Escândalo do Dossiê
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Este artigo ou seção é sobre um evento atual. Sábado, 25 de Novembro de 2006 |
O Escândalo do Dossiê, Dossiêgate, Escândalo da Compra do Dossiê, Escândalo da Compra do Dossiê Contra Políticos do PSDB, Escândalo do Dossiê Contra Políticos do PSDB, Escândalo do Dossiê Contra os Políticos Tucanos, Dossiê Contra Políticos Tucanos, Dossiê Contra Políticos do PSDB, Dossiê Anti-Tucano, Dossiê Anti-PSDB, Dossiê Tabajara, Escândalo da Compra do Falso Dossiê ou Escândalo do Falso Dossiê é um entre os muitos escândalos que se sucedem desde fevereiro de 2004 no Governo Lula (PT), ligado diretamente ao escândalo das sanguessugas.
[editar] Cronologia dos Fatos
[editar] 9 de setembro de 2006
- A Polícia Federal inicia o processo de monitoramento e gravações de conversas do celular de Luis Vedoin, dono da Planam, empresário foco do escândalo da máfia das ambulâncias que estava solto devido a um acordo de delação premiada feito junto ao Ministério Público Federal e que supostamente perdeu este direito por ter sido descoberto em investigações secretas da Polícia Federal em que estava tentando negociar, documentos que estavam em seu poder, com integrantes do PT.
- Os diálogos das gravações foram reproduzidos pela revista Veja do dia 24 de setembro de 2006. A Polícia Federal executou escutas entre os dias 9 e 15 de setembro.
[editar] 13 de setembro de 2006
- Luis Vedoin conversa com seu pai, Darci Vedoin, sobre as negociações. Eles estranham o fato de que os petistas exigirem que a entrega dos documentos seja feita em Cuiabá (MT), mas o pagamento do R$ 1,75 milhão seja feito em São Paulo. Os dois cogitam até desistir da troca. "Eu 'tô' com um certo receio. Porque alguma coisa tá tramada em cima disso", diz Darci.
[editar] 14 de setembro de 2006
- Luis Antônio conversa com Valdebran Padilha, empreiteiro e arrecadador de campanha do PT em Mato Grosso. O petista cobra a entrega de uma fita que comporia o dossiê. Vedoin dá a entender que quer ver antes o dinheiro - a palavra não é citada. "Não vou mais fazer papel de palhaço", diz. Minutos depois, em outra ligação, Valdebran avisa que metade do dinheiro já havia sido paga.
- Neste mesmo dia, Luis Vedoin, teria dado entrevista a Revista IstoÉ na qual afirma que, no esquema dos sanguessugas, "Abel Pereira falava em nome do ministro Barjas e se tornou o principal operador no Ministério da Saúde a partir do segundo semestre de 2002".
- Além disso, Luis Vedoin, teria recebido diversos telefonemas na tentativa de negociação com vários grupos: Expedito Veloso, Valdebran Padilha.
- Num telefonema às 16h27, entra em cena o então diretor de Gestão de Risco do Branco do Brasil, Expedito Veloso. Ele, que também está em Cuiabá, pede a Luis Vedoin pressa na entrega do DVD negociado. Queria checar o conteúdo antes de embarcar para São Paulo, o que acabou não acontecendo. "Você leva isso aqui. Não vai ter problema", afirma Luiz Antônio.
- À noite, após Expedito Veloso chegar a São Paulo e constatar que o DVD estava vazio, Valdebran Padilha liga para Luis Vedoin para cobrá-lo: "Vou falar 'procê', minha cabeça 'tá' pra estourar já, cara."
- Pouco depois, nova ligação entre eles. Luiz Antônio diz que mandará o resto do material pelo tio, Paulo Roberto Trevisan. Valdebran informa que está no hotel Ibis. "Pelo amor de Deus, cara, eu não agüento mais, não 'tô' nem dormindo com esse trem lá. Hoje eu nem saí daqui."
- Na iminência da conclusão da transação ilegal, a Polícia Federal decide agir. Prende em um quarto de motel de Cuiabá, Luis Vedoin.
- Seu tio, Paulo Trevisan, que serviria como courier e estava em processo de embarque a noite para um vôo rumo a São Paulo portando uma fita de vídeo VHS [1] [2], um disco de DVD, papéis e seis fotos que mostravam o tucano e então Ministro da Saúde Serra e Alckmin em solenidades de entregas de ambulâncias, foi preso e levado à interrogatório, Trevisan contou que seguiria a São Paulo para se encontrar com Gedimar Passos e Valdebran Padilha em um hotel de São Paulo.
- Em São Paulo o Delegado da Polícia Federal de São Paulo Edmilson Pereira Bruno recebeu na madrugada a ordem para verificar a autenticidade dos fatos relatados por Trevisan de que existiria R$ 1 milhão em poder de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
[editar] 15 de setembro de 2006
- A PF chegou por volta das 3h30 ao Hotel Ibis, próximo ao aeroporto de Congonhas. Foi alocado um agente ao corredor do quarto e feita a verificação da existência dos ocupantes. Foi verificada que a reserva do quarto fora feita para o período entre o dia 12 até o meio-dia do dia 14 quando seria concluída a transação mas acabou sendo estendida a permanência.
- Após amanhecer o dia, o delegado se identificou, disse que estava cumprindo uma diligência e que uma pessoa já tinha sido presa em Cuiabá. Valdebran teria confessado que tinha R$ 780 mil e US$ 100 mil no cofre do quarto do hotel e em caixas de papelão e foi orientado a continuar as negociações para que a PF pudesse descobrir a origem do dinheiro e quem era(m) a(s) pessoa(s) com quem ele estava em contato.
- Utilizando esta tática, Edmilson Bruno descobriu que o montante era uma parcela e que estaria envolvido mais dinheiro na negociação.
- Pressionando Valdebran entre as 6h e 10h, o Delegado Edmilson Bruno disse que só saíria quando chegasse o restante do dinheiro e então Valdebran contou que estaria com uma pessoa do PT, no quarto ao lado, esta pessoa seria Gedimar Passos. Os dois envolvidos acabaram sendo detidos em um só quarto e o montante de dinheiro apreendido em sacolas de plástico eram R$ 415 mil e US$ 139 mil. O dinheiro dos dois quartos apreendidos seriam R$ 1.195.000,00 mais US$ 239.000,00 ou totalizando em reais R$ 1.715.800,00.
- Por volta do meio-dia, Valdebran e Gedimar, a dupla de negociantes do dossiê, foram levados em custódia para a sede da PF .
- São presos na manhã, pela Polícia Federal em Cuiabá, Mato Grosso, Luiz Antônio Trevisan Verdoin e o primo Paulo Roberto Dalcon Trevisan, acusados por chantagem e ocultação de documentos. Paulo Trevisan foi preso pela PF, com provas da fita de vídeo VHS e documentos que poderiam ser usados contra políticos. Já o Vedoin foi preso por duas acusações. [2]
- Horas depois da prisão do filho e o primo Vedoin, a revista Isto É, nº. 1926, datada do dia 20 de setembro, em que os donos da Planam, o pai e filho Vedoin, afirmam que o ex-ministro José Serra está envolvido com a máfia das ambulâncias e entregam novos documentos sobre a distribuição de propinas. Segundo eles, Barjas Negri, ex-secretário executivo e ministro sucessor no Ministério da Saúde, também está envolvido no caso. Os Vedoin acusam o empresário Abel Pereira de agir em nome do então ministro Negri e de receber propina por meio de cheques e em depósitos nas empresas Império e Kanguru. Eles afirmam que Geraldo Alckmin também está envolvido, junto com Serra, no esquema.
- Horas depois, Alckmin e Serra negam as acusações dos Vedoin da revista Isto É e atribuem em "véspera de eleição". Eles afirmam que isto já havia sido divulgado pela imprensa naquela época, sem que nada irregularidade.
- O ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Jorge Hage, diz que há mais provas contra Serra além de denúncia dos Vedoin.
- O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante diz que dará direito de defesa ao também candidato ao mesmo estado José Serra sobre acusação de sanguessuga. [9]
- O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) diz que CPI dos Sanguessugas não vai entrar em tiroteio eleitoral. [10]
- Horas depois da denúncia da Isto É, a propaganda política do estado de São Paulo de Orestes Quécia (PMDB), que tem apoio de Lula, põe no ar, numa rapidez sem precedentes, que José Serra é o mais um político envolvido do escândalo das sanguessugas. [11]
[editar] 16 de setembro de 2006
- Em 16 de setembro, são presos na madrugada no Hotel Íbis, na cidade de São Paulo, o empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004, filiado ao partido há 2 anos, Valdebran Padilha e o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, junto com dinheiro vivo de R$ 1,7 milhões reais. Segundo a polícia, seriam usados para a compra de um dossiê contra os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. A polícia afirma que só falta a investigação da origem dinheiro apreendida. Um dos presos, Gedimar Pereira Passos, recebeu na tarde, a visita do advogado de defesa, que veio a pedido da família, mas saiu na PF sem dizer se vai aceitar o caso. O advogado preso, Pereira Passos, diz à PF que dinheiro veio do PT. [12]
- De acordo com as investigações, na capital paulista, o dossiê seria comprado por dois homens, que também foram presos. Valdebran Padilha é filiado ao PT do Mato Grosso e atuou como arrecadador de recursos na campanha do partido à prefeitura de Cuiabá em 2004. Gedimar Pereira Passos, agente da Polícia Federal aposentado, se apresentou como advogado. Com eles, foram apreendidos mais de R$ 1,7 milhões de reais, dinheiro segundo a polícia seria usado na compra do dossiê oferecido pelo Vedoin. Valdebran e Gedimar vão ficar presos pelo menos 5 dias, que é o fim de prazo para a prisão temporária. Os dois prestaram o depoimento à Polícia Federal em São Paulo e podem ser ouvidos novamente pela justiça em Mato Grosso. A Polícia Federal afirma que poderá solicitar a prorrogação da prisão de suspeitos de negociar dossiê. [13]
- Integrantes do PSDB-SP afirmam ao jornal Folha de S. Paulo, que o PMDB esteja ligado em suposta operação montada para acusar o candidato José Serra de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, já que ontem, na propaganda do PMDB, foi exibida horas depois da denúncia da capa da revista "IstoÉ". [14]
- Na manhã, em campanha eleitoral em Blumenau e Brusque, ambos em Santa Catarina, Geraldo Alckmin (PSDB) cobra em Brusque, explicações sobre a tentativa de venda do dossiê: “É inacreditável, não é, que a política brasileira se converta nisso. E o PT sempre por traz desse submundo do crime. Não é possível mostrar o dinheiro, de onde veio isso, mostrar os criminosos, quem é o corruptor e a quem serve isso”.
- Na manhã, em campanha eleitoral em Aracaju, Sergipe, o presidente Lula condena a venda do dossiê contra Serra: “Eu acho que, o dossiê contra o Serra, é o igual de tantos dossiês que circulam por esse país. (...) Eu acho abominável às pessoas tentarem comprar notícias e já tem gente que acha que pode ser melhor que outro, se tiver uma denúncia maior do que aquele foi vítima. Eu acho que isso é uma coisa absurda, na política brasileira, isso não ajuda o eleitorado a decidir no dia 1º de outubro, pelo contrário, vai deixar a sociedade com nojo da política, vai deixando a sociedade afastada das pessoas. Ah, não conheço o teor do depoimento das pessoas, ou seja, e essa coisa quando se trata de investigação da Polícia Federal, eu acho que um pouco de cautela e caldo de galinha, não faz mal a ninguém, esperar o resultado pra vê o que acontece”. [15]
- O Presidente Nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati, sugere para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que uma entidade não vinculada ao governo e nem a partidos políticos, acompanhe de perto a investigação da Polícia Federal. Mais tarde, para o ministro, em uma entrevista concedida ao Jornal Nacional, da Rede Globo, esse tipo de acompanhamento já é feito pelo Ministério Público Federal: “Ele vem acompanhando a operação de desvendamento no caso das sanguessugas desde começo e continua acompanhando. Aliás eu acredito, que a Polícia Federal tenha se credenciado a confiança à população brasileira, pela quantidade de desvendamentos, de grandes quadrilhas, de grandes crimes”. O ministro também falou sobre o comportamento da PF, que costuma apresentar os suspeitos e provas, mas nesse caso, ainda não mostrou os presos e o dinheiro apreendido: “Acho que essa é um critério, foi usado pela Polícia Federal à luz das conveniências e das perspectivas da investigação, que só ela que está investigando, pode saber”.
- O candidato ao governo do estado de São Paulo do PT, Aloizio Mercadante repudia tentativa de compra de dossiê. [16]
- O candidato pelo PSDB ao governo do estado de São Paulo, José Serra, reagiu ao episódio e classifica como “montagem” e "baixaria" de um dossiê contra ele: “Foi organizado uma baixaria, contra a minha campanha, por quê? Por que estou bastante à frente das pesquisas aqui em São Paulo. Então os adversários, eh, organizaram uma grande baixaria” [um homem grita “Maurício!!”]. “Essa baixaria agora, está sendo investigada pela Polícia Federal e pela Justiça, que representa um caminho adequado para isso. Existe já um vírgula sete milhão de reais, que apareceram, não é? Transportado por gente, ligado à partidos políticos e a eles, vai caber explicar, de onde veio esse dinheiro e qual era a finalidade”. Serra diz não ter evidências de que dossiê seja iniciativa de um único partido. [17]
- O governador do estado São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), chama a tentativa de vender material contra José Serra de "armação triste", o suposto envolvimento do ex-prefeito e candidato ao governo com a máfia dos sanguessugas.
