidade necessita, atualmente, de uma eficiente reestrututação e ampliação em seu sistema de transporte coletivo.

Ônibus na Avenida Presidente Antônio Carlos, Centro do Rio.
Ônibus na Avenida Presidente Antônio Carlos, Centro do Rio.

Nos últimos dez anos, houve perda de usuários para demais meios, especialmente o transporte alternativo. Ainda assim, são cerca de quatro milhões de usuários/dia apenas nas linhas municipais, cujo número orbita em torno de 440, e 50 empresas atuantes no setor.[84]

Na cidade, as empresas de ônibus encontram-se interligadas ao metrô, visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais deste, mas ainda necessitam de um ônibus para chegar ao seu destino. Tais passageiros podem utilizar o chamado "bilhete integração", através do qual pagam pelo metrô e ainda têm direito ao ônibus de integração.

A frota do Rio de Janeiro é a segunda maior do país, composta por 1.396.083 automóveis, 123.612 motocicletas, 17.216 motonetas, 51.884 caminhonetes, 12.515 ônibus, 11.943 micro-ônibus e 27.190 caminhões (IBGE/2007).[52]

Trens urbanos

Além do metrô, o Rio de Janeiro conta com um sistema de trens urbanos. Sob direção da concessionária Supervia, constitui, juntamente com os ônibus, um amplo conjunto de transporte popular. Os veículos partem da Estação Ferroviária Central do Brasil em direção aos subúrbios, à Zona Oeste e à Baixada, cruzando bairros como Méier, Penha, Bangu e Madureira, e as cidades de Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

Existem três linhas férreas principais, as quais possuem ramificações denominadas linhas auxiliares.

Ciclovias

O Rio de Janeiro detém 140 km de ciclovias, a maior metragem do país e a segunda maior da América Latina, perdendo apenas para Bogotá, com 250 km. Segundo estimativas do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), cerca de 320 mil pessoas utilizam bicicletas na cidade.[85]

A malha está espalhada por toda a orla, do Leme à Praia do Pontal na Lagoa, Centro, e em outras áreas das Zonas Sul e Oeste.

Esportes

Os eventos esportivos mais conhecidos do Rio de Janeiro são a etapa brasileira de MotoGP e as finais mundiais de vôlei de praia. Jacarepaguá era o local onde se realizava a etapa brasileira do Grande Prêmio de Fórmula 1, entre os anos de 1978 e 1990, e Champ Car (1996-1999). Os circuitos WCT e WQS de Surf foram disputados em praias cariocas entre 1985 e 2001.

Recentemente, a cidade construiu um novo e moderno estádio no bairro do Engenho de Dentro, com capacidade para mais de 46 mil pessoas. Foi batizado de Estádio Olímpico João Havelange, em homenagem ao brasileiro que presidiu durante muitos anos a FIFA, e ainda hoje é considerado seu presidente de honra.

A prática de esportes é um passatempo muito comum no Rio de Janeiro, sendo o futebol o mais popular deles. O Rio abriga cinco clubes brasileiros bastante tradicionais: América, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. A sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) localiza-se em um edifício da Barra da Tijuca, Zona Oeste.

Morro do Pão de Açúcar, com vista parcial dos cabos do teleférico. A elevação é um dos pontos mais procurados para a prática do alpinismo.
Morro do Pão de Açúcar, com vista parcial dos cabos do teleférico. A elevação é um dos pontos mais procurados para a prática do alpinismo.

Dentre as modalidades esportivas mais praticadas estão o Futebol de areia, o vôlei de praia, o surfe, o kitesurf, o vôo livre, o jiu-jitsu e o remo. A capoeira, mistura de dança, esporte e arte marcial, também aparece com alguma freqüência. Outro esporte altamente popular nas areias do Rio é o "frescobol", espécie de tênis de praia.

No Rio de Janeiro é recorrente a prática do alpinismo (ou escalada), havendo centenas de rotas espalhadas pela cidade. O ponto mais famoso é o do Pão de Açúcar, no qual os esportistas arrostam desafios em vários graus de dificuldade, desde o nível 3 até o 9, acima de 280 metros.

O vôo livre começou a ser exercitado no início da década de 1970, e adequou-se rapidamente ao gosto de inúmeros praticantes e às características da cidade, em razão de suas peculiaridades geográficas: no encontro das montanhas com o oceano Atlântico, surgem excelentes posições para decolagem, podendo-se contar com vastas porções desocupadas de areia para aterrissar. De início majoritariamente encenada por amadores, a atividade verteu-se em uma lucrativa indústria que atualmente oferece vôos com pilotos experientes a preços acessíveis.

