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Internet - Wikipédia, a enciclopédia livre

Internet

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura pelo conceito genérico de redes interligadas ("internet"), consulte interligação de redes.

A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo Protocolo de Internet que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet é a principal das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs). Ao contrário do que normalmente se pensa, Internet não é sinónimo de World Wide Web. Esta é parte daquela, sendo a World Wide Web, que utiliza hipermídia na formação básica, um dos muitos serviços oferecidos na Internet. De acordo com dados de março de 2007, a Internet é usada por 16,9% da população mundial[1] (em torno de 1,1 bilhão de pessoas).

Índice

[editar] Tipos de conexão

Acessos à Internet
Image:Crystal Clear app Internet Connection Tools.png
[editar esta lista]

Métodos comuns de acesso doméstico à Internet incluem o acesso discado ou por banda larga por meio de cabos (como ADSL, ISDN), acesso dedicado, sem fio, (Wi-Fi) por satélite ou por telefones celulares 3G. Locais públicos para acesso à grande rede incluem bibliotecas e cyber cafés, nos quais computadores conectados são disponibilizados para uso temporário.

Existem também pontos de acesso em locais públicos, como aeroportos e cafés, acessíveis por meio de rede sem fio. Para isso, o utilizador deve possuir um dispositivo cliente de acesso, tal qual um PDA ou laptop. O acesso pode ser restrito por senhas, para a comercialização do tempo de uso.

[editar] História

Ver artigo principal: História da Internet

Para entender o conceito de Internet, a rede mundial de computadores, deve-se regressar às décadas de 1960 e 1970 para compreender como ela se tornou um dos meios de comunicação mais populares. Tudo surgiu no período em que a guerra fria pairava no ar entre as duas maiores potências da época, os Estados Unidos e a ex-União Soviética.

O governo norte-americano queria desenvolver um sistema para que seus computadores militares pudessem trocar informações entre si, de uma base militar para outra e que mesmo em caso de ataque nuclear os dados fossem preservados. Seria uma tecnologia de resistência. Foi assim que surgiu então a ARPANET, o antecessor da Internet, um projeto iniciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos que realizou então a interconexão de computadores, através de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são divididas em pequenos “pacotes”, que por sua vez contém trecho dos dados, o endereço do destinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem original.

Este sistema garantia a integridade da informação caso uma das conexões da rede sofresse um ataque inimigo, pois o tráfego nela poderia ser automaticamente encaminhado para outras conexões. O curioso é que raramente a rede sofreu algum ataque inimigo. Em 1991, durante a Guerra do Golfo, certificou-se que esse sistema realmente funcionava, devido à dificuldade dos Estados Unidos para derrubar a rede de comando do Iraque, que usava o mesmo sistema.

O sucesso do sistema criado pela ARPANET foi tanto que as redes agora também eram voltadas para a área de pesquisas científicas das universidades. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas nela. Dividiu-se então este sistema em dois grupos[2], a MILNET, que possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. O desenvolvimento da rede, nesse ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não só os pesquisadores como também seus alunos e os alunos de seus amigos, tiveram acesso aos estudos já empreendidos e somaram esforços para aperfeiçoá-los. Houve uma época nos Estados Unidos em que sequer se cogitava a possibilidade de comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los.

A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". Um esquema técnico denominado Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o tráfego de informações fosse caminhado de uma rede para outra.

Todas as redes conectadas pelo endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens. Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones (que significa espinha dorsal, em português), que são poderosos computadores conectados por linhas que tem a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óptica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anárquica. É basicamente isto que consiste a Internet, que não tem um dono específico.

O que hoje forma a Internet, começou em 1969 como a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency, ou Agência de Pesquisa de Projetos Avançados, uma subdivisão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Ela foi criada para a guerra, pois com essa rede promissora, os dados valiosos do governo daquele país estariam espalhados em vários lugares, ao invés de centralizados em apenas um servidor. Isso evitaria a perda desses dados no caso de, por exemplo, uma bomba explodisse no campus. Em seguida, ela foi usada inicialmente pelas universidades, onde os estudantes, poderiam trocar de forma ágil para a época, os resultados de seus estudos e pesquisas. Em Janeiro de 1983, a ARPANET mudou seu protocolo de NCP para TCP/IP. Em 1985 surge o FTP.