- Em nota assinada pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, divulga a nota à imprensa do PT, em que o partido encaminhou ao diretório nacional, o pedido de suspensão do filiado envolvido no episódio, Gedimar Pereira Passos. Na nota, diz que “o PT sempre rejeitou o denuncismo eleitoral e a produção ilegal de dossiês” e confia “na apuração da Polícia Federal”. Segundo a nota, o PT considerou graves as novas acusações relativas ao escândalo dos sanguessugas publicadas pela revista "Isto É" e que envolvem o governo anterior. Berzoini atribui o suposto dossiê à tentativa de desestabilizar PT e Lula. Ele nega que PT tenha pagado por dossiê. [18]
- A prisão de Valdebran Padilha, empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004 e do Gedimar Pereira Passos, ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, provoca a queda de Gedimar, que é Analista de Risco e Mídia do Partido dos Trabalhadores, é o primeiro ligado ao PT a cair.
- A coligação PSDB-PFL utiliza parte do seu tempo no horário eleitoral da TV na noite, a tentativa de envolver políticos do PSDB no dossiê. [19]
- Trechos do chamado "o vídeo do dossiê" é divulgada pela imprensa, aparece José Serra elogiando a bancada de Mato Grosso por emendas. O vídeo é um DVD de 23 minutos e 44 segundos, com imagens editadas. [20]
[editar] 17 de setembro de 2006
- Na sede da polícia, o delegado disse que, em depoimento, Gedimar entregou a rede de relacionamentos que envolveu os nomes de Expedito (Expedito Afonso Veloso, diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil), Jorge (Jorge Lorenzetti, analista de mídia e risco da campanha de Lula) e Freud (Freud Godoy, ex-assessor particular da Presidência).
- Também em depoimento na Polícia Federal de São Paulo, os dois relataram que o dinheiro era proveniente do diretório estadual do PT-SP, e serviria para pagar o dossiê que Trevisan entregaria. Gedimar Pereira Passos declarou ser um advogado contratado pela executiva nacional do PT onde teria a função de analisar a documentação acrescentando que o material teria informações graves de outros partidos incluindo o PT. Gedimar comentou que no início das negociações o valor cobrado era de R$ 20 milhões de reais pelos Vedoin que acabaram baixando para R$ 10 milhões e por fim para R$ 2 milhões. Este valor estava fora do alcance do PT e a negocia��ão se estendeu na proposta de sociedade a uma grande revista de circulação nacional a compra das informações. E então ficou acertada a ida de uma equipe de jornalistas a Cuiabá para uma entrevista exclusiva com os Vedoin. Gedimar então teria dado o primeiro milhão a Valdebran quando a entrevista fora iniciada e o restante do dinheiro seria pago quando o material fosse entregue pelos Vedoin.
- No interrogatório descobriu-se que Valdebran Padilha era filiado do PT do MT, tendo inclusive participado de arrecadação de recursos de campanha na eleição municipal de 2004.
- Mais de 24 horas depois de serem detidos pela Polícia Federal, o empresário e tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004, Valdebran Padilha e o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, presos no quatro de Hotel Íbis, na cidade de São Paulo, prestam o depoimento à PF. Segundo novas informações, o dinheiro aprendido eram dólares e reais e que era usado para comprar o dossiê contra os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. No depoimento à PF, o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, afirma que ele mesmo e Valdebran, foram encontrados pelo Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula, Freud Godoy. Gedimar afirma que Freud teria encomendado a compra do dossiê. A afirmação cai como uma nova denúncia contra mais um assessor do presidente. Afirma que integrantes do PT tem a ver com o caso na tentativa da compra para incriminar os adversários políticos.
- Mercadante nega conhecer suspeitos de negociar dossiê anti-tucanos (ave-símbolo do partido PSDB). [21]
- A Polícia Federal começa as investigações para identificar o homem que entregou cerca de R$ 1,7 milhão ao Passos e Padilha, que permanecem detidos na PF, para compra de dossiê. [22]
- O TRE-SP (Tribunal Regional de São Paulo) concede liminar do PSDB para a suspensão propaganda de Quércia que associa Serra as sanguessugas. Na propaganda, veiculado no dia 15 (prisão dos Vedoin e a denúncia da revista "Isto É"), Quércia associa Serra ao esquema dos sanguessugas e se utiliza de expressões ofensivas, segundo o tribunal que julgou o caso. [23]
- O ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro diz que denúncias sobre dossiê são de responsabilidade individual, não de partidos. [24]
- Na tarde, o diretório nacional do PT diz "estranhar notícias" que vinculam PT-SP a compra de dossiê. [25]
- Membros do PSDB (mais conhecidos como tucanos) anunciam que vão acionar amanhã, contra a chapa de apoio ao Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). [26]
- A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) nega contato com os Vedoin detidos, após depoimento deles. [27]
[editar] 18 de setembro de 2006
- O desencadear dos fatos levou Freud Godoy, após conversa com Lula por telefone, a pedir demissão do cargo que ocupava e se apresentar voluntariamente a PF de Brasília. Nessa altura o escândalo já havia tomado as páginas dos jornais e os noticiários da TV, principalmente por causa do questionamento da origem do dinheiro e por estar um assessor direto do presidente envolvido.[3][4]
- O pedido de investigação judicial eleitoral foi feita em conjunto pelo PSDB, PFL e PPS e protocolado no TSE trazendo para o TSE a coordenação da investigação.
- O Presidente do Diretório Nacional do PT, Ricardo Berzoini, diz em coletiva de imprensa de manhã sobre o caso do dossiê. “Colocando a questão da quebra de confiança e ele ficou preocupado com isso. Muito preocupado realmente, por que for, eu não tô entendendo, que, que é isso, qual a profundidade. Eu coloquei fala: se o senhor tá, com qual, esse problema, de senhor governar e de campanha for, o senhor pode colocar a cabeça no travesseiro e dormir muito tranquilo, por que tenho como afirma e como provar que eu não tenho nada ver a isso”.
- Os presidentes do PFL e PSDB entram ao TSE, para pedir a cassação da candidatura de Lula. [28]
- A PF anuncia que vai realizar acareação entre presos envolvidos com dossiê, [29] Passos e Padilha. Eles poderão ser transferidos hoje de noite em Cuiabá. [30]
- Heloísa Helena diz que dinheiro do dossiê deve ter saído do narcotráfico. [31]
- Na tarde, o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão, exibe a entrevista com o Assessor Especial da Presidência da República, Freud Godoy, feita de manhã, afirmando reunião com os suspeitos, antes de ir depor à Polícia Federal.
- O Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula, Freud Godoy, depõe na tarde, a sede da PF em São Paulo, por 20 minutos. Após o depoimento, Godói anuncia ao governo “que deixa temporariamente o cargo”, que é aceito de imediato pelo Lula. Godói disponibiliza à PF o sigilo telefônico e admite que a quebra revelará “4 ou 5 conversas com Gedimar Pereira Passos”, que é “poucas” na opinião dele. Ele negou as afirmações de Gedimar afirma que teria encomendado a compra do dossiê. Houve uma tentativa de acareação entre Godói e Gedimar Passos, mas Gedimar afirmou direito constitucional e ficou calado. O nome de Freud Godoy apareceu com o depoimento de Valdebran Padilha ontem. É o segundo integrante ligado ao PT a cair. [32]
- É revelado à imprensa o conteúdo do depoimento à PF do agora ex-Assessor Especial da Presidência da República, Freud Godoy, que aponta mais um nome envolvido: Jorge Lorenzetti, que é amigo do presidente Lula, um dos chefes do comitê de reeleição e é uma espécie de “churrasqueiro oficial do presidente Lula”, foi quem o apresentou ao Gedimar Passos. O churrasqueiro Lorenzetti teria sido o mentor da operação.
- No Rio de Janeiro os presidentes nacionais dos partidos, PSDB, PFL e PPS (partidos de oposição), protocolam juntos, a formalização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que assuma as investigações sobre a denúncia do dossiê. Os presidentes dos partidos, Tasso Jereissaiti (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL), Roberto Freire (PPS), entregaram uma cópia do protocolo ao presidente do TSE, o ministro Marco Aurélio Mello. A oposição quer que a justiça eleitoral investigue se há envolvimento do presidente Lula no material que incriminaria Serra e Alckmin. O presidente do TSE, já adiantou que a solução do caso não será rápida. Jereissati diz: “Da onde veio 1 milhão e 800 mil, 2 milhões, quase 2 milhões de reais? Essa é a questão. E se tem envolvido ou não, pessoas da intimidade do Presidente da República nesse ato ILEGAL. Absolutamente ilegal como coisa de submundo de crime, que liga se a tudo, a todo de jogo sujo e a lavragem de dinheiro”. Bornhausen foi duro e questiona a isenção da PF e quer o TSE comande toda a investigação do caso: “É muito grave a acusação, vem, portanto, eh, do Palácio do Planalto à vista. E nós queremos que o Tribunal Superior Eleitoral, que é obrigado zelar a vigilância do pleito, faça a investigação criminal, já que não confiamos na imparcialidade do ministro da Justiça. O que ele já tem demonstrado que ele é o advogado criminalista do Presidente da República!”. Logo depois de receber o documento, o ministro Aurélio de Mello, diz que é preciso analisar o pedido da oposição, para saber se cabe ou não a abertura de um processo de investigação, que segundo ele, costumar ser bem demorado, pode levar 1 ano para ser concluído: “Temos que caminhar com muita calma, sem açodamento. Paga-se um preço por se viver em uma democracia e é módico é o respeito às regras!”. [33]
- Ao saber da declaração pela imprensa do senador Bornhausen, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos reagiu: “Eu poderia dizer que não confio no senador Bornhausen. Não vou dizer isso. O que eu digo é que, a Polícia Federal, é credora da população brasileira. Eu conversei com o presidente hoje e já se mostrado indignado nas conversas que eu tive por telefone com ele. Ele não compactua com isso, usou essa expressão ‘não contem comigo’ para fazer o uso de dossiês. O presidente tem uma tradição de recusar isso.”.
- A revista "Isto É" nega envolvimento em suposta compra de dossiê contra Serra. [34]
- O candidato a governador de São Paulo (estado), Aloízo Mercadante (que é também senador do PT), diz que o presidente Lula não tem envolvimento com o caso. “Se tiver alguém, eh, de fato do PT nesse episódio, participando uma coisa tão irresponsável, que tenha pelo menos a coragem a vim à público e assumir o que fez. O que, o presidente Lula, estava com uma eleição, está com eleição ganha. Presidente Lula tem um governo com a grande aprovação popular. Como é que ele ia permitir uma atitude como essa? Que ele nunca fez ao longo da vida dele nem quando estava perdendo a eleição?!”.
- O candidato a governador de São Paulo, José Serra (candidato ao governador do PSDB-SP) e líder das pesquisas, concede a entrevista à Rede Globo, cobrando uma investigação rigorosa com o caso. “O fundamental para o Brasil nesse momento, pra o processo democrático, pra normalidade da [sic] das eleições, é que isso esteja esclarecido. Quer dizer: de onde veio esse dinheiro? Quem são as pessoas? Qual era o propósito? Por que isso está contra as regras de jogo democrático.”
- Em Cuiabá, Mato Grosso, a Polícia Federal abre um inquérito sobre a origem do dinheiro encontrado com Gedimar Pereira Passos e Waldebran Padilha. Eles devem depor à PF e ao Ministério Público Federal e podem ser submetidos à uma acareação com Luiz Antônio Verdoin e com Paulo Roberto Trevisan. [35] Na noite, eles começam a serem transferidos pela PF de São Paulo para Cuiabá. [36]
- A PF divulga teor das escutas telefônicas, com autorização judicial, revelam que Vedoin negociava provas do dossiê anti-tucano de Serra e Alckmin. [37] As escutas revela que ele negociou mais material. [38]
- No início da noite, o Presidente Nacional do PT e Coordenador da Campanha do presidente Lula, Ricardo Berzoini, ao contrário ter afirmado na manhã, voltar a falar à imprensa e afirma que Gedimar Passos é funcionário de Comitê de Reeleição e que tem o mesmo cargo de Jorge Lorenzetti: Analista de Risco e Mídia. Berzoini diz que foi surpreendido: “O Jorge trabalha defenso [sic] para min. Mas no, jamais fiz qualquer tipo de informação ou pedido de orientação, em relação à busca de informações sobre, eh, políticos adversários. Gedimar eu não conheço pessoalmente, trabalha sobre o senador José Jorge. Não há por parte da Coordenação Nacional, nenhuma autorização para mexer com dinheiro, a atividade de informações”.
