Santiago (Chile)
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Cidade de Santiago |
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Foto de satélite | Brasão |
Bandeira | |
País | Chile |
Fundação | 12 de fevereiro de 1541 |
Região (Estado) | Região Metropolitana de Santiago |
Prefeito | Raúl Alcaíno Lihn |
Área: | |
- Urbana | 641.4km² |
- Cidade | 22.4km² |
- Bairros | 36 |
População: (2002) | |
- Cidade | 200.792 |
- Densidade | 8,96 hab/km² |
- Urbana | 5.428.590 |
- Metropolitana | 6.402.552 |
Altitude | 520m. |
Fuso Horário: | GMT-4 |
- Verão | GMT-3 |
IDH | 0,894 elevado 2007 |
Gentílico | santiaguino |
Site | municipalidaddesantiago.cl |
Santiago é a capital do Chile e centro de sua grande conurbação. Também é o centro cultural, administrativo e financeiro do país. Está localizada no vale central chileno, a uma altitude de 520 metros em relação ao nível do mar. Com mais de 6 milhões de habitantes, concentra 35,9% da população total do país. Mesmo sendo capital, o centro legislativo do Chile se encontra em Valparaíso (a 100km. de distância de Santiago).
Esta metrópole, chamada de Grande Santiago (Gran Santiago) ou simplesmente Santiago, é uma aglomeração que inclui 26 comunas de maneira íntegra e a 11 comunas em forma parcial. A maior parte de Santiago se encontra dentro da Província de Santiago, com alguns setores periféricos dentro das províncias de Maipo, Cordillera e Talagante. Se estende por mais de 641km².
É considerada uma das cidades da América Latina com melhor qualidade de vida. Possui vários títulos como o de 3ª melhor capital da América para se viver e entre outros, como a cidade mais segura do hemisfério sul. É sede da CEPAL e dos principais organismos governamentais, financeiros, administrativos e comerciais do Chile. Devido a se encontrar localizada geograficamente em um vale rodeado de montanhas que restringem a circulação dos ventos, sofre de problemas de contaminação atmosférica, que são especialmente graves durante a época de inverno.
Com aproximadamente duas décadas de crescimento ininterrupto, Santiago se tornou uma das mais modernas áreas metropolitanas da América Latina, com um extenso desenvolvimento suburbano, dezenas de shopping's e uma impressionante arquitetura moderna (futurista). Tem uma das mais modernas infra-estruturas de sistemas de transporte do continente, como o Metro de Santiago e a Costanera Norte, uma autopista rodoviária. Se trata de uma "highway" que passa pelo centro da cidade e conecta os extremos Leste e Oeste da capital em 25 minutos, duplicada, com várias faixas, painéis digitais e o destaque: uma parte subterrânea (uma espécie de túnel), com várias ligações, em uma extensão de mais de 10km.
As comunas mais importantes da cidade são: Santiago (Santiago Centro), Providencia e Las Condes.
Índice |
[editar] História
Santiago foi fundada pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia, no dia 12 de fevereiro de 1541, com o nome de "Santiago de Nueva Extremadura" (em honra ao Apóstolo Santiago, santo patrono da Espanha). A cerimônia de fundação ocorreu no "Cerro Huelén" (renomeado por Valdívia como Cerro Santa Lúcia). Assim, Pedro de Valdivia iniciou a conquista do Chile. Foi escolhida essa região por seu clima moderado e por estar ao lado do rio Mapocho. Por conselho do cacique picunche Millacura, a cidade foi fundada entre os dois braços desse rio.
A cidade foi destruída no dia 11 de setembro de 1541 pelas forças dos nativos da região, chefiados por Michimalonco, que promoveu a Guerra do Arauco.
Os primeiros edifícios da cidade foram construídos com o apoio dos nativos picunches. Um pequeno riacho-afluente sul do rio Mapocho foi drenado e transposicionado, se convertendo em uma passagem pública, conhecida como Alameda (hoje, a Avenida Libertador Bernardo O'Higgins).
A cidade foi palco da Guerra da Independência (1810-1818). Com a conquista da independência em 1818, logo foi nomeada capital, nesse mesmo ano.
