Tintin au Congo
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Tintin au Congo (Tintim no Congo ou Tintim na África, como editado em português) é um álbum da série de banda desenhada As aventuras de Tintim, produzida pelo belga Hergé.
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[editar] Sinopse
Tintim é enviado ao Congo, a grande colônia belga da época. Uma série de peripécias o levam ao reino de Babaoro'm, onde ele torna-se o feiticeiro nomeado. Por um jogo de cincunstâncias, ele se encontra confrontado com um bando de gângsters afiliados a Al Capone, que quer controlar a produção de diamantes. Naturalmente, ele consegue os deter e deixa o país pouco depois.
[editar] Análise
Em 1930, o Congo representava um Eldorado para a Bélgica. O Congo, oitenta vez maior que o país que o colonizava, tinha um subsolo extremamente rico. Nessa época, faltava mão-de-obra. Por conseguinte, Hergé devia fazer uma propaganda deste país.
A história foi publicada de 5 de Junho de 1930 a 11 de Junho de 1931, no Le Petit Vingtième, suplemento infantil do jornal Le Vingtième Siècle. Foi publicada como álbum em preto-e-branco em 1931, primeiramente pelas Editions du Petit Vingtième, depois republicado pelas Editions Casterman, que tomaram a publicação das Aventuras de Tintim com exclusividade.
Na modificação do álbum em julho de 1946, Hergé redesenha quase toda a aventura. Ele a colore, reduz de 110 páginas à 62 (padrão dos álbuns de Tintim) e altera a ideologia colonialista do álbum. Assim, a lição geográfica e histórica que dava Tintim num determinado trecho do livro, sobre "Vossa pátria, a Bélgica" encontrou-se substituída por uma lição de matemática. Hergé melhora as decorações, corta algumas partes e altera os diálogos para torná-los mais vivos. Os charutos do faraó e Tintim na América também foram redesenhados antes de serem coloridos.
Hergé afirmou mais tarde que para a criação de Tintim no Congo, da mesma maneira que para Tintim no país dos sovietes, ele vivia num meio cheio de preconceitos. De outro modo, a particularidade de Tintin no Congo: o álbum é cheio de estereótipos da visão do Congo pelos europeus daquela época.
[editar] Curiosidades
- Na versão colorida, Tintim é interrompido por um leopardo enquanto dá uma aula de aritmética. Na versão em preto-e-branco, o quadro-negro é um mapa de geografia, e Tintim diz: "Hoje vamos falar de vossa pátria: a Bélgica".
- Neste álbum, os congoleses têm uma pronuncia errada, enquanto os elefantes conversam entre si corretamente.
- Na versão atual colorida do álbum, os Dupondt fazem uma breve aparição no primeiro quadro enquanto estão ausentes da versão em preto-e-branco.
- Nesta aventura, Tintim faz um buraco nas costas de um rinoceronte, preenchendo-o com dinamite e explodindo-o. A associação dinamarquesa de defesa dos animais não gostou deste detalhe, e esta passagem foi suprimida da versão dinamarquesa (o rinoceronte foge depois que Tintim atira acidentalmente uma bala).
- No primeiro quadro da página 1, aparecem Hergé, Quim e Felipe (personagens de Hergé), Edgar P.Jacobs e Jacques van Melkebeke (colaboradores de Hergé).
[editar] Personagens
Aparece na página 5. Ele é enviado por Gibbons para suprimir Tintim. Ele é "o vilão" do álbum, mas não consiguirá efetuar sua missão. Ele é devorado por crocodilos na página 48.
- Coco
Aparece na página 11. Ele guia Tintim durante sua aventura e lhe salva a vida.
- O Rei dos Babaoro'm
Aparece na página 21.Pede à Tintin que vá à caça ao leão.
- Muganga
Aparece na página 24. É o feiticeiro de Babaoro'm. Fica com inveja de Tintim. Com Tom, ele tentara se livrar do repórter.
- O Missionário
Aparece na página 34. Ele salva Tintim dos crocodilos.
- Jimmy Mac Duff
Aparece na página 38. É fornecedor de animais para os jardins zoológicos europeus.
- Gibbons
Aparece na página 51. É o patrão de Tom. Recebeu de Al Capone a ordem de matar Tintim.
[editar] O autor do álbum
"Para o Congo, da mesma maneira que para Tintim no país dos sovietes, estava alimentado de preconceitos do meio burguês no qual vivia... Era 1930. Conhecia deste país apenas o que as pessoas contavam na época: "os negros são grandes crianças, felizmente estamos lá!", etc. E desenhei os africanos de acordo com estes critérios, de puro espírito paternalista, que era o da época na Bélgica."
[editar] Citações
- Os Dupondt : "Parece ser um jovem repórter que parte para a África"
- Dois negros brigam por um chapéu : "O branco (Tintim) é muito justo! Deu a metade do chapéu a cada um"