Estádio Eládio de Barros Carvalho
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Aflitos | ||
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Nome | Estádio Eládio de Barros Carvalho | |
Local | Recife, PE | |
Construção | Não disponível | |
Inauguração | 25 de junho de 1939 | |
Remodelado | Não disponível | |
Expandido | Não disponível | |
Fechado | Não disponível | |
Demolido | Não disponível | |
Proprietário | Clube Náutico Capibaribe | |
Equipes mandantes | ||
Clube Náutico Capibaribe | ||
Números | ||
Capacidade | 23 mil lugares | |
Histórico | ||
Público recorde | ||
28.022 pessoas (4 de dezembro de 1997) Náutico 1x0 América-MG |
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Primeira Partida | ||
Náutico 5x2 Sport | ||
Primeiro gol | ||
Wilson (Náutico) | ||
Partida de encerramento | ||
Não disponível | ||
Último gol | ||
Não disponível |
O Estádio Eládio de Barros Carvalho, popularmente conhecido como Estádio dos Aflitos, por estar localizado no bairro dos Aflitos, um dos mais nobres do Recife. Foi inaugurado em 25 de junho de 1939. O senhor Eládio de Barros Carvalho foi presidente do clube durante 14 mandatos.
Índice |
[editar] História
O estádio Eládio de Barros Carvalho foi construído na década de 1950, período de profissionalização do futebol no Brasil e de grandes conquistas do Clube Náutico Capibaribe, dentre as quais destaca-se o tri-campeonato pernambucano (1950, 1951 e 1952) e o torneio Norte-Nordeste de 1952.
Na década de 1970, no entanto, o estádio já demonstrava sinais da obsolescência, principalmente se comparado a outros exemplares construídos ou reformados nas grandes cidades brasileiras ao longo dos anos 60 e 70.
Inicialmente, e com o objetivo de deixar o clube com um patrimônio compatível com a sua grandeza, foi planejada a construção de um estádio para 80 mil espectadores onde hoje está sendo erguido o Centro de Treinamentos do clube, no bairro da Guabiraba. Por uma série de motivos, a construção deste estádio não se viabilizou.
Por volta de 1980 surgiu o primeiro projeto de ampliação do estádio dos Aflitos, de autoria do arquiteto Hélvio Polito. A proposta incluía a construção de um novo lance de arquibancadas no lado da geral, elevando a capacidade para cerca de 25 mil espectadores. Este projeto também não foi realizado.
[editar] A ampliação
Em maio de 1995, numa reunião do grupo UniNáutico, grupo jovem de apoio e suporte à gestão do clube, cujo coordenador era o então diretor de patrimônio do clube Marcio Borba, realizada na sede social do Náutico, o arquiteto Múcio Jucá levantou a questão da ampliação do estádio, àquela época muito defasado, em capacidade e infra-estrutura disponível para o torcedor.
Imediatamente a direção de patrimônio do clube encomendou estudo de viabilidade técnica ao próprio arquiteto, abrangendo a ampliação e modernização do estádio, que ficou de ser apresentado cerca de 60 dias depois, em forma de um estudo preliminar de disposição para novos lances de arquibancadas, acessos e setores daquele que viria a ser o novo estádio Eládio de Barros Carvalho.
Em agosto daquele ano, o estudo preliminar foi apresentado, discutido e aprovado pelos presentes. Foram designados cinco nomes para coordenar os trabalhos:
- Paulo Sarubbi - engenheiro responsável pela obra
- Rafael Gazzaneo - coordenador da arrecadação de fundos que viabilizaria a obra.
- Mucio Jucá - arquitetura
- Eduardo Gomes - engenheiro responsável pelos cálculos
- Valter Lima - colaborador na parte de arrecadação.
A primeira ação de melhorias empreendida no estádio foi a elevação do muro das gerais (rua Manoel de Carvalho) de 2 metros para 5 metros, evitando, assim, a evasão de renda que acontecia naquela parte do estádio.
