Vale do Ribeira
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O Vale do Ribeira está localizado no sul do estado de São Paulo e ao norte do estado do Paraná, e recebe este nome em função a bacia hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e ao Complexo Estuarino Lagunar de Iguape, Cananéia e Paranaguá. Sua área de 2.830.666 hectares abriga uma população de 481.224 habitantes e inclui integralmente a área de 31 municípios (9 paranaenses e 22 paulistas). Existem ainda outros 21 municípios no estado Paraná e outros 18 municípios no estado de São Paulo que estão parcialmente inseridos na bacia do Ribeira.
Abriga 61% da Mata Atlântica remanescente no Brasil, incluídos 150 mil hectares de restinga e 17 mil de manguezais. Em 1999 a UNESCO declarou a região Patrimônio Natural da Humanidade e contém em si uma das maiores biodiversidades do globo, pois conserva a maior porção de Mata Atlântica do Brasil. A região é produtora de água de qualidade, tanto para abastecimento humano, quanto para a fauna aquática. O Vale do Ribeira apresenta ecossistemas aquáticos (rio, estuário e mar) e terrestres (duna, mangue, restinga e floresta ombrófila densa).
A região é destacada pela preservação de suas matas e por grande diversidade ecológica. Seus mais de 2,1 milhões de hectares de florestas equivalem a aproximadamente 21% dos remanescentes de Mata Atlântica existentes no Brasil, sendo a maior área contínua de um ecossistema do Brasil. Neste conjunto de áreas preservadas são encontradas não apenas florestas, mas importantes comunidades indígenas, comunidades quilombolas, comunidades caiçaras, imigrantes e uma biodiversidade em plena preservação.
O Vale do Ribeira é historicamente conhecido como a região mais pobre do estado de São Paulo e do estado do Paraná, os municípios que pertencem ao Vale do Ribeira possuem índices de desenvolvimento humano inferiores a médias estaduais, graus de escolaridade, a renda de sua população, entre outras indicações, são tragicamente menores que outras populações paulistas e paranaenses.
Os principais ciclos econômicos do Vale do Ribeira se instalaram ao longo da história, foram à exploração aurífera e outros minérios, a cultura do arroz, café, chá e banana. Estes ciclos econômicos transformaram o Vale do Ribeira uma potencial fonte de recursos naturais de baixo custo para regiões próximas, não respeitando o patrimônio ambiental e cultural, não gerando benefícios para a população residente no Vale do Ribeira.
Índice |
[editar] História
A ocupação do Vale do Ribeira teve início no século XVI, com a fundação dos povoados de Cananéia e Iguape por espanhóis e portugueses.
As cidades estratégicas do Vale do Ribeira funcionavam como núcleos de apoio aos colonizadores, Iguape e Cananéia com seus portos facilitavam a entrada de intercambio e de mercadorias que penetravam através do Rio Ribeira de Iguape e seus afluentes.
O impulsionamento do desenvolvimento na região se deu pela descoberta de ouro na Serra de Paranapiacaba que, no século XVII, atraiu garimpeiros para a região.
A população negra era superior a população branca na região e tornou-se a principal mão de obra no Vale do Ribeira, muitas das construções foram feitas por mão de obra escrava, Igrejas, monumentos, cemitérios e outras construções.
A mineração do ouro na região foi responsável pelo surgimento de várias cidades no Vale do Ribeira, muitas destas cidades como Apiaí surgiram pela migração de garimpeiros em busca de ouro.
No século XVIII os garimpeiros abandonam a região do Vale do Ribeira ao receberam a notícia que o estado de Minas Gerais possuía abundância em ouro.
Com a escassez do ouro na região, a agricultura que era subsistência, passou a ter maior valor na região, com vasta experiência naval, a região passa construir embarcações para todo o país.
Iguape tornou-se o primeiro produtor de arroz do país, durante o século XIX, permitindo a integração da região à economia mercantil escravocrata vigente na época.
No entanto, a expansão desse mercado esbarrou em uma série de obstáculos, que dificultaram a sua manutenção.
Os problemas eram inúmeros, entre eles, os problemas relativos à produção, a concorrência mundial e a deficiência dos meios de transporte.
O ciclo da cultura do café no Estado de São Paulo levou os investimentos para outras regiões, deixando o Vale do Ribeira sem incentivos para a reorganização da região.
