Denário
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O sistema monetário romano incluía o denário (denarius, em latim, plural denarii), uma pequena moeda de prata que era a de maior circulação no Império Romano.
Embora seja difícil comparar valores monetários antigos com os atuais, é geralmente aceito que no fim da República e no início do Principado o denário correspondia ao salário diário de um trabalhador. Com um denário era possível comprar em torno de 8 quilos de pão, ou seja, 32 reais em valores de hoje, atualmente o salário médio do trabalhador brasileiro é de 45 reais ao dia.
O denário foi cunhado pela primeira vez em 211 a.C., durante a República, e valia 10 asses, daí o seu nome, que significa "que contém dez" em latim e em português. Em torno de 141 a.C., foi reavaliado para 16 asses, devido à diminuição do tamanho do asse. O denário continuou a ser a principal moeda em circulação no Império até sua substituição pelo antoniniano, em meados do século III d.C. O conteúdo de prata do denário flutuou com o tempo, a depender das circunstâncias políticas e econômicas, tendo sido reduzido paulatinamente. Um áureo (moeda de ouro) valia 25 denários.
Mesmo após a sua extinção, o denário continuou a servir de unidade de conta no Império Romano. Posteriormente, diversos países adotaram o termo "denário" (ou uma variação) para designar as suas moedas nacionais, como o denier francês e o dinar ( دينار ) usado em países árabes. A própria palavra dinheiro, em português (e dinero, em espanhol), vem do latim denarius.