Porém foi somente no ano seguinte, com a eleição do Diretor de Patrimônio Marcio Borba para a Presidência do Clube, que as obras de ampliação tiveram início.
Pesaram fortemente na decisão de iniciar as obras dois fatos:
- A tomada de posição da diretoria do clube, em [1996] , no sentido de jogar todos os jogos, cujo mando de campo fosse do Náutico, nos Aflitos, não mais negociando o mando de campo que terminava por levar o time a jogar em outras praças. Após esta decisão nunca mais o Náutico jogou fora de seus domínios, o que influenciou na retomada da estima dos alvirrubros pelo seu patrimônio, mola mestra da incrível adesão dos torcedores e sócios à causa da ampliação;
- O regulamento do campeonato brasileiro de 1996 (segunda divisão) que vetava a disputa do quadrangular final em estádios com menos de 20.000 pessoas, o que já demonstrava uma tendência a maiores restrições no futuro.
No segundo semestre de 1996, começaram os levantamentos e medições para a primeira etapa da ampliação, no setor norte do estádio.
A partir de 1997, a ampliação passou a ter duas frentes: a do planejamento e a da construção.
Na área de planejamento e desenvolvimento do projeto arquitetônico foram realizados estudos de casos em estádios e arenas multi-uso européias, além de levantamentos que visavam uma melhor compreensão das regras de conforto e segurança impostas pela a FIFA.
Foram realizadas ainda algumas pesquisas no sentido de otimizar a relação público - espetáculo e na funcionalidade e conforto de áreas destinadas aos atletas e à imprensa.
A partir deste momento, o projeto passou a incorporar elementos até então nunca utilizados em estádios brasileiros, como estudo de acústica, acessibilidade para portadores de deficiência física, ergonometria, que acabaram por influenciar o redimensionamento, relocação e modernização de banheiros e vestiárias. Foram criados ainda, no projeto, os espaços comerciais, um auditório, restaurantes panorâmicos, enfim, elementos concebidos com o intuito de responder às exigências internacionais de conforto e segurança - e conseqüentemente tornar o estádio do Náutico em uma das na melhores arenas de futebol do Brasil.
A versão final do projeto do estádio só estaria concluída no início de 1999, quando as obras já entravam na terceira etapa de ampliação do anel inferior.
Na obra, o trabalho heróico de alguns poucos alvirrubros logo ganhou a notoriedade entre torcedores e a imprensa local. Incrédulos, alguns questionavam como um clube carente de títulos, no futebol profissional, há um longo tempo, conseguia reformar e ampliar o antigo estádio.
Com muita criatividade, e independentemente aos resultados do futebol, a ampliação do estádio mantém um ritmo constante de obras, aguçando a curiosidade dos torcedores a cada jogo e sempre surpreendendo pela existência de vigas ou lances novos de arquibancadas.
A abnegação destes torcedores e o apoio da massa alvirrubra acabaram por tornar a ampliação do estádio o símbolo maior do renascimento do clube na virada do século.
Os alvirrubros acreditam que, através da valorização do patrimônio do clube, legado de outras gerações, estão construindo a ponte integrando passado, presente e um futuro cada vez mais auspicioso e sentem-se particularmente emocionados ao ver o Náutico novamente Campeão Pernambucano (2001) jogando partidas memoráveis no velho-novo Estádio Eládio de Barros Carvalho.
[editar] Dados do Estádio
- 1º Jogo - 25 de junho de 1939
- Náutico 5-2 Sport
- 1º Gol - 25 de junho de 1939
- Wilson (Náutico)
- Maior Público - 4 de dezembro de 1997
- Náutico 1-0 América/MG
- Público 28.022 pessoas
- Maior Goleada - 1º de julho de 1945
- Náutico 21-3 Flamengo-PI
- Capacidade
- 23 mil pessoas sentadas
- Medidas
- 105m x 70m
- Endereço
- Av. Conselheiro Rosa e Silva, 1085
- Aflitos
- Recife - Pernambuco
- CEP 52020-220