- Jorge Lorenzetti, apontado como intermediário do encontro entre o ex-agente da Polícia Federal e advogado do PT, Gedimar Passos, construiu ponte entre CUT e Dirceu. [39]
- Empresa da mulher de assessor Freud Godoy, fez campanha de Lula e atua para o PT, segundo novas investigações. [40]
- Lula se diz pronto para confronto caso oposição tente ligá-lo ao dossiê. [41]
[editar] 19 de setembro de 2006
- Chegam de madrugada com algemados em Cuiabá, Mato Grosso, o empresário Valdebran Padilha (tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004) e o ex-agente da Polícia Federal Gedimar Passos (advogado do PT). Os dois estavam presos em São Paulo desde semana passada com R$ 1,7 milhões reais, no hotel, que segundo a polícia, seriam usados para a compra de um dossiê contra candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. As fotos e o vídeo conteriam o material contra o então ministro da Saúde, José Serra, numa cerimônia de entrega de ambulâncias na Planan em 2002. A investigação não respondeu até agora qual é a origem do dinheiro apreendido. [42][43]
- O Diário Oficial publica no início da manhã, a exoneração do Assessor Especial da Presidência da República, do presidente Lula, Freud Godoy, que pediu a saída ontem. Agora como ex-assessor, ele é acusado de negociar a compra do dossiê contra os candidatos Alckmin e Serra. A Procuradoria da República entra o pedido de prisão temporária contra o ex-assessor.
- O relator contra Ney Suassuna no caso do escândalo das sanguessugas, o senador Jefferson Peres (PDT-AM), afirma que a crise do dossiê chegou ao presidente Lula. [44]
- José Serra volta a rebater o dossiê que supostamente liga tucanos à máfia dos sanguessugas e ganha apoio de Alckmin e os membros do PSDB. [45]
- O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, candidato à reeleição pelo PSDB, cobra investigações sobre dossiê, mas pede cautela da oposição. [46]
- O Procurador da República em Cuiabá, Mário Lúcio Avelar, analisa na manhã, pedir a prisão temporária do ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy, ex-assessor de Lula [47] e pede ampliação de prisão temporária de envolvidos com dossiê. [48]
- Parlamentares da oposição cobram do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) investigação rigorosa sobre dossiê. [49]
- Na campanha presidencial na Grande Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin fala sobre o caso do dossiê, que “é preciso ir atrás dos peixes graúdos” e a PF prendeu "bagrinhos" e quer saber origem do dinheiro. “Agora é o ‘mensalama’, 1 milhão e 700 mil reais, as pessoas foram presas por ter esse dinheiro, é óbvio. Quem deu esse dinheiro? Quem é o mandante disso tudo? (...) Eu acho muito triste que o Brasil tenha um presidente da República, que não sabe de nada, não ouve nada, que tem os assessores ligados ao crime, cinco ministros denunciados ou indiciados pela polícia. É uma história triste essa de fim de governo”. [50]
- O diretório nacional planeja reduzir impacto do escândalo do dossiê na campanha de Lula. [51]
- Após o discurso de abertura da ONU, conversar com ex e atuais presidentes em Nova Iorque, o presidente Lula quebra o silêncio e fala sobre novo escândalo. Ele voltou a dizer que a atitude é condenável e que os envolvidos devem ser investigados e punidos, não aceitou insinuações contra o próprio governo: “Temos que levar em conta: A quem interessa, nessas alturas do campeonato, melar o processo eleitoral? O que eu não posso permitir é aceitar, que alguém tente fazer qualquer insinuação, qualquer insinuação, contra o governo”. O presidente afirmou que está a 10 dias de uma eleição altamente favorável e perguntou “por que alguém que quer me ajudar faria um ato insano como esse?”. O presidente falou que a ele, só cabe investigar a fundo “doa a quem doer”. “Eu já participei de muitas campanhas. Eu já pedi eleições, estive com situações altamente desfavoráveis e nenhum momento eu utilizei qualquer tipo de denúncias contra qualquer candidato, mesmo quando havia gente me achando que eu deveria fazer, não fiz. Eu fico lembrando de um goleiro chileno que uma vez, uma disputa final com o Brasil, sabe, finge que está machucado, para tentar melar o jogo. Graças a Deus, as investigações descobriram que ele está fingido. Neste caso, a mim como Presidente da República, só cabe investigar. Fazer que a Polícia Federal ir ao fundo para saber o que aconteceu nesse país”. A entrevista foi interrompida pelos seguranças da ONU que não deixaram o presidente responder outras perguntas. O goleiro que o presidente afirma é o Rojas que atualmente mora no Brasil.
- Na propaganda eleitoral da TV na tarde, o candidato à presidência, Geraldo Alckmin, usa dossiê para atacar o candidato à reeleição Lula; presidente tem horário reduzido. [52]
- A Força Sindical pede "apuração imparcial, rigorosa e imediata" sobre a investigação dos envolvidos com dossiê anti-Serra. [53]
- Em coletiva de imprensa, o ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro, afirmou que o presidente Lula está indignado e determinou as investigações e que quer a punição dos envolvidos na venda do dossiê. “Esses atos, não tem nenhum tipo do comando da campanha do presidente, nem do presidente e nem do Palácio. O presidente condena veemente e quer a punição exemplar, para as pessoas que cometeram esse delito”. [54] [55]
- O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo suspende propaganda do PMDB que ligava Serra aos sanguessugas. [56]
- O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, insinua que candidatura de José Serra poderia ser impugnada. [57]
- O Blog da revista Época publica no meio da tarde, horas depois que Gedimar Pereira Passos, que afirma ter sido contratado pelo PT para negociar um dossiê com denúncias contra o candidato José Serra, ter citado a revista. O blog afirma que Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho, atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula, procurou há duas semanas o jornalista Ricardo Mendonça, da revista Época. Ele pediu um encontro marcado com o repórter na suíte do hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde do dia 6 de setembro. Nessa reunião estava Jorge Lorenzetti, Analista de Risco e Mídia da campanha de Lula. Bargas afirmou ter sido procurado por alguém que tinha denúncias sérias contra políticos de renome. As acusações, segundo ele, poderiam ser comprovadas por meio de fotos, vídeos e de uma "farta documentação". Bargas perguntou se havia interesse da revista em publicá-las. O repórter queria saber do teor da denúncia, mas que Bargas não poderia mostrar agora, mas antecipou que era contra os ex-ministros da Saúde, Serra e Barjas Negri. O blog afirma que o presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini, não sabia da reunião, nem às denúncias e a conversa durou 30 minutos, Bargas telefonou para avisar ao repórter que o denunciante voltara atrás e não queria mais apresentar o material, nem dar entrevista.
- Cristóvam Buarque (PDT), em campanha em Belo Horizonte (Minas Gerais), reage sobre o suposto dossiê contra candidatos do PSDB. Ele afirma que depois das suspeitas sobre o assessor direto do presidente, fica difícil de acreditar que o Lula não soubesse do caso: “Quem nomeou o assessor dele foi ele. Não foram os outros não. Ou se senhor foi nomeado por ele. Como é que é possível, depois que, todo dia tem um escândalo, as pesquisas dão aí uma idéia de que os mesmos serão reeleitos?”.
- No plenário do Senado, ocupado com maioria oposicionista por toda a tarde, os senadores aproveitaram para criticar o novo escândalo e acusar o governo. Athur Virgílio, líder do PSDB, tentou fazer mais uma ligação dos autores do dossiê e presidente Lula, afirmando que a secretária do presidente é a mulher de Osvaldo Bagas, ele tentou vender o dossiê a revista Época. O senador Heráclito Fortes (PFL-PI), leu à nota em que a revista Época informa que o ex-secretário do Ministério do Trabalho, Osvaldo Bargas, tentou vender o material contra os candidatos: “Já chegaram da hora. Esta Casa ficar de alerta. Alerta contra atitude como essa!”. O senador e presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, do estado do Ceará, pediu a explicação da origem de R$ 1,7 milhão de reais: “Enquanto não houver uma explicação clara desse dinheiro, nós não podemos nos calar aqui nesta Casa. O que está em jogo é a moral da Nação. É a saúde como Vossa Excelência disse da alma da Nação!”. Já Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), aproveitou para atacar o Lula de “corrupto” e o governo “incompetente” e rebateu o ataque de Lula que fez em Salvador no dia 15. Apenas dois senadores, Sibá Machado (AC) e Roberto Saturnino (RJ), ambos do PT, defenderam o governo: Machado afirma que “eu espero que nesse momento, os nomes que tiveram vinculados, de quem é que seja, pague com todo o que for rigor da lei pelos atos que fez”; Saturnino afirma “eu acho que foi nunca a ação da Polícia Federal foi tão efetiva, tão transparente, tão republicana”. [58] [59]
- O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, tentou explicar à imprensa, por que até agora não permitiu imagem do dinheiro apreendido dos dois petistas no hotel, que nos últimos dias, os políticos e imprensa põem dúvida a não divulgação afetaria a candidatura do Lula: “Hoje já não é mais como aquele tempo que se faziam imagens para jogar na televisão e destruir candidaturas. Não vamos fazer isso nesse momento. Ninguém está fora da lei, nem acima da lei, a Constituição é a baliza que significa e que marca e isso tudo e vai continuar sendo assim!”.
- Ex-secretário do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, é envolvido em venda de dossiê contra tucanos. [60]
- O coordenador da campanha de Lula diz que coloca "mão no fogo por Freud". [61]
- Em depoimento à Polícia Federal do Mato Grosso, divulgado à imprensa, o empresário Valdebran Padilha da Silva (tesoureiro de campanha do PT em Mato Grosso em 2004), atual integrante da campanha eleitoral pela reeleição do presidente Lula, confirma à PF em Mato Grosso que o dinheiro para dossiê contra políticos do PSDB veio do PT.
- O PT-MT anuncia a suspensão de Valdebran Padilha do partido, devido ao envolvimento do dossiê contra políticos do PSDB.
- CPI dos Sanguessugas anuncia que pode convocar Osvaldo Bargas e Ricardo Berzoini para explicarem dossiê. [63]
- O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, diz que José Serra deveria "se defender" de dossiê. [64]
- O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, divulga a nota em que admite que sabia o encontro de assessor com jornalistas. [65]
- O juiz federal Marcos Alves Tavares, nega na tarde, o pedido de prisão temporária contra o ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy. Ele é acusado de negociar a compra do dossiê contra Alckmin e Serra. O juiz alegou que não há necessidade de prisão, já que ele compareceu espontaneamente à PF. O pedido foi feito pela Procuradoria da República na manhã. [66] [67]
- Também foi negada pela Justiça Federal, a prorrogação da prisão temporária de Paulo Roberto Trevisan, Gedimar Passos e Valdebran Padilha; eles estão presos desde o dia 16 sob acusação de participar na negociação de venda do dossiê. [68] Mas a PF indicia Gedimar Passos por supressão de documentos. [69] [70] O empresário Valdebran Padilha confirma que documentos iriam para o PT [71]
- Também foi negada, outra decisão prisão temporária do empresário, Darci Vedoin, também envolvido no caso.
- A Justiça Federal decide colocar em segredo de justiça, o processo do dossiê contra os candidatos do PSDB.
- Jorge Lorenzetti anuncia o afastamento da campanha eleitoral pela reeleição do presidente Lula. Em uma carta, ele dizia “que extrapolou limites de suas atribuições na campanha ao tratar do dossiê”. Com o afastamento, ele volta a ser o Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que no final de julho pediu licença ao banco para trabalhar na campanha. Depoimento do Freud Godoy à Polícia Federal no dia 18, afirma que ele o apresentou ao Gedimar Passos e que teria sido o mentor da operação. É o terceiro integrante ligado ao PT a cair. [72] A carta foi enviada ao Ricardo Berzoini [73]
- O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abre a investigação para apurar se o presidente Lula foi beneficiado com o dossiê contra candidatos do PSDB. O pedido foi feito pela coligação que apóia Alckmin, sob alegação que a máquina administrativa do governo, foi utilizada para favorecer Lula. O TSE determinou que a Polícia Federal faça perícia nas células apreendidas, dólares e reais. [74]
- O presidente nacional do PFL, senador por Santa Catarina, Jorge Bornhausen, divulga comunicado pedindo ações dos filiados ao dossiê anti-tucano. [75]
- Na propaganda política na TV, tanto Lula quanto Alckmin perguntam a quem interessa o dossiê contra políticos do PSDB. [76]
- O ex-prefeito de Jaciara (MT) admite ter recebido dinheiro de empresário de Piracicaba (SP). A cidade de Piracicaba foi apontado pelos Vedoin como "operador" dentro do Ministério da Saúde no esquema dos sanguessugas após Barjas Negri (PSDB) (atual prefeito de Piracicaba) ter assumido o ministério. [77]
- Planalto ataca PT para proteger Lula e procura afastá-lo do lamaçal. Desde o estouro do escândalo do dossiê, o clima é de desconfiança entre petistas das campanhas de Mercadante e de Lula.
- Rede ligada a amigo de Lula ganha 21 vezes mais na atual gestão. [78]
- [O Blog de Noblat,] publica quase meia-noite, mais um envolvido no escândalo do dossiê: Expedito Afonso Veloso, diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil, que foi citado pelo empresário Valdebran Padilha à PF. Segundo Padilha, Expedito e Gedimar Passos, ex-agente federal, contratado para trabalhar na campanha de Lula, o recepcionaram na semana passada no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que os três seguiram para o hotel Íbis, nas vizinhanças do aeroporto. Foi nesse hotel que Valdebran e Gedimar acabaram presos pela Polícia Federal na madrugada do dia 16. Padilha confirma que no dia 6 de setembro, Osvaldo Bargas e o churrasqueiro presidencial Jorge Lorenzetti se reuniram em São Paulo com um repórter da revista Época em uma suíte do hotel Crowne Plaza.
