Feliz
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Feliz é um município brasileiro, pertencente ao estado do Rio Grande do Sul, na região do vale do Caí.
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[editar] História
Apesar dos vários motivos que podem ter levado o município a se chamar Feliz, uma das histórias é a mais aceita. Por volta de 1850, uma comitiva, sob o comando do engenheiro Afonso Mabilde, foi incumbida de abrir um caminho através da Mata dos Pinhais e o Campo do Bugres (Caxias do Sul) até os campos de criação de gado em Vacaria. O grupo atravessou o Rio das Antas com uma canoa, usando uma embarcação de ligação com os já ocupados campos de Vacaria. Uma enchente teria arrasado a canoa e o grupo de homens se viu obrigado a retornar ao sul. Depois de ficarem por muitos dias presos na mata, sofrendo com a fome e os perigos, finalmente teriam encontrado a casa de um colono e saudado este encontro com a exclamação: "Oh, Feliz!". Em lembrança deste fato, a nova picada recebeu o nome de Feliz.
O início da colonização ocorre em 1846 com colonos provenientes das colônias mais antigas, como Dois Irmãos e São José do Hortêncio. Também no mesmo ano imigrantes alemães, vindos principalmente da região de Hunsrück, que compreende uma significativa parte do estado de Rheinland-Pfalz e considerável parte do norte do estado de Saarland, estado, este, que faz divisa com a França.
Em 1851 contava com 85 famílias.
[editar] Economia
Sua economia baseia-se na produção de calçados e na agricultura, onde predomina o cultivo de morango.
Maior produção de morangos e amoras do Rio Grande do Sul: Para garantir a produtividade, a Administração Municipal cria mecanismos de incentivo à produção e à permanência dos jovens no município. A Associação Círculo de Máquinas recebe 40% de retorno da efetivação da produção. Uma outra lei que entrará em vigor no ano que vem prevê o incentivo aos maiores produtores com o retorno direto do valor das notas fiscais. Esse retorno será através de serviço e maquinário. Para 2007, está prevista a devolução de 65 mil reais para os 165 produtores. Em parceria com o Sebrae, a Associação de Hortifrutigranjeiros está montando um planejamento estratégico para buscar o incremento e qualidade dos produtos. Duas novidades são o irrigamento por gotejamento e o cultivo de morangos semi-hidropônicos em estufas. Além disso, todo o produtor recebe assessoria para melhor aproveitamento das colheitas e incremento das culturas, como plantação de uvas e ameixas, por exemplo. Os jovens recebem apoio para cursar universidades, para que possam aplicar na comunidade os conhecimentos adquiridos. O programa de apoio aos jovens recebe um investimento de 100 mil reais por ano.
[editar] Produção
Maior produtor de morangos do RS: 1 milhão e 800 toneladas por ano em 50 hectares plantados com envolvimento de 200 produtores.
Maior produtor de amoras do RS: 48 toneladas por ano em 8 hectares com envolvimento de 20 produtores.
Maior rentabilidade em produção de figo: 30 toneladas em 64 hectares com envolvimento de 39 produtores.
Destaque em plantação de goiaba: 30 toneladas por ano em 5 hectares plantados com envolvimento de 20 produtores.
[editar] Desenvolvimento
Município garante retorno do que for investido: todas as empresas que quiserem se instalar no município ganham incentivos fiscais. O Fundo Nacional de Desenvolvimento garante até 75% de retorno dos investimentos feitos no município. O prefeito Cesar Luiz Assmann está comemorando o aumento do valor adicionado em 14,7%. Desde 1994, Feliz não recebia incremento nesta área. "Isto reflete o trabalho da administração em todas as áreas", garante Assmann. Hoje, a maior empresa do município é a Hidro Jet, que emprega 240 funcionários. O prefeito municipal aguarda a liberação para compra dos antigos prédios da empresa Antarctica. A meta é disponibilizar o espaço para outras empresas como forma de incentivo à geração de emprego e renda.
[editar] Educação
Evasão escolar caiu sensivelmente: os números da educação refletem a qualidade de vida da população e causam inveja a qualquer cidade grande. Hoje, todas as crianças têm direito a creche. A evasão escolar caiu consideravelmente, passando de 9,52% em 2004 para 0,2% em 2006. O índice de 98,06% da população alfabetizada faz de Feliz um exemplo de cidade educadora. A implantação do Ensino à Distância está possibilitando que os números sejam ainda melhores. Os programas de esporte, lazer e ensino garantem atividades que envolvem mais 2.300 pessoas. Oficinas de futebol, vôlei, taekwondo, aeróbica, skate, yoga, danças típicas alemãs e gaúchas e cursos de alemão e italiano são oferecidos gratuitamente a toda a população.
