Agudás
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Agudás - são comunidades de escravos libertos no Brasil (afro-brasileiros) e retornados ao Benim, África. Numerosos, esses "brasileiros" estabeleceram-se na região da antiga costa dos Escravos - que abrangia todo o golfo de Benim, indo da atual cidade de Lagos, na Nigéria, até Acra, em Gana - entre os séculos XVIII e XIX.[1]
Milton Guran em seu livro Agudás – os “brasileiros” do Benin resume: "Os “brasileiros” do Benim, Togo e Nigéria, também conhecidos como agudás, nas línguas locais, são descendentes dos antigos escravos do Brasil que retornaram à África durante o século XIX e dos comerciantes baianos lá estabelecidos nos séculos XVIII e XIX. Possuem nomes de família como Souza, Silva, Almeida, entre outros, festejam Nosso Senhor do Bonfim, dançam a burrinha (uma forma arcaica do bumba-meu-boi), fazem desfiles de Carnaval e se reúnem freqüentemente em torno de uma feijoadá ou de um kousidou. Ainda hoje é comum os agudás mais velhos se cumprimentarem com um sonoro “Bom dia, como passou?” “Bem, ‘brigado’” é a resposta."
[editar] Referências
- ↑ Brasil - África: como se o mar fosse mentira, de Rita Chaves, Carmen Secco e Tânia Macedo (Unesp).