Diogo de Menezes
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Diogo de Menezes, segundo senhor do Louriçal, comendador de Mendo Marques e de São Tiago de Cacém, do conselho de D. João III de Portugal. Casado com Violante de Castro, filha de Simão de Miranda, camareiro do cardeal infante D. Henrique. Teve quatro filhos, pelo menos:
- 1 - D. Simão (morto em 4 de agosto de 1578 em Alcácer Quibir).
- 2 - D. Henrique (morto em 4 de agosto de 1578 em Alcácer Quibir).
- 3 - D. Diogo de Menezes (Lisboa 1553-1635 Madrid), que seria o primeiro conde da Ericeira. Mordomo e gentil-homem de Filipe IV de Portugal. Senhor da vila da Ericeira, por compra que fizera, juntamente com a quinta e morgado de Mafra, por 8.000 cruzados, com todas as suas rendas, direitos de peixe, etc. 0 senhorio da Ericeira pertencia a D. Antônio, prior do Crato; tendo Filipe II de Espanha, assenhoreando-se de Portugal, sequestrado todos os seus bens, passaram estes para a Coroa, deu portanto a vila da Ericeira a Luís Alvares de Azevedo, de juro e herdade. Morto Luís Alvares, passou a vila, por herança, a uma sua filha religiosa do convento de Odivelas, e esta a vendeu depois, com a quinta e morgado de Mafra, como dissemos, a D. Diogo de Menezes. O fidalgo partiu com el-rei D. Sebastião de Portugal para África em 1578, acompanhado de seus irmãos, e estiveram na batalha de Alcácer Quibir. D. Simão e D. Henrique morreram, e D. Diogo e D. Fernando ficaram cativos, conseguindo o resgate à sua custa, não aceitando o dinheiro que para esse efeito lhe levara Francisco da Costa por ordem de el-Rei. Um desgosto que teve com seu irmão D. Fernando o obrigou a deixar Portugal e fixar residência em Madrid, onde mereceu atenções de Filipe IV, que o fez seu mordomo e gentil-homem de boca, comendador de Cazevel na Ordem de Cristo, e deu-lhe o título de Conde da Ericeira por carta passada em Madrid a 1º de março de 1622. Aceitou a mercê para seu segundo sobrinho, D. Fernando de Menezes, neto de seu irmão D. Fernando, e filho de seu sobrinho D. Henrique, o qual, indo a Madrid, já o achou falecido. Deixou-lhe em testamento mais de 700 mil cruzados em móveis preciosos, somente o padroado da capela mor do convento da Graça, de Lisboa, com 4 missas quotidianas e 4 ofícios. Tinha casado com D. Isabel de Castro, filha de Álvaro Pires de Andrade, comendador de Torres Vedras. Comenta um cronista: «Os futuros Condes da Ericeira lavaram a nódoa de terem aceitado um título dado pelo Rei castelhano com os relevantes serviços que prestaram à sua pátria nos reinados de D. João IV de Portugal, D. Afonso VI de Portugal e D. Pedro II de Portugal.
- 4 - D. Fernando de Menezes, cativo em Alcácer Quibir como se viu acima.
Precedido por novo título |
Conde da Ericeira 1622 - 1625 |
Sucedido por Fernando de Menezes |