Contudo, a Internet como hoje conhecemos, com sua interatividade, como arcabouço de redes interligadas de computadores e seus conteúdos multimídia, só se tornou possível pela contribuição do cientista Tim Berners-Lee e ao CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire - Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, que criaram a World Wide Web, inicialmente interligando sistemas de pesquisa científicas e mais tarde acadêmicas, interligando universidades; a rede coletiva ganhou uma maior divulgação pública a partir dos anos 1990. Em agosto de 1991, Berners-Lee publicou seu novo projeto para a World Wide Web, dois anos depois de começar a criar o HTML, o HTTP e as poucas primeiras páginas web no CERN, na Suíça. Por este motivo, em 23 de agosto se comemora o Dia do Internauta. Em 1993 o navegador Mosaic 1.0 foi lançado, e no final de 1994 já havia interesse público na Internet. Em 1996 a palavra Internet já era de uso comum, principalmente nos países desenvolvidos, referindo-se na maioria das vezes a WWW.

[editar] Arquitectura

Visualização gráfica de várias rotas em uma porção da Internet mostrando a escalabilidade da rede
Visualização gráfica de várias rotas em uma porção da Internet mostrando a escalabilidade da rede

Vários cientistas da computação consideram a Internet um "grande exemplo de um sistema de grande escala, bastante engenhado, ainda que muito complexo"[3]. A Internet é extremamente heterogênea; por exemplo, as taxas de transferência de dados e as características físicas das conexões variam bastante. Adicionando à sua complexidade esta a capacidade de mais de um computador utilizar a Internet através de um nó de rede (um endereço IP público, ver explicação em proxy), criando a possibilidade de sub-redes hierárquicas, que poderiam ser estendidas infinitamente (exceto pelas limitações técnicas do protocolo IPv4).

[editar] Possível colapso

Após analisar o fluxo de informações que trafegam pela Internet, a empresa Nemertes Research Group concluiu que a rede mundial poderá sofrer um colapso em 2010 devido à escala de dados trafegados, pois a atual estrutura não iria comportar o volume de dados nos próximos anos. O relatório da Nemertes indica que as estruturas centrais da Internet evoluirão de acordo com a demanda dos usuários, mas a infraestrutura de acesso não evolui na mesma velocidade, o que afetará algumas regiões do mundo a partir de 2010[4].

[editar] Protocolos

Para o funcionamento da Internet existem três camadas de protocolos. Na camada mais baixa está o Protocolo de Internet (Internet Protocol), que define datagramas ou pacotes que carregam blocos de dados de um nó da rede para outro. A maioria da Internet atual utiliza a IPv4, quarta versão do protocolo, apesar que o IPv6 já está padronizado, sendo usado em algumas redes específicas somente. Independentemente da arquitetura de computador utilizada por dois computadores comunicando entre si na Internet, desde que eles compreendam o protocolo de Internet, eles podem se comunicar. Isso permite que diferentes tipos de máquinas e sistemas possam conectar-se à grande rede, seja um PDA conectando-se a um servidor WWW ou um computador pessoal executando Microsoft Windows conectando-se a um computador pessoal executando Linux.

Na camada média está o TCP, UDP e ICMP. Esses são protocolos no qual os dados são transmitidos. O TCP é capaz de realizar uma conexão virtual, fornecendo certo grau de garantia na comunicação de dados.

Na camada mais alta estão os protocolos de aplicação, que definem mensagens específicas e formatos digitais comunicados por aplicações. Alguns dos protocolos de aplicação mais usados incluem DNS (informações sobre domínio), POP3 (recebimento de e-mail), IMAP (acesso de e-mail), SMTP (envio de e-mail), HTTP (dados da WWW) e FTP (transferência de dados). Todos os serviços da Internet fazem uso dos protocolos de aplicação, sendo o correio eletrônico e a World Wide Web os mais conhecidos. A partir desses protocolos é possível criar aplicações como listas de discussão ou blogs.

