Fecundação
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Em biologia, chama-se fertilização ao momento em que um espermatozóide penetra, numas espécies o ovócito II (como no caso dos seres humanos e maioria dos mamíferos) e noutras o óvulo (nos restantes animais), ou em que o tubo polínico penetra no óvulo (nas plantas) durante o processo de reprodução. Confrontar com singamia e conjugação.
Em geral, a fecundação é intra-específica, isto é, processa-se apenas entre indivíduos da mesma espécie. Mas há casos de fecundação inter-específica, entre indivíduos de duas espécies evolucionariamente próximas. Os indivíduos que nascem destas fecundações designam-se por híbridos (exemplos: os cavalos e os burros podem cruzar-se, dando a origem a um híbrido: o macho ou mula, que neste caso são estéreis; o jaguar e o leopardo podem cruzar, dando origem a um híbrido, que neste caso é fértil, etc.).
A célula reprodutora feminina (óvulo numas espécies oócito II noutras), possui barreiras para a penetração dos espermatozóides: a corona radiata (mais externa, composta de células foliculares) e a zona pelúcida (camada glicoprotéica situada após a corona radiata). Os espermatozóides, gametas masculinos, possuem na cabeça o acrossomo, que começa a liberar enzimas hidrolíticas ao entrar em contato com tais barreiras. Após vencê-las, ocorre a fusão entre as membranas dos dois gametas. Imediatamente após a fecundação, as células foliculares glandulares que envolvem a célula reprodutora feminina retraem-se, liberta-se o conteúdo dos grânulos corticais formando a membrana de fecundação que não vai permitir a entrada de mais espermatozóides.
(Nos ser humano os 23 cromossomos de cada gameta se unem, formando o zigoto, com 46 cromossomos).
[editar] Herança matrilínea mitocondrial
Todas as mitocôndrias, organelas responsáveis pela respiração celular, são herdadas da mãe do indivíduo. Isto ocorre porque os lisossomos fagocitam as mitocôndrias do espermatozóide que tenha entrado na célula reprodutora feminina.
A partir das mitocôndrias, também é possível realizar um teste de "DNA mitocondrial", para provar maternidade.
[editar] Fecundação e o início de uma nova vida
Se a mulher estiver fora do período fértil os espermatozóides geralmente não têm qualquer possibilidade de entrar sequer no útero, visto existir um muco cervical muito rico em fibras que impossibilita a entrada de espermatozóides. Mas se ela se encontrar no período fértil o colo do útero para além de se encontrar mais aberto vai conter um muco cervical mais fluido e com a rede de fibras mais aberta permitindo que os espermatozóides entrem (cerca de 1% dos espermatozóides contidos no ejaculado) estes dirigem-se para as trompas ao encontro do oócito II, ocorrendo mais tarde a fusão de um deles com o oócito II após ter conseguido atravessar a zona pelúcida, mal isto acontece as células foliculares glandulares que envolvem o oócito II retraem-se e o oócito II completa a Divisão II da Meiose. Ao mesmo tempo liberta-se o conteúdo dos grânulos corticais formando a membrana de fecundação que não vai permitir a entrada de mais espermatozóides.
Após estar completa a Divisão II da Meiose e formado o óvulo os núcleos dos dois gâmetas fundem-se (Cariogamia) e forma-se o Ovo, com uma totalmente nova associação de genes e que vai caracterizar o indivíduo por toda a sua vida do ponto de vista genético.
Seguidamente e ocorre a fase embrionária (com uma duração aproximada de 16 semanas) que se inicia ainda na trompa com a divisão celular (por mitose) dando origem à formação do embrião, ao mesmo tempo que se dirige para o útero. Para que este mantenha o Endométrio em estado de desenvolvimento conveniente para o embrião, tem que continuar a receber hormonas ováricas, mas como a LH vai acabar por deixar de ser produzida devido ao retrocontrolo negativo, o próprio embrião produz a Hormona Gonadotrópica (HCG) que vai impedir a regressão do corpo amarelo e manter a produção de Progesterona e Estrogénios.
A manutenção da produção destas hormonas continua a inibir o hipotálamo de produzir GnRH e por consequência manter interrompido o ciclo éstrico (ciclo ovárico e ciclo uterino). Chegado ao útero, a zona pelúcida que envolve o embrião é destruída e este começa a crescer em virtude do fornecimento de nutrientes pelas glândulas do Endométrio. O embrião vai começar a afundar no Endométrio por acção de enzimas que liberta sendo ao mesmo tempo envolvido por outras células deste — nidação. Após este fenómeno começam a formar-se as estruturas embrionárias (placenta, cordão umbilical, saco amniótico que vai conter o líquido amniótico que serve de protecção ao novo ser).
Por volta da quinta semana a placenta passa a produzir ela própria os estrogénios e a progesterona para manter o endométrio, deixando de ser produzida a HCG o que leva à regressão do corpo amarelo. Ocorre igualmente a produção de uma hormona pela placenta que leva à preparação das glândulas mamárias para o aleitamento. Esta fase termina quando estiverem esboçados os diferentes órgãos do novo indivíduo.
Segue-se a fase fetal em que o que vai ocorrer essencialmente é o crescimento e maturação dos órgãos o que termina aproximadamente ao fim de 40 semanas, seguindo-se o nascimento.