A instalação de colonização de Pariquera-Açu e a construção de estradas de ferro ligando a região com o planalto e o porto de Santos (Santos-Juquiá), entre 1900 e 1920.
A cidade de Registro passa a ser o centro econômico da região. Com a imigração de japoneses, os bananais passam a ocupar as áreas ribeirinhas, substituindo o arroz, e a cultura do chá foi iniciada nas colinas. O Vale do Ribeira passa a fazer parte da economia do estado de São Paulo, porém os resultados são lentos na região.
A pesca permanece sendo a principal atividade econômica da região desenvolvida na cidade de Cananéia em escalas comerciais mantendo a região na economia paulista.
Na década de 60 foi construída a BR-116 alterando as formas de ocupação na região e incorporando-a ao mercado imobiliário com a valorização de suas terras.
A região da bacia do Rio Ribeira frente à economia do Estado de São Paulo, mesmo tendo em sua área dois municípios que iniciaram a ocupação do território paulista (Cananéia, em 1501 e Iguape, em 1538), continua com a mais baixa densidade populacional do Estado de São paulo e permanece à parte dos processos de desenvolvimento da economia paulista.
[editar] Geografia
[editar] Hidrografia
13 sub-bacias formam a bacia do Rio Ribeira:
- Alto Ribeira, abrangendo os municípios de: Barra do Chapéu; Itapirapuã Paulista; Apiaí; Itaóca; Iporanga e Ribeira;
- Baixo Ribeira, abrangendo os municípios de: Apiaí; Iporanga; Eldorado e Sete Barras;
- Rio Ribeira de Iguape, abrangendo os municípios de: Registro; Pariquera-Açu e Iguape;
- Alto Juquiá, abrangendo os municípios de: São Lourenço da Serra; Juquitiba e Tapiraí;
- Médio Juquiá, abrangendo os municípios de: Tapiraí; Juquiá e Miracatu;
- Baixo Juquiá, abrangendo os municípios de: Juquiá; Tapiraí; e Sete Barras;
- Rio São Lourenço, abrangendo os municípios de: Miracatu; Pedro de Toledo e Juquiá;
- Rio Itariri, abrangendo os municípios de: Itariri e Pedro de Toledo;
- Rio Una da Aldeia abrangendo o município de Iguape;
- Rio Pardo, abrangendo o município de Barra do Turvo;
- Rio Jacupiranga, abrangendo os municípios de: Jacupiranga; Cajati e Registro;
- Vertente Marítima Sul, abrangendo os municípios de Cananéia e Ilha Comprida;
- Vertente Marítima Norte, abrangendo o município de Iguape
[editar] Demografia
A população da Região do Vale do Ribeira é formada de brancos, negros, pardos, amarelos e indígenas.
Registro, Cajati, Apiaí, Iguape, Juquiá, Juquitiba e Miracatu são as cidades mais populosas do Vale do Ribeira. A maior parte da população vive na zona urbana.
[editar] População
O vale do Ribeira não é só reconhecido por sua riqueza ambiental que torna a região singular, mas também por sua riqueza cultural, sua população formada por indígenas, caiçaras, quilombolas, portugueses, franceses, poloneses , húngaros , judeus , eslovacos , italianos , ingleses, Russos, Alemães, Japoneses e Chineses, formam uma diversidade cultural raramente encontrada, um patrimônio cultural preservado no Vale do Ribeira.
[editar] Comunidades caiçaras
A comunidade caiçara possui uma população litorânea nos estados de São Paulo e Paraná, as comunidades caiçaras nasceram no século XVI da miscigenação de brancos de origem portuguesa, grupos indígenas das regiões litorâneas e comunidades quilombolas.
Uma cultura litorânea brasileira, os caiçaras fazem parte de um forte elo com a natureza, possuidora de vasta experiência no cultivo, coleta, manejo e preservação de recursos naturais da região, os caiçaras se destacam entre as comunidades que habitam o Vale do Ribeira por sua miscigenação e conhecimentos culturais compartilhados entre brancos portugueses, grupos indígenas e quilombolas.
Um povo alegre e hospitaleiro, os caiçaras são mundialmente conhecidos por Europeus, Asiáticos, Norte americanos, Sul americanos, onde o ecoturismo se tornou uma de suas principais atividades econômicas.
Suas atividades tradicionais são a pesca e agricultura, utilizadas comercialmente em pequenas escalas e para consumo doméstico.
