Hercule Poirot
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Hercule Poirot [1] é um grande detetive, protagonista da maioria dos livros de Agatha Christie, e juntamente com Sherlock Holmes um dos mais famosos da ficção. Um grande número das obras onde ele aparece se tornaram filmes, séries de televisão, rádio e teatro. Foi vivido no cinema por Alberto Finney e por Sir Peter Ustinov e na série televisiva por David Suchet.
De nacionalidade belga (embora muitos o julguem francês), Poirot é um homem extramente extravagante, arrumado e vaidoso, pois uma das suas maiores preocupações é o seu bigode de pontas retorcidas. Fisicamente, Poirot é um homem baixo, com uma cabeça oval e "olhos verdes de gato", que quando descobrem alguma coisa, cintilam.
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[editar] Personalidade
a) Hercule é um grande fã da ordem e do método, dai estar sempre impecavelmente vestido. Chega, em certos momentos, a ser rabugento. Costuma dizer ao seu amigo Hastings que: "o seu crime de sonho seria realizado com método e ordem..." e acredita que "se houvesse um criminoso assim, seria impossível, incluindo para o próprio Hercule Poirot, descobrir o verdadeiro culpado".
b) Ao contrário dos outros grandes detectives da Scotland Yard, Poirot diz que pode resolver um crime estando "apenas sentado na sua poltrona". Ele compara os seus colegas a "cães de caça humanos", pois eles usam as pequenas pistas no chão, as pegadas e as impressões digitais como método de trabalho; enquanto que Poirot usa como único meio, a psicologia humana. Não é um detetive de ação, mas meramente dedutivo.
c) Diz que a mente humana não tem nenhuma originalidade, pois quando um criminoso comete um crime, o seu método psicológico é sempre o mesmo.
[editar] Curiosidades
A autora considera-o um "pouco chato" com suas obsessões por "ordem e método". Como muitos personagens da ficção policial, Hercule Poirot não se casou. No entanto, teve pelo menos uma grande paixão relatada pela autora: a condessa russa Vera Rossakoff, a qual conheceu durante investigações de um engenhoso roubo de jóias, ainda no início de sua carreira como detetive particular em Londres. A condessa apareceu ainda no livro "Os Quatro Grandes" (The Big Four) como uma cúmplice dos vilões e também em um dos trabalhos de Hércules, já bem mais velha e dona de uma boîte - a captura de Cérbero, que no livro, era o nome de seu cão ("Nas profundezas do Inferno" no livro "Os Trabalhos de Hércules"). Esse último livro foi bastante interessante, pois Agatha Christie usou de metáforas para caracterizar cada um dos trabalhos realizados pelo herói da mitologia grega, homônimo de seu personagem.
[editar] A morte de Poirot
Para evitar que continuassem a explorar seu personagem depois de sua morte, Agatha Christie decidiu matar Poirot em um romance escrito na década de 40, mas que, segundo ordens expressas suas, só deveria ser publicado após sua morte.
Por essa razão, Cai o Pano somente foi lançado em 1975. A ação já começa com Poirot doente e sua morte fecha a trama. Uma despedida dupla, da criatura e de sua criadora.
[editar] Participação em livros
- O Misterioso Caso de Styles (1920) - Assassinato no Campo de Golfe (1923) - Poirot Investiga (1924) - O Assassinato de Roger Ackroyd (1926) - Os Quatro Grandes (1927) - O Mistério do Trem Azul (1928) - Café Preto (1930 - peça de teatro adaptada em 1997) - A Casa do Penhasco (1932) - Treze à Mesa (1933) - Assassinato no Expresso do Oriente (1934) - Tragédia em Três Atos (1935) - Morte nas Nuvens (1935) - Os Crimes ABC (1936) - Cartas na Mesa (1936) - Morte na Mesopotâmia (1936) - Morte no Nilo (1937) - Poirot Perde uma cliente (1937) - Assassinato no Beco (1937) - Encontro com a Morte (1938) - O Natal de Poirot (1939) - Uma Dose Mortal (1940) - Cipreste Triste (1940) - Morte na Praia (1941) - Os Cinco Porquinhos (1942) - A Mansão Hollow (1946) - Os Trabalhos de Hércules (1947) - Seguindo a Correnteza (1948) - A Morte da Sra. McGinty (1952) - Depois do Funeral (1953) - Morte na Rua Hickory (1955) - A Extravagância do Morto (1956) - Um Gato entre os Pombos (1959) - Os Relógios (1963) - A Terceira Moça (1966) - Noite das Bruxas (1969) - Os Elefantes Não Esquecem (1972) - Os Primeiros Casos de Poirot (1974) - Cai o Pano (1975 - escrito durante os anos 40)