Rodovia Anhangüera
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
SP-330
Rodovia Anhangüera
(nome oficial)
|
||||
Trecho da SP-330 e BR-050 | ||||
Imagem:Mapa-rodovia-anhanguera.jpg | ||||
Extensão | 453 km (281,5 mi) | |||
Inauguração | 1948 (São Paulo-Jundiaí) 1953 (Jundiaí-Limeira) 1953 (duplicação São Paulo-Campinas) 1961 (duplicação Campinas-Limeira) 1976 (duplicação Limeira-Porto Ferreira) 1978 (duplicação Porto Ferreira-Ribeirão Preto) 1980 (duplicação Ribeirão Preto-Igarapava) |
|||
Limite sul | Rua Monte Pascal, Lapa, em São Paulo, SP | |||
Interseções | ||||
Limite norte | BR-050 em Igarapava, SP | |||
Concessão | AutoBan Intervias Autovias Vianorte (desde 1998) |
|||
Parte do Sistema Anhangüera-Bandeirantes | ||||
Rodovias Estaduais de São Paulo | ||||
|
||||
|
Rodovia Anhangüera é uma rodovia paulista, oficialmente denominada SP-330. Faz parte do sistema BR-050, que liga Brasília a Santos.
A Rodovia Anhangüera liga São Paulo com a região nordeste do estado e suas principais cidades industriais e a uma das mais produtivas regiões agrícolas.É uma das mais importantes rodovias do Brasil e uma das mais movimentadas, com o trecho de maior tráfego entre São Paulo e Campinas, o primeiro a ser construído. É duplicada, contendo trechos com faixas adicionais e pistas marginais. Têm um tráfego pesado, especialmente de caminhões. É considerada juntamente com a Rodovia dos Bandeirantes e a Rodovia Washington Luís o maior corredor financeiro do país, pois interliga algumas das mais ricas regiões metropolitanas do estado como São Paulo e Campinas e mais as regiões Ribeirão Preto e São Carlos e Franca.
Índice |
[editar] História
A primeira menção da estrada que se tornaria a Rodovia Anhangüera foi por volta de 1720, quando uma carta do alferes José Peixoto da Silva Braga, enviada ao padre Diogo Soares, na qual está indicado o roteiro que aquele oficial seguiu com a bandeira do Anhangüera, o moço. Registra que o famoso Bartolomeu Bueno da Silva saíra da Vila de Piratininga, com uma tropa de 152 homens armados, acompanhados de dois religiosos bentos e providos de 39 cavalos. Entre São Paulo e Campinas a travessia foi feita em cinco dias, quatro deles em romper matas, até ser atingido o rio Mogi.
Em 1774, era uma estrada de terra entre São Paulo, Jundiaí e Campinas, servindo os tropeiros e viajantes que exploravam o interior para ouro, pedras preciosas e escravos. foi construída em 1914, por um grupo de 84 presidiários e pavimentaram 32 km.
A primeira versão da estrada (conhecida como Estrada Velha de Campinas, SP-332), iniciada em 1916, com a mão-de-obra de 84 sentenciados, que construíram 32 km, a São Paulo –Campinas, antecessora da Anhangüera, foi concluída em 1921, quando existiam, em todo estado de São Paulo, pouco mais de três mil carros de passageiros e 100 caminhões.
Em 1920, Washington Luis, presidente do estado, determinava a aceleração dos trabalhos da São Paulo-Jundiaí e seu prolongamento até Campinas. Autorizava a contratação de trabalhadores assalariados, que substituíram os presidiários. Foi a primeira estrada planejada e executada em função do veículo motorizado. No ano de 1920, era iniciada a construção do trecho de Campinas até Ribeirão Preto.
Em 1940, no dia 25 de janeiro, tinham início as obras de construção da nova rodovia São Paulo-Campinas, que passou a chamar-se, oficialmente, Via Anhangüera. Oito anos depois, surgia a primeira pista pavimentada da rodovia ligando a capital a Jundiaí e, depois, a Campinas. Em 1953, a segunda pista, tornando-se a primeira rodovia pavimentada e duplicada do país. Nove anos depois, começavam as obras de construção e pavimentação do novo acesso da Anhangüera a Campinas. Em março de 1976, a DERSA assumia o controle do km 10 ao 110.