[editar] Comunidades indígenas
As comunidades indígenas do Vale do Ribeira são formadas por dez aldeias Guaranis formadas por famílias pertencentes aos subgrupos Mbyá e Ñandeva, suas principais atividades tradicionais são a pesca, a caça e a agricultura, vivem dentro ou próximas às reservas na região, um povo com uma cultura rica e com conhecimentos adquiridos ao longo da história.
Uma comunidade que ao longo dos anos vem tornando cada vez mais intenso seu relacionamento com os brancos, pardos e amarelos no Vale do Ribeira, uma comunidade hospitaleira com seus visitantes.
[editar] Comunidades quilombolas
As comunidades quilombolas do Vale do Ribeira é um dos patrimônios culturais que mais representam a liberdade humana, uma comunidade com uma riqueza cultural, uma comunidade hospitaleira aos seus visitantes, com uma história marcada com injustiças sociais, violações de seus direitos em todos os sentidos, as comunidades quilombolas do vale do Ribeira Sobreviveu as perseguições, a falta de bom senso ao longo dos anos, hoje apoiada por inúmeros pesquisadores, simpatizantes, ONGs, repartições públicas que buscam os direitos destas comunidades de forma organizada e eficiente.
As comunidades quilombolas do Vale do Ribeira são formadas por nove comunidades, são elas; Bombas , Cangume, Galvão, Ivaporunduva, Mandira, Morro Seco, Pedro Cubas, Porto Velho, São Pedro, estas comunidades vivem realidades diferentes, comunidades com uma cultura definida, um povo alegre e profundo conhecedor dos recursos naturais da região.
[editar] Municípios
Município | Área (km²) | População |
Estado de São Paulo | ||
Apiaí | 960,11 | 27.162 |
Barra do Chapéu | 412,4 | 4.846 |
Barra do Turvo | 997,4 | 8.108 |
Cajati | 455,2 | 29.227 |
Cananéia | 1.113,3 | 12.298 |
Iguape | 1.934,0 | 27.427 |
Ilha Comprida | 295,1 | 6.704 |
Iporanga | 1.125,0 | 4.562 |
Itaóca | 196,2 | 3.226 |
Itapirapuã Paulista | 426,3 | 3.577 |
Itariri | 274,3 | 13.613 |
Jacupiranga | 697,5 | 17.041 |
Juquiá | 818,8 | 20.516 |
Juquitiba | 513,6 | 26.459 |
Miracatu | 1.002,0 | 22.383 |
Pariquera-Açu | 361,3 | 17.649 |
Pedro de Toledo | 682,3 | 9.187 |
Registro | 721,2 | 53.752 |
Ribeira | 334,3 | 3.507 |
São Lourenço da Serra | 148,9 | 12.199 |
Sete Barras | 1.069,0 | 13.714 |
Tapiraí | 768,8 | 8.570 |
Estado do Paraná | ||
Adrianópolis | 4,1 | 5.582 |
Bocaiúva do Sul | 12,1 | 9.983 |
Cerro Azul | 12,3 | 16.559 |
Doutor Ulysses | 8,6 | 6.744 |
Itaperuçu | 82,2 | 25.692 |
Rio Branco do Sul | 37,7 | 30.671 |
Tunas do Paraná | 6,2 | 4.159 |
Total | 17137,2 | 459.251 |
[editar] Economia
O Vale do Ribeira com uma agricultura diversificada com considerável participação na economia paulista, seus municípios se destacam no estado de São Paulo e em outros paises com seus produtos, cidades como Registro, Juquiá, Sete barras e Cajati se destacam como produtores de bananas, representando mais de 50% da produção no estado de São Paulo. A cultura do chá-da-índia - Camellia sinensis (L.) Kuntze - no Brasil concentra-se na região do vale do Ribeira, principalmente nos municípios de Registro e Pariquera-Açu. Os principais países importadores do chá preto de Registro e Pariquera-Açu são; Reino Unido, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Chile. Como 90% da produção de chá preto é exportada, tornando a região em referência mundial na produção do chá-da-índia - Camellia sinensis (L.) Kuntze.
A produção de frutos como o maracujá, goiaba, abacate outras frutas que fazem parte da economia da região são cada vez mais cultivadas em diversas cidades na região, tornando o Vale do Ribeira referência para a economia paulista.
