Boris Berezovsky
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Boris Abramovich Berezovsky, em russo Бори́с Абра́мович Березо́вский, (Moscou, 23 de janeiro de 1946) é um matemático, empresário, político e um dos chamados "oligarcas" russos, que se beneficiaram da liberalização pós-comunista, tornando-se imensamente ricos e influentes, sobretudo quando passaram a integrar o círculo de poder em torno de Boris Yeltsin.
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[editar] Biografia
Boris Berezovsky é filho único de uma família judaica de Moscou. Seu pai era construtor de fábricas e a mãe, enfermeira pediátrica.
Recebeu seu Ph.D. em matemática em 1983. Fez pesquisas sobre a Teoria da Otimização e Controle, publicando 16 livros e artigos entre 1975 e 1989. Tornou-se membro associado da Academia Russa de Ciências, em 1991, e foi responsável por um laboratório no Instituto de Ciências e Controle.
Começou seus negócios sob a perestroika, em 1986, participando de uma [[joint-venture]] entre o Instituto de Ciências e Controle da Academia de Ciências, a AutoVAZ, empresa estatal fabricante de automóveis Lada, e a empresa italiana Logosystems. Inicialmente vendendo e importando softwares, posteriormente, dedicou-se à compra e revenda de carros, principalmente os Lada. Em 1991 já era milionário.
Durante a anarquia vigente no início dos anos 1990 na Rússia, Berezovsky, assim como outros empresários de seu país, também foi alvo de extorsão pela máfia russa. Sobreviveu a várias tentativas de assassinato. Em uma delas, seu motorista foi morto, em 1994.
Entre 1992 e 1999, ao longo dos dois mandatos sucessivos de Boris Yeltsin, Berezovsky ampliou consideravelmente seu poder econômico e influência política. Tornou-se parte do círculo presidencial.
Via-se como um fazedor de reis, com força para derrubar antigos funcionários de postos-chave e eleger outros, de sua confiança. Assim conseguia controlar indiretamente a administração da empresa russa de aviões Aeroflot e da ORT, a maior rede estatal de televisão. Era dono da companhia de petróleo Sibneft, de grande parte da indústria de alumínio, além de jornais, cujo apoio foi fundamental para a reeleição de Yeltsin, em 1996.
Participou também ativamente na candidatura de Vladimir Putin, sucessor de Yeltsin, eleito em 2000. Porém, pouco depois tornaram-se inimigos políticos - aparentemente desde a crítica pública de Putin pela lenta resposta de Berezovsky sobre o fatal afundamento do submarino nuclear Kursk. Na mesma campanha, Berezovsky também ganhou uma cadeira na Duma, a câmara baixa do parlamento da Federação Russa.
Seis meses após as eleições, renunciou ao seu mandato na Duma e fugiu da Rússia. Seu parceiro de negócios Nikolai Gluchkov havia sido preso e ele próprio fora acusado de cumplicidade em fraude fiscal de aproximadamente dois bilhões de dólares contra a região russa de Samara, entre 1994 e 1995, e de lavagem de dinheiro. Passou pela França e, posteriormente, alegando sofrer perseguição política pelo regime de Vladimir Putin, obteve asilo no Reino Unido, protegendo-se da extradição.
Exilado, Berezovsky vive atualmente sob o nome de Platon Elenine, dividindo seu tempo entre a casa de trinta milhões de dólares no sul da França e o escritório em Londres. Estima-se que a fortuna de Berezovski seja de aproximadamente dez bilhões de dólares.
[editar] Conexões políticas
Uma vez apelidado o “Cardeal Cinzento” do Kremlin, Berezovski tornou-se próximo a Yeltsin e agiu como coordenador do grupo de conselheiros do ex-presidente. Em 1996, aliou-se a outros poderosos baqueiros para formar o “Big Seven”, o grupo de oligarcas que apoiavam a campanha de Boris Yeltsin. Até a crise financeira de 1998, constituíam esse grupo, além de Berezovsky, Mikhail Friedman, Vladimir Gusinksy, Mikhail Khodorkovsky, Vladimir Potanin, Alexander Smolensky e Vladimir Vinogradov.
[editar] Atuação recente
Mesmo estando no exílio, Berezovsky montou o Partido Liberal Russo, como uma base anti-Putin. Recentemente ele lançou advertências em jornais como The New York Times, The Wall Street Journal e The Washington Post, aconselhando os Estados Unidos a não confiar em Putin. Também manifestou seu interesse em concorrer a uma cadeira na Duma, mas não anunciou sua candidatura oficialmente.
Em novembro de 2006, Berezovsky acusou Putin de ordenar o envenenamento do dissidente Alexander Litvinenko, ex-membro do FSB (Federalnaya Sluzhba Bezopasnosti), o serviço secreto russo, que também vivia exilado no Reino Unido e era muito próximo a Berezovsky. Este afirmou não ter dúvidas de que autoridades russas estariam por trás do crime.
Atualmente, Berezovsky é o provável controlador da MSI, empresa com base na Inglaterra e representada no Brasil pelo iraniano Kia Joorabchian. Em 2004, a MSI firmou uma parceria com o Sport Club Corinthians Paulista. Em 12 de julho de 2007 o Ministério Público brasileiro pediu a prisão de Berezovsky, através da Interpol, para investigação de suas conexões com a MSI. O Ministério Público já comprovou que a MSI de fato participou, junto com os dirigentes do Corinthians, do esquema de lavagem de dinheiro.
[editar] Pessoas relacionadas
- Roman Abramovich
- Vagit Alekperov
- Oleg Deripaska
- Kia Joorabchian
- Paul Klebnikov