Anhangüera foi o nome dado pelos índios para um famoso bandeirante do século XVI, Bartolomeu Bueno da Silva, por ter impressionado os índios colocando fogo em uma pipa cheia de cachaça e os ameaçou a fazer o mesmo com os seus rios e lagos. Anhangüera na língua guarani (añã'gwea), significa diabo velho. Curiosamente, homenagearam um bandeirante paulista para dar o nome da rodovia, apesar de não ser muito usual tal prática.
[editar] A rodovia
Inicia-se no km 11, ainda no bairro da Lapa, na capital paulista e vai até o km 453 Igarapava, próximo à divisa com o estado de Minas Gerais.
É denominada - SP-330 (São Paulo) - Campinas - Ribeirão Preto - Divisa Minas Gerais (Igarapava), nesse trecho de estrada.
Originalmente, com 80 km de extensão, entre São Paulo e Campinas, a SP-330 hoje soma 442 km, até Igarapava, sendo a terceira maior rodovia do estado. Pista dupla, tráfego intenso, de São Paulo a Limeira, com acesso à Rodovia Washington Luís, no km 153 para São Carlos, Araraquara e São José do Rio Preto. São oito postos de pedágios, nove da Polícia Rodoviária passando por trechos de muita beleza.
As concessionárias executam serviços de obras e melhoramentos em vias marginais, faixas adicionais, passarelas, sinalizações, recapeamentos, iluminação, etc.
Além de serviços nas vias de circulação, foi investido em controle e segurança instalando telefones de emergência por toda a rodovia, cabos de fibra ótica para comunicação, estações de controle de tráfego e câmeras de monitoramento. Há equipes disponíveis para prestar socorro mecânico incluindo guinchos e serviços de primeiros socorros com ambulâncias.
Entre as principais obras realizadas destaca-se a criação de vias marginais na Região Metropolitana de Campinas e nas regiões de Jundiaí (pela AutoBan) e Ribeirão Preto (pela Autovias e Vianorte).
Grandes obras foram realizadas pela AutoBan na remodelação dos trevos no km 98 Campinas, conhecido como Trevo da Bosch, considerada uma das maiores do sistema Anhangüera-Bandeirantes. O trevo faz a interligação de Campinas a Monte Mor e dá acesso a importantes indústrias da região e o trevo do km 58 (Jundiaí), o principal trevo do município, recebeu nova configuração geométrica. A obra de ampliação e reforma do local facilitou o acesso ao bairro Malota, ao centro da cidade, a rodovias para ir a Itupeva e Itatiba.
Entre as obras de recuperação da pista de rolamento destacam-se obras realizadas pela AutoBan na Região Metropolitana de Campinas onde foi removido o asfalto da pista a direita e aprofundado o solo em mais de meio metro para compactar o solo e preencher com brita, tornando a pista de rolamento mais resistente a carga pesada. A Vianorte empregou pela primeira vez na América do Sul um sistema para restaurar o pavimento por meio de termorregeneração, técnica mais conhecida como reciclagem a quente no próprio local. A técnica, usada há vários anos no exterior, já foi aplicada no Brasil nos anos 80 e que ressurge modernizada, de maneira a prevenir a deterioração do asfalto.
[editar] Trajeto
O trajeto da Rodovia Anhangüera cruza os seguintes municípios, todos no estado de São Paulo:
[editar] Sistema Anhangüera-Bandeirantes
Em conjunto com a Rodovia dos Bandeirantes, que possui traçado semelhante à Via Anhangüera até o final de sua extensão, forma-se o chamado Sistema Anhangüera-Bandeirantes, hoje administrado pela concessionária AutoBan. Assim, por quaisquer das duas rodovias, o usuário paga as mesmas tarifas de pedágio, tem direito aos mesmos serviços de apoio e acessos intercalados à rodovia congruente. Assim, a pessoa que fará uma viagem de São Paulo à Limeira, pode optar seguir o trajeto integral na Rodovia Anhangüera, na Rodovia dos Bandeirantes ou parte em cada uma.
