Casa da Dinda
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Casa da Dinda é o nome da mansão da família Collor de Mello em Brasília, e foi a escolha do então eleito presidente Fernando Collor de Mello como moradia oficial na sua passagem pela Presidência da República.
Anteriormente chamada de Casa Pirangi, quando o ex-governador do Rio Grande do Norte Sylvio Piza Pedrosa passou a exercer o cargo de subchefe da Casa Civil nos governos JK e João Goulart, construindo a residência no setor de mansões do Lago Norte, a mansão foi comprada por Arnon Afonso de Farias Melo, em 1964.
Recebeu então o novo nome, Casa da Dinda, em homenagem à avó de dona Leda Collor, mãe do ex-presidente e esposa de Arnon, então senador.
Fernando Collor escolheu a mansão como opção contra as residências funcionais, o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto, que em sua concepção eram "escolha de marajás". Ele ficou famoso por ser o "caçador de marajás".
Imediatamente se tornou rota dos grupos turísticos e de fãs do presidente, que compareciam aos montes nos domingos, esperando-o deixar a mansão para fazer sua tradicional caminhada de 30 minutos.
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[editar] Jardins
A propriedade de 13 mil m² foi alvo do paisagista José Roberto Nehring, dono da Brasil's Garden, que plantou ao redor da mansão 200 árvores de grande porte e outras 40 frutíferas. Mas sem dúvida o maior destaque ficou por conta das portentosas e polêmicas cachoeiras motorizadas, inseridas em meio a lagos artificiais.
Embora o ex-presidente tenha negado em entrevista à Rede Record, caiu em domínio público que um lago do jardim recebia água filtrada e oxigenada do Lago Paranoá, antes de chegar às carpas japonesas.
Collor teria dito: "Nunca tive carpas aqui, gostaria de ter tido". No que o repórter rebateu: "Nem lambaris?" Rindo, o ex-presidente concluiu: "Nem lambaris".
Também caiu em domínio público que a reforma dos jardins da Dinda teriam custado US$ 2.5 milhões, pagos pelo esquema PC Farias.
Através de fotos feitas pela Revista Veja em sua edição de 09/09/1992, na matéria As Floridas Cachoeiras da Corrupção, o povo brasileiro ficou sabendo do suntuoso jardim de marajá que Fernando Collor havia construído para si mesmo. Surgiram até termos como "babilônicos" jardins e coisas do tipo.
Foi considerado um dos pontos altos do escândalo que tirou o presidente do poder.
[editar] Abandono
Após a renúncia e cassação dos direitos políticos de Fernando Collor, o mesmo mudou-se para Miami e abandonou a mansão, que sofreu com o tempo e o descuido.
As fontes secaram, as cachoeiras quebraram e tornaram-se depósito de entulho. A piscina se encheu de lama, sendo que uma das árvores rompeu os azulejos da mesma, e os toldos da varanda rasgaram, além de outros sinais de abandono.
Jornais como o Correio Braziliense e o Estadão chegaram a fazer reportagens sobre a decadência da mansão que serviu de residência oficial.
[editar] Reforma
Antes de ser eleito senador por Alagoas em 2006, Fernando Collor promoveu uma reforma em sua antiga mansão, mas pouco sabe-se sobre o resultado da reforma.
Sabe-se apenas que o ex-presidente, hoje senador, aceitou morar em um apartamento funcional, alegando que voltar a residir na mansão lhe traria más recordações.
[editar] Fontes
Correio Braziliense: http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030723/pri_cid_230703_155.htm ISTOÉ Online: http://www.terra.com.br/istoe/1945/brasil/1945_assombracoes_coloridas.htm http://www.romualdoassessorias.com.br/v1/news/noticias.php?noticia=27&titulo=Collor%20pede%20gabinete%20e%20apartamento%20ao%20Senado