Espinossauro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Spinossauro |
||||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
concepção artística de Spinosaurus
|
||||||||||||||||||||||
Classificação científica | ||||||||||||||||||||||
|
O espinossauro (Spinosaurus aegipticus, do latim "lagarto espinho") foi uma espécie de dinossauro carnívoro e bípede. Viveu durante o período Cretáceo, principalmente na região que é hoje o norte da África. Foram descobertos dentes e vértebras de espinossaurídeos no norte do Brasil também.
O espinossauro foi um dos maiores dinossauros carnívoros que já existiram, com adultos medindo em torno de 15 a 18 metros de comprimento e pesando entre 6 e 9 toneladas. Possuíam grandes prolongações espinhais nas vértebras de suas costas, as maiores podendo chegar a 2 metros. Esses prolongamentos além de recobertos por pele, talvez tivessem alguma musculatura ou quantidade de gordura. Os cientistas cogitam como possíveis funções (independentes, mas não mutuamente exclusivas) dessa vela dorsal a termorregulação (armazenando o calor do sol, dando-lhe a vantagem de ser mais ágil que os outros répteis), exibição (sexual ou para intimidação de rivais) ou ainda uma armação esquelética de uma corcova de gordura similar a de alguns outros animais como touros atuais, que servem para armazenar energia. Há indícios de que os espinossauros se alimentavam de grandes peixes, e não só de dinossauros como se pode presumir. Esse animal possuía as tradicionais características dos outro predadores, a não ser os dentes que eram retos e não curvados e os braços um pouco maiores e mais fortes. Em 2004 a revista Nature anunciou a descoberta de um dente de espinossauro embebido numa vértebra de pterossauro, o que sugere a existência de uma relação predador-presa.
O espinossauro foi descoberto pelo paleontólogo alemão Ernst Stromer em 1912, no Egito. Stromer divulgou um estudo sobre alguns ossos de espinossauro e sustentou a tese de que o animal podia ter sido maior do que o Tiranossauro rex. No entanto, estes fósseis foram destruídos em 1944 num bombardeio contra um museu de Munique, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Desde então, os cientistas só descobriram ossos isolados de esqueletos de espinossauro.
Recentemente foi encontrado um fragmento do crânio de espinossauro medindo um metro de comprimento. Comparado com crânios já conhecidos, estimasse que tivesse no total cerca de 1,75 metros. Baseado nessas dimensões e em outros esqueletos da mesma espécie, os cientistas calculam que essa criatura teria entre 16 e 18 metros de comprimento e pesando entre sete e nove toneladas, sem duvida o maior predador que já andou pela terra e deixou vestigios. Desta maneira, o dinossauro supera o Tiranossauro rex, cujo maior fóssil já encontrado até agora, batizado como "Sue", mede quase 13 metros de comprimento e possivelmente pesou 6,4 toneladas.
Índice |
[editar] Gigante Perdido
Até hoje, nunca foi encontrado um material fóssil muito completo sobreo espinossauro. Os restos achados por Stromer no Egito foram pelos ares quando a cidade de Munique, onde estavam alojados, foi bombardeada em 1944. Recentemente foram descobertos novos exemplares no Marrocos.
[editar] Tamanho
Desde sua descoberta, o espinossauro foi considerado como um dos mais longos e possivelmente o maior dos teropodes (Theropoda), embora este fato não tenha alcançado consenso público até sua aparição no filme Jurassic Park III e a descrição de um espécime novo em 2005. Friedrich von Huene e Glut de Donald F., haviam listado o espinossauro como um dos mais pesados Teropodes pesando 6 toneladas. Em 1988, Gregory S. Paul listou-o também como o Teropode mais longo com tamanho estimado de 15 metros de comprimento.
As estimativas recentes, baseadas em espécimes novos, listam o Spinosaurus Aegipticus com 16 - 18 metros (53.3 a 60 pés) e 7 – 9,9 toneladas no peso. Pelo menos um exame feito e não publicado, teria sugerido que Spinosaurus alcançou tamanhos de 12 - 19 toneladas de peso. Estas estimativas finais do peso foram baseadas no comprimento estimado de vértebras comparadas com as do Baryonyx. Isto implicou uma massa total extremamente grande, com um limite superior desconhecido, sendo aparentemente os espécimes conhecidos de animais que não desenvolverm-se inteiramente. Entretanto, o autor destas estimativas as tem reduzido recentemente aos tamanhos similares sugeridos por outros pesquisadores (7 - 9 toneladas).
O espinossauro possuía várias características atípicas para os dinossauros de sua infra-ordem, como os braços grandes e fortes, os dentes retos e não curvos, o focinho comprido semelhante ao de um crocodilo e uma crista chata na cabeça.
[editar] Alimentação
É incerto se o espinossauro era primeiramente um predador terrestre ou um pescador, como indicado por suas maxilares alongadas, dentes cônicos e narinas levantadas. A evidência mais direta para sua dieta vem de uma espécie relacionada, o Baryonyx, que foi encontrado com os ossos de peixes e de um jovem Iguanodon em seu estômago. Quando um dente de um espinossauro foi encontrado nos restos de um pterossauro, foi sujerido que o espinossauro seria um predador generalizado e oportunista. Assemelhando-se aos grandes ursos polares, sendo inclinado para a pesca, embora fosse indubitavelmente capaz de caçar os grandes dinos da época, embora nada realmente foi provado.
[editar] Cultura Popular
O espinossauro foi caracterizado como o antagonista principal no filme Jurassic Park III. Mostrado como maior e mais poderoso do que um tiranossauro. Em uma cena que descreve uma batalha entre os dois predadores ressuscitados, o espinossauro emerge vitorioso após ter quebrado o pescoço do Tiranossauro. Na realidade, tal batalha nunca poderia ter ocorrido, pois o espinossauro e tiranossauro viveram em períodos diferentes, separados por milhões de anos. Após aparecer no Jurassic Park III, o espinossauro foi caracterizado em uma grande variedade de mercadorias relacionadas ao filme. Também foi caracterizado no documentário de televisão Os Dinossauros perdidos do Egipto, no qual era visto caminhando através dos pântanos do Egito Cretáceo.