- O fato da prisão de dois integrantes do PT, ligado à campanha presidencial à reeleição de Lula; a denúncia da Isto É do pai e filho Vedoin contra os candidatos do PSDB; a tentativa de entregar provas para serem publicadas na revista Época, que acontece duas semanas antes das eleições; por último, novamente membros próximos ao presidente Lula sendo envolvidos em novo escândalo, em repetência ao mensalão, provoca a partir disso, uma nova e grave crise política. Começaram ao mesmo tempo as reações negativas da opinião pública, os partidos de oposição ao governo, inclusive até os adversários presidenciais e governistas, o que suspeita que possa ser uma falsa denúncia para prejudicar Alckmin e Serra. A prisão provoca a mais uma nova e grave crise política desde a Polícia Federal realizou “Operação Sanguessuga”, em 4 de maio.
[editar] 20 de setembro de 2006
- São soltos na madrugada, Gedimar Pereira, Valdebran Padilha e Paulo Roberto Trevisan, acusados de tentarem usar o suposto dossiê que iria ser usado contra os candidatos do PSDB, Serra e Alckmin. Luiz Antônio Verdoin é o único que está preso por ter quebrado delação premiada.
- Depois de ignorar noticiário sobre o Brasil por três dias, a imprensa estrangeira começa a dar mais um espaço da nova crise política do Brasil. Elas afirmam que a nova crise acontece apenas duas semanas antes das eleições e que poderá inviabilizar o primeiro turno presidencial.
- O delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, vai intimar novos petistas envolvidos em dossiê anti-Serra. [79] PF deve ouvir ex-secretário de Berzoini em Brasília. [80]
- PT quer saber de Berzoini informações sobre participação de seus subordinados. [81]
- O prédio onde Jorge Lorenzetti mora em Florianópolis, Santa Catarina, não há informação sobre o destino dele, como afirma o porteiro do prédio à imprensa: “Viajar, não sei se ele foi pra Brasília, para resolver alguma coisa aí”. Um repórter chegou a perguntar: “Você me diz a família dele aí?”. Lorenzetti é dono de vários imóveis da cidade, faz parte de grupos de amigos do Lula. Foi sócio de um açougue e é conhecido como “churrasqueiro oficial do presidente”. Lorenzetti é formado enfermagem e também professor, mesmo assim, se tornou o Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que no final de julho pediu licença ao banco para trabalhar na campanha do Lula, mas se afastou ontem.
- O Ciaf, órgão do Ministério da Fazenda, que acompanha movimentações bancárias, divulga documentos em que aparece Jorge Lorenzetti, que é uns dos fundadores da ONG Uni Trabalho, em Santa Catarina, recebeu R$ 18,5 milhões no governo Lula. É mais do que dez vezes do governo anterior, quando foi fundada em 1998. A ONG Uni Trabalho é uma rede que atua junto com as universidades em pesquisas para área do trabalho. Segundo Ciaf, os últimos repasses de dinheiro foi na semana passada: Ministério do Trabalho R$ 3.404.000 e do Finep R$ 650.000.
- Banco do Brasil discute situação de diretor que estaria envolvido em dossiê contra Serra. [82]
- O procurador da República em Cuiabá, Mário Lúcio Avelar, afirma que "é possível" que Berzoini pode ser ouvido sobre caso do dossiê. [83]
- O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, chama de "baixaria eleitoral" episódio sobre dossiê que o incrimina. [84]
- Surgem rumores durante a tarde, de que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, seria afastado da coordenação da campanha eleitoral do presidente Lula. O governo não confirma, mas Berzoini teria sido chamado novamente pelo Lula e esse afastamento poderá acontecer a qualquer momento. Caso isso ocorra, o novo coordenador da campanha do Lula deverá ser o deputado José Pimentel (PT-CE). Lula estaria exigindo explicações imediatas sobre a origem do dinheiro e Berzoini sustenta que não foi do PT. [85]. Berzoini diz que fica no cargo e só sai da campanha se Lula quiser. [86]
- Geraldo Alckmin acusa PT de liderar organização criminosa. [87]
- O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) vai até Cuiabá (MT) para acompanhar investigação sobre dossiê. [88]
- O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, defende Ricardo Berzoini e diz que José Serra não responde acusações. [89]
- No meio da tarde, um site de jornalistas que já trabalharam na revista Isto É, divulga mais um nome que surge na história do dossiê: Hamilton Lacerda. Ele esteve na editora oferecendo e negociando a entrevista com Luiz Antônio Vedoin que envolveria os políticos do PSDB com a máfia das sanguesssugas, que depois ele mesmo teria marcado essa entrevista, que foi acompanhada pelos membros do PT: Osvaldo Bargas e Expedito Afonso Veloso. Hamilton Lacerda, ex-vereador do PT e atualmente Coordenador de Comunicação da Campanha de Aloizo Mercadante para governo do estado de São Paulo.
- O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, insinua que PT formou "governo de bandidos". [90]
- Horas depois que o Banco do Brasil (BB) discutir sobre a situação de diretor que estaria envolvido em dossiê contra Serra, pede afastamento do cargo. O diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso, comunica em nota o afastamento do cargo, diante das provas que o envolve em que teria participado na compra do dossiê contra políticos tucanos com supostas provas de envolvimento na máfia dos sanguessugas. Ele teria participado da negociação da compra do dossiê. [91] É o quatro integrante ligado ao PT a cair. [92]
- Horas depois, coordenador da campanha do Aloísio Mercadante no São Paulo (estado), Hamilton Lacerda, divulga a nota em que admite fez a intermediação da entrevistra de Vedoin para a revista Isto É. [93]
- O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), defende investigação da compra do dossiê e das denúncias contra tucanos. [94]
- A Polícia Federal anuncia ter identificado a origem de parte do R$ 1,75 milhão apreendido no Hotel Íbis de dossiê contra tucanos. [95]
- A informação do blog da revista Época, publicada ontem, que um membro do PT ter procurado a revista para publicar denúncias contra os candidatos do PSDB, provoca a queda do Osvaldo Bargas, que é ex-secretário do Ministério do Trabalho, atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula. Ele é o quinto integrante ligado ao PT a cair. Segundo a revista, Bargas procurou o jornalista Ricardo Mendonça, para negociar a reportagem, junto com o ex-Analista de Risco e Mídia da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti, no hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde do dia 6 de setembro. O blog da revista afirma que Ricardo Berzoini, ex-ministro de Trabalho, atual presidente nacional do PT e coordenador geral da campanha de Lula, sabia do encontro de Bargas e o repórter, embora não soubesse do conteúdo.
- O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, contradiz Berzoini e diz que cabe ao PT decidir se ele continua na campanha. [96]
- Governistas afinam discurso em defesa de Lula no episódio do dossiê. Senadores do PT tentam desvincular imagem de Lula da crise do dossiê.
- O presidente Lula afasta no início da noite, Ricardo Berzoini, como o Coordenador Geral da Campanha à reeleição do presidente e também como Presidente Nacional do PT. Ele é substituído pelo Marco Aurélio Garcia, que é Assessor Especial da Presidência. [97] Aurélio Garcia é o quinto presidente nacional do PT desde 2002. Berzoini é o sexto integrante ligado ao PT a cair por causa do dossiê. [98] [99]
- Diante da informação que Hamilton Lacerda, esteve na editora da revista Isto É para intermediação da entrevista de Vedoin contra políticos do PSDB e estar acompanhado com membros do PT, o candidato ao governo do Estado de São Paulo, Aloizo Mercadante, diz que “houve quebra de confiança” e decide afastar na noite Lacerda da campanha do governo de São Paulo. Um repórter da revista Isto É, revelou que Hamilton Lacerda, coordenador de campanha de Aloizio Mercadante no estado de São Paulo, negociou a entrevista dos Vedoin publicada no dia 15 pela revista. Lacerda é o sétimo homem de cargo de confiança no PT a perder o emprego em menos de 7 dias (ou 1 semana). [100] [101]
- O corregedor-geral eleitoral, ministro César Asfor Rocha, do TSE, pede cópia do inquérito que investiga o dossiê anti-tucano à Polícia Federal. [102]
- O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga dois documentos em que aparecem Gedimar Pereira e Valdebran Padilha, que se encontraram no Hotel Íbis, local onde eles foram presos com R$ 1,7 milhão de reais, aparecem encontros entre 12 e 13 de setembro.
- Em propaganda de TV, Mercadante pede investigação sobre Serra. [103]
- Em depoimento, empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, não comenta depósito feito para empresa de Freud Godoy. [104]
- O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati afirma na noite, que afastamento de Berzoini é "pouco" e cobra origem de dinheiro. [105]
- Empresa fechada em dezembro de 2003, que recebeu da Planam pode ter usado "laranjas". [106]
- Escutas telefônicas indicam que diretor do BB negociou com Vedoin. [107]
- Segundo as investigações, negociações sobre dossiê começaram com Vedoin ainda na cadeia. [108]
- O empresário Valdebran Carlos Padilha da Silva, diz que homem que se identificou como Expedito Afonso Veloso estava em hotel. [109]
- A Câmara Municipal de Piracicaba (SP) anuncia que pretende investigar Abel Pereira e prefeito Barjas Negri. [110]
- O empresário Abel Pereira, de Piracicaba (SP), informa que se nega a comentar grampo da PF. [111]
- O consultor sindical Wagner Cinchetto, 43, afirma em entrevista à Folha de S. Paulo, que o "PT já fazia dossiês em 2002". [112]
- O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) rebate em Nova York, Estados Unidos, as acusações dos políticos do PSDB no dossiê e vê "deterioração da República". [113]
[editar] 21 de setembro de 2006
- Na propaganda eleitoral nas emissoras de rádio da manhã, os adversários atacam Lula sobre compra de dossiê contra tucanos. [114]
- Em entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, o presidente Lula concede entrevista de 20 minutos, dos quais 12 deles, dedicados à nova crise do dossiê. Lula deu entrevista horas depois ter definido a saída do presidente do PT, Ricardo Berzoini da coordenação da campanha. O presidente considera os “insanos” os petistas envolvidos na compra do dossiê contra políticos do PSDB e que colocaria “mão no fogo” pelo candidato do PT no estado de São Paulo, Aloizio Mercadante. O presidente chamou “abominável” e “imoral” a negociação dos documentos, mas que determinou que o governo investigasse o conteúdo do dossiê contra José Serra. Sobre o afastamento de Ricardo Berzoini, como o Coordenador Geral da Campanha à reeleição do presidente, Lula afirma que Berzoini não deixa a coordenação por conta dos indícios de participação do escândalo, mas sim para afastar a campanha da crise. Ele chamou os petistas envolvidos como “meninos” e “companheiros”, que não poderia fazer “milagre” para prevenir os outros escândalos. Durante a entrevista, o presidente Lula, mostrou tenso para responder às perguntas sobre a crise. [115]
- A CUT (Central Única dos Trabalhadores) publica uma nota oficial em que cobra explicações sobre conteúdo do dossiê contra Serra. [116]
- O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB, José Serra, uns dos alvos do dossiê, volta a defender o rigor das investigações: "A Justiça Eleitoral tem que investigar. A Polícia tem que investigar. A Justiça Federal tem que investigar. Né, eles são os órgãos corretos adequados, eh, para fazer isso e a opinião pública deve julgar diante todos esses fatos escandalosos, realmente escandalosos, que atentam contra a democracia.". Afirma que dinheiro para dossiê veio do "governo" e "grupos privados". [117]
- Os candidatos à Presidência da República continuaram a atacar o presidente Lula por causa da crise do dossiê contra políticos Alckmin e Serra, na propaganda política da TV de tarde. [118]
- A Polícia Federal de Mato Grosso começa a ouvir na tarde, o depoimento de Luiz Antônio Vedoin, principal envolvido no esquema dos sanguessugas e suspeito de ter produzido e tentado vender o dossiê para o PT contra os candidatos do PSDB. Depoimento dos integrantes do PT só vai ser amanhã. [119]
- O Ministério do Trabalho nega envolvimento de assessor em "escândalo do dossiê". [120]
- A senadora Ideli Salvati diz que Executiva deve decidir se Berzoini fica na presidência do PT. [121]
- Para o coordenador da campanha do Alckmin, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), o caso do dossiê, pode provocar o segundo turno: "Eu não tenho dúvida de que, esses episódios vão impactar também esse processo que deve agravá-lo. E devem interferir sobre as intenções de voto do presidente e as intenções de voto do candidato Geraldo Alckmin. O coordenador da campanha, responde ao Lula e diz que dossiê interessava ao PT. [122]
- Para Rossi, o único dossiê "aceitável foi produzido pela CPI dos sanguessugas e não incrimina" o ex-ministro José Serra ou o ex-governador Geraldo Alckmin. [123]
- A candidata à Presidência, Heloísa Helena (PSOL), afirma que a saída de Berzoini é manobra eleitoreira. [124] Ela defende "investigações asseguradas legalmente, investigar e punir".
