Sandra Mara Herzer
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Sandra Mara Herzer, a.k.a. Anderson, vulgo Bigode (n. em 1962, na cidade de Rolândia, estado do Paraná, Brasil - f. em 10 de agosto de 1982, na cidade de São Paulo), foi escritora e poeta, identificou-se primeiro como lésbica, depois como transexual, foi ex-interna da FEBEM, cuja vida e versos, publicados no livro A queda para o alto (pela Editora Vozes, com a aprovação explícita de Leonardo Boff, et al.), serviram de inspiração para o filme Vera.[1]
[editar] Biografia
Herzer tinha ainda quatro anos quando seu pai foi assassinado. Sua mãe, prostituída, não lhe serviu de referência positiva. Ainda na primeira infância, perdeu a mãe. Em conflito com sua sexualidade, primeiramente se revelaria homossexual, mas mais tarde se auto-descobriria como transexual. Como indicam seus registros escolares, logo de início houveram brigas na escola; e assim também, já desde cedo, Herzer passou a consumir álcool e, subseqüentemente, viciou-se em drogas recreativas.
Herzer entrou na FEBEM – onde adotou o nome de masculino Anderson Bigode Herzer - aos 14 anos; e lá ficou como interna até os 17, quando o então deputado estadual Eduardo Suplicy, sensibilizado com seus poemas e sua história, atuando como seu protégé, lhe deu uma oportunidade de trabalho em seu gabinete e uma vida livre, fora dos muros da instituição.[2]
Sofrendo profundos traumas, porém, apesar do auxílio recebido, Herzer se suicidaria, atirando-se do Viaduto 23 de Maio, localizado no centro da cidade de São Paulo. Herzer faleceu em conseqüência de ferimentos graves, mesmo após ter recebido os primeiros socorros, quando ainda em vida.[3]
[editar] Ver também
[editar] Referências
- ↑ O suicídio em poetas jovens, como Sandra (Anderson) Herzer, vulgo Bigode por José Carlos A. Brito
- ↑ O Direito Inalienável a Uma Renda Básica no Século XXI por Eduardo Matarazzo Suplicy. Palestra, Porto Alegre, Brasil, Forum Social Mundial (2001)
- ↑ Jornal do Brasil: A queda para o alto. www.senado.gov.br (2006)