Cinema do México
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A história do Cinema do México começa no início do século XX, quando vários entusiastas do novo meio documentaram acontecimentos históricos — em especial a revolução mexicana — e produziram alguns filmes que só recentemente foram redescobertos.
Durante os anos 20, foram produzidos muito poucos filmes, em grande parte devido à grande instabilidade do clima político.
Nos anos 30, depois de chegar a paz e alguma estabilidade política, a cinematografia mexicana arrancou de vez, e foram feitos vários filmes que ainda experimentavam o novo meio. É importante notar o modo como os primeiros cineastas mexicanos foram influenciados e encorajados pela visita que Serguei M. Eisenstein fez ao país.
Durante os anos 40, desenvolveu-se todo o potencial da indústria. Actores, actrizes e realizadores tornaram-se ícones populares e mesmo figuras com influência política em várias esferas da vida mexicana. A indústria mexicana recebeu um empurrão em consequência da reorientação dos esforços de Hollywood para filmes de propaganda, que deixou um espaço aberto para ser ocupado por outras indústrias. O México dominou o mercado cinematográfico da América Latina durante a maior parte dos anos 40, sem a competição da indústria norte-americana.
É esta época que recebeu o nome de anos de ouro do cinema mexicano. Actores como Pedro Infante, Jorge Negrete, Cantinflas, Joaquín Pardave, María Félix, e Dolores del Río ganharam popularidade. Gabriel Figueroa tornou-se um realizador aclamado internacionalmente, e Emilio Fernández e Luis Buñuel realizaram alguns dos filmes mais importantes do México.
Os temas dos filmes desses anos, embora na maior parte apresentados no formato de dramas ou comédias convencionais, tocaram todos os aspectos da sociedade mexicana, desde o ditador do século XIX, Porfirio Díaz e a sua corte, até histórias de amor, sempre manchadas pelo drama.