- O candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Aloísio Mercadante, que afastou ontem à noite, o coordenador da campanha Hamilton Lacerda, por envolvimento com o caso, volta a defender também, o mesmo de Serra, as investigações: "Infelizmente alguns militantes petistas, afoitos, tomaram iniciativas, que eu acho absolutamente incompatíveis com a nossa cultura com a nossa trajetória. E vão ter que responder por isso!". Para o candidato Mercadante, a crise do dossiê revela "duas caras" do PSDB. [125] e aciona no STF contra Goldman sobre suposto dossiê, que ele nega acusações. [126]
- O novo coordenador da campanha do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, que assumiu no lugar de Ricardo Berzoini, afastado pelo presidente Lula ontem à noite, anunciou a primeira medida de mudança como coordenador: acabou com o Núcleo de Análise de Risco e Mídia (apontada como o responsável pela crise provocada pelo dossiê contra os candidatos do PSDB). Aurélio Garcia provocou risos dos jornalistas ao falar que: "Esse setor eu nem conhecia e pelo, pelo desempenho, se é que teve não me parece muito inteligente o desempenho". Garcia diz que a ordem é o trabalhar pela vitória de Lula no primeiro turno, para ele o episódio do dossiê, não deve afetar a campanha da reeleição.
- O candidato à presidência, Geraldo Alckmin, volta a se defender do dossiê que supostamente o incrimina e pede: "Mais alto, o representante do povo, mais responsabilidade ele tem, perante a sociedade.".
- O candidato à presidência, Cristovám Buarque (PDT) afirma que o escândalo do dossiê vai influenciar a corrida presidencial: "Eu creio que isso vai ter um impacto eleitoral, nem que esteja para viabilizar o segundo turno. Se eu fosse o presidente Lula, eu hoje o mais interessado em segundo turno: Eu não gostaria de ser eleito sob a suspeição de que as pessoas ao meu lado cometeram um crime.".
- A Polícia Federal diz ter indícios que partes dos dólares encontrados no Hotel Íbis com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, entrou ilegalmente no Brasil, um lote é de 25 milhões de dólares fabricado pela Casa de Moeda dos Estados Unidos em abril desse ano. O lote foi distribuído para os bancos de Nova Iorque e no estado da Flórida. As informações foram passadas à PF por autoridades americanas, com base o número da série das notas. Os números se referem aos 2 maços de 10 mil dólares a cada um, de um total de 248.800 mil dólares apreendidos. Com Valdebran Padilha estavam 109.800 mil dólares, flagrado também com 758 mil reais. Gedimar Passos foi preso com 139 mil dólares e mais de 400 mil reais. Ao todo foi encontrado equivalente ao 1.700.000 reais. Os maços de doláres estavam com etiquetas iguais que se podem ler a sigla da Casa de Moeda americana e pela conclusão da PF, as aparências das notas indica que elas nunca circularam antes. De acordo com as investigações, os números de séries levantados até agora, não correspondem a dólares registrados pelo Banco Central, o que indicaria que pelo menos parte do dinheiro apreendido, entrou ilegalmente no Brasil: veio de avião ou foi parar em algum país vizinho e cruzou a fronteira de carro. Entre o material apreendido também estão os registros de somas feitas em máquina de calcular, onde se lê "119 Campo Grande" e com dificuldade se pode enxergar o nome de "Cláudio Márcio S Silva" e as palavras "arrecadação caixa Caxias 118". De uma relação de passageiros, em outra informação, a lista de vôo de 14 de setembro, o dia em que Gedimar Passos diz ter recebido o dinheiro para pagar o dossiê. Naquele dia, uns dos ocupantes do avião que saiu de Brasília para São Paulo era Jorge Lorenzetti, apontado como uns dos principais nomes em torno da negociata.
- Para o Ministro de Relações Institucionais, Tasso Genro, a estratégica do Palácio do Planalto é mostrar que o presidente Lula agiu rápido ao afastar Ricardo Berzoini da coordenação da campanha e tentar separar as ações de petistas no caso do dossiê contra Serra e Alckmin da figura do presidente Lula: "A nossa convicção é que nós temos um só argumentos suficientes, hã? Para mostrar que esta crise é uma crise normal, processo democrático, que ela não atinge em nada o presidente e nem aquilo de tudo bem, do bom que fez pelo país."
- O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), afirma à Rede Globo, que "os petistas devem explicações" da origem de 1 milhão e 700 mil reais que seriam usados na compra do dossiê: "O Brasil exige isso nesse momento, com a seguinte explicação: 'da onde veio esse dinheiro' e se esse dinheiro está registrado, nas contas da campanha do senhor Presidente da República, contas essas, pela qual, o senhor presidente é legalmente responsável.".
- A Bovespa fecha em queda, a cotação real/dólar chega aos R$ 2,20 (o maior desde julho) e o risco-país (índice que mede a desconfiança do investidor estrangeiro) sobe 7%, devido ao escândalo do dossiê e os fatos externos.
- O Ministro do Trabalho, Luis Marinho, nega as informações que o dinheiro público destinado ao ONG Uni Trabalho, Fundação Inter-Universitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho. O ministro diz que os repasses de verbas federais para a fundação não aumentaram 20 vezes durante o governo Lula. Lula nega que tenha repassado 18 milhões de reais, afirma que são 14 milhões, ou seja, em menos de 4 anos, o dobro do que tinha destinado à fundação em um período de 7 anos. A Uni Trabalho, responde que responde que obteve os números no SIAF (Sistema Integrado de Administração Financeira), é o órgão do Ministério da Fazenda que centraliza as informações sobre os gastos no governo, mas a ONG alega que dados relativos ao período do governo anterior, não registram as verbas primeiramente do governo federal para os estados e depois dos estados para a fundação.
- Hamilton Laderda, ex-coordenador de campanha do Aloizio Mercadante, que foi afastado ontem à noite, divulga a nota na noite, declarando que "nunca ofereceu dinheiro a políticos ou órgãos da imprensa e que não conhece a família Vedoin e que nunca viu o dossiê".
- A Crise do Dossiê volta a repercutir no horário eleitoral da TV de noite. Lula diz estar decepcionado. [127]
- Termina na noite, o depoimento de Luiz Antônio Vedoin na Polícia Federal de Mato Grosso. O delegado diz que depoimentos sobre dossiê estão sob segredo de Justiça. [128] Vedoin afirma no depoimento que o candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) "não tem relação com a máfia dos sanguessugas" e "que não há indícios" da participação, "na máfia", do ex-ministro e atual candidato José Serra e acusa sucessor do ministério Barjas Negri. [129] O empresário ligado a tucano tentou falar com Vedoin no dia da venda do dossiê.. [130]
- Para Lula, além de insana, compra de dossiê raiou a "imbecilidade". [131]
[editar] 22 de setembro de 2006
- Depoimentos de mais de 15 horas de Jorge Lorenzetti, Barjas Negri e Expedito Veloso na sede da Polícia Federal em Brasília, da manhã até a noite.
- Em entrevista na manhã à rádio CBN, o presidente Lula chama de "loucos" os petistas que tentaram comprar o dossiê: "Se nós pudéssemos transformar ele numa obra, a uma construção, ele ao terminar seria chamado 'monumento à insanidade', por que ah, o que as pessoas fizeram foi um ato de insanidade. Todo mundo sabe que tenho uma coisa que eu prezo que é, a disputa limpa que é o debate político, debate programado, debate de idéias, não faz parte do meu, do meu currículo, esse tipo de comportamento.".
- Nesse dia, três membros do PT começam a prestar depoimento que pode durar o dia inteiro à Polícia Federal em Brasília: o ex-Analista de Risco e Mídia da campanha e churrasqueiro do presidente Lula, Jorge Lorenzetti, Expedito Afonso Veloso e o Oswaldo Bargas. Os depoimentos dos envolvidos duraram mais de 15 horas.
- O sub-relator da CPI dos Sanguessugas, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) começa a encontrar na manhã com delegado e procurador do caso dossiê. [132]
- O vice-presidente da República, José Alencar, volta a defender o presidente Lula: "Nós estamos absolutamente tranquilos, por que jamais alguém pode imaginar ou poderia imaginar que uma, uma ação dessa natureza pudesse partir do presidente Lula. Jamais." e que ele foi vítima de "ações insanas". [133]
- Em Brasília, em encontro de prefeitos e 10 ministros, o presidente Lula recebe um manifesto de apoio de 2100 prefeitos pela reeleição, ao referir sobre o escândalo, diz que envolvidos na compra de dossiê são "bandidos" [134] e que admite pela primeira vez, a possibilidade de disputar segundo turno: "E se, sabe, não deu o primeiro turno, que se tiver o segundo turno, não tenho nenhum problema, por que o mundo é assim mesmo e é bom seja dois turno [sic], sabe nós vamos disputar.". [135] Na noite, no comício na Praça da Biquínia, em São Vicente, litoral do estado de São Paulo, volta criticar duramente sobre o falso dossiê que incriminava adversários políticos, chamando os criminosos de 'companheiros': "Todo mundo aqui sabe, que houve uma imbecilidade de companheiros nossos. Todo mundo sabe. Por que tem gente que acha mais esperto. Tem gente que acha que é malandro. Malandragem pra nós vale, pros outros não vale!". O presidente Lula prometeu que os acusados serão punidos: "Os companheiros que se acharem espertos e que fizeram negociação com o bandido, vão ter que pagar. Vão ter que pagar!". Lula diz que não quer admitir que o patrimônio moral do partido seja dilapidado: "A gente não pode permitir que companheiros, sabe, joguem fora o patrimônio que nós construímos. Que joguem fora o patrimônio extraordinário, que foi a conquista de andar com cabeça erguida, que é a maior conquista que o povo pode ter!". [136]
- O articulador político do governo, o ministro das Relações Institucionais, Tasso Genro, rebate no discurso do encontro de prefeitos, as suspeitas da oposição nos últimos dias, de que haveria plano para dificultar as investigações do escândalo do dossiê montado por petistas contra os políticos tucanos (ou PSDB), que responsabilizou a disputa eleitoral pelo clima tenso. Ele sugeriu que as denúncias são "uma tentativa de golpe eleitoral" e defende Lula: "A via democrática do povo brasileiro não permitirá que o resultado das urnas, seja fraudado pela manipulação na informação. Pela informação unilateral e pela informação arbitrária em seu governo está sendo atacado em todas as atitudes!". Genro acusa oposição de querer "melar" eleição e pede ajuda contra "fraude". [137] Ele sugeriu que as denúncias "são uma tentativa de golpe eleitoral": "A manipulação da informação, sempre foi muito clara. A unilateralidade da divulgação dos fatos sempre foi muito proclamada. E a vontade política do conservadorismo. A vontade política de deixar como estar. A vontade política das elites, sempre concentrou, sempre concentrou-se de forma mais agressiva nesse momento. Nos grandes momentos de decisão de um processo histórico de transformação democrática-revolucionária de nosso país.", sem apontar no entanto quem seriam os golpistas e as informações unilaterais que refere, já que todos os lados tiveram amplo acesso à mídia e a informação, como foi o próprio ministro.
- Termina no início da tarde, o depoimento do ex-Analista de Mídia e Risco da campanha à reeleição de Lula do PT à Presidência, Jorge Lorenzetti, à Polícia Federal em Brasília. O depoimento começou por volta das 9h30 e durou cerca de 3 horas. Ele saiu sem dar entrevista. [138]
Jorge Lorenzetti admite no depoimento a negociação do dossiê, afirma que o dossiê contra José Serra seria entregue ao assessor do candidato rival do PSDB em São Paulo, Aloisio Mercadante. Segundo o advogado de Lorenzetti, ele afirmou no depoimento que tinha interesse na divulgação do dossiê, mas que jamais soube que ele seria negociado em troca de dinheiro. Ele esperava obter os documentos de graça. Lorenzetti afirmou que o dossiê contra José Serra seria entregue ao assessor do candidato rival de Serra em São Paulo, Aloizio Mercadante. Segundo o advogado de Lorenzetti, ele teria dito também no depoimento que tinha interesse na divulgação do dossiê, mas que jamais soube que seria negociado em troca de dinheiro. Eles esperavam obter os documentos de graça. O advogado diz que Lorenzetti ele admite que tentou obter dossiê, mas inocenta Lula e Berzoini no caso do dossiê: "Não há nenhum telefonema, nenhum envolvimento, nenhum contato do presidente ou de órgãos da presidência de [sic] da república, de forma alguma.". [139] Ele afirma que Valdebran tomou iniciativa de oferecer dossiê. [140] No primeiro depoimento do dia, Lorenzetti, disse que mandou Expedito Veloso e Gerdimar Passos ao Cuiabá para analisar o conteúdo do dossiê, com passagens pagas pelo PT. Lorenzetti admitiu que tentou conseguir o dossiê contra Serra, que segundo Lorenzetti, ele tinha informações de que Abel Pereira, também estaria em Cuiabá para tentar comprar o dossiê de Vedoin, assegurou no entanto, que não pagou pelo dossiê. O advogado de Lorenzetti afirma: "Foi dito por parte da família Vedoin, que haveria um interesse de negociar esses valores. Isso foi prontamente, ah, repudiado pelo meu cliente...". no depoimento, Lorenzetti assumiu a negociação do dossiê.
- Começa o depoimento do ex-diretor do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso.
- Primeira pesquisa do Ibope divulgado na tarde pelo telejornal "SP TV", da Rede Globo (São Paulo) mostra que o ex-prefeito José Serra mantém liderança em SP após crise do dossiê. [141]
- Para Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara, critica o escândalo: "É a forma de atuação desse governo foi diferente do governo anterior. Nesse governo se transportou para Brasília, as piores práticas de fazer política, por que foi criado o mensalão e a CPI [sic], e a máfia dos sanguessugas, nada mais foi no governo Lula do que foi uma variável do mensalão!".