[editar] Geografia
O município possui uma área de 256,9 km² e uma população de aproximadamente 13.000 habitantes. Localiza-se ao pé da serra gaúcha, a 37km de Nova Petrópolis e 54km de Caxias do Sul, estando a uma altitude aproximada de 120 metros acima do nível do mar.
[editar] População
Sua população é 80% de origem alemã, 10% de origem italiana e 10% de outras origens. Os traços da cultura germânica são explícitos em muitos pontos, como na arquitetura, culinária e, mais do que em qualquer lugar, nos traços étnicos dos felizenses. Porém, além dos germânicos, há também descendentes de italianos, poloneses, portugueses, suíços, austríacos, entre outras etnias minoritárias.
Uma intensa e evidente característica do município é a força que tem o idioma alemão, que prevalece tanto na zona urbana quanto na zona rural, onde ainda é possível encontrar moradores que falam apenas a língua germânica, especialmente o dialeto Hunsrückisch - também conhecido como Riograndenser Hunsrückisch -, originado e falado na região de Hunsrück, no sudoeste da Alemanha, e nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no sul do Brasil. Vale ressaltar que há, ainda, vários dialetos similares ao Hunsrückisch tanto na Alemanha quanto no Brasil, como na região de Pomerode, em Santa Catarina.
[editar] Localidades
As principais localidades de Feliz são:
- Escadinhas,
- São Roque,
- Arroio Feliz,
- Bom Fim,
- Vale do Lobo,
- Nova Caxias,
- Roncador,
- Coqueiral,
- Bananal e
- Morro das Batatas.
Todas são essenciais para o desenvolvimento do município, pois é indiscutível que a agricultura é indispensável na região.
Além das localidades, encontram-se, na chamada zona urbana do município, os bairros Centro, Vale do Hermes, Matiel, Vila Rica e Canto do Rio.
[editar] Turismo e festas típicas
[editar] Turismo
Parque Municipal: Feliz possui um dos maiores e mais belos parques do Rio Grande do Sul. São 25 hectares de área verde, com espaços para prática de esportes, praça infantil, rampa para skate, gramados, jardins e um lago. Localizado no centro da cidade, o parque recebe um grande número de visitantes todos os anos.
Ponte de Ferro: trazida da Bélgica, a Ponte de Ferro foi instalada em 1900. Ao longo dos anos acumulou importância histórica, pois possibilitou o desenvolvimento e o progresso sócio-econômico do município e toda a região, visto que durante décadas foi o único elo de ligação entre a capital e a serra.
Rio Caí: o Rio Caí atravessa toda o município, de nordeste a sudoeste. Suas águas colaboraram com o crescimento econômico de Feliz, uma vez que várias empresas instalaram-se às suas margens, usando o rio para diversos fins produtivos. Nas lavouras, ele é essencial na irrigação; para as cervejarias, outrora instaladas no município, ele foi essencial na produção de bebidas. Além disso, suas margens costeadas por mata nativa e paredões são belas paisagens e suas águas transformam-se em balneários improvisados durante os meses de maior calor.
Construções antigas e em estilo enxaimel: em várias localidades do município é possível encontrar residências e outros prédios, como igrejas, construídos pelos primeiros colonizadores do município. Entre eles, destaca-se um prédio localizado no centro, pertencente à família Noll, que abrigou o único cinema do município e provavelmente da região. Outro traço marcante na arquitetura local é o estilo enxaimel, visto em muitas casas e no prédio da prefeitura municipal.
[editar] Festas típicas
Festival Nacional do Chope: a primeira edição do Festival do Chope foi realizada em 20 de abril de 1968, inspirada na Oktoberfest de Munique, na Alemanha. O idealizador da festa, Victor Ruschel, havia feito uma viagem ao país de seus antepassados no ano anterior, e visitara o estado da Baviera (Bayern) e, evidentemente, a Oktoberfest. Ao regressar ao Brasil, estava decidido a promover uma festa nos mesmos moldes no município de Feliz. Ele era proprietário da Cervejaria Ruschel, que mais tarde passou a ser a Cervejaria Polka, posteriormente Serramalte e, por último, Antarctica. Desde o princípio, o evento é promovido com o intuito de valorizar a cultura germânica. Colonizada por alemães, o município de Feliz mantém vivas as raízes culturais trazidas de longe por seus colonizadores, e o Festival do Chope celebra as tradições do povo. O Festival Polka, primeiro nome do festival, alcançou um patamar talvez jamais imaginado por seu idealizador. Ao longo de quatro décadas, o evento consagrou-se junto ao público, sendo uma festa que une a cultura e a alegria peculiares do povo felizense, contagiando a todos os visitantes.