A pesca é uma atividade que também pode ser observada em algumas regiões.

Campeonato Carioca de Futebol

Ver artigo principal: Campeonato Carioca de Futebol

O Campeonato Carioca de Futebol adquiriu tradição e importância nos tempos em que a cidade era a capital da República e, mais tarde, capital (e única cidade) do estado da Guanabara. Até a fusão da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro em 1975, o Campeonato Carioca era disputado apenas pelos clubes da cidade, exceção feita aos niteroienses Canto do Rio (1941-1964) e Rio Cricket (1906-1916) e ao Petropolitano (1912) que, mesmo sendo de outros municípios, participaram como convidados do certame carioca. Dentre os clubes da cidade destacam-se:

Arquibancadas do Estádio Olímpico João Havelange, mais conhecido como "Engenhão".
Arquibancadas do Estádio Olímpico João Havelange, mais conhecido como "Engenhão".

Estádios de futebol

A cidade conta com três grandes estádios:

Cerimonial da abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Estádio do Maracanã.
Cerimonial da abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Estádio do Maracanã.

Além destes, existem outros estádios menores:

Problemas atuais

Contrastes sócio-econômicos

Favela no Rio de Janeiro.
Favela no Rio de Janeiro.

O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes econômicos e sociais, apresentando grandes disparidades entre ricos e pobres. Enquanto muitos bairros ostentam um Índice de Desenvolvimento Humano correspondente ao de países nórdicos (Gávea: 0.970; Leblon: 0.967; Jardim Guanabara: 0.963; Ipanema: 0.962; Barra da Tijuca: 0.959), em outros, observam-se níveis bem inferiores à média municipal, como é o caso do Complexo do Alemão (0.711) ou da Rocinha (0.732).[91]

Embora classificada como uma das principais metrópoles do mundo, uma porção significativa dos 6,1 milhões de habitantes da cidade vive em condições de pobreza. A maioria de seus numerosos subúrbios é composta por favelas, aglomerados urbanos normalmente construídos sobre morros, onde as condições de moradia, saúde, educação e segurança são extremamente precárias.

Um aspecto original das favelas do Rio é a proximidade aos distritos mais valorizados da cidade, simbolizando a forte desigualdade social, característica do Brasil. Alguns bairros de luxo, como São Conrado, onde se localiza a favela da Rocinha, encontram-se "espremidos" entre a praia e os morros. Nas favelas, ensino público e sistema de saúde deficitários ou inexistentes, aliados à saturação do sistema prisional, contribuem com a intensificação da injustiça social e da pobreza.

Violência

Desde meados dos anos 1990, em decorrência da violência urbana, o Rio vem conquistando espaço na imprensa nacional e (nos últimos anos) internacional. A cidade apresenta índices elevados de criminalidade, em especial, o homicídio.[92] Até o ano de 2007, na região metropolitana contabilizavam-se quase 80 mortos por semana – a maioria vítimas de assaltos, balas perdidas e do narcotráfico.[93][94] Entre 1978 e 2000, 49.900 pessoas foram mortas no Rio, mais do que em toda a Colômbia no mesmo período.[95][96]

Policiais atuando em favela.
Policiais atuando em favela.

A polícia do Rio de Janeiro também é demasiadamente violenta; em 2006 executou 1.063 pessoas no estado, sendo 1.195 apenas em 2003. Até abril de 2007, a média era de 3,7 por dia. A título de comparação, a polícia dos EUA matou apenas 347 pessoas em todo o território estadunidense ao longo de 2006.[97][98] Os policiais recebem em média R$ 874 por mês, ou o equivalente R$ 10.488 em um ano.[99] Baixos salários e equipamentos insuficientes fazem com que a polícia carioca consiga resolver apenas 3% de todos os assassinatos ocorridos na cidade.[100]

Entretanto, pesquisas recentes demonstram que a violência vem caindo na cidade, sobretudo nos últimos anos. O Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008, estudo realizado conjuntamente pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) e pelo Instituto Sangari, com o aval dos Ministérios da Saúde e da Justiça, divulgado em janeiro deste ano, revela que no Rio de Janeiro a taxa geral de homicídios por 100 mil habitantes retrocedeu 40% entre 2002 e 2006, levando-o da 4ª para a 14ª posição no ranking das capitais mais violentas do país.[101] Em 2002, a capital fluminense registrava 62,8 casos de homicídio para cada 100 mil pessoas. Em 2006, após quedas anuais sucessivas, esta taxa chegou a 37,7 – abaixo da aferida para cidades menores como Recife (90,9), Vitória (88,6), Curitiba (49,3), Belo Horizonte (49,2), Salvador (41,8) e Florianópolis (40,7).[101] No entanto, apesar da salutar redução dos índices de criminalidade, o Rio ainda ocupa o segundo lugar com relação ao total de homicídios ocorridos em 2006, atrás apenas de São Paulo.[101] Um relatório anterior, divulgado em outubro de 2007, também com a chancela dos Ministérios da Saúde e da Justiça[102], apontava uma redução inferior (17,5%) nos índices de homicídio entre 2003 e 2006, período no qual a capital respectivamente teria oscilado da 3ª a 5ª colocação entre as mais violentas do Brasil.