Diferente de sistemas de comunicação mais antigos, os protocolos da Internet foram desenvolvidos para serem independentes do meio físico de transmissão. Qualquer rede de comunicação, seja através de cabos ou sem fio, que seja capaz de transportar dados digitais de duas vias é capaz de transportar tráfego da Internet. Por isso, os pacotes Internet podem ser transmitidos por uma variedade de meios de conexão tais como cabo coaxial, fibra ótica, redes sem fio ou por satélite. Juntas, todas essas redes de comunicação formam a Internet. Notar que, do ponto de vista da camada de aplicação, as tecnologias utilizadas nas camas inferiores é irrelevante, contanto que sua própria camada funcione. Ao nível de aplicação, a Internet é uma grande "nuvem" de conexões e de nós terminais, terminais esses que, de alguma forma, se comunicam.

[editar] ICANN

Ver artigo principal: ICANN

A ICANN é a entidade que coordena a distribuição de identificadores únicos na Internet, incluindo nomes de domínio, endereços IP, portas de protocolos e números de parâmetros. Um espaço de nomes único e global é essencial para que a Internet funcione, para não haver conflito de nomes. A organização está localizada em Marina del Rey (Califórnia, Estados Unidos), mas é mantida por um grupo internacional de diretores de diferentes comunidades, técnicas, comerciais e acadêmicas.

[editar] Serviços

Ícone de um cliente de correio eletrônico
Ícone de um cliente de correio eletrônico

[editar] Correio eletrônico

Ver artigo principal: correio eletrônico

O conceito de enviar mensagens eletrónicas de maneira análoga ao correio tradicional foi uma das origens da Internet. Mesmo atualmente com a popularização dos serviços de mensagem instantânea, o dito e-mail ainda é importante na comunicação corporativa. A tecnologia não depende da Internet, pois mesmo e-mails internos de uma empresa podem circular limitados a um servidor interno. A partir do momento que a mensagem é enviada entre dois servidores fora de uma mesma rede interna, faz-se uso da Internet como meio de transmissão.

Também existem sistemas para a utilização de correio eletrônico através da World Wide Web (ver esse uso abaixo), os webmails. São utilizadas páginas web para a apresentação e utilização dos protocolos envolvidos no envio e recebimento de e-mail. Diferente de um aplicativo de acesso ao e-mail instalado num computador, que só pode ser acessado localmente pelo utilizador ou através de acesso remoto (ver esse uso abaixo), o conteúdo pode ser acessado facilmente em qualquer lugar através de um sistema de autenticação pela WWW.

Um navegador apresentando uma página web
Um navegador apresentando uma página web

[editar] World Wide Web

Ver artigo principal: World Wide Web

Através de páginas web classificadas por motores de busca e organizadas em sítios web, milhares de pessoas possuem acesso instantâneo a uma vasta gama de informação online em hipermídia. Comparado às enciclopédias e bibliotecas tradicionais, a WWW permitiu uma extrema descentralização da informação e dos dados. Isso inclui a criação ou popularização de tecnologias como páginas pessoais, weblogs e redes sociais, no qual qualquer um com acesso a um navegador (um programa de computador para acessar a WWW) pode disponibilizar conteúdo.

Talvez o serviço mais utilizado e popular na Internet, por vezes o termo é frequentemente confundido com a outra. A Web vêm se mostrando uma plataforma comum no qual outros serviços da Internet estão sendo disponibilizados. Pode-se utilizá-la atualmente para usar o correio eletrônico (através de webmail), realizar colaboração (como na Wikipédia) e compartilhar arquivos (através de sítios web específicos para tal).

Um ambiente de trabalho remoto em execução
Um ambiente de trabalho remoto em execução

[editar] Acesso remoto

Ver artigo principal: Ambiente de trabalho remoto

A Internet permite que utilizadores de computadores conectem outros computadores facilmente, mesmo estando em localidades distantes no mundo. Esse acesso remoto pode ser feito de forma segura, com autenticação e criptografia de dados, se necessário. Uma VPN é um exemplo de rede destinada a esse propósito.

Isso permite novas formas de trabalho fora do ambiente comum de escritório. Seja em casa ou em uma viagem de negócios, uma pessoa pode acessar seu ambiente desktop do serviço, tendo acesso à aplicações, e-mails e outros dados.

O Virtual Network Computing (VNC) é um protocolo bastante usado por utilizadores domésticos para a realização de acesso remoto de computadores. Com ele é possível utilizar todas as funcionalidades de um computador a partir de outro, através de uma área de trabalho virtual. Toda a interface homem-computador realizada em um computador, como o uso do mouse e do teclado, é refletida no outro computador.