- O presidente nacional do PFL, o senador Jorge Bornhausen (SC), volta a cobrar a explicação para a origem do dinheiro apreendido. "Ainda vai aparecer muito mais coisas, nessa questão, principalmente vamos ter que saber a origem e quem entregou o dinheiro".
- O Presidente do PSDB-SP, Beraldo diz que PT não tem espírito democrático. [142]
- O Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirma em coletiva de imprensa que a Polícia Federal está trabalhando, tem "condições de esclarecer rapidamente todo o episódio do dossiê", descobrir logo a origem de quase 2 milhões, entre dólares e reais que seriam usadas na compra do dossiê e que o Banco Central americano já foi acionado. Ao ser perguntado pelo repórter da Rede Record, de que "uma operação simples de identificar através da série dos reais, de que bancos e contas saíram?", ele responde: "Isso está sendo feito, claro, é simples, é mais não...". E o repórter pergunta "Está demorando?". Bastos responde: "Não, não está demorando, tá demorando pela tua ansiedade, pela minha ansiedade, pela nossa ansiedade de resolver isso.". Apesar de que há investigação para saber a origem do dinheiro, ele afirma que o caso do dossiê está praticamente resolvido: "Cadeia causadia [sic] autoria já foi desvendada até por confissão de pessoas. A Polícia Federal fez um trabalho extremamente eficiente.
Agora, o que não se pode é condicionar a investigação policial a lógica e o tempo de uma campanha eleitoral. Isso não tem sentido e não é possível de fazer.". [143]
- A CPI dos Sanguessugas anuncia que vai cobrar agilidade da Polícia Federal sobre origem do dinheiro do dossiê. [144] Com a cópia do "Dossiê Anti-Tucano" em mãos, a CPI vai pedir ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que repasse à PF "o mais rápido possível" as informações sobre a origem do dinheiro que seria usado na compra do material. O Coaf e Banco Central são informados pelos bancos quando os saques superiores à R$100 mil reais são efetuados, entre os dados enviados estão a agência, o número da conta, o nome do titular e o motivo da operação. As informações só podem ser divulgadas a pedido da Justiça. Sobre o mistério da origem do dinheiro para a compra do dossiê para a compra do dossiê contra os tucanos, o sub-relator da CPI acha que "essas informações" já deveriam estar com a Polícia Federal: "O Coaf sabe tanto de saque quanto o povisionamento. Então se o povisionamento houve e de fato houve, o Coaf também tem condições de obter as informações e como não são, com [sic] como não é número o grande de agências, essas informações já poderiam estar dispostas estão a Polícia Federal.".
- A FBI (Federal Bureau Investigation), a Polícia Federal dos Estados Unidos, está investigando nos últimos dias, a origem do dinheiro apreendido com Gedimar Passos e Valdebram Padilha, se os dólares saíram ilegalmente no país, já que é possível que o Coaf não conheça toda a quantidade de dinheiro apreendida. Há quem afirme que a PF já conhece os donos das contas e que a informação dos dólares supostamente falsos são a maneira de adiar a divulgação das informações. Mas oficialmente ninguém fala nada, mas que a orientação que tenha tudo sigilo absoluto, principalmente com agora com o surgimento de outros dossiês que incriminam outros partidos, inclusive o próprio PT. A Polícia Federal ainda quer a segunda parte do dossiê que envolveria outras prefeituras e outros partidos (inclusive o próprio PT) com a máfia dos sanguessugas. Luiz Antônio Vedoin é quem deveria revelar onde estar essa documentação com mais de 2 mil páginas. A PF quer saber quem é exatamente o doleiro André, citado pelo depoimento de Gedimar Passos. Ele poderá dar novas pistas sobre a origem do dinheiro que pagaria o dossiê.
- O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirma que PT "deu um tiro no próprio pé" ao querer comprar dossiê que tentara incriminá-lo. [145]
- O delegado que mandou fazer as prisões de Padilha e Passos no quatro de Hotel Íbis, diz à imprensa que eles negociaram a compra de um dossiê "muito maior do que foi apreendido em Cuiabá". De acordo com o delegado da Polícia Federal, Edmilson Bruno, Valdebram Padilha e Gerdimar Passos afirmaram em depoimento, que pessoas do PT tiveram acesso do "dossiê mais completo": seriam 2 mil páginas em que envolveriam União, Estados e municípios em vários partidos, incluindo o próprio PT: "O que eu pressenti, é que uma isca: ele jogou um pouco para ver se realmente não ia ser interceptado e foi. Luiz Vedoin e Darci mandou uma parte, já tinha 1 milhão, para ver se não acontecer nada e outra parte viria depois.".
- Em campanha eleitoral nas cidades de Muiaé, Barbacena e Guveilo (onde discursou e visitou a Basílica de São Geraldo, uns dos centros de romaria do estado), todas no estado de Minas Gerais, o candidato Geraldo Alckmin volta a falar sobre o falso dossiê que o incriminou junto com Serra e diz que "espera rapidez nas investigações". "A festa da democracia, que é a eleição, eh virou problema policial. E mal resolvido. Por que até agora não se disse de onde veio o dinheiro!". Alckmin afirma: "A sociedade espera saber. Primeiro: De quem é o dinheiro? Como é que esse dólar entrou no Brasil? Toda suspeita que entrou de forma ilegal, como é que entrou? Quem são os corruptores?". O candidato afirma que não adianta Lula tentar se desvincular do PT do escândalo. [146] Ele afirma que o presidente teve a participação efetiva no caso do dossiê: "O PT é o Lula. Quem é que são as pessoas estão envolvidas nisso? Diretor do Banco do Brasil, diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, que aliás é o churrasqueiro do presidente. São as pessoas de sua intimidade!".
- Em campanha eleitoral em Salvador, Bahia, após participar na Universidade Federal de Salvador em defesa de escola pública, acompanhar com os partidos que apóiam a candidatura nas ruas do centro da cidade ao receber flores, a candidata pelo PSOL, Heloísa Helena, volta a falar sobre o dossiê falso que incriminou os candidatos do PSDB: "Algo fundamental para o povo brasileiro é conhecer a origem do dinheiro, para que nós possamos impedir novas circunstâncias de banditismo político como vem acontecendo.". Ao chegar na noite, à cidade do Rio de Janeiro, volta a falar sobre o caso: "O governo federal já sabe, quem sacou o dinheiro. Já sabe quem operacionalizou o suporte financeiro nos caixas dos bancos para promover o pagamento (...) Precisa de disponibilizar os nomes ao povo brasileiro.". [147] Ela afirma em "não acreditar" que o presidente "desconhecesse a negociação" do dossiê contra os tucanos: "Claro que ele sabia. Só acha que o presidente não sabia quem tem dele uma visão elitista preconceituosa e achar que ele é um burro e incapaz e ele não é. Ele é muito esperto e sabe muito bem comandar uma organização criminosa como essa.".
- Em campanha eleitoral em Fortaleza, Ceará, enquanto reunia com os estudantes e profissionais de administração, apresentar o programa de governo e participar o debate com representantes do comércio e da indústria do Ceará, o candidato pelo PDT, Cristovám Buarque, critica em discurso, a maneira que Lula afastou alguns incriminados nos escândalos: "Ele afastou, pedindo desculpas, afastou dando abraçinhos, no que afastou chamando de 'companheiros' de bi e (sic) depois que a imprensa forçou. Não foi uma coisa sistemática, de exemplo de clareza, interna dele próprio.", Buarque usou o caso dossiê para atacar Lula: "E se for a origem que vincule ao PT ou próprio presidente ele é eleito com essa suspeição. Eu tenho dúvida de que há um grande risco de que ele caia nas tentações autoritárias que ele mesmo reconheceu na semana passada que carrega dentro dele.". Falou na Rede Globo, sobre a crise gerada pelo falso dossiê ao comparar o mensalão e o grande número de traição:
"Da maneira que tudo aconteceu durante o período do mensalão, o presidente disse uma vez que não sabia e foi traído. Mas caramba, ele está sendo traído vezes demais! Ele está sendo traído a cada mês! Ele gosta de ser traído? Ele aceita ser traído ou ele é omisso nas traições?". No fim de tarde, Buarque fez caminhada pelo centro da cidade.
- Termina o depoimento à PF, o ex-diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, que durou quase 7 horas. Veloso é suspeito de ter viajado para Cuiabá (MT) por ordem do comitê de campanha de Lula para negociar o dossiê oferecido pelo Luiz Vedoin, mas ao sair, deu outra versão à imprensa: "Lapa cumpriu uma função técnica.". Perguntado pelo repórter da Rede Globo, "essa função técnica tinha a ver com as operações bancárias?", ele responde: "Tinha. Depósitos na conta de pessoas [sic], indicadas pelo Abel Pereira.". O empresário Abel Pereira é acusado pelo Luiz Vedoin de ter recebido dinheiro para liberar as emendas na gestão de Barjas Negri no Ministério da Saúde. Vedoin afirmou, no entanto de que os candidatos do PSDB, Alckmin e Serra, não tem relação nenhuma com a máfia das ambulâncias. Veloso confirma ter ido ao Cuiabá com Bargas para analisar conteúdo de suposto dossiê oferecido pelo Vedoin [148] Dossiê foi montado para acertar dívida de propina. [149]
- O advogado do empresário Valdebran Padilha, Luiz Antônio, afirma que o cliente negou que deva dinheiro de propina ao Vedoin. [150]
- Aloizio Mercadante pede punição "dos dois lados" na TV; Quércia perde tempo. [151]
- Promotores do estado de São Paulo chegam à sede da ONG Unitrabalho, por conta de suspeitas de envolvimento da ONG com o caso do dossiê. Jorge Lorenzetti, "o churrasqueiro do Lula", era uns dos fundadores a ONG em 1996 e que desde o governo Lula, lucrou mais do que o governo anterior de FHC. A ONG Unitrabalho afirma hoje que "há quase 2 anos que não tem vínculo com Jorge Lorenzetti".
- A bancada de vereadores aliados ao prefeito de Piracicaba-SP, ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, arquivam na noite o processo de investigação sobre o prefeito. [152]
- O ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba, interior do estado de São Paulo, classifica em nota, de "descabidas e fantasiosas" as informações prestadas pelos Vedoin que o ligariam à máfia das sanguessugas. Negri afirma que Abel Pereira não operava no Ministério da Saúde e "que não conhece os Vedoin e que não esteve com eles ou com representantes deles". Já outro empresário, Abel Pereira, não foi encontrado.
- Mercadante fala em "cortar na carne" no caso dossiê. [153]
- O professor de engenharia da Universidade Estadual Paulista, o diretor-executivo Nasri Nascimento, esclarece à imprensa: "a Unitrabalho não é uma ONG e sim uma fundação administrada por 93 reitores das principais universidades públicas e privadas do país.", Nasri Nascimento disse que todo o dinheiro que a fundação recebe é para o pagamento dos custos e das pesquisas. Ele mostra o extrato de bancário para provar que a Unitrabalho recebeu o dinheiro legalmente. Criada em 1996, a Unitrabalho desenvolve projetos de capacidade técnica em diversas áreas. Atua como elo entre poder público e as universidades.
- Termina o depoimento à PF, Oswaldo Bargas, que durou aproximadamente 4 horas e meia, que esteve na sala do delegado em que reler o depoimento para depois assinar. Bargas é acusado de oferecer o material de denúncias contra o PSDB ao veículo da mídia às revistas Época e Isto É.
- O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulga os documentos da Polícia Federal. No depoimento de ontem à Polícia Federal, Luiz Antônio Vedoin, disse que não há ligação entre a máfia das sanguessugas entre os políticos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Serra. O dossiê que seria usado para atacar os políticos do PSDB foi descoberto através pela escuta da PF. Foi em Cuiabá em que Luiz Vedoin recebeu as ligações monitoradas pela PF. Os telefonemas interceptados com autorização judicial é que revelaram a tentativa dos Vedoin, de vender o dossiê contra o candidato pelo PSDB ao governo do estado de São Paulo, José Serra. O relatório da PF em que o Jornal Nacional teve acesso, aparecem 30 telefonemas de Luiz Vedoin entre 13 e 14 setembro, quase todos tratam da negociação do material. A maior parte das conversas de Vedoin foi com Valdebram Padilha, que estava em São Paulo, intermediando a venda. O relatório mostra 15 telefonemas em 2 dias: no dia 14, à tarde, Valdebran informa ao Luiz Vedoin que o negócio "já está rodando, mas que ficou faltando a entrega de um material". Luiz Vedoin dá em entender que "só vai entregar se receber todo o dinheiro". Valdedram afirma que uma parte já guardou e a outra parte está com outra pessoa, se referindo provavelmente ao Gerdimar Passos, o homem do PT flagrado no hotel com dinheiro vivo que pagaria pelo dossiê. No mesmo dia, a noite, o portador do material, Paulo Roberto Trevisan, tio de Verdoin, acabou preso em Cuiabá quando embarcava para São Paulo e o tal do dossiê que o transportava se resumia em papéis, fotos e imagens que mostram uma solenidade pública de entrega de ambulâncias. Pouco antes da viagem de Trevisan, Vedoin ligou para o celular de Brasília. O homem que atendeu estava em Cuiabá, Luiz Verdoin pede que ele espere frente do aeroporto, a pessoa disse que gostaria de checar, provavelmente ao material que seria entregue em São Paulo. Diz ainda que queria colocar um computador portátil, mas lamenta que o embarque tivesse começado. Pelo número quem recebeu o número foi Expedito Afonso Veloso, o diretor do Banco do Brasil afastado que atende ao telefone como "Expedito Ferrador": "Esta é a caixa-postal de... Expedito Ferrador". Entre os telefonemas recebidos por Luiz Vedoin está também de uma pessoa que passa o recado: "Abel está querendo falar com Vedoin e deixou o número de celular". Ligamos para o número que pertence ao Abel Pereira, braço direito de Barjas Negri, ex-ministro de Saúde que substituiu José Serra em 2002, a ligação caiu na secretária eletrônica "Esta é a caixa-postal de... Abel". Abel foi incriminado pelo Luiz Vedoin no depoimento de ontem à PF. Ele disse que o Abel é um dos que receberam o dinheiro para liberar recursos na gestão de Barjas Negri no Ministério da Saúde. Vedoin disse também no depoimento que Geraldo Alckmin, candidato à presidência, não tem relação nenhuma com a máfia das sanguessugas e afirmou que não há indícios de que o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo do estado de São Paulo, José Serra tenha participado do esquema das ambulâncias. Segundo Vedoin, a idéia do dossiê partiu de Valdebran Padilha, que devia R$ 700.000 reais a ele e pretendia pagar a dívida com a venda de informações.