Segundo o "Mapa da Violência de 2008", a taxa de óbitos por armas de fogo também apresentou retração considerável (da ordem de 30%) no período analisado.[101] Em 2002, foram computadas 52,7 mortes para cada grupo de 100 mil, ao passo que em 2006, o número caiu para 37,1.[101] Em decorrência, o Rio deixou de ostentar a terceira colocação na lista das capitais com maior número de mortes desta categoria, caindo para o 8º lugar.[101]

Taxas de homicídios e de mortes por armas de fogo por 100 mil habitantes na cidade do Rio de Janeiro

Fonte: RITLA, Instituto Sangari, Ministério da Saúde e Ministério da Justiça – Janeiro de 2008.[101]

Levando-se em consideração, para as todas as capitais, somente a média das taxas entre 2002 e 2006, a cidade fica na 9ª posição (44,8) quanto aos homicídios da população em geral, e na 7ª (42) com relação aos óbitos por armas de fogo.[101] Dentro do universo dos 5.564 municípios pesquisados, operou-se uma queda do 124º (2002) para o 445º lugar (2006) quanto à taxa de homicídios, e do 105º (2002) para o 243º (2006) no índice de mortes por armas de fogo.[101]

Poluição

Em razão da alta concentração de indústrias na região metropolitana, o Rio de Janeiro, como a maioria das grandes metrópoles brasileiras, tem enfrentado sérios problemas de poluição ambiental. A baía de Guanabara, vitimizada pela perda secular das áreas de mangue, agoniza com resíduos provenientes de esgotos domiciliares e industriais, além dos derrames de óleo e da crescente presença de metais pesados. Não obstante suas águas se renovem ao confluírem para o mar, a baía é receptora final de todos os afluentes gerados nas suas margens e nas bacias dos muitos rios e riachos que nela deságuam. Mais de 14.000 estabelecimentos industriais e quatorze terminais marítimos de carga e descarga de produtos oleosos estão entre os principais causadores da poluição. Os níveis de material particulado no ar também se encontram acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, em parte devido à numerosa frota de veículos em circulação.[103]

Lagoa Rodrigo de Freitas, atualmente vitimizada pela poluição.
Lagoa Rodrigo de Freitas, atualmente vitimizada pela poluição.

As águas da baía de Sepetiba seguem lentamente o caminho traçado pela baía de Guanabara, embora com características de degradação distintas.[104] Esgotos domiciliares produzidos por uma população da ordem de 1,29 milhão habitantes degradam diretamente a qualidade sanitária das águas quando lançados sem tratamento em valões, córregos ou rios.[104] Com relação à poluição industrial, rejeitos de grande toxicidade, dotados de altas concentrações de metais pesados – principalmente zinco e cádmio –, já foram despejados ao longo dos anos por fábricas dos distritos industriais de Santa Cruz, Itaguaí e Nova Iguaçu, implantados sob orientação de políticas estaduais voltadas, sobretudo, à polarização da expansão fabril em áreas menos congestionadas.[104]

A lagoa Rodrigo de Freitas, um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, e a lagoa de Marapendi vêm sofrendo com a leniência das autoridades e o avanço dos condomínios no local. O despejo de esgoto por ligações clandestinas e a conseqüente proliferação de algas diminuem a oxigenação das águas, ocasionando a mortandade de peixes.[105][106]

Algumas praias da orla carioca, na maior parte do ano, encontram-se impróprias para o banho. É comum após um grande temporal a formação de "línguas negras" nas areias das praias, originadas de detritos trazidos dos morros pelas chuvas.[107]

Projetos de infra-estrutura

Neste ano foram iniciadas as obras de urbanização de favelas e saneamento na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e em três municípios do interior do estado, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A intervenção urbanística perpetrada pelos governos conta com orçamento geral de R$ 3,8 bilhões (R$ 3,23 bilhões do Governo Federal, sendo R$ 2,15 bilhões do Orçamento Geral da União e R$ 1,08 bilhão de financiamentos, contrapartida de R$ 404,9 milhões do Governo Estadual e R$ 238,3 milhões provenientes dos 15 municípios contemplados)[108], e visa mitigar os problemas de ordem social e econômica que afligem as regiões mais pobres há décadas, integrando-as ao tecido urbano da metrópole, com a implantação de redes de esgotamento sanitário, creches, centros comunitários, equipamentos urbanos, melhorias nas habitações e no sistema viário de acesso às favelas.[108]