Graças à gestão do intendente Benjamín Vicuña Mackenna (1872-1875), se criou a estrada do Cerro Santa Lúcia e começou a expansão da cidade. Na década de 1880, as salitreiras do norte do Chile trouxeram prosperidade ao país, promovendo o crescimento de Santiago. No entanto, mesmo no final do século XIX, Santiago não passava de uma pequena capital, com poucos edifícios, entre eles, o Palácio de La Moneda, prédio utilizado pelo governo chileno, algumas igrejas e outros prédios cívicos. A Igreja da Companhia de Jesus sofreu um incêndio em 1863, durante uma missa, e mais de duas mil pessoas morreram. Este foi o maior incêndio já registrado na capital até hoje. [1]
Durante a República Autoritaria se criaram a Universidad de Chile, a Escuela Normal de Preceptores, a Escuela de Artes y Oficios e a Quinta Normal, que incluía os museus de Bellas Artes (atual Museu de Ciencía e Tecnología) e de História Natural.
Durante a celebração do Centenário da República, em 1910, criou-se o atual Museu de Belas Artes, o Parque Florestal, a Biblioteca Nacional e a Estação de Trem Mapocho (hoje, um centro de eventos). Junto aos anteriores, as obras do Centenário da República também incluíram a construção do sistema de esgotos e recolecção de águas das chuvas do centro de Santiago, a cargo da companhia francesa Batignolles e Fould.
O século XX se destaca pelo grande crescimento da população, principalmente de gente que provinha do campo, o que descontrolou a planificação urbana e a cidade começou a crescer indiscriminadamente.
Santiago começou a se transformar em uma cidade moderna a partir da década de 1930, com a construção do Bairro Cívico, em torno do Palácio de La Moneda. A cidade se expandiu até as periferias e, em 1940 nasce o conceito da Gran Santiago (Grande Santiago) chegando a quase um milhão de habitantes.
Em 1975 se inaugura o Metro de Santiago, um grande avanço para o transporte da cidade e que permitiu unir os diferentes pontos desta grande metrópole.
Em 1985, um terremoto destruiu algumas importantes construções históricas no centro da cidade.
Resultado de seu radical crescimento e desenvolvimento econômico e social, intensificado com seu "boom" econômico na década de 90, Santiago pertence ao grupo dos maiores e mais importantes centros financeiros da América Latina (pesquisa de fevereiro de 2008).
[editar] Geografia
[editar] Geologia e Relevo
A cidade de Santiago está localizada principalmente em um vale chamado "cuenca de Santiago". Esta "cuenca" é parte da conhecida Depressão Intermediária e está delimitada claramente pelo cordão Chacabuco no norte, a Cordilheira dos Andes no leste, a Angostura de Paine no sul e a Cordilheira da Costa no oeste. Esse vale, ou cuenca, tem o tamanho de 80 km. na direção norte-sul e de 35 km. na direção leste-oeste, aproximadamente.
Há centenas de milhares de anos, o atual território da cidade era banhado pelo oceano e sedimentos marinhos, sendo que a única parte terrestre mais próxima era a já existente Cordilheira da Costa. A morfologia da região começou a ter seu aspecto atual desde o fim do Paleozóico, quando começou a convergência da Placa de Nasca com a Placa Sul-Americana, esta pertencente então ao continente de Gondwana. A convergência levou ao surgimento de uma área terrestre, a partir do Triásico, levantando uma concentrada, grande e larga parte de toda essa área, que deu origem aos Andes. Posteriormente, novas atividades tectônicas geraram a fragmentação da grande massa rochosa levantada, formando a Depressão Intermediária.
A morfologia regional seguiu se transformando. Os glaciares cubriram a região com gelo, formando sinuosos morros. A forte atividade vulcânica presente nessa época gerou uma série da erupções vulcânicas, lançando grandes fluxos de lava e provocando o derretimento dos glaciares. Isso gerou o depósito de mais sedimentos no vale central, complementado depois pelas chuvas. A sedimentação do vale continuou por milhares de anos e inclusive, os últimos grandes acontecimentos, correspondentes a violentas erupções vulcânicas, se remetem a menos de 5.000 anos atrás. Esses sedimentos permitiram a existência de uma fértil "cuenca" e cobriram o relevo anterior à formação andina, deixando somente a parte mais alta de alguns morros, conhecidos como "morros ilhas", por toda a cidade.
Atualmente, Santiago se estende principalmente no plano da "cuenca", com uma altitude entre os 400 metros nas zonas mais ao oeste e chegando aos 540 metros na Praça Baquedano. A área metropolitana é rodeada por alguns "morros ilhas", como é o caso do Cerro Santa Lúcia, Cerro Blanco, Cerro Calán e o Cerro Renca, que com 800 metros de altitude, é o ponto mais elevado da cidade. No sudoeste da cidade existe um cordão rochoso de vários "morros ilhas", entre os quais se destaca o Cerro Chena. Na direção oeste da cidade, há um dos pontos mais altos da Cordilheira da Costa, como o Cerro Roble Alto, com 2.815 metros de altitude, sendo que a zona do rio Maipo é a única em que a cordilheira perde altura.
