Fórum Social Mundial
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O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento de âmbito mundial, organizado por movimentos sociais com objetivo de celebrar a diversidade, discutir temas relevantes e buscar alternativas para questões sociais.
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[editar] Diretrizes
Foi proposto inicialmente como uma contraposição ao Fórum Econômico Mundial de Davos na Suíça e originalmente realizado no mesmo período de tempo, anualmente. Atualmente não existe mais esta vinculação.
O Fórum pretende ser um espaço aberto e democrático. Tem-se demonstrado um grande momento de encontro da esquerda mundial e do movimento antiglobalização, contando sempre com grandes personalidades e líderes planetários.
O Fórum Social Mundial Policêntrico teve três etapas: a primeira realizou-se entre os dias 19 e 23 de Janeiro em Bamako no Mali, África
[editar] Os fóruns
Os fóruns são realizados anualmente. Os três primeiros foram em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A partir de então decidiu-se que seria itinerante, devendo ser sediado em várias cidades diferentes a cada ano. Em 2004 foi em Mumbai, na Índia, em 2005 voltou a Porto Alegre. Em 2006 e provavelmente em 2008 será regionalizado. Em 2007 será na África, em lugar ainda não definido e, para 2009, Porto Alegre candidata-se novamente.
[editar] FSM 2001
O primeiro Fórum Social Mundial foi realizado em janeiro de 2001 na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Contou com 20 mil participantes; 4.700 delegados de 117 países e 1.870 jornalistas credenciados. A programação foi composta por 420 oficinas autogestionadas organizadas pelas entidades participantes, além de seminários, 16 conferências, 22 testemunhos e diversas outras atividades culturais.
Com o primeiro FSM realizou-se a I Ciranda Internacional da Informação Independente, uma cobertura conjunta do evento por algumas midias alternativas de diferentes países que decidiam compartilhar seus conteúdos e disponibilizá-los para livre reprodução através da internet..
[editar] FSM 2002
O segundo Fórum também foi em Porto Alegre em janeiro e contou com 50 mil participantes; 12.274 delegados de 123 países e 3.356 jornalistas credenciados. Foram 622 atividades autogestionadas, 27 conferências e 96 seminários e diversas outras atividades culturais.
Da imprensa credenciada, 800 pessoas se inscreveram para a II Ciranda Internacional da Informação Independente, que surgia com uma ferramenta de alimentação coletiva de um site de cobertura conjunta, em seis idiomas, propondo o princípio do copyleft para ações compartilhadas das midias alternativas.
[editar] FSM 2003
O terceiro Fórum também foi em Porto Alegre em janeiro e contou com 100 mil participantes; 20 mil delegados de 123 países e 4.000 jornalistas credenciados. Foram 1.300 atividades autogestionadas (oficinas e seminários), 10 conferências, 22 testemunhos, 4 mesas de diálogo e controvérsia, 36 painéis e diversas outras atividades culturais.
A Ciranda Internacional da Informação Independente experimentou, em sua terceira edição, a organização prévia da cobertura conjunta por coletivos e veículos de comunicação alternativos brasileiros, com encontros preparatórios, um seminário e a montagem da redação jornalística que fez a acolhida das midias alternativas internacionais em Porto Alegre.
[editar] FSM 2004
O quarto fórum aconteceu em Mumbai, Índia, em janeiro. Contou com 111 mil participantes; 74.126 inscritos, representando 1.653 organizações de 117 países; 3.200 jornalistas e 1.203 atividades autogestionadas (seminários, oficinas e reuniões).
Pela primeira vez, a Ciranda Internacional da Informação Independente foi organizada em outro continente e fortemente influenciada pela gestão indiana da comunicação do FSM e sua opção pelo desenvolvimento de sistemas próprios em software livre. Com o IV FSM começavam os laboratórios para definição de uma ferramenta aberta para o sistema de alimentação de conteúdos da Ciranda.
[editar] FSM 2005
Em 2005 o Fórum voltou para Porto Alegre, em janeiro. Contou com 155 mil participantes representando 135 países e 6.588 organizações; 6.823 jornalistas; 2.800 voluntários 2.500 trabalhadores da Economia Popular e Solidária. Foram 2.500 atividades autogestionadas entre as quais: 130 shows; 115 filmes e vídeos e 96 exposições de artes.
Na marcha de abertura, participaram mais de 200 mil pessoas.
Após meses de construção conjunta, as midias alternativas ampliam os recursos para suas ações compartilhadas. No V FSM, a Ciranda Internacional da Informação Independente se interconecta com Fórum de Radios, Fórum de TVs e Laboratório dos Conhecimentos Livres (cultura digital). Seu novo sistema de alimentação é inteiramente desenvolvido na linguagem Wiki.
Nesta edição, a direção do FSM decide por não mais realizar o evento em Porto Alegre, pois após algumas reuniões entre os membros do Conselho Internacional se percebeu à emergência em circular com a proposta do Fórum para outros países do terceiro mundo, que à partir da dinâmica do FSM poderiam articular e reconhecer melhor novas práticas e reflexões por mudanças sociais dentro de suas realidades.
[editar] FSM 2006 Policêntrico
Programado para realizar-se quase simultaneamente em três continentes, África, Asia e América Latina, teve um de seus eventos, o de Karachi, adiado por causa do terremoto no Paquistão em 2005. Os outros dois se realizam de 19 a 23 de janeiro de 2006, na cidade de Bamako, em Mali e de 24 a 29 de janeiro de 2006, na cidade de Caracas, na Venezuela.
Segundo membros do comitê de organização do evento, o primeiro dia do Fórum Social Policêntrico em Bamako, Mali, contou com cerca de 6.000 a 7.000 pessoas em sua cerimônia de abertura, no Estádio Modibo Keïta.
Simultaneamente ao Fórum Social Mundial 2006 Caracas, ocorreu o I Acampamento Binacional, Brasil-Uruguai. Constituindo um espaço direto de integração entre os dois países, o Acampamento Binacional buscou discutir temas que afetam o dia-a-dia dos seus povos, associando-se ao esforço do Fórum Social Mundial em buscar um novo mundo possível. O evento contou com uma rede de comunicação, ligando diretamente os debates centrais ao FSM 2006 em Caracas.
Novamente o conjunto de iniciativas de comunicação compartilhada realizou-se na sexta edição do Fórum Social Mundial 2006, com a realização da Ciranda, Fórum de Radios e a Cayapa (de TVs). Em São Paulo, um laboratório de web radio foi ativado pela parceria com o Estúdio Livro, que editou programas diários com materiais recebidos de Caracas e retransmitidos pelo Fórum de Radios. O programa foi batizado de Ciranda Piolho e mantido após o FSM 2006.
[editar] Ligações externas
- Página Oficial
- Fórum Social Mundial 2003
- Fórum Social Mundial 2004
- Ciranda Internacional da Informação Independente
- Fórum Social Mundial 2006 Policêntrico Caracas
- Fórum Social Mundial 2006 Policêntrico Mali
- Fórum Social Mundial 2006 Policêntrico Karachi
- 1º Acampamento Binacional do Fórum Social Mundial