O cultivo de plantas nativas da região cresce em ritmo acelerado ao longo dos anos, o açaí e a pupunha se tornaram fonte de renda e sua cultura se intensifica em áreas litorâneas, o Vale do Ribeira fornece produtos de qualidade para todo o estado de São Paulo e região próximas no estado do Paraná, um cultivo sustentável na região, gerando empregos diretos e indiretos.
A piscicultura no Vale do Ribeira é favorecida pelo clima e suas bacias hidrográficas, a região atrai investidores de diversas regiões do estado de São Paulo, se tornando um dos maiores produtores da economia paulista, o Vale do Ribeira com uma água de qualidade amplia seus investimentos ao longo dos anos na piscicultura.
A industria no Vale do Ribeira cada vez mais apoiada pelo governo do estado de São Paulo e pelo SEBRAE, ganha força e se instala em diversas cidades da região, cidades estratégicas em transporte como Juquiá, Registro, Miracatu, Sete Barras, atraem empresas de diversas regiões possibilitando melhores condições de escoamento de produtos para o Paraná, sudeste e nordeste de São Paulo, eliminando custos e gerando benefícios para a industria e habitantes locais. O transporte no Vale do Ribeira ganha força com investimentos do governo federal e estadual, contando com rodovias que fazem do vale do Ribeira um das regiões do estado de São Paulo com uma estrutura de transporte voltada a produção da região, eliminando custos para investidores na região. A produção de energia no Vale do Ribeira, é produzida por Usinas hidrelétricas no Rio Juquiá (duas em Tapiraí, duas em Juquiá).
[editar] Turismo
O turismo do Vale do Ribeira cresce ao longo dos anos, o ecoturismo se torna popular na região e habitantes de outras regiões e grandes centros como a cidade de São Paulo, Sorocaba, Campinas, Curitiba e cidades de médio porte visitam o Vale do Ribeira, com uma infraestutura moderna e modesta oferecem apoio aos turistas na região.
[editar] Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR)
O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) se localiza no sul do estado de São Paulo, entre os municípios de Apiaí e Iporanga.
Ele possui uma das maiores extensões preservadas de Mata Atlântica original, além de ter uma das maiores concentrações de cavernas do planeta.
O PETAR possui aproximadamente 36.000 hectares de cobertos por uma dos últimos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo. Suas montanhas, vales, cachoeiras, rios de águas cristalinas, cavernas, fauna e flora exuberantes tornaram o PETAR um ponto muito importante para o ecoturismo brasileiro. A presença das cavernas em conjunto com a Mata Atlântica preservada propicia ao visitante conhecer diversos ambientes, passar por alguns obstáculos, tomar banho de cachoeiras fora e dentro de cavernas, gerando experiências que ao retornar a sua origem ele tem uma feliz sensação de ter conhecido um lugar maravilhoso. Sua grande diversidade de roteiros permite agradar desde aos iniciantes até aos veteranos.
O PETAR possui quatro “Núcleos” para a visitação turística: Núcleo Santana, Núcleo Ouro Grosso, Núcleo Casa de Pedra, Núcleo Caboclos. Os mais freqüentados são o Núcleo Santana e o Núcleo Ouro Grosso.
[editar] Caverna Casa de Pedra
Localizada no Núcleo Casa de Pedra do PETAR. Esta caverna é conhecida pela exuberância de sua entrada. Seu pórtico alcança 215m de altura. Seu salão principal de 350m de comprimento, 120m de larguda e 70m de altura é iluminado por uma grande boca seca. Após a galeria seca existe um trechoi de natação, com 25m de comprimento e forte correnteza. Aqui pode-se escalar os íngremes paredões com auxílio de equipamento adequado.
Acesso: Em Apiaí dirija-se para a SP-250 e na altura do Km 30 dessa rodovia (placa "Espírito Santo") siga à direita em estrada de terra. Depois de 16Km chega-se ao Núcleo Cablocos do PETAR, onde deve-se dirigi à administração que indicará os roteiros. Só pode ser visitada com monitores especializados e a travessia ocorre apenas com autorização especial.
[editar] Caverna da Água Suja
Localizada no Núcleo Santana do PETAR, esta caverna é composta essencialmente de um rio subterrâneo, que recebe dois afluentes. Sua entrada tem teto bastante alto e aproximadamente 10m de largura. Seguindo-se a galeria do rio, o caminho dificulta-se pelo teto baixo, onde deve-se tomar cuidado com súbitas enchentes.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda, sinalizada, que leva após 1,2 Km à área do estacionamento do parque. Do estacionamento segue-se uma trilha acompanhando o curso do rio Betari, com trechos bastante íngremes. Depois de 1300m encontra-se um acesso de mais 50m à direita que leva a essa caverna. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.