- O empresário Darci José Vedoin, fundador da Planam e um dos acusados de chefiar a máfia dos sanguessugas, visita o filho Luiz Antônio Vedoin na prisão, o único preso no escândalo do dossiê. [154]
- A Polícia Federal relaciona funcionário da campanha de Lula ao Vedoin. [155]
- O Jornal da Globo, da Rede Globo, divulga os documentos da Polícia Federal. A Polícia Federal rastreou as ligações feitas pelos Vedoin e os acusados no escândalo do dossiê. Pelas conversas, a negociação envolviria quantias maiores em troca de mais de informações. De São Paulo, partiram telefonemas de Luiz Vedoin e para celular de Brasília. O encontro marcado no saguão do Aeroporto de Congonhas, quando Valdebram Padilha desembarca em São Paulo, no fim de tarde do dia 12, o ex-agente da Polícia Federal, Gerdimar Passos, já esperava por ele no aeroporto. Os dois seguem para o hotel, onde Passos está hospedado, mas Padilha não consegue uma vaga, passa a noite em outro hotel, também nos arredores do aeroporto. No dia seguinte, dia 13, Padilha se instala finalmente ao hotel de Passos e os dois se tornam vizinhos de quatro, é quando a negociata em torno do dossiê se intensifica. Menos de 48 horas depois, Padilha e Passos são presos pela Polícia Federal com o equivalente R$ 1 milhão e 700 mil reais, com eles foram também apreendidos 4 celulares, um deles foi monitorado pela PF. Além de celulares, eles usaram telefones do hotel e os extratos das contas revelam muitas ligações para Brasília e em Cuiabá. Valdebram Padilha telefonou 5 vezes para o empresário preso na Operação Sanguessuga, Luiz Antônio Vedoin, que estavava oferecendo o dossiê contra os políticos em troca de dinheiro. No quatro, Gerdimar Passos fez ligações para um celular de Brasília. Segundo a PF, os telefonemas de quatro de hotel foram dados para Expedito Afonso Veloso, o diretor do Banco do Brasil afastado pelo escândalo. No depoimento, Gerdimar Passos afirmou que recebeu o primeiro 1 milhão de reais às 6hs no dia 14 no estacionamento do hotel e a segunda parte chegou por volta das 23hs e 30 min, é quando fica registrado no hotel, as ligações dele para Expedito Afonso Veloso. Agora, por outro lado da linha, Afonso Veloso tem um registro eletrônico: "Expedito. Deixe seu recado que eu retorno assim que puder.", o chefe da máfia das sanguessugas, Luiz Antônio Vedoin, não ouviu essa gravação e conseguiu falar com Expedito Afonso Veloso na noite do dia 14, que estava em Cuiabá e que "gostaria checar", provavelmente se referindo as fitas, as fotos e os DVD's negociados em São Paulo. Ele afirmou que queria colocar tudo em um computador portátil, mas lamentou que o embarque já tivesse começado. Entre os dias 13 e 14, Luiz Vedoin fez 30 telefonemas, quase todos tratam da negociação do material e foi por essa interceptação, autorizada pela Justiça, que a Polícia Federal conseguiu constatar a tentativa de venda do dossiê contra o candidato pelo PSDB ao governador do estado de São Paulo, José Serra. A maior parte das conversas foi com Valdebram Padilha, que estava em São Paulo intermediando a venda. O relatório mostra 15 telefonemas em 2 dias, no dia 14 à tarde, por exemplo, Padilha informa ao Luiz Vedoin que "o negócio está rodando", mas que ficou faltando a entrega de um material. Luiz Vedoin dá entender que só vai entregar se receber todo o dinheiro. Valdebram Padilha afirma que uma parte já guardou e outra parte está com outra pessoa, se referindo provavelmente ao Gerdimar Passos, o homem do PT que estava no mesmo Hotel Íbis de Valdebram Padilha, mas não deu tempo para concluir o negócio: Padilha e Passos foram presos.
[editar] 23 de setembro de 2006
- Valdebran em novo depoimento nega que deva dinheiro a Vedoin.
- Pesquisa mostra que para 52% dos eleitores, o ex-assessor de Lula, Freud Godói, participou de compra de dossiê. [156]
- Polícia Federal identifica retiradas e tenta achar correntistas. [157]
- O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, diz que Lula vive "crise de credibilidade" após escândalo do dossiê. [158]
- O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, diz que episódio sobre dossiê mudará o voto da classe média. [159]
- O presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva evita falar em dossiê; Mercadante chama envolvidos de "pequeno grupo". [160]
- Integrantes da CPI dos Sanguessugas, suspeitam que ex-diretor do BB usou cargo para ver conta. [161]
- O empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, entrega à Justiça Federal em Cuiabá-MT, documentos com acusações contra o empresário Abel Pereira. [162] A PF abrirá inquérito sobre participação de Pereira no caso do dossiê. [163]
- O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, afirma que os petistas acusados omitiram a verdade. [164]
- O governador do estado de São Paulo, Cláudio Lembo, defende investigação de conteúdo de dossiês. [165]
- A integrante da CPI dos Sanguessugas e candidata à presidência pelo PSOL, a senadora Heloísa Helena (AL), acusa o Lula de se jogar "nos braços dos banqueiros, do capital financeiro, dos mensaleiros e dos sanguessugas" e cobra mais uma vez a participação dele nos debates. [166]
- Na prisão, Luiz Vedoin tem direito a TV e visita diária da esposa. [167]
- O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, critica a ação lenta da Polícia Federal. E diz: "Pode, isso é fato. Mas não quero especular sobre isso". [168]
- Investigações aponta que Lula, Mercadante e Lorenzetti são sócios em ONG de São Paulo. [169]
[editar] 24 de setembro de 2006
[editar] 25 de setembro de 2006
- A Polícia Federal requisitou ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) informações de quatro diferentes bancos sobre os saques que podem estar ligados à compra do dossiê.
- O presidente Lula dá uma entrevista à rádio CBN, admitindo nomeações dos assessores próximos à presidência e volta a condenar a prática dos membros do PT contra PSDB. Ele pediu para que o novo escândalo não seja usado por meio eleitoral.
- O presidente Lula diz que Berzoini "é responsável pela escolha da equipe" de sua campanha, [170] os que estão envolvidos com dossiê são "aloprados". [171]
- O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo diz, em tom favorável ao governo, que cassar novo mandato de Lula seria um "golpe" [172] e acusa oposição de forçar segundo turno contra vontade popular. [173]
- A CPI dos Sanguessugas anuncia que vai pedir documentação referente aos saques feitos para pagar dossiê. [174]
[editar] 26 de setembro de 2006
[editar] 27 de setembro de 2006
[editar] 28 de setembro de 2006
- Jorge Lorenzetti deixa diretoria do Besc.
- Polícia Federal declara que o Banco Sofisa recebeu, legalmente, remessa de dólares que eram provenientes de Miami e Nova Iorque.
- O Delegado Edmilson Pereira Bruno, munido de uma máquina digital fotográfica, dirigiu-se a uma unidade do Banco Central (guardião dos dólares) em São Paulo e à empresa Protege S/A (guardião dos reais) para fazer as fotos das pilhas de dinheiro. O delegado bateu 23 fotos, em diferentes ângulos. Depois, gravou as imagens em um CD, que foi entregue a jornalistas em caráter sigiloso. Ocorre assim o vazamento das fotos para a opinião pública, o PT se enfurece publicamente e dispara contra o PSDB e acusa-o de estar ligado ao Delegado Edmilson Bruno.[5]
- As fotos do dinheiro provenientes do Delegado Edmilson Bruno foram inicialmente exibidas pelo portal do jornal Estado de São Paulo e outros portais de notícias na parte da tarde, a noite ganharia destaque em diversos telejornais.[6]
[editar] 29 de setembro de 2006
- O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, imediatamente determinou a instalação de sindicância interna na Superintendência Regional do Órgão em São Paulo.[7][8]. Existe uma suspeita que credita o vazamento ao Delegado Edmilson Pereira Bruno que teria sido alocado para outras atividades já que o inquérito era de alçada da PF de Mato Grosso.
- Depõem mais dois acusados na compra do dossiê, respectivamente manhã e tarde.
- Vaza pela imprensa, 23 fotos em que aparecem dinheiro dólares e reais.
- Os candidatos, Geraldo Alckmin, Heloísa Helena e Cristóvam Buarque, aproveitam na campanha eleitoral, para criticar a ausência de Lula, comentar o vazamento de fotos de dinheiro sobre o escândalo do dossiê contra candidatos do PSDB e defender as propostas.
[editar] 30 de setembro de 2006
- O Delegado Edmilson Pereira Bruno assumiu o vazamento das fotos. Alegou que as mesmas não estavam em "segredo de justiça" por não fazerem parte do inquérito e ressalva sua desconfiança por ter sido afastado do caso.[9]
Até o momento:
Ao contrário do que vem sempre praticando, a Polícia Federal não disponibilizou voluntariamente a imagem do dinheiro apreendido. Porém, as fotos que supostamente comprometeriam José Serra e Geraldo Alckmin foram disponibilizadas.
A Polícia Federal prossegue as investigações junto ao TSE e o inquérito permanece com o status de SIGILO para que não influencie as eleições.
