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Crescimento econômico - Wikipédia, a enciclopédia livre

Crescimento econômico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

É preciso fazer uma distinção entre os vários tipos de crescimento econômico.

A forma mais classica e tradicional de se medir o crescimento econômico de um país é medir o crescimento de seu Produto Interno Bruto - PIB.

Em economia se demonstra que há uma relação direta entre o nível de investimentos (formação bruta de capital fixo - FBKF) de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB.

Pode-se entender essa relação matemática de forma intuitiva: é só com o aumento da capacidade produtiva (mais fábricas, mais geração de energia, mais empregos) que se consegue obter um aumento sustentável na renda de um país.

Quando a capacidade produtiva de um país está sendo subutilizada, pode-se obter - mediante medidas governamentais de estímulo - por curtos períodos de tempo, um crescimento causado por uma melhor utilização da capacidade produtiva já existente. Mas esse crescimento de curto prazo, apelidado de vôo de galinha, não se sustenta se não for acompanhado, simultaneamente, por novos investimentos na produção.

Um dos países que mais tem crescido nas últimas décadas, de forma sustentada e é sempre olhado com inveja pelos demais, é a China, que manteve uma taxa de crescimento médio de seu PIB de 11,45% a.a. entre 1991 e 2003. No mesmo período o Mundo cresceu, em média, 4,41% a.a. e o Brasil apenas 1,98% a.a.

Uma rápida análise dos dados macroeconomicos na China nos explica o por quê desse forte e contínuo crescimento: a taxa de investimento (FBKF- formação bruta de capital fixo) na China foi acima de 28%, em média, nos anos 80 - e desde então tem aumentado ainda mais, atingindo patamares acima dos 40% nos anos 2002 e 2003.

A comparação com o Brasil deixa evidente o por quê do Brasil não crescer como a China: Em 2007 IBGE recalculou as seguintes taxas de investimento no Brasil: em 2005 foi de 16,3% do PIB. Em 2004, 16,1%. Em 2003, 15,3%. Em 2002, 16,4%. Em 2001, 17% e em 2000 16,8%, quase e metade das taxas chinesas. [1]

O comportamento da taxa de poupança da China revela comportamento similar à da taxa de investimento (FBKF) no período de 1980 a 2003, saindo de uma média de 35% nos anos 80 para um patamar acima dos 40% na década de 90 e início do novo século. [2]

Portanto, aumentar o ritmo de crescimento do PIB brasileiro - que já foi dos maiores do Mundo, até 1980, e desde então é dos menores - devemos tomar medidas para aumentar sua taxa de investimento (FBKF). [3]

Índice

[editar] Fatores de crescimento econômico

ATENÇÃO: Este artigo ou secção não cita as suas fontes ou referências, em desacordo com a política de verificabilidade. Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé.

A importância do crescimento econômico para a estabilidade e a paz nunca esteve tão clara quanto nos dias de hoje. Mas logo agora que os políticos no mundo inteiro se deram conta dessa importância, as perspectivas de crescimento global diminuíram.

As mais recentes (2006) previsões para as taxas de crescimento para o próximo ano são inferiores a 1% para os países da OCDE e 2,5% para a América Latina. Essas taxas representariam uma melhora apenas marginal nas rendas per capita do Brasil e de outros países da América Latina.

É preciso descobrir se a estagnação de crescimento é algo inevitável ou se é possível encontrar meios de superá-la. E descobrir quais são as ações que poderiam restabelecer uma maior taxa de crescimento econômico.

Por outro lado, o crescimento do PIB é só uma das muitas maneiras - e é uma maneira muito imperfeita - de se aquilatar a melhora nas condições de vida de um povo. Poderíamos, mesmo com um baixo crescimento do PIB, tirar o máximo proveito desse pequeno crescimento, melhorando as condições de vida da população como um todo ?

O Brasil conta com vários fatores favoráveis que permitem que seu crescimento econômico seja superior à média mundial. Um deles é o tamanho e o potencial de seu mercado interno.

Outro desses fatores é o empreendedorismo brasileiro que ficou confirmado com a recente divulgação de pesquisas internacionais indicando que o brasileiro é um dos povos mais empreendedores do mundo. Já desde o tempo dos economistas clássicos, o empreendedorismo era citado, juntamente com o capital, terra e trabalho, entre os 4 fatores de produção.