[editar] Caverna da Arataca
Localizada no Núcleo Caboclos do Petar, a caverna da arataca possui três entradas diferentes, sendo a inferior o acesso mais habitual. Depois de 250m no interior da caverna, chega-se a uma entrada, no outro lado da montanha. O teto é baixo na entrada principal mas logo abra-se o salão. Existem muitos trechos com teto baixo, argila, quebra-corpos e aclives com chaminés.
Acesso: Em Apiaí dirija-se para a SP-250 e na altura do Km 30 dessa rodovia (placa “Espírito Santo”) siga à direita em estrada de terra. Depois de 16 Km chega-se ao Núcleo Caboclos do PETAR, onde deve-se dirigir à administração que indicará os roteiros. Visita somente com autorização.
[editar] Caverna de Santana
Localizada no Núcleo Santana do PETAR, é a mais visitada do Estado de São Paulo. Rica em formações e labirintos, é constituída por uma malha de galeria em três níveis, depois em apenas duas sobrepostas, por onde escoa o rio Roncador. Parte desta caverna é de fácil acesso, com escada de madeira e pontes construídas nos pontos de difícil travessia. Outra só pode ser visitada com a ajuda de guias altamente especializados. Por fim, uma terceira parte é acessível somente a especialistas e com autorização prévia.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda sinalizada, que leva após 1,2 Km à área de estacionamento do parque. Ali existem placas indicativas para chegar na caverna. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.
[editar] Caverna do Monjolinho
Localizada no Núcleo Caboclos do PETAR, a caverna do Monjolinho tem 350m de desenvolvimento e percurso totalmente seco. O ribeirão do Monjolinho atravessa a caverna num nível inferior, o que faz perceptível apenas pelo barulho de suas águas. Dentre suas formações, destaca-se a coluna conhecida como “Gigante do Monjolinho”. Os espeleotemas não estão em bom estado de conservação e é necessário cuidado em certos trechos.
Acesso: Em Apiaí dirija-se para a SP-250 e na altura do Km 30 dessa rodovia (placa “Espírito Santo”) siga à direita em estrada de terra. Depois de 16 Km chega-se ao Núcleo Caboclos do PETAR, onde deve-se dirigir à administração que indicará os roteiros. Visita somente com autorização.
[editar] Caverna do Couto
Localizada logo abaixo da Caverna do Morro Preto, no Núcleo Santana do PETAR, essa caverna atravessa a montanha. Ao lado de uma de suas entradas encontra-se uma cachoeira com a água que vem de dentro da caverna e deságua no Rio Betari alguns metros abaixo. Em alguns trechos o teto é relativamente baixo e sua visão é muito interessante com gotículas penduradas refletindo as luzes das lanternas. Não possui ornamentações, sendo 400m o seu desenvolvimento.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda sinalizada, que leva após 1,2 Km à área de estacionamento do parque. Ali existem placas indicativas para chegar na caverna. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.
[editar] Caverna do Morro Preto
Localizada no Núcleo Santana do PETAR. Sua entrada é muito bonita. Apresenta amplas galerias e salões, de fácil travessia. Em apenas dois locais existem desníveis de no máximo 5 metros, superados por escadas de madeira. Em uma de suas salas foram encontrados vestígios de habitação pre-histórica.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda sinalizada, que leva após 1,2 Km à área de estacionamento do parque. Ali existem placas indicativas para chegar na caverna que está a 500m do quiosque de recepção. Deve-se atravessar o rio Betari e seguir por uma trilha. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.
[editar] Caverna dos Paivas
Localizada logo abaixo da Caverna do Morro Preto, no Núcleo Santana do PETAR, essa caverna atravessa a montanha. Ao lado de uma de suas entradas encontra-se uma cachoeira com a água que vem de dentro da caverna e deságua no Rio Betari alguns metros abaixo. Em alguns trechos o teto é relativamente baixo e sua visão é muito interessante com gotículas penduradas refletindo as luzes das lanternas. Não possui ornamentações, sendo 400m o seu desenvolvimento.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda sinalizada, que leva após 1,2 Km à área de estacionamento do parque. Ali existem placas indicativas para chegar na caverna. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.