Durante as últimas décadas, o crescimento urbano expandiu os limites da cidade até o setor leste, chegando-se na Pré-Cordilheira dos Andes. Inclusive em comunas como La Dehesa, Lo Curro e El Arrayán, se superou a barreira dos mil metros de altitude. Por fim, algumas áreas periféricas de baixa altitude que hoje ocupam a "cuenca", vieram da Pré-Cordilheira, como é o caso do cordão montanhoso do Cerro La Pirámide e do Cerro Sán Cristóbal, no setor noroeste de Santiago.
No leste da cidade, está a chamada Serra de Ramón, uma cadeia montanhosa formada pela Pré-Cordilheira, devido à ação da falha de Ramón, alcançando 3.296 metros de altitude no cerro de Ramón. Com mais 20km. ao leste, se encontra a Cordilheira dos Andes, com suas cadeias de montanhas e vulcões, muitos dos quais superam os 6.000 metros de altitude, onde se mantém alguns glaciares. O mais alto é o vulcão Tupungato, com 6.570 metros, localizado perto do vulcão Tupungatito, com 5.900 metros de altitude. Até o noroeste se encontram o Cerro El Plomo (5.424 metros) e o Nevado El Plomo, com 6.070 metros de altitude. Até o sudeste da capital, no entanto, se localizam o Nevado Los Piuquenes (6.019 metros), o vulcão San José (5.856 metros) e o Maipo, com 5.323 metros de altitude. De todos esses vulcões acima, tanto o Tupungatito como o San José e o Maipo são vulcões ativos.
[editar] Hidrografia
A cidade de Santiago está localizada na bacia hidrográfica do rio Maipo, que possui uma superfície de aproximadamente 15.380 km². Seu curso principal nasce na cordilheira dos Andes, ao sudeste de Santiago, próximo a um vulcão homônimo, e desce pela cordilheira em um cânion chamado de Cânion do Maipo. Nessa área, aparecem três importantes afluentes: o rio Volcán que nasce próximo ao vulcão San José e apresenta algumas termas como Baños Morales; o rio Yeso, cujo curso superior se localiza na represa El Yeso (principal reserva de água potável de toda a região Metropolitana), e o rio Colorado. Ao sair da zona da pré-cordilheira, o rio Maipo entra na "cuenca" de Santiago, aproximando-se da área urbana da capital, demarcando fronteira entre a comuna de Puente Alto e a recém criada comuna de Pirque. Depois, o rio segue rumo ao sudoeste, sendo de grande importância para o desenvolvimento agrícola das áreas rurais que cercam a cidade, para finalmente seguir seu caminho até o Oceano Pacífico, na cidade de Llolleo, na V Região de Valparaíso.
No entanto, o rio mais importante para a cidade é o rio Mapocho, cujo percurso começou a ser habitado desde a época colonial. O rio Mapocho é o principal afluente do rio Maipo, se encontrando com ele no setor de El Monte, no sudoeste da cidade. O rio Mapocho nasce graças a vários e pequenos riachos na zona nordeste da cordilheira dos Andes e posteriormente, baixa até o vale central através de desfiladeiros da pré-cordilheira, entrando diretamente na zona leste da cidade.
O rio Mapocho passa, no sentido leste-oeste, por cerca de vinte comunas antes de sair pela zona de Pudahuel, para logo percorrer áreas agrícolas até chegar a El Monte. Durante o ano, seu nível pode variar entre 13,6 m³/s em novembro e 2,3 m³/s em abril.
Com a finalidade de que a obtenção de água se tornasse mais fácil para o desenvolvimento agrícola da "cuenca", foram construídos no século XIX diversos canais de irrigação que conectam o rio Mapocho ao [[rio Maipo], como o canal San Carlos e o canal Las Perdices. Outras obras foram realizadas para a canalização das águas pluviais provenientes da cordilheira, como o zanjón de la Aguada.
[editar] Clima
O clima da cidade de Santiago corresponde ao temperado, com chuvas no inverno e estação de seca prolongada, mais conhecido como clima mediterrâneo continentalizado.