Inúmeras e dinâmicas vantagens comparativas favorecem o Brasil: desde contar com um sistema financeiro robusto, passando pelo eco-turismo, até dispor de ciência, tecnologia, produtos de uma economia do conhecimento, instituições democráticas, estabilidade macroeconômica e relativo nível de segurança para os negócios e investimentos.

Estudos internacionais sugerem que é importante continuar a aumentar o acesso ao ensino fundamental e à educação secundária, ampliando as oportunidades para as populações historicamente excluídas. Esses estudos também mostram a importância de prosseguir no rumo a uma melhor qualidade na educação.

[editar] Formas de crescimento

O crescimento econômico, quando medido apenas pelo PIB, pode ser muito desigual de um país para outro. [4]

Isso porque taxas de crescimento iguais de PIB escondem grandes variações na melhoria do bem estar das pessoas e do seu IDH (que é um método padronizado de avaliação e medida do bem-estar de uma população). Para citar um exemplo, Sri Lanka, Trindad e Uruguai, que tiveram o mesmo declínio na taxa de mortalidade infantil, tiveram crescimentos - medidos pelo PIB - completamente diferentes.

Certos tipos de crescimento, que poderíamos chamar de predatórios, podem levar à degradação dos recursos ambientais e naturais de alguns países, como a Indonésia, a Nigéria e a Rússia, o que por sua vez pode afetar as perspectivas de crescimento futuro.

O crescimento é um dos fatores fundamentais na redução da pobreza e na melhora do IDH, mas seu impacto sobre a pobreza pode variar enormemente. O caso do milagre brasileiro, durante a ditadura militar, é sempre citado como uma década em que o país obtve índices recordes de crescimento de seu PIB, sem que isso tivesse contribuído significativamente para diminuir sua desigualdade econômica.

Perguntado sobre o porquê de existirem tantas diferenças no crescimento entre países, disse Vinod Thomas, o novo Diretor do Banco Mundial para o Brasil (2005):

A razão fundamental é a desigualdade de renda, que reduz o impacto de qualquer crescimento sobre a pobreza. As ações que diminuem a desigualdade não só aumentam o crescimento, como melhoram o seu impacto sobre a pobreza. Um maior acesso à educação e um ensino de melhor qualidade são fatores determinantes na qualidade do crescimento de um país...
Outro importante fator que afeta a distribuição da renda são as transferências públicas de recursos – através de programas como a previdência social e outros. Políticas que aumentem o efeito equalizador dessas transferências -- tais como mudanças na alocação de recursos visando transferências direcionadas aos mais necessitados -- contribuem para reduzir gradualmente a desigualdade da renda. [5]

[editar] No Brasil: o "Programa de Aceleração de Crescimento - PAC"

Foi anunciado, pelo Governo Federal, em 22/01/2007, o Programa de Aceleração de Crescimento - PAC" que é um conjunto de medidas de políticas econômicas que visam acelerar o crescimento econômico no Brasil. [6]

O Programa de Aceleração de Crescimento - PAC" prevê investimentos de R$ 503 bilhões até 2010, com prioridade para a infra-estrutura, como portos e rodovias, e objetiva permitir ao país crescer “de forma correta, porém mais acelerada” do que o vem sendo registrado nos últimos anos. Seu objetivo é "acelerar o crescimento sem comprometer a estabilidade".[7]

[editar] Desigualdades sociais

Augusto de Franco afirma que é comum o argumento de que para haver crescimento econômico deve-se ter, num primeiro momento, uma concentração de riquezas na mão de uma minoria socialmente privilegiada. As pessoas que normalmente afirmam isso acreditam que em um segundo momento o "bolo" seria então divido, o que viria finalmente a beneficiar todos os integrantes daquela população[8].

Franco explica que este pensamento, comum nos meios empresariais, é embasado pela crença de que, supostamente, alguns poucos devem prosperar para então oferecer emprego aos demais integrantes da sociedade. "A natureza, a educação ou o acaso" seriam o que permite a alguns poucos "a missão de gerar riquezas", enquanto aos demais a função secundária de subordinar-se a estes, os provedores de emprego.

Justamente esta concepção, conclui Franco, é o que faz com que o status quo não se altere. Criando a ilusão de uma elite provedora e de uma coletividade incapaz de empreender e gerar riqueza.

[editar] Ver também

[editar] Referências

[editar] Bibliografia

[editar] Ligações externas


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