Wilmar Peres de Faria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Wilmar Peres de Faria (? — 15 de março de 2006) foi um político brasileiro.
Durante a gestão de Peres, foi registrado em Mato Grosso um dos maiores escândalos financeiros: o chamado “rombo” do Banco do Estado de Mato Grosso (Bemat), que tratava de desvios na carteira de câmbio, em São Paulo. E que nada foi provado, por falta de provas o processo foi arquivado.[1].
Ex-vereador, ex-deputado estadual e federal, ex-prefeito de Barra do Garças por dois mandatos e ex-governador do Estado do Mato Grosso, Wilmar Peres de Farias se projetou politicamente a partir de 1977, ao ser eleito pelo PDS como prefeito da maior cidade da região leste do estado. Em 1982 foi eleito vice-governador na chapa do ex-prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos.
A trajetória política do ex-governador foi marcada também pela ascensão ao governo do estado em 1986 por um período de dez meses. Em 1990 foi eleito deputado federal e participou diretamente do processo de cassação do ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello. Wilmar votou favorável ao afastamento e dois anos depois se elegeu prefeito de Barra do Garças para o seu segundo mandato.
Em 1988, se elegeu primeiro suplente de deputado estadual e assumiu, por três meses, o exercício do cargo no rodízio da bancada do Partido Liberal (PL). Wilmar Peres concorreu às eleições de 2004 ao terceiro mandato de prefeito e acabou como segundo colocado, com cerca de 9,5 mil votos.
Wilmar Peres deixa a esposa, Cândida Santos Farias, e dois filhos, Roberto Ângelo Farias e Eneida Peres de Farias.
Morreu aos 67 anos de idade, o ex-governador do Estado de Mato Grosso e ex-prefeito de Barra do Garças Wilmar Peres de Farias. Ele sofreu uma parada cardio-respiratória por volta das 14h40 no Hospital MedBarra, em Barra do Garças. Wilmar foi internado às 8 horas da manhã com fortes dores no peito e acabou morrendo no leito do apartamento dois à espera de alta médica. Políticos das mais diversas correntes partidárias lamentaram a morte de Peres.
A notícia da morte do ex-governador abalou a cidade de Barra do Garças. Minutos após a divulgação, uma multidão se aglomerou em frente ao hospital MedBarra. Parentes e amigos foram em busca de informações e permaneceram no local até a retirada do corpo. Wilmar Peres foi velado no anfiteatro Fernando Peres de Farias. O sepultamento foi marcado para o cemitério central da cidade.
Wilmar Peres para muitos era considerado o pai dos pobres,ele conseguia arrastar multidões para seu palanque,como ele mesmo dizia "Eu não tenho eleitores,tenho apenas amigos".Wilmar tinha apenas mais um desejo,retornar a prefeitura. Um ano sem Wilmar Peres de Farias. Um ano que já nos permite identificar com precisão o vácuo de liderança que se formou no quadro político de Barra do Garças, uma vez que seus eventuais sucessores ainda não estavam preparados para substituí-lo, em face da extemporaneidade de sua partida.
Também podemos verificar que a morte de Wilmar Peres de Farias encerrou o ciclo dos políticos compromissados com o futuro de Barra do Garças e deu lugar à política de conveniência, onde se caracteriza a busca dos interesses pessoais e do poder pelo poder, em detrimento das convicções que caracterizam o sacerdócio político dos abnegados que acreditam que o fazer político é trabalhar e produzir em prol da sociedade e dos menos favorecidos.
Sabemos, porém que o saudoso líder deixou sementes. Muitas que já germinaram na personalidade de alguns de seus liderados, que não têm participado diretamente da prática política no município, mas que podem assumir responsabilidades a qualquer momento, e outras que estão fixadas nos novos postulantes e que serão definitivas para sustentar o seu crescimento político e a assunção de futuros cargos eletivos barra-garcenses.
A partida prematura de Wilmar deixou perplexos seus liderados e, num primeiro momento, os levou ao afastamento e, até, à alienação do processo. O tempo, porém está se encarregando de resgatar a vontade de participar e aplicar as lições e exemplos que o líder legou.
Não sabemos se, nas próximas eleições, já se farão sentir os novos tempos e as novas potenciais lideranças, mas temos a convicção de que tais neopolíticos já estarão atuando nos bastidores, produzindo as bases necessárias para disputar os principais espaços na vida política barra-garcense, resgatando a política séria e compromissada tão bem ensinada por Wilmar Peres de Farias.
Precedido por Júlio José de Campos |
Governador de Mato Grosso 1986 — 1987 |
Sucedido por Carlos Gomes Bezerra |