Breguet 14
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Breguet 14B.2 | ||
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Descrição | ||
Função | Bombardeiro | |
Tripulação | Dois, piloto e observador | |
Primeiro vôo | 21 de novembro de 1916 | |
Fabricante | Breguet | |
Dimensões | ||
Comprimento | 8.87 m | 29 ft 1 in |
Envergadura | 14.36 m | 47 ft 1 in |
Altura | 3.30m | 10 ft 10 in |
Área das asas | 47.50 m² | 511 ft² |
Peso | ||
Vazio | 1,010 kg | 2,227 lb |
Máximo de decolagem | 1,536 kg | 3,386 lb |
Propulsão | ||
Motores | 1x Renault 12Fe | |
Potência | 224 kW | 300 hp |
Performance | ||
Velocidade máxima | 175 km/h | 109 mph |
Alcance | 900 km | 560 miles |
Teto operacional | 6,000 m | 19,685 ft |
Razão de subida | 292 m/min | 960 ft/min |
Carga unitária da asa | 32 kg/m² | 6.6 lb/ft² |
Força/Massa | 0.14 kW/kg | 0.09 hp/lb |
Armamento | ||
Canhões | 1x fixa .303 metralhadora Vickers (7.7 mm) 2x flexíveis .303 metralhadoras Lewis (7.7 mm) para o observador |
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Bombas | 300 kg (661 lb) |
O Breguet 14 foi um biplano francês, aeronave bombardeiro e de reconhecimento da Primeira Guerra Mundial. Foi construído em larga escala e com produção contínua por muitos anos após o final da guerra. Apesar de seu extenso uso, foi a primeira aeronave de produção em massa a utilizar grande quantidade de metal ao invés de madeira em sua estrutura. Isto possibilitou que ela fosse mais leve do que as de estrutura de madeira comparadas com o mesmo comprimento, tornando a aeronave mais veloz e ágil para o seu tamanho, capaz de superar muitos dos caças de sua época. Sua construção forte foi capaz de agüentar muitas avarias, de fácil comércio e boa performance. Breguet 14 é considerado uma das melhores aeronaves da Primeira Guerra.
Este biplano iniciou a carreira no domínio militar, como aerovave de reconhecimento e bombardeamento. O protótipo, que foi posto a voar pelo seu criador, Louis Breguet, em Novembro de 1916, deu origem a uma série de cerca de 4000 aviões de observação e 1600 bombardeiros, iniciando o serviço no Verão de 1917. A aeronave era propulsionada por um motor Renault de 12 cilindros em V, desenvolvendo 300 cavalos. Esta potência permitia transportar 300 kg de bombas, para além de uma metralhadora sincronizada, na parte dianteira da fuselagem, e um par de metralhadoras na parte traseira, que são ultilizadas pelo segundo membro da tripulação.
Após esta função bélica, o biplano foi empregue no domínio civil. Foram exportados para todo o mundo com o propósito de serem utilizados como aviões de transporte, de cabina fechada, enquanto o piloto tinha a cabeça ao ar livre. O modelo civil 14T permitiu a Louis Breguet criar a Compagnie des Messageries Aériennes. Algumas aeronaves desmilitarizadas serão compradas pela Sociedade Latécoère, depois de o seu Presidente e Director-Geral, Pierre Latécoère decidir abrir linhas postais em África e na América do Sul. Nas mãos de Jean Mormez, de Antoine de Saint-Exupéry e de muitos outros pilotos, o Breguet 14 vai assim desbravar a «Linha», ao serviço da Aéropostale.
Seguindo o sucesso alcançado pela França, o modelo foi também encomendado pelo Exército belga (40 aeronaves) e Serviço Aéro americano (mais de 600 aeronaves). Cerca da metade das aeronaves belgas e americanas foram equipadas com motores Fiat A-12 devido a escassez dos originais Renault 12F. Ao final da Primeira Guerra, cerca de 5.500 Breguet 14 tinham sido produzidos.
O modelo continuou a ser amplamento utilizado depois da guerra, equipando as Forças de ocupação francesas na Alemanha e sendo utilizado como apoio às tropas nas colônias. Uma versão especial foi desenvolvida para as condições severas encontradas nas travessias oceânicas, designado 14TOE (Théatres des Operations Extérieures). Eles prestaram serviços derrotando insurreições na Síria e Marrocos, no Vietnam e nas intervenções da França na Guerra Civil Russa. A última aeronave a serviço do Exército francês esteve em atividade até 1932. Outros exércitos utilizaram essas aeronaves inclusive a Força Aérea Brasileira (30), a China (70), a Tchecoslováquia (10), a Dinamarca, a Finlândia (38), a Grécia, o Exército Imperial Japonês, o Sião, o Uruguai (9) e a Espanha. A Força Aérea Polonesa utilizou 158 Breguet 14, cerca de 70 deles foram usados em combate na guerra polaco-soviética de 1920. No Japão, os Breguet 14 foram autorizados a construção pela Nakajima.
Após a guerra, Breguet começou a dedicar-se à fabricação das versões civis. O 14T.2 Salon transportava dois passageiros em uma fuselagem especialmente modificada. Uma versão melhorada deste foi o 14Tbis fabricado para operar em terra e água (hidroavião).