Um mensageiro instantâneo na tela de conversa
Um mensageiro instantâneo na tela de conversa

[editar] Colaboração

Ver artigo principal: Software colaborativo

O baixo custo e grande facilidade tornaram o trabalho colaborativo e o compartilhamento de idéias pela Internet mais fácil. Sistemas de controle de versão gerenciam a colaboração entre diversas pessoas, mantendo um histórico de trabalho e evitando que esforço de um acidentalmente anule o esforço do outro.

O chat, rede social e mensageiro instantâneo são tecnologias que também utilizam a Internet como meio de troca de idéias e colaboração. Mesmo o correio eletrônico é tido atualmente como uma ferramenta de trabalho colaborativo. Ainda bastante usado em ambientes corporativo, vêm perdendo espaço entre utilizadores pessoais para serviços como mensagem instantânea e redes sociais devido ao dinamismo e pluralidade de opções fornecidas por esses dois.

Outra aplicação de colaboração na Internet são os sistemas wiki, que utilizam a World Wide Web para realizar colaboração, fornecendo ferramentas como sistema de controle de versão e autenticação de utilizadores para a edição online de documentos.

[editar] Compartilhamento de arquivos

Ver artigo principal: Compartilhamento de arquivos

Um arquivo de computador pode ser compartilhado por diversas pessoas através da Internet. Ele pode ser carregado em um servidor Web ou disponibilizado em um servidor FTP, caracterizando um único local de fonte para o conteúdo.

Ele também pode ser compartilhado em uma rede P2P. Nesse caso o acesso é controlado por autenticação, e uma vez disponibilizado, o arquivo é distribuído por várias máquinas, constituindo várias fontes para um mesmo arquivo. Mesmo que o autor original do arquivo já não o disponibilize, outras pessoas da rede que já obtiveram o arquivo podem disponibilizar. A partir do momento que a media é publicada, perde-se o controle sobre ela. Os compartilhadores de arquivo através de redes descentralizadas como o P2P são constantemente alvo de críticas devido a sua utilização como meio de pirataria digital, originalmente com o famoso caso Napster. Tais redes acabaram evoluindo com o tempo para uma maior descentralização, o que significa uma maior obscuridade em relação ao conteúdo que está trafegando.

Transmissão de um vídeo
Transmissão de um vídeo

[editar] Transmissão de media

Vários canais de televisão na Internet oferecem transmissão de áudio e vídeo em tempo real. Outras tecnologias como o podcast permite a disponibilização de arquivos de áudio, de forma análoga à blogs. Com o popularização de webcams, é possível para qualquer pessoa tornar-se um fornecedor de conteúdo de áudio e vídeo pela Internet em tempo real.

A Voz sobre IP é um protocolo de Internet para a comunicação por áudio bastante conveniente e fácil de ser utilizado. Essa tecnologia está amadurecendo como um alternativa a telefones convencionais. Diversos mensageiros instantâneos contam com essa tecnologia como alternativa às mensagens de texto na comunicação.

[editar] Uso

[editar] Educação

O uso das redes como uma nova forma de interação no processo educativo amplia a ação de comunicação entre aluno e professor e o intercâmbio educacional e cultural, desta forma, o ato de educar (com o auxílio da Internet), proporciona a quebra de barreiras, de fronteiras e remove o isolamento da sala de aula, acelerando a autonomia da aprendizagem dos alunos em seus próprios ritmos, assim a educação pode assumir um caráter coletivo e tornar-se acessível a todos (embora ainda exista a barreira do preço e o analfabetismo tecnológico).

Ao utilizar o computador no processo de ensino-aprendizagem, o mais importante a destacar é a maneira como esses computadores serão utilizados, quanto à originalidade, à criatividade, à inovação que serão empregadas em cada sala de aula.

Para o trabalho direto com essa geração, que anseia muito ter um “contato” direto com as máquinas, é necessário também um novo tipo de profissional de ensino. Que esse profissional não seja apenas reprodutor de conhecimento já estabelecido, que esteja voltado ao uso dessas novas tecnologias. Não basta que as escolas e o governo façam com a multimedia o que vem fazendo com os livros didáticos, tornando-os a panacéia da atividade do professor.

