Hugo Capeto

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Hugo Capeto

Hugo Capeto (938 — 24 de Agosto de 996) foi reis dos francos de 987 a 996, tendo sido o fundador da Dinastia Capetiana.

Em 987, Hugo Capeto, duque da França, tornou Paris a principal cidade do país e o poderio do ducado estendeu-se gradativamente a toda a França, durante o período de lutas civis que acompanhou as três Cruzadas. Homem de grandes virtudes administrativas, não granjeou o poder por simpatias, mas sim por astúcia, força e o suborno.

Capetíngios

Filho de
Hugo, o Grande
e
Hedwige da Saxônia

Reino
987-996

Desposa
em 970
Adelaide de Poitiers

Descendência
Gisele
Edwige (Hadwige)
Roberto II
Adelaide

Índice

1 O herdeiro
2 O duque dos Francos
3 O rei dos Francos
4 Casamento e filhos
- 4.1 Ligações externas

[editar] O herdeiro

Hugo Capeto é o filho de Hugo, o Grande, duque dos Francos, e de Hedwige da Saxônia, ou Avoia, filha de Henrique I da Saxônia, rei da Germânia. (ascendência)

Hugues Capet foi sobrinho-neto e neto dos Robertianos Eudes e Robert I, os dois únicos eleitos reis dos Francos. Seu sétimo avô por parte de sua avó Beatriz de Vermandois foi Carlos Magno.

Quando seu pai, Hugo, o Grande, morreu em 16 de junho de 956, Hugo, o mais velho de seus três filhos homens, era ainda menor. Com seus dois irmãos, é colocado sob a tutela de seu tio materno, Bruno, arcebispo de Cologne.

[editar] O duque dos Francos

Herdeiro de seu pai, torna-se conde d'Orléans e abade laico de Saint-Martin de Tours, de Marmoutiers, de Saint-Germain-des-Prés e de Saint-Denis. Em 960, o rei Lotário dá a ele os títulos que detinha seu pai, a saber, o de duque dos Francos e de Marquês de Neustrie. Era o nobre mais rico de seu tempo.

[editar] O rei dos Francos

De 978 a 986, Hugo Capeto aliou-se com os imperadores germânicos Otto II e Otto III e com o arcebispo Adalbarão de Reims para dominar o fraco rei Carolíngio, Lotário. Já em 985, era, na prática, rei, apesar de não oficialmente.

[editar] Coroação

Luís V, o rei carolíngio, morreu subtamente em maio de 987. Não teve filhos. Seu parente mais próximo era Carlos da Baixa-Lotaríngia, seu tio. Este último, até então, não havia se associado ao reino de seu irmão Lotário.

Os Grandes se reuniram para discutir a sucessão do trono da França em [Senlis (Oise)|Senlis]]. O arcebispo Adalbarão de Reims, que havia até então sido acusado de tração pelo rei Lotário e por seu filho Luís V, deu um discurso em desfavor de Carlos da Baixa-Lotaríngia e jurou em favor da candidatura de Hugo, Duque dos Francos, da linhagem dos Robertianos. Os aristocratas elegem, então, influenciados pelo arcebispo, a Hugo, que foi coroado poucos dias mais tarde, no domingo de 3 de julho de 987, na catedral de Noyon.

O “rei da chapa” – da chapa do abade – inaugurou a dinastia dos Capetíngios, que duraria até 1328.

[editar] Reinado

Em 988, o pretendente carolíngio Carlos da Baixa-Lotaríngia torna-se senhor de Laon. Mas, depois da traição do bispo Adalbarão de Laon, este último livra Hugo Capeto de seu adversário, que é preso em Orleans em 991.

Hugo Capeto fez eleger e consagrar seu filho mais velho, Roberto, poucos meses após de sua própria eleição, em 25 de dezembro de 987. Até Felipe II, seria a regra da progenitura que se imporia, conservando-se a eleição pelos aristocratas.

Hugo Capeto possuía pequenas propriedades perto de Chartres e Anjou. Entre Paris e Orleans, possuía vilas e propriedades que somavam um total de aproximadamente 1,000 km². Sua autoridade acabava aí, e se viajasse fora dessa pequena área, poderia ser capturado, feito refém ou mesmo assassinado. Aliás, havia um plano em 993 do Bispo de Laon e Odo I de Blois para entregar Hugo Capeto à custódia de Otto III. O plano falhou, mas o fato que ninguém foi punido ilustra as limitações do poder de Hugo Capeto.

Para além de sua base de poder, no restante da França, havia ainda muitos códigos de lei e campesinatos. O “país” operava com 150 moedas diferentes e pelo menos doze línguas. Unir esse todo em algo coerente era uma tarefa formidável e uma luta constante entre aqueles que carregavam a coroa da França e seus senhores feudais. Como tal, o reinado de Hugo Capeto foi marcado por várias disputas por poder com vassalos às margens do Sena e do Loire. Para além desses domínios, a coroação e então deposição de Arnulfo, sobrinho do duque de Lorena, como arcebispo de Reims, involveu o rei e bispos em um conflito com o papa Papa João XV, que ainda não havia sido resolvido quando da morte de Hugo Capeto em 996.

Embora o poder de Hugo Capeto fosse limitado, e apesar de ele ter dependido da ajuda militar de Ricardo I da Normândia, sua eleição unânime como rei deu a ele grande autoridade moral e influência.

Doente de varíola, falece em um sábado, 24 de outubro de 996, com 55 anos de idade, em sua residência chamada “Les Juifs", em Beauce, perto de Prasville, entre Chartres e Orleans.

Foi substituído por seu filho Roberto II de França.

[editar] Local da morte

Alguns historiadores pensam que o local em que Hugo Capeto morreu em 24 de outubro de 996 em Prasville, o castelo de Juifs, chamava-se, na verdade, castelo de Juy ou Juees em francês arcaico, tendo se tornado Juif por erosão da língua.

Em 1987 (o milenário da coroação), pesquisas permitiram localizar a fortificação medieval em plena zona rural.

Fotografias tiradas de avião confirmaram a presença no local de uma antiga mota feudal circundada por um sistema sofisticado de defesa. Os pesquisadores encontraram em escavações importantes peças que comprovam que o local foi abitado do século I ao século XIII.

Uma placa comemorativa foi colocada no local em 1996. O local é uma etapa dos circuitos histórico-turísticos organizados pelo Castelo de Beauce. [1]

[editar] Casamento e filhos

Casa-se com Adelaide da Aquitânia (945 - 1004), filha de Guilherme III Cabeça de Estopa, conde de Poitiers de 934 a 963, e duque da Aquitânia de 928 a 963. Tiveram quatro filhos :

Gisele (969 - 1000), que desposa Hugo I de Abbeville, conde de Ponthieu;
Edwige (Hadwige) (970 - 1013) que desposa Ranier IV de Hainaut, conde de Hainaut. Ela se casaria novamente com Hugo III conde de Dasbourg,
Robert II, o Piedoso (972 - 1031), seu sucessor.
Adelaide, (973 - 1068).