A principal característica climática de Santiago é a concentração de cerca de 80% das precipitações durante os meses principalmente de inverno (maio a setembro), variando entre 50 e 80mm. por mês. Essa quantidade contrasta os índices dos meses correspondentes à estação seca, produzida por um domínio anticiclônico (que é interrompido por cerca de sete ou oito meses) principalmente durante os meses de verão, entre dezembro e março. No verão, a precipitação não supera os 4mm. Essas precipitações são compostas geralmente por chuva, mesmo que ainda ocorra neve e queda de granizo principalmente nos setores da pré-cordilheira, que estão a aproximadamente 1.500 metros de altitude. Em alguns casos, a neve afeta a cidade, mas apenas a zona leste (setores orientais), sendo muito rara a ocorrência de neve nas outras partes da conurbação. Como Santiago está localizada em uma área semi-árida, há pouca precipitação na região: com a entrada de maior quantidade de massas de ar polares, o maior índice pluviométrico é registrado no inverno. O clima é mais seco no verão, com poucas chuvas registradas, devido à dificuldade de entrada de umidade na área devido ao relevo ao redor da cidade.
Em relação às temperaturas, variam ao longo do ano, passando de uma média de 20°C durante o mês de janeiro, até uma média de 8°C nos meses de junho e julho. No verão, Santiago apresenta grandes variações de temperatura, atingindo com facilidade 30°C ou mais à tarde, e chegando a 12°C na madrugada. As noites são agradáveis. A maior temperatura já registrada na cidade foi de 37°C. Já nos meses de outono e inverno, a temperatura cai radicalmente, situando-se entre os 9°C de dia e baixando para 0°C ou menos à noite, especialmente na madrugada. A menor temperatura já registrada na cidade foi de -6,8 °C, em 1976. A temperatura média anual da cidade é de 13,7°C, sendo a quarta capital mais fria da América do Sul.
Clima de Santiago de Chile[2] | |||||||||||||
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano | |
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Temperatura média (°C) | 20,0 | 19,3 | 17,0 | 13,8 | 10,5 | 8,0 | 7,8 | 9,1 | 11,3 | 13,8 | 16,6 | 19,1 | 13,9 |
Precipitação (mm) | 1,2 | 2,1 | 4,2 | 13,7 | 58,0 | 78,2 | 75,5 | 54,2 | 26,7 | 13,6 | 6,1 | 3,9 | 338,2 |
A localização de Santiago dentro de uma "cuenca" é um dos fatores que mais influenciam no clima da cidade. A cordilheira da Costa serve como um variador climático, por se opor à propagação da influência oceânica, o que contribui para o aumento da oscilação térmica anual e diária (a diferença entre as temperaturas máximas e mínimas diárias podem chegar aos 18°C) e para uma umidade do ar relativamente baixa (média anual de 70%). No mais, a cordilheira da Costa impede a entrada de massas de ar, a não ser certa nebulosidade baixa costeira que entra na "cuenca" através dos vales fluviais.
Os ventos têm direção predominantemente sudoeste, com intensidade média de 15 km/h especialmente durante o verão, já que no inverno a velocidade deles é quase nula.
[editar] Meio Ambiente
A cidade de Santiago se localiza em uma zona ecológica do tipo escleromórfica (conhecida como "matorral chileno"), que tem sido fortemente modificada devido à utilização do solo para fins agrícolas ou para expansão urbana. Nos últimos anos, foi identificada uma rápida degradação dos solos, e consequentemente, sua erosão. Tudo isso está gerando um processo de desertificação, agravado pela utilização de águas subterrâneas (lençóis freáticos) para o consumo humano, pelos incêndios florestais e pela seca de pântanos, entre outros. Apesar disso, ainda restam algumas áreas de grande importância para a biodiversidade, como a quebrada da Plata ou a quebrada de Ramón: todos parques silvestres protegidos, localizados em meio à cordilheira dos Andes.
Na cidade, o número de áreas verdes é de aproximadamente 2.686 públicas e 2.625 privadas (década de 90), que equivalem a 2,5% da área urbana consolidada. Considerando estes índices, cada santiaguino possui em média 5,7 m² de área verde, menos que os 9 m² recomendados pela OMS. No entanto, segundo estudos, este índice atualmente é ainda mais baixo, mesmo porque, enquanto a cidade cresce cerca de mil hectares por ano, apenas 8 hectares de áreas verdes são criados. Metade do número de hectares de áreas verdes corresponde aos "morros ilhas" , que possuem pouca vegetação ou carecem dela. Portanto, descontando essas áreas, os índices chegariam a 1,5 m² de áreas verdes por habitante. No entanto, todos estes índices apresentam grande variação dependendo da zona da cidade: enquanto no setor oriente se pode chegar aos 20 m² por habitante, na zona sul este índice não passa de 1 m² de área verde por habitante.