O acesso à Rodovia dos Bandeirantes pode ser feito nos seguintes trevos:
- km 11 - Marginal Tietê (São Paulo)
- km 21 - Rodoanel (São Paulo)
- km 48 - Interligação Anhangüera-Bandeirantes (Jundiaí)
- km 61 - Rod. Dom Gabriel (Jundiaí)
- km 92 - Rod. Santos Dumont (Campinas)
- km 98 - Rod. Francisco Aguirra Proença (Campinas/Hortolândia)
- km 103 - Rod. Adalberto Panzan (Campinas)
- km 120 - Rodovia Luís de Queirós (Americana/Santa Bárbara d'Oeste)
- km 148 - SP-147 (Limeira)
- km 153 - Rodovia Washington Luís (Limeira)
- km 170 - Interligação Anhangüera-Bandeirantes (Cordeirópolis)
[editar] Relato descritivo rodoviário
- km 11 - Início rodovia - cidade de São Paulo
- km 11 - Início da administração da AutoBan
- km 18 - Acesso à Osasco, Pico do Jaraguá
- km 22 - Acesso ao Rodoanel (rodovias SP-332, Bandeirantes, C. Branco, R. Tavares e R. Bittencourt), Perus, Caieiras
- km 25 - Acesso ao bairro de Perus
- km 26 - Pedágio (AutoBan)
- km 35 - Acesso a Cajamar
- km 35 - Balança do DER-SP
- km 38 - Acesso a SP-354 para Campo Limpo Paulista, Caieiras, Várzea Paulista
- km 50 - Acesso à Rodovia dos Bandeirantes
- km 52 - Balança - obrigatória
- km 54 - Radar fixo (sentidos norte e sul)
- km 53 - Acesso a Jundiaí
- km 56 - Acesso a Jundiaí (Av. 14 de Dezembro, Av. Nove de Julho e Rua União)
- km 58 - Acesso a Jundiaí (Av. Jundiaí)
- km 60 - Radar fixo (sentido norte)
- km 61 - Acesso à Rod. Dom Gabriel para Aeroporto de Jundiaí, Itu, Itupeva, Itatiba
- km 71 - Acesso a Louveira
- km 75 - Acesso a SP-324 para Vinhedo, Aeroporto de Viracopos
- km 81 - Pedágio (AutoBan)
- km 82 - Acesso a Valinhos
- km 86 - Acesso ao Anel Viário Magalhães Teixeira para Campinas, Mogi Mirim, Jacareí
- km 92 - Acesso a Rodovia Santos Dumont para Campinas, Indaiatuba
- km 103 - Acesso à Rodovia D. Pedro I para Jacareí, Paulínia, Mogi Mirim
- km 109 - Radar fixo (sentido norte)
- km 110 - Balança - obrigatória
- km 115 - Acesso a Sumaré
- km 118 - Pedágio (AutoBan) - sentidos norte e sul
- km 119 - Acesso a Nova Odessa
- km 120 - Acesso à SP-304 para Piracicaba
- km 122 - Radar fixo (sentido norte)
- km 125 - Acesso a Americana
- km 148 - Acesso a Limeira
- km 152 - Pedágio (AutoBan) - sentidos norte e sul
- km 153 - Acesso à Rodovia Washington Luís para São Carlos, Araraquara e São José do Rio Preto
- km 156 - Acesso a Cordeirópolis
- km 158 - Fim da administração da AutoBan e começo da Administração da Intervias
- km 169 - Acesso a Araras
- km 181,700 - Pedágio (Intervias)
- km 192 - Acesso a Leme
- km 194 - Acesso a Santa Cruz da Conceição
- km 209 - Acesso a Pirassununga
- km 215 - Pedágio (Intervias)
- km 229 - Acesso a Porto Ferreira
- km 240 - Fim da administração da Intervias e começo da administração da Autovias
- km 241 - Acesso a Santa Rita do Passa Quatro
- km 281 - Pedágio (Autovias)
- km 292 - Acesso a Cravinhos
- km 307 - Acesso a Ribeirão Preto
- km 318 - Fim da da administração da Autovias e começo da administração da Vianorte
- km 318 - Acesso à SP-334
- km 330 - Acesso à Jardinópolis
- km 350 - Pedágio (Vianorte)
- km 355 - Acesso a Sales Oliveira
- km 363 - Acesso a Orlândia
- km 381 - Acesso a São Joaquim da Barra
- km 399 - Acesso a Guará
- km 310 - Acesso a Ituverava
- km 415 - Pedágio (Vianorte)
- km 443 - Acesso a Igarapava
- km 449,730 - Fim da administração da Vianorte e início da administração do DER-SP
- km 453 - Divisa estadual com MG. Fim da SP-330 e início da BR-050
[editar] Ver também
- Sistema rodoviário do estado de São Paulo
- Região Metropolitana de São Paulo
- Região Metropolitana de Campinas
- Região Administrativa Central