Como já é de costume, todo ano, nos sábados antes do evento, ocorre no estádio do Juventus, um clube de futebol da região, os famosos jogos do Grenal do Chope e das Margaridas. No primeiro, moradores de Feliz dividem-se em colorados e gremistas e jogam uma partida amistosa, mas com um pequeno detalhe: há um barril de chope instalado no centro do gramado, distribuindo chope gelado aos jogadores, que por momentos esquecem-se do jogo para encher seus copos. O time perdedor tem como sentença puxar uma carroça que carrega os jogadores do time vencedor do bairro Matiel até o centro, fazendo a alegria do público que comparece ao estádio e acompanha a carroça até sua chegada ao destino. No futebol das Margaridas a raiz é praticamente a mesma, mas nesse são duas turmas de amigos que se enfrentam, os Choppados e os Kueras. O diferencial é que todos os jogadores vestem-se de mulher e jogam com aquele mesmo barril de chope no centro do gramado. A torcido lota e alegra as arquibancadas.
O festival é promovido nas dependências da Sociedade Cultural e Esportiva Feliz (SOCEF), com a ajuda da Prefeitura Municipal de Feliz, de apoiadores comerciais e da comunidade local. O evento se realiza anualmente, sempre em dois finais de semana de abril e/ou maio. Este é o maior festival do chope do país, que se consagrou pelos sábados da festa, aonde tocam bandas de destaque na região e são distribuídos 100.000 litros de chope, oferecidos ao público através de dezenas de chopeiras espalhadas pelas dependências dos salões e das pistas ao ar livre do evento. Anualmente comparecem, em média, 10.000 pessoas nos dois sábados do evento. Nos domingos ocorre no Parque Municipal de Feliz uma continuação da festa do dia anterior, onde o chope é pago e tocam algumas bandas regionais. Em 2007, foi promovido o 40° Festival Nacional do Chope, que, mais uma vez, foi um sucesso.
Fenamor - Festa da Amora, Morango e Chantilly: acontece anualmente em novembro, no Parque Municipal de Feliz. Em 2007, em sua 14ª edição, a festa foi presidida pelo vice-prefeito Albano Kunrath.
Homem Feliz na Cozinha: evento que ainda não faz parte do calendário oficial, mas que chama atenção. Neste dia, somente os homens cozinham. Toda a renda do evento é canalizada para o Museu Histórico.
[editar] Saúde
Mortalidade infantil é zero em 2006: o cuidado com a saúde em Feliz pode ser resumido em apenas um dado: índice de mortalidade infantil é zero em 2006. O programa de saúde da família garante atendimento a 100% dos domicílios do município. O hospital é administrado pela ONG Saúde Feliz, que garante a participação de toda a comunidade no planejamento da ações. A exemplo da saúde, a Administração Municipal procura incentivar a criação das associações e a reativação dos conselhos municipais. Feliz é conhecida como um município forte graças ao seu povo. E é por isso que a união é tão valorizada.
Berço da Qualidade de Vida: em 1998, Feliz foi apontada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o primeiro município do país em qualidade de vida, destacando-se também com o 62º lugar no ranking mundial. Incorporou como slogan o município de melhor qualidade de vida do Brasil. Até hoje, recebe destaque pelos programas implantados em saúde, educação e desenvolvimento. O clima ameno, a paisagem e o contato com a natureza reforçam o espírito de paz e alegria que predomina em qualquer parte do município de colonização germânica.
[editar] Infra-estrutura
Investimentos garantem melhorias: a grande expectativa é o asfaltamento do acesso Feliz a Linha Nova. O trevo de acesso também deve receber investimento e ganhar uma cara nova. A aquisição de novas máquinas e a parceira com o Programa Caixa RS vão garantir investimentos pesados na infra-estrutura. Outra preocupação é com a preservação do patrimônio, que inclui a ponte de ferro, trazida da Bélgica e inaugurada em 1900. Em 2007, toda a cidade recebeu nova iluminação, com lâmpadas de vapor de sódio, que garantem mais alcance e economia.
[editar] Administração
Os atuais prefeito e vice-prefeito de Feliz são, respectivamente, César Luiz Assmann e Albano Kunrath (PTB / PMDB / PSDB), eleitos em 2004 com 4.877 votos, sendo que o número de votantes foi de 8.325. Os vereadores são os seguintes: Jorge Zimmer (PDT / PT / PFL); Jairo Nienow (PMDB); João Alberto Sehnem (PMDB); Pedro Krindges (PMDB); Ondir Cleucemar Maurer (PMDB); Décio Luiz Franzen (PDT / PT / PFL); Gilberto Rauber (PTB / PSDB); José Renato Heck (PDT / PT / PFL); Pedro Adenor Hahn (PDT / PT / PFL).
Referências
- ↑ Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.
[editar] Ligações externas
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