[editar] Parque Estadual Intervales
O Parque Estadual Intervales, juntamente com o Parque Estadual Carlos Botelho, Estação Ecológica de Xitué, Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR, Parque Estadual do Jacupiranga e Zona de Vida Silvestre da APA da Serra do Mar, compõem o chamado continuum ecológico de Paranapiacaba, com mais de 120 mil ha, um dos mais significativos trechos protegidos da Mata Atlântica.
[editar] Caverna Colorida
Localizada no parque estadual intervales , a caverba colorida tem diversas formções calcárias e em seu interior alguns trechos têm que ser feitos dentro do riacho.
Acesso: Em Apiaí siga para a SP-250, sentido Guapiara. depois de 3 Km existe uma placa indicativa para o intervales à direita. Dali são mais 17 Km até chegar ao parque onde deve-se dirigir à administração, pois os passeios são sempre monitorados. Cobraça de ingresso no Parque.
[editar] Caverna da Santa
Localizada no Parque estadual Intervales, a Caverna da Santa tem seu nome originário de uma imagem de Nossa senhora de Lourdes colocada logo na sua entrada.
Acesso: Em Apiaí siga para a SP-250, sentido Guapiara. Depois de 3 Km existe uma placa indicativa para o intervales à direita. Dali são mais 17 Km até chegar ao parque onde deve-se dirigia à administração, pois os passeis são monitorados. Cobrança de ingresso no parque.
[editar] Parque Estadual do Jacupiranga
O Parque Estadual de Jacupiranga foi criado pelo Decreto-Lei Nº 145 de 8 de agosto de 1969.
Se localiza no estado de São Paulo na região do Vale do Ribeira de Iguape. Abrange os seguintes municípios: Jacupiranga (22.749,30 Ha); Barra do Turvo (79.139,89 Ha); Cananéia (23;032,89 Ha}; Iporanga (6.775,24 Ha); Eldorado (18.302,68 Ha.) e Cajati, totalizando uma área de 150.000 Ha e um perímetro de 369.000 m.
[editar] Parque Estadual da Ilha do Cardoso
O Parque Estadual é habitado por cerca de 480 pessoas. Sua população é formada por caiçaras que vivem da pesca e da cultura de subsistência. Além dos caiçaras a Ilha do Cardoso foi invadida em 1992 por índios Guaranis Mbya advindos do Paraguai. A população indígena na Ilha varia de 25 a 100 pessoas. Essas população vive principalmente de cestas básicas do governo federal, da caça e do corte do palmito juçara, todas atividades ilegais mas que são ignoradas pelo parque.
A ilha ainda tem impacto forte de cães doméstico que são vistos comumente caçando a fauna nativa, como queixadas e cutias.
[editar] Praias
As praias oceânicas do Vale do Ribeira são banhadas pelo Oceano Atlântico. No Sul do estado de São Paulo em direção ao Norte do estado do Paraná, os municípios litorâneos são: Iguape, Ilha Comprida e Cananéia.
[editar] Iguape
Iguape é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 24º42'29" sul e a uma longitude 47º33'19" oeste, estando a uma altitude de 3 metros. Sua população estimada em 2004 era de 28.367 habitantes.
- Praia Canto da Jureia
- Praia do Leste
- Praia Icapara
- Praia Italcolomy
- Praia Juréia
- Praia Ribeira
- Praia Rio Verde
[editar] Ilha Comprida
Ilha Comprida é um município brasileiro do estado de São Paulo. É uma cidade litorânea e localiza-se a uma latitude 24º44'28" sul e a uma longitude 47º32'24" oeste, estando a uma altitude a nível do mar. Sua população estimada em 2004 era de 8.730 habitantes.
- Praia Boa Vista
- Praia Céu Azul
- Praia Costa do Sol
- Praia Costa Linda
- Praia da Ponta da Praia
- Praia das Garças
- Praia das Pedrinhas
- Praia de Maratayama
- Praia do Castelo
- Praia do Encanto
- Praia do Icaraí
- Praia do Viareggio
- Praia dos Papagaios
- Praia Juruvaúva
- Praia Mar Azul
- Praia Meu Recanto
- Praia Ponta Grossa
- Praia Pontal da Trincheira
- Praia Samambaias
- Praia Ubatuba
[editar] Cananéia
Cananéia é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 25º00'53" sul e a uma longitude 47º55'36" oeste, estando a uma altitude de oito metros. Sua população estimada em 2004 era de 13.615 habitantes. É o município mais meridional do estado.