O Delegado Edmilson Perreira Bruno que disponibilizou a imagem do dinheiro apreendido é submetido a um processo disciplinar. A Federação Nacional dos Policiais Federais protesta contra o fato do processo contra o delegado furar fila e ter sido instaurado em tempo recorde, denunciando intervenção política no caso.[10]
[editar] 1 de outubro de 2006
[editar] 2 de outubro de 2006
[editar] 3 de outubro de 2006
[editar] 4 de outubro de 2006
[editar] 5 de outubro de 2006
[editar] 6 de outubro de 2006
[editar] 7 de outubro de 2006
[editar] 8 de outubro de 2006
[editar] 9 de outubro de 2006
[editar] 10 de outubro de 2006
[editar] 11 de outubro de 2006
[editar] 12 de outubro de 2006
[editar] 13 de outubro de 2006
[editar] 14 de outubro de 2006
A Revista Veja, datada do dia 18, denuncia a OPERAÇÃO ABAFA: Operação Abafa
Nas últimas semanas, uma operação abafa foi deflagrada para tentar apagar as chamas mais destruidoras levantadas pelo escândalo da compra do dossiê Depois de acusar Freud de ser o mandante da compra do dossiê em seu depoimento inicial, Gedimar recuou, retirando a única referência a Freud feita até agora na investigação do caso.[...] Tudo graças ao "novo" Gedimar, que agora diz ter sido pressionado a entregar o nome de Freud por métodos de tortura psicológica praticadas pelo delegado que o prendeu – Edmilson Bruno, o mesmo que divulgou as fotos do dinheiro usado para comprar o dossiê. Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF em São Paulo. A visita ocorreu fora do horário regular e sem um memorando interno a autorizando. Um encontro com um preso nessas condições é ilegal. Ele pode ser encarado como obstrução das investigações ou coação de testemunha. De acordo com o relato dos policiais, o encontro foi facilitado por Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista. O encontro ocorreu logo depois da acareação regular entre Freud e Gedimar, um encontro de cinco minutos que, segundo o relato oficial, transcorreu em silêncio da parte de Gedimar. O mais interessante, no relato dos policiais, viria a seguir. Severino teria acomodado os petistas em seu gabinete e determinado a Jorge Luiz Herculano, chefe do núcleo de custódia da PF, que retirasse Gedimar de sua cela. Herculano resistiu, pretextando corretamente que o preso estava sob sua guarda e que não havia um "memorando de retirada". A PF é uma organização altamente profissional mas seus delegados são pessoas, eleitores e têm lá suas ligações políticas com o PT e com seu adversário, o PSDB. VEJA procurou esclarecer se os delegados que narraram as cenas citadas o fizeram por motivação política e, principalmente, se elas podiam ser levadas a sério. Em conversas telefônicas com os três delegados da PF, duas delas presenciadas por repórteres de VEJA, Herculano disse ter obedecido a ordem do delegado Severino de levar o preso Gedimar para um encontro com os petistas. Ele alegou na conversa presenciada pelos repórteres que o fez por receio de problemas futuros com seu superior hierárquico. Disse também que receava confirmar o caso a jornalistas e deu a seguinte explicação: 'Depois nossos chefes vão dizer que sou louco e vão tentar me demitir, como fizeram com o delegado Bruno', disse ele.[11] |
Tesoureiro do PT reuniu-se com Freud
O tesoureiro do diretório nacional do PT e coordenador de infra-estrutura da campanha do candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Ferreira, reuniu-se com Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência, após o depoimento que este prestou à Polícia Federal sobre a tentativa frustrada de compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB).[12] |
[editar] 15 de outubro de 2006
[editar] 16 de outubro de 2006
[editar] 17 de outubro de 2006
[editar] 18 de outubro de 2006
[editar] 19 de outubro de 2006
[editar] 20 de outubro de 2006
Desmorona a versão de que Gedimar houvera sido pressionado pelo delegado Edmilson Bruno
Cara a cara com Freud Godoy e diante de uma delegada e dois agentes federais, o advogado petista Gedimar Pereira Passos sustentou a versão de que o ex-guarda-costas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no comando da trama do dossiê Vedoin. Foi no final da tarde de 18 de setembro que Freud e Gedimar foram colocados na mesma sala da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, em São Paulo. Na primeira etapa da sessão, ele não retirou nada daquilo que tinha declarado. Manteve sua denúncia - o envolvimento de Freud na negociata. Na parte final da acareação, Gedimar invocou o direito constitucional de só falar à Justiça. Alegou que seus advogados “não tiveram acesso aos autos”. Na explicação entregue posteriormente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investiga suposto envolvimento do presidente na farsa do dossiê, Gedimar, que é ex-agente da PF, disse que havia apontado Freud porque o delegado que o prendeu, Edmilson Bruno, o submetera a forte pressão.[13] |
Freud se reúne com assessor de Lula por quase 3 horas em SP[14] |
[editar] 21 de outubro de 2006
[editar] 22 de outubro de 2006
[editar] 23 de outubro de 2006
[editar] 24 de outubro de 2006
[editar] 25 de outubro de 2006
[editar] 26 de outubro de 2006
Ao contrário do que diz Bastos, PF descumpriu norma ao omitir foto do dinheiro
A Polícia Federal descumpriu a instrução normativa 006/DG/DPF -assinada em 26 de agosto de 2004 pelo seu próprio diretor-geral, Paulo Lacerda- ao proibir a apresentação de imagens do dinheiro apreendido com ex-petistas na operação do dossiê contra o candidatos do PSDB. O documento, que ‘institui a política de Comunicação Social do Departamento de Polícia Federal’, determina que materiais apreendidos sejam exibidos para ilustrar reportagens e evitar estimativas equivocadas. O inciso VII do artigo 31 da norma é explícito: "Em consonância com os princípios, diretrizes e fundamentos jurídicos e regimentais da política de Comunicação Social do DPF, deverão ser adotadas as seguintes condutas na divulgação: A apresentação de material apreendido em operações policiais, visando ilustrar reportagens, evitando-se em tais atribuir-se valores estimativos."A instrução descumprida está em vigor, segundo a assessoria de imprensa da PF e delegados consultados pela Folha.[15] |
[editar] 27 de outubro de 2006
[editar] 28 de outubro de 2006
[editar] 29 de outubro de 2006
[editar] 30 de outubro de 2006
[editar] 31 de outubro de 2006
Jornalistas constrangidos na PF
A pretexto de obter informações para uma investigação interna da corregedoria sobre delitos funcionais de seus agentes e delegados, a Polícia Federal intimou cinco jornalistas de VEJA a prestar depoimentos. Eles foram os profissionais responsáveis pela apuração de reportagens que relataram o envolvimento de policiais em atos descritos pela revista como "uma operação abafa" destinada a afastar Freud Godoy, assessor da presidência da República, da tentativa de compra do dossiê falso que seria usado para incriminar políticos adversários do governo. Três dos cinco jornalistas intimados – Júlia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro – foram ouvidos na tarde de terça-feira pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira. Para surpresa dos repórteres sua inquirição se deu não na qualidade de testemunhas, mas de suspeitos. As perguntas giraram em torno da própria revista que, por sua vez, pareceu aos repórteres ser ela, sim, o objeto da investigação policial. Não houve violência física. O relato dos repórteres e da advogada que os acompanhou deixa claro, no entanto, que foram cometidos abusos, constrangimentos e ameaças em um claro e inaceitável ataque à liberdade de expressão garantida na Constituição.[16][17] |
[editar] 1 de novembro de 2006
[editar] 2 de novembro de 2006
Em depoimento à PF, Gedimar nega ter se reunido com Freud na sede da polícia[18] |
[editar] 3 de novembro de 2006
[editar] 4 de novembro de 2006
[editar] 5 de novembro de 2006
[editar] 6 de novembro de 2006
[editar] 7 de novembro de 2006
[editar] 8 de novembro de 2006
Delegado confirma operação da PF para isolar o governo do escândalo do dossiê
Em depoimento ao Ministério Público Federal, o delegado confirmou a operação abafa denunciada por VEJA em sua edição de 18 de outubro. Essa operação, deflagrada na PF em São Paulo, consistiu em afastar do escândalo do dossiê o nome de Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Lula. De acordo com Bruno, o governo não só interferiu na condução do caso como os chefes da Polícia Federal em São Paulo cercearam a investigação As declarações de Bruno também deixam patente toda a articulação da cúpula da polícia e do governo para evitar que o caso respingasse no presidente Lula.[19] |
Sociedade reage a intimidação de jornalistas pela PF
O constrangimento e as ilegalidades impostas aos jornalistas de VEJA nas dependências da Polícia Federal, em São Paulo, suscitaram manifestações de repúdio de jornais, colunistas, políticos e entidades de classe.[20][21][22][23][24] |
[editar] 9 de novembro de 2006
[editar] 10 de novembro de 2006
[editar] 11 de novembro de 2006
Fita de Godoy no Ibis
Colegas solidários ao delegado Edmilson Bruno, da Polícia Federal, que corre o risco de ser punido por vazar para jornalistas as fotos da dinheirama da gangue do dossiê, garantem a existência de imagens de Freud Godoy, amigão do presidente Lula e seu ex-assessor, conversando ao celular, no Hotel Íbis, em São Paulo, dez minutos antes da prisão dos “aloprados”. Os petistas foram presos nesse hotel com R$ 1,7 milhão. A fita não tem som.[25] |
Dinheiro do dossiê seria incinerado, crê PF[26] |
Repórteres Sem Fronteira condena quebra do sigilo telefônico da Folha a pedido da Polícia Federal[27] |
Pefelista pede providências contra delegado e juiz por quebra de sigilo[28] |
[editar] 12 de novembro de 2006
Ao depor na Polícia Federal, Arlindo Barbosa, dono da MS Táxi Aéreo, negou conhecer Valdebran Padilha, da gangue do dossiê, mas descobriu-se depois que eles são sócios na Airtechs Indústria Aeronáutica, que presta serviços aeromédicos para órgãos federais e a secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul.[29] |
[editar] 13 de novembro de 2006
[editar] 14 de novembro de 2006
[editar] 15 de novembro de 2006
PF diz não ter elementos para indiciar envolvidos no dossiê
"A Polícia Federal de Cuiabá afirma agora não ter elementos suficientes para indiciar os ex-petistas envolvidos na negociação do dossiê antitucano e vai pedir que a Justiça Federal prorrogue as investigações por pelo menos mais 30 dias. Tanto o delegado federal Diógenes Curado quanto o procurador da República Mário Lúcio Avelar avaliam que ainda há diversas situações a serem esclarecidas no caso. O prazo para a conclusão do inquérito sobre a tentativa de venda do dossiê termina no dia 26. As apurações já foram prorrogadas uma vez. Há três semanas, a PF chegou a anunciar que poderia indiciar os envolvidos."[30] |
[editar] 16 de novembro de 2006
Carlos Abicalil (MT), deputado federal do PT, trocou pelo menos 20 ligações com Expedito Veloso, um dos negociadores da documentação |
[editar] 17 de novembro de 2006
Bastos tem dúvida sobre gravidade do dossiê Vedoin
A Polícia Federal está investigando, é preciso ver realmente se isso tem uma grande gravidade ou se não tem uma grande gravidade Ontem Bastos adotou a cautela ao falar da questão do dinheiro do dossiê. 'Agora, por todos os meios que tem e com toda sua carga de êxito de 300 operações bem-sucedidas em quatro anos, a PF vai tentar descobrir a origem do dinheiro', afirmou. [32] |
[editar] 18 de novembro de 2006
[editar] 19 de novembro de 2006
[editar] 20 de novembro de 2006
[editar] 21 de novembro de 2006
[editar] 22 de novembro de 2006
[editar] 23 de novembro de 2006
[editar] 24 de novembro de 2006
[editar] Protagonistas
- Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República
- José Serra, Governador eleito pelo estado de São Paulo
- Geraldo Alckmin, Cadidato a Presidência da República
- Luis Antônio Vedoin, sócio da Planam e líder do esquema de venda superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União
- Darci Vedoin, pai de Luis Antônio Vedoin e descoberto em escutas da Polícia Federal
- Paulo Roberto Dalcol Trevisan, Courier do dossiê e fita VHS, tio de Luis Antônio Vedoin
- Valdebran Carlos Padilha da Silva, Empresário filiado ao PT
- Gedimar Pereira Passos, Ex-agente da PF, Ex-Coordenador de Campanha, declarou-se advogado contratado pelo PT
- Freud Godoy, Ex-Assessor Especial do Gabinete da Presidência, trabalha com Lula desde 1989 e participou de todas as campanhas
- Jorge Lorenzetti, Ex-Analista de Mídia e Risco do PT, Ex-Diretor-Administrativo do BESC e Churrasqueiro de Lula
- Hamilton Lacerda, Ex-Coordenador de Campanha de Aloísio Mercadante
- Expedito Afonso Veloso, Ex-Diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil
- Ricardo Berzoini, Ex-Coordenador de Campanha de Lula
- Oswaldo Barga, Ex-Secretário do então Ministro Ricardo Berzoini e ex-Coordenador de Programa de Governo da Campanha
- Executiva Nacional do PT
- Diretório Estadual do PT-SP
- Polícia Federal
- Edmilson Pereira Bruno, Delegado da Polícia Federal
- IstoÉ, Revista Semanal
- Veja, Revista Semanal
- Época, Revista Semanal
- Paulo Frateschi, Presidente do Diretório Estadual PT-SP
- Abel Pereira, Empresário ligado ao PSDB
- Barjas Negri, Ex-Ministro da Saúde que sucedeu José Serra
[editar] Referências
- ↑ "Vídeo - Cerimônia de Entrega de Ambulâncias - Parte 1"
- ↑ "Vídeo - Cerimônia de Entrega de Ambulâncias - Parte 2"
- ↑ "Vídeo - Escândalo dos dossiês - Parte 01, Jornal Nacional"
- ↑ "Vídeo - Escândalo dos dossiês - Parte 02, Jornal Nacional"
- ↑ "PT vai pedir impugnação da candidatura de Alckmin por vazamento de fotos, Folha Online"
- ↑ "Vídeo - Dossiê e Fotos do dinheiro, Jornal Nacional"
- ↑ "PF investigará vazamento de fotos do dinheiro do dossiê, Folha Online".
- ↑ "PF - Nota de Esclarecimento sobre o vazamento das fotos, Departamento de Comunicação PF"
- ↑ "Delegado que vazou fotos abre investigação paralela, Folha Online"
- ↑ "Processo contra delegado Bruno fura fila e é instaurado em tempo recorde FENAPF"
- ↑ "Um enigma chamado Freud"
- ↑ "Tesoureiro do PT reuniu-se com Freud"
- ↑ "Na acareação, Gedimar apontou ex-assessor como chefe da trama"
- ↑ "Freud se reúne com assessor de Lula por quase 3 horas em SP"
- ↑ [1]
- ↑ "VEJA : Nota Oficial"
- ↑ "Surto Autoritário"
- ↑ "Em depoimento à PF, Gedimar nega ter se reunido com Freud na sede da polícia"
- ↑ "Era para dar um jeito"
- ↑ "Grave ameaça"
- ↑ "Nova ameaça à imprensa"
- ↑ "Volta a truculência"
- ↑ "Surto Autoritário"
- ↑ "A sociedade reage"
- ↑ "Fita de Godoy no Ibis"
- ↑ "Dinheiro do dossiê seria incinerado, crê PF"
- ↑ "Repórteres Sem Fronteira critica decisão"
- ↑ "Pefelista pede providências contra delegado e juiz por quebra de sigilo"
- ↑ "Sanguessugas aéreos"
- ↑ "PF diz não ter elementos para indiciar envolvidos no dossiê"
- ↑ "Carlos Abicalil"
- ↑ "Bastos tem dúvida sobre gravidade do dossiê Vedoin"