Economia de Pernambuco
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A economia se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, bem como na indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica, têxtil). O pau-brasil despertou a cobiça dos europeus talvez mesmo antes da descoberta do Brasil.
A economia de Pernambuco, após ficar estagnada durante a "década perdida" de 1985 a 1995, vem crescendo rapidamente do final do século XX para o começo do século XXI. Em 2000, o PIB per capita era de R$ 3.673, totalizando um crescimento de mais de 40% nesse período, e mais de 10% ao ano.
Desde o início da dominação portuguesa, o estado foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. Nas últimas décadas, porém, essa quase dedicação exclusiva à produção de açúcar e álcool da cana-de-açúcar vêm terminando.
Vêm sendo explorados recentemente novas fontes de extrativismo, além de floricultura e o setor industrial em torno da empresa de Suape, fundada em 1979. Os principais empreendimentos são dos setores alimentício, químico, materiais elétricos, comunicações, metalúrgica e minerais não-metálicos. Também tem grande destaque internacional a produção irrigada de frutas ao longo do rio São Francisco - quase que totalmente voltada para exportação - concentrada no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional, com grande capacidade para aviões cargueiros do município. O município de Gravatá é um dos principais produtores de flores temperadas do Nordeste. [1]
O crescimento da monocultura de cana-de-açúcar (aumento de 20% entre a safra de 1999 e a de 2000) vem diminuindo a cada ano, e eventualmente será nula, posteriormente tendendo a regredir. Perde espaço para a indústria, comércio e serviços no estado.
O Estaleiro Atlântico Sul está em construção atualmente no município de Ipojuca, a 40KM de Recife, e será o maior estaleiro do hemisfério sul. [2]
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[editar] Indústria e tecnologia
Entre 1997 e 1999, a empresa de Suape - grande complexo industrial e portuário do litoral sul do estado - teve crescimento de 16,7%. O estado tem a segunda maior produção industrial do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia. No período de outubro de 2005 a outubro de 2006, o crescimento industrial do estado foi o segundo maior do Brasil - 6,3%, mais do dobro da média nacional no mesmo período (2,3%). [3]
Outro segmento que merece destaque é o da extração mineral. O pólo gesseiro de Araripina é o fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.
O pólo de informática do Recife - Porto Digital - apesar de criado há apenas 6 anos, está entre os cinco maiores do Brasil. Emprega cerca de três mil pessoas, e tem 3,5% de participação no PIB do estado. [4] Em 2007, o Porto Digital foi premiado como o Melhor Parque Tecnológico/Habitat de Inovação do Brasil, por meio do Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador 2007, entregue pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec)[5].
[editar] Papel de Centralizador Econômico
Por sua posição geográfica e disposições históricas, o estado atua como um centralizador econômico no Nordeste há séculos. Num raio de 300KM do Recife, concentram-se 12 milhões de pessoas, R$ 54,7 bilhões de PIB, mais da metade dos centros de pesquisa do Nordeste, quatro grandes portos e dois aeroportos internacionais. Ao estender o raio para 800 km, temos 90% do PIB de toda a região Nordeste.[6]
[editar] Indicadores
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Agropecuária | 7,7% | |
Indústria | 33,3% | |
Comércio e Serviços | 59% |
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Açúcar | 40% | |
Petroquímicos | 11% | |
Peixes e Crustáceos | 10% | |
Frutas | 9% | |
Materiais Elétricos | 9% | |
Outros | 21% |
- PIB - O Produto Interno Bruto de Pernambuco foi de R$ 42.260.926 mil em 2003 [7], correspondente a 2,7% do PIB nacional. Em 10 anos, o PIB aumentou mais de cinco vezes (1994-2004).
- Exportações - O principal produto exportado pelo estado é a cana-de-açúcar cultivada na Zona da Mata. Em 2001, as exportações totalizaram US$ 335 milhões.
- Empregos - O estado foi o segundo no Nordeste em saldo de empregos em 2007, com 46.348 empregos, atrás apenas da Bahia. [8]
[editar] Energia elétrica
Após a privatização da CELPE (vendida para a espanhola Iberdrola), o Estado passou a comprar a maioria de sua energia da Termopernambuco, termelétrica do grupo Neoenergia, que por sua vez tem a CELPE como distribuidora, passando a ter uma das tarifas de energia elétrica mais caras do país.
[editar] Megainvsestimentos
Durante a década de 2000, o estado recebe vários investimentos bilionários. Entre eles, podemos citar como os mais importantes:
- Refinaria Abreu e Lima, R$ 5,75 bilhões investidos,[9] fará o refino de 200.000 barris/dia
- Estaleiro Atlântico Sul, R$ 2,75 bilhões investidos,[10] será o maior estaleiro do hemisfério sul e tem uma receita prevista de R$ 2,4 bilhões dos primeiros dez navios produzidos. [11]
[editar] Referências
[editar] Referências citadas
- ↑ Jornal do Commercio. Flores aquecem economia de Gravatá.
- ↑ BNDES. BNDES aprova financiamento de R$ 513 milhões para a construção do Estaleiro Atlântico Sul, em PE.
- ↑ Folha de Pernambuco/IBGE. Estado tem 2° melhor desempenho do ano no país.
- ↑ O Globo - RJ. Porto Digital torna Recife um pólo de informática.
- ↑ Anprotec. Vitória do Movimento. In: Revista Locus, Setembro/2007. pág.14..
- ↑ Secretaria de Planejamento e Gestão do estado de Pernambuco. Evolução e Perspectivas de Desenvolvimento de Pernambuco.
- ↑ IBGE Estados@. PIB 2003.
- ↑ G1. Mapa do emprego mostra crescimento em todas as regiões do país.
- ↑ SUAPE. Governo doa terreno para a Refinaria Abreu e Lima.
- ↑ Centro de Estudos em Gestão Naval. Lula assina contrato do estaleiro Atlântico Sul incluído no PAC.
- ↑ Portal Naval. Atlântico Sul deverá acelerar obras.