Em saneamento, entre as ações previstas estão as obras de despoluição da baías de Guanabara e Sepetiba, a revitalização do rio Paraíba do Sul, o sistema de abastecimento na Baixada Fluminense e Região Leste e a melhoria na drenagem dos rios Sarapuí e Iguaçu.[108]

A redução da poluição na baía de Guanabara também está na lista de proridades do PAC. Na foto, a baía na altura da enseada de Botafogo.
A redução da poluição na baía de Guanabara também está na lista de proridades do PAC. Na foto, a baía na altura da enseada de Botafogo.

Para o Rio de Janeiro estão no cronograma obras de urbanização nos Complexos do Alemão e de Manguinhos, Rocinha, Cantagalo, Pavão e Pavãozinho – localidades que mais carecem de infra-estrutura, e são freqüentemente palco de confrontos armados entre policiais e traficantes. No Conjunto do Alemão será erguido um grande teleférico, espelhado na experiência colombiana de Medellín. O engenho conectará a região à estação ferroviária de Bonsucesso.[109] Novas ruas e unidades habitacionais e um parque de 300 hectares terão a primazia no local. No caso de Manguinhos, está prevista a criação do "Parque Metropolitano", com a elevação da linha férrea. A linha, que atua como fator limitante à comunidade, passará por um processo de modernização, com a construção de um terminal intermodal e a instalação de vários quiosques de serviços públicos, a construção de uma escola de ensino médio e uma área esportiva com três quadras e três campos de futebol.[109] O projeto da Rocinha, escolhido em concurso nacional, trará a inclusão de uma passarela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer sobre a Auto Estrada Lagoa-Barra. A estrutura assemelha-se ao arco da Praça da Apoteose, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, e unir-se-á a um centro esportivo e aos novos conjuntos habitacionais que serão construídos na parte baixa da favela.[109]

No passado, a cidade já foi alvo de propostas de intervenção pouco exitosas, como o "Favela-Bairro", que, apesar da dotação orçamentária mais restrita, não alcançou parte de suas metas – embora haja controvérsias acerca da efetividade e dos resultados obtidos com o programa, o primeiro de urbanização em grande escala já implantado.[110]

Também serão beneficiados pelo PAC os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Nova Friburgo, Barra Mansa e Volta Redonda.[108]

Cariocas ilustres

Arquitetura
Artes
Cinema, teatro e TV
Empresários
Esportes
História
Literatura
Medicina
Música
Política

Feriados municipais

Cidades-irmãs

O Rio de Janeiro possui as seguintes cidades-irmãs:

São também consideradas cidades parceiras:

Referências

  1. 1,0 1,1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Estimativas / Contagem da População 2007 14 de Novembro de 2007
  2. 2,0 2,1 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Ano 2000
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005 19 de Dezembro de 2007
  4. Portal IG – Brasil Escola – Cidade do Rio de Janeiro
  5. Wikitravel – Brasil
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE) – Estudos e Pesquisas N. 180 10 de Maio de 2007
  7. 7,0 7,1 7,2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Posição ocupada pelos 100 maiores municípios em relação ao Produto Interno Bruto 19 de Dezembro de 2007
  8. 8,0 8,1 City Mayors Statistics – The 150 richest cities in the world by GDP in 2005 11 de Março de 2007
  9. 9,0 9,1 Globo.com – Conhecendo a Rede Globo
  10. 10,0 10,1 Unicamp – Assessoria de Comunicação e Imprensa 17 de Junho de 2005
  11. 11,0 11,1 11,2 Terra Brasil – Informações sobre a Pedra da Gávea
  12. 12,0 12,1 Parque Estadual da Pedra Branca – Informações sobre o Pico da Pedra Branca
  13. 13,0 13,1 Terra Brasil – Informações sobre o Pico da Tijuca
  14. Portal IG – Clima Brasileiro (Sudeste)
  15. 15,00 15,01 15,02 15,03 15,04 15,05 15,06 15,07 15,08 15,09 15,10 15,11 BBC Weather Centre – World Weather – Rio de Janeiro
  16. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – "Cochicho da Mata" recria floresta dentro da floresta 07 de Outubro de 2005
  17. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) – Floresta da Tijuca
  18. Veja Online – Tesouro tropical 06 de Junho de 2001
  19. 19,0 19,1 Jardim Zoológico do Rio de Janeiro – Histórico
  20. 20,0 20,1 Parque Estadual da Pedra Branca – A maior floresta urbana do mundo
  21. Fundação Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro (IEF) – Jovens da Maré visitam o Parque Estadual da Pedra Branca Agosto de 2007
  22. 22,0 22,1 22,2 Prefeitura do Rio de Janeiro – Aterro do Flamengo
  23. 23,0 23,1 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Ana Carolina Nogata: O Parque Guinle e a construção da paisagem moderna no Brasil Agosto de 2004
  24. Pesquisa FAPESP Online – A vida nos trilhos Junho de 2005
  25. 25,0 25,1 Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (SMAC) – Parque Natural Municipal Chico Mendes
  26. Câmara Municipal do Rio de Janeiro – Vereadores
  27. Senado Federal – Constituição da República Federativa do Brasil: Artigo 29
  28. 28,0 28,1 Riocentro – Quem somos
  29. World Travel Awards – South America 2006 Dezembro de 2006
  30. World Travel Awards – South America 2007 Dezembro de 2007
  31. Prefeitura do Rio de Janeiro – Rioluz: Quem somos
  32. 32,0 32,1 32,2 Comlurb – Perfil da empresa
  33. Secretaria Municipal de Transportes – CET-Rio
  34. 34,0 34,1 Riofilme – Sobre a Riofilme
  35. 35,0 35,1 Imprensa Oficial – Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro
  36. Prefeitura do Rio de Janeiro – Empresa Municipal de Informática (IplanRio): Apresentação
  37. Portal MultiRio – A empresa
  38. Prefeitura do Rio de Janeiro – RioUrbe: Quem somos
  39. Prefeitura do Rio de Janeiro – Guarda Municipal do Rio de Janeiro
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  41. 41,0 41,1 Prefeitura do Rio de Janeiro – Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos: A Instituição
  42. Prefeitura do Rio de Janeiro – Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro: O Instituto
  43. 43,0 43,1 Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) – Estimativas / Contagem da População 2007
  44. World Gazetteer – Welt: Ballungsräume
  45. Ministério da Saúde – Indicadores Demográficos do Brasil 2006
  46. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Síntese de Indicadores Sociais 2007
  47. Real Gabinete Português de Leitura
  48. Brasil: 500 anos de povoamento / IBGE – Presença Portuguesa
  49. Observatório da Imprensa – Matérias 02 de Abril de 2003
  50. 50,0 50,1 50,2 50,3 50,4 50,5 Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) – População residente por cor ou raça e religião Ano 2000
  51. 51,0 51,1 Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro – Página Oficial
  52. 52,0 52,1 52,2 52,3 52,4 52,5 IBGE Cidades
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  54. NET TV
  55. Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) – Sala de Imprensa Maio de 2004
  56. Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) – Secretário destaca retomada da indústria naval 30 de Agosto de 2007
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  59. UOL Educação – No IDEB, 'pior' cidade raspa nota zero; maioria tira menos de 5 26 de Abril de 2007
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  62. 62,0 62,1 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – História
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  71. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) – Objetivos
  72. 72,0 72,1 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) – Resenha Histórica
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  76. Infraero – Movimento nos Aeroportos
  77. Força Aérea Brasileira – Base Aérea de Santa Cruz (BASC) 25 de Setembro de 2006
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  86. Maracanã, templo do futebol brasileiro
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  91. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – IDH dos bairros do Rio de Janeiro Ano 2000
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  94. Terra Notícias – Violência no Rio
  95. O Dia Online – Editoria Brasil 01 de Outubro de 2007
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  99. O Globo Online – Salário da PM do Rio 16 de Abril de 2007
  100. Brazil Studies Program – Cidades violentas perdem negócios 28 de Julho de 2007
  101. 101,0 101,1 101,2 101,3 101,4 101,5 101,6 101,7 101,8 Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) – Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008 29 de Janeiro de 2008
  102. O Globo – Número de mortes por arma de fogo caiu 23 de Outubro de 2007
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  106. Globo.com – RJTV – Série de Reportagens: A poluição das águas da Barra 23 de Agosto de 2005
  107. Globo.com – RJTV – Série de Reportagens: A limpeza da orla carioca 27 de Agosto de 2005
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  111. Atlanta Sister CiTies Commission: Atlanta's sister cities
  112. Governo de Barcelona – Ciudades hermanadas
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  117. Sister Cities Network for Sustainable Development – Current Members & Programs

Ver também

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Ligações externas

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