- Praia Cambriú
- Praia da Laje
- Praia Fole Grande
- Praia Fole Pequeno
- Praia Ipanema
- Praia Itacuruçá
- Praia Kayan
- Praia Marujá
- Praia Morretinho
- Praia Pereirinha
- Prainha
[editar] Piscicultura
A piscicultura é uma das principais alavancas do desenvolvimento social e econômico na região do Vale do Ribeira, aproveitando os recursos naturais locais e gerando novos postos de trabalhos diretos e indiretos.
A piscicultura no Vale do Ribeira foi iniciada com a criação de carpas em lagos e açudes por comunidades japonesas na região na década de 30, após a iniciativa de japoneses houve um crescimento desta atividade no Vale do Ribeira com o incentivo da extinta SUDELPA (Superintendência do Desenvolvimento do Litoral Paulista), na década de 90 a atividade se fixou no Vale do Ribeira como uma atividade economicamente sustentável.
[editar] Localização das pisciculturas
As pisciculturas estão localizadas nos principais municípios do Vale do Ribeira, onde 24,5% encontram-se em Juquiá, 22,5% em registro, 13,5% em Miracatu, 13,5% em Iguape, 8,5% em Sete Barras, 8,5% em Pariquera-açu, 6,5% em Jacupiranga e 2,5% em Cananéia.
[editar] Espécies cultivadas
São cultivadas 41 espécies, sendo que 6 são nativas e 28 espécies apresentam fugas.
Nome Comum | Piscicultores | Fugas |
Pacu | 35 | 12 |
Tilápia-do-nilo | 34 | 24 |
Tambacu | 31 | 9 |
Sant Peter | 25 | 16 |
Carpa cabeça-grande | 22 | 9 |
Carpa-capim | 19 | 8 |
Tambaqui | 19 | 6 |
Traíra | 16 | 2 |
Carpa-comum | 15 | 7 |
Piau | 12 | 4 |
Lambari | 9 | 1 |
Matrinxã | 8 | 1 |
Curimbatá | 7 | 1 |
Paiauçu | 6 | 1 |
Bagre-africano | 4 | 2 |
Pintado | 4 | 0 |
Trairão | 4 | 0 |
Bagra-de-canal | 3 | 1 |
Cachara | 3 | 1 |
Jundiá | 3 | 0 |
Black bass | 2 | 0 |
Dourado | 2 | 0 |
Piapara | 2 | 1 |
Piraputanga | 2 | 0 |
Truta | 2 | 1 |
Tucunaré | 2 | 1 |
Cará | 1 | 0 |
Cascudo | 1 | 0 |
Piracanjuba | 1 | 0 |
Pirapitinga | 1 | 0 |
Robalo | 1 | 0 |
Tuvira | 1 | 0 |
[editar] Instalações utilizadas
As instalações utilizadas são variadas e buscam tornar o cultivo de peixes viável na região, muito das instalações são modernas e com alta-tecnologia.
Tipos de viveiros | Número | % | Sistemas de manejo |
Tanque-rede | 83 | 15,0 | Intensivo |
Viveiro convencional | 344 | 61,4 | Intensivo e semi-intensivo |
Barramento | 56 | 10,0 | semi-intensivo |
Açude | 5 | 0,8 | semi-intensivo |
Alvenaria | 72 | 12,8 | semi-intensivo (ornamental) |
Total | 560 | 100 |
[editar] Cultura
A cultura do Vale do Ribeira diversificada e rica em uma área de 2.830.666 hectares abriga uma população de 481.224 habitantes entre indígenas, caiçaras, quilombolas, portugueses, japoneses, russos, alemães e chineses tornam a cultura local rica, a musica, o artesanato, os costumes, a culinária tornam o povo do Vale do Ribeira alegre e hospitaleiro. Uma Cultura simples e talentosa onde atraem inúmeros visitantes de diversas cidades na região, muitas cidades promovem festivais, festas locais onde a cultura local é atração turística para estrangeiros, brasileiros de outras regiões, um intercâmbio cultural que cresce a cada ano.
[editar] Referências
- Rede das Águas: bacias hidrográficas
- Cooperpeixe
- Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo
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