Gregório da Fonseca
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Gregório Porto da Fonseca (Cachoeira do Sul, 17 de novembro de 1875 — Rio de Janeiro, 23 de abril de 1934) foi um militar, engenheiro e escritor brasileiro.
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[editar] Biografia
Em sua cidade natal realiza os primeiros estudos, tendo começado a trabalhar desde cedo. Aos quinze anos foi demitido, porém, por recitar versos de Bilac, demonstrando grandes pendores para as letras e seus autores.
Ingressando na Escola Militar de Porto Alegre, forma-se em Engenharia – ocasião em que se aproxima do poeta Aníbal Teófilo e faz publicar seu primeiro volume de versos, em 1907.
Faz carreira no Exército, mudando-se para o Rio de Janeiro, então a capital do país. Em 1918, comandou as tropas do Exército que protegiam o Palácio do Catete, durante as agitações operárias ali ocorridas[1]. Aproxima-se da intelectualidade, sobretudo do poeta que admirava desde jovem – Olavo Bilac, e outros como Alcides Maya e Lima Barreto.
Foi reformado, na patente de Tenente-Coronel.
Foi o Secretário da Presidência da República, na ditadura Vargas, de 1930 até sua morte, sucedido pelo escritor Ronald de Carvalho[2].
É, na Academia Rio-Grandense de Letras, Patrono da Cadeira número 30.
[editar] Excerto
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- “A arte é uma profissão de eleitos: só depois de uma seleção natural, em que os fracos e os medíocres se anulam, prevalecem no tempo, em reduzido número, os predestinados, únicos que atingem à honra suprema de artistas.
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- Ser artista; produzir uma obra-prima; criar com o belo existente o belo que não existe; fixar para sempre um aspecto novo de beleza que se não repetirá; avançar do seu tempo, do seu século, abrindo largas estradas ao pensamento futuro; para os Gregos era divino, é heróico na expressão de Carlyle.”
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- (in “Estética das Batalhas”, 1914)
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[editar] Bibliografia
É um poeta menor, de produção única, de quem há raras referências. Suas obras publicadas foram:
- Templo sem Deuses - poesia (1907);
- Duas Conferências: "A Estética das Batalhas" e "Ciúme dos Deuses" - palestras (1914);
- Vida e Obra do Marechal Bento Ribeiro - biografia (1922);
- Heroísmo e Arte - ensaio (1936).
[editar] Academia Brasileira de Letras
Terceiro ocupante da Cadeira que tem por Patrono Maciel Monteiro. Eleito a 16 de julho de 1931, veio a tomar posse em 29 de outubro de 1932, recebido por Alcides Maya.
Precedido por Dantas Barreto |
ABL - cadeira 27 1931 - 1934 |
Sucedido por Levi Carneiro |