Palmares
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"Capital do Açúcar, Terra dos Poetas" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Palmares é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 08º41'00" Sul e a uma longitude 35º35'30" Oeste, estando a uma altitude de 125 metros. Sua população estimada em 2004 era de 60 794 habitantes.
Possui uma área de 376,29 km2.
[editar] Origem do nome Palmares
Palmares é uma das divisões geobotânicas do nordeste do Brasil. Os palmares constituem originalidade da vegetação nordestina. Altos, densos, geralmente puros e de uma só espécie de palmeiras de natureza xerófila ou higrófila. Outros existem com mistura de três ou quatro espécies de árvores de porte alto. Dentre as palmeiras que vegetam nessa região, sobrelevam-se a carnaúba (Copernica cerifica), a buriti (Mauritia vinifera), a buritana (Mauritia axulenta), a bacaba (Denocarpus distichus), o babaçu (Orbignia martiana), etc. Tais zonas se desenvolvem na Bahia, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.
[editar] Palmares já existia antes do século XVIII
A partir de então, com a formação do quilombo no interior pernambucano e alagoano, dirigido pelo valente Zumbi, tomou impulso, fama e ganhou o nome que hoje tem, batizado que foi pelos negros, que chamavam seus habitantes de palmarinos. Não sabemos como era denominada a região dos palmares antes dos negros, num território de 260 quilômetros de extensão por 132 de largura, em faixa paralela à costa, onde se distribuíam cerca de 50 mil habitantes, cuja faixa territorial situava-se entre o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso inferior do Rio São Francisco, no estado de Alagoas.
De 1848 a 1873 Palmares é denominado POVOADO DOS MONTES porque as terras pertenciam à família Montes que construiu uma capela, hoje a Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, TROMBETAS devido à lenda de que um soldado teria perdido uma trombeta durante uma passagem pelo local, POVOADO DO UNA em homenagem ao rio que banha a região e, finalmente, PALMARES, triunfando assim a denominação dos negros, por força da abundância de palmeiras que vicejavam na região, principalmente babaçu, carnaúba, pindoba, ouricuri e dendê.
Em 13 de maio de 1862 é criada a Comarca dos Palmares, por força da Lei Provincial nº 520.
Em 1868 Palmares é elevado à categoria de Distrito, por força da Lei Provincial nº 844, de 28 de setembro.
Em 1873, por força da Lei Provincial n° 1083, de 24 de maio, é criado o município autônomo, que tomou o nome de Município dos Palmares.
9 de junho de 1879 – Palmares emancipa-se do município de Água Preta, por força da Lei Provincial n° 1458, adquirindo foros de cidade.
Palmares tem muita história para contar. Além de grandes poetas, o município possui o primeiro teatro a funcionar no interior de Pernambuco e o terceiro mais antigo do Estado, além de abrigar a primeira loja maçônica de Pernambuco.
Além da carga histórica da cidade, há também um lado mais bucólico. Existem vários atrativos naturais para os visitantes. O município é cercado por muitas águas. Ideal para quem deseja relaxar e tomar banhos de cachoeiras e corredeiras.
Outras opções são as cachoeiras do Caritó e Véu de Noiva. Para chegar lá, no entanto, é preciso muita disposição, já que o caminho é feito entre bambuzais e bananeiras. A Véu de Noiva possui três quedas, sendo a mais alta com 5 metros. A Corredeira do Oratório é formada pelas águas do Rio Una. Contam os moradores de Palmares, que o nome da corredeira foi dado porque os senhores de engenhos matavam seus inimigos às margens, dando-lhes permissão a uma última oração. A economia do município gira em torno da agroindústria açucareira.
[editar] Outras informações
A sede do município dista 104 km em linha reta e 128 km pela BR-101 de Recife, a capital do estado; 145 km de Garanhuns e 223 de Maceió, a capital do estado de Alagoas.
Situa-se a 125 metros acima do nível do mar.
Limita-se ao norte com o município do Bonito, a nordeste e leste com Joaquim Nabuco, ao sul com Xexéu, a sudeste com Água Preta e a oeste com Catende.
O clima predominante é do tipo quente e úmido, com chuvas de inverno e temperaturas máximas de 32 ºC e mínimas de 18 ºC.
O relevo é, em sua quase totalidade, moldado em rochas do pré-cambriano, predominantemente granito, gnaisses e xistos. A parte sedimentar é representada por argilas variegadas, arenitos e cascalhos. Predomina o latossolo vermelho-amarelo.
A topografia, predominantemente ondulada, caracteriza-se por um conjunto de morros e colinas com altitudes não superiores a 120 m e pediplanos resultantes do alargamento do vale do rio Una e seus afluentes.
Sua flora é composta por restos da vegetação primitiva da Mata Atlântica, algumas espécies arbóreas de alto valor econômico podem ser ainda encontradas testemunhando o que foi a floresta nativa. Entre outras, pode-se detectar a presença da urucuba, louro, ipê amarelo, jatobá, pau-ferro, jacarandá mimoso e rosa, maçaranduba, pau d'arco, oiticica, camaçari rosa e branco, sucupira roxa e branca, etc.
O município dos Palmares faz parte da microrregião homogênea denominada Mata Meridional Pernambucana, contida totalmente na Bacia do Rio Una.