Um grave problema ambiental que a cidade sofre é a contaminação atmosférica existente. A cidade, como qualquer outra, produz a poluição, o que vem gerando a acumulação de uma capa de smog sobre ela nas últimas décadas. Esta característica se agrava durante o inverno, devido aos fenômenos climáticos como a inversão térmica, as chuvas e a considerável redução das massas de ar pela "cuenca". Tudo isso, mais o frio próprio dessa época do ano, produz o aumento das infeccções respiratórias, principalmente em crianças, que chegam a recorrer ao Sistema de Atenção de Saúde de Santiago.
A contaminação possui diversos componentes químicos tóxicos, como SO2, CO, O3 e NO2, mais os vários tipos de materiais particulados em suspensão (49% produzidos por fontes móveis e 29% por fontes fixas). Os níveis de acumulação destas substâncias são medidos por sete estações de monitoramento da qualidade do ar, instaladas entre 1977 e 1988 por toda a cidade. As medições destas estações, com as pesquisas meteorológicas, permitem às autoridades encarregadas decretar medidas extraordinárias para a diminuição da contaminação, que são chamadas de "alertas ambientais", "pré-emergência ambiental" e/ou "emergência ambiental". Nos últimos anos, os níveis de contaminação ambiental diminuíram consideravelmente: em 1989, o nível médio de material particulado no ar era de 103,3 μg/m³, sendo que em 2004 este nível chegou aos 60,9 μg/m³. Mesmo assim, ainda é uma marca muito superior à norma de 50 μg/m³ estabelecida pelo governo. No caso do material particulado mais fino (MP 2.5), os índices mostram uma redução de 68,8 para 29,3 μg/m³ em uma mesma época do ano. Os registros de "alertas ambientais" baixaram de 38 em 1997 para 9 em 2004; os de "pré-emergências" de 37 para 4, e os de "emergência ambiental" de 4 para nenhum registro.
Os rios também possuem alto nível de contaminação, principalmente devido ao depósito de resíduos industriais e de esgoto. O rio Mapocho, o rio Maipo e o zanjón de la Aguada são os mais afetados, apesar de que nos últimos anos diversas iniciativas foram criadas para reduzir estes problemas. Várias estações de tratamento de esgoto foram construídas e em 2006, 75% de toda a cidade possuía saneamento básico. Enquanto isso, um projeto da Companhia Águas Andinas pretende construir até 2009 um ducto de 28km., para eliminar o depósito de esgoto no Rio Mapocho.
Por fim, a cidade produz uma grande contaminação que tem afetado e praticamente impossibilitado o trabalho de diversos recintos astronômicos localizados na capital.
Apesar de tudo, é de grande valia ressaltar que diversos esforços têm sido priorizados pelos cidadãos e pelo governo para atenuar a poluição em Santiago. E de fato, a cidade apresenta a cada dia uma melhora no que diz respeito aos seus índices de contaminação. Afinal, por uma característica natural, inversões térmicas são comuns no inverno, causando grandes índices de concentração de fumaça e poluição do ar na região onde Santiago está localizada. E por estar cercada de montanhas, a dissipação de partículas fica dificultada. Felizmente hoje em dia não, mas por muito tempo Santiago foi considerada uma das capitais mais poluídas do mundo. Desde 2000 os índices registrados têm sido favoráveis à diminuição da poluição.
[editar] Subdivisões
Devido à grande expansão da cidade, esta se organizou em comunas. Santiago na atualidade é composta por mais de trinta comunas. Este número aumentou consideravelmente durante um bom período de tempo.
De acordo com o Instituto Nacional de Estadísticas, em 2005, 36 comunas compunham a conurbação de Santiago.
A todas as 36 comunas, juntam-se as zonas urbanas: Colina, Lampa, Peñaflor, Talagante, Calera de Tango, Buin e Paine.
[editar] Galeria de fotos
[editar] Ligações externas
- Município de Santiago - (es)
- www.misantiago.cl Mapa interativo de Santiago - (es)
- Corporación para el Desarrollo de Santiago - (es)
- Teatro Municipal de Santiago - (es)
- Bolsa de Comercio de Santiago - (es)
- Barrio Universitario de Santiago - (es)
- Neve em Santiago do Chile - (pt)