A utilização da Internet leva-nos a acreditar numa nova dimensão qualitativa para o ensino, através da qual se coloca o ato educativo voltado para a visão cooperativa. Além do que, o uso das redes traz para a prática pedagógica um ambiente atrativo onde o aluno se torna capaz, através da auto-aprendizagem e de seus professores, de poder tirar proveito dessa tecnologia para sua vida.

A preocupação de tornar cada vez mais dinâmico o processo de ensino e aprendizagem, com projetos interativos que usem a rede eletrônica mostra-nos que todos os processos são realizados por pessoas. Portanto elas são o centro de tudo, e não as máquinas. Consequentemente, não podemos perder isto de vista e tentarmos fazer mudanças no ensino sem passar pelos professores, e sem proporcionar uma preparação para este novo mundo que esta surgindo.

Aliar as novas tecnologias aos processos e atividades educativas é algo que pode significar dinamismo, promoção de novos e constantes conhecimentos, e mais que tudo, o prazer do estudar, do aprender, criando e recriando, promovendo a verdadeira aprendizagem e renascimento constante do indivíduo, ao proporcionar uma interatividade real e bem mais verdadeira, burlando as distâncias territoriais e materiais. Significa impulsionar a criança, enfim, o sujeito a se desfazer da persona da passividade.

Necessário se torna que educadores se apropriem das novas tecnologias, vendo nestas veículos de expressão de linguagens e espaço aberto de aprendizagens, crescimento profissional, e mais que isso, porta de inserção dos indivíduos na chamada sociedade da informação. Para isso deve a instituição escolar extinguir o "faz-de-conta" através da pura e limitada aquisição de computadores, para abrir o verdadeiro espaço para inclusão através do efetivo uso das máquinas e do ilimitado ambiente web, não como mero usuário, mas como produtor de novos conhecimentos.

[editar] Lazer

A Internet vêm se tornando uma fonte de lazer desde antes do surgimento da World Wide Web, com experimentos sociais de divertimento como MUD e MOO sendo conduzidos em servidores de universidades, assim como grupos da Usenet relacionado à humor. Atualmente, vários fóruns de Internet possuem sessões destinadas à jogos, vídeos com situações engraçadas e animações em Adobe Flash.

As indústria de aposta (em forma de jogos eletrônicos) e pornografia também tiram proveito da popularidade da Internet. Outras grande área refere-se aos jogos multi-jogadores, uma forma de lazer que cria comunidades de jogadores pelo mundo.

[editar] Marketing

A Internet tornou-se um grande mercado para empresas, que fazem uso da natureza eficiente da publicidade com baixo custo e do comércio eletrônico. A rede mundial é a forma mais rápida de difundir informação simultaneamente para uma grande quantidade de pessoas. Com os recursos eletrônicos oferecidos pelo meio, e as informações que um anunciante pode obter do histórico do cliente, o marketing personalizado foi facilitado na Internet.

[editar] Ética na Internet

O acesso a um grande número de informações disponível às pessoas, com ideias e culturas diferentes, pode influenciar o desenvolvimento moral e social das pessoas. A criação dessa rede beneficia em muito a globalização, mas também cria a interferência de informações entre culturas distintas, mudando assim a forma de pensar das pessoas. Isso pode acarretar tanto uma melhora quanto um declínio dos conceitos da sociedade, tudo dependendo das informações existentes na Internet.[5]

Essa praticidade em disseminar informações na Internet contribui para que as pessoas tenham o acesso a elas, sobre diversos assuntos e diferentes pontos de vista. Mas nem todas as informações encontradas na Internet podem ser verídicas. Existe uma grande força no termo "liberdade de expressão" quando se fala de Internet, e isso possibilita a qualquer indivíduo um pouco mal-intencionado publicar informações ilusórias sobre algum assunto, prejudicando, assim, a consistência dos dados disponíveis na rede.[6]

Um outro facto relevante sobre a Internet é o plágio, já que é muito comum as pessoas copiarem o material disponível. "O plagiador raramente melhora algo e, pior, não atualiza o material que copiou. O plagiador é um ente daninho que não colabora para deixar a Internet mais rica; ao contrário, gera cópias degradadas e desatualizadas de material que já existe, tornando mais difícil encontrar a informação completa e atual"[7] Ao fazer uma cópia de um material da Internet, deve-se ter em vista um possível melhoramento do material, e, melhor, fazer citações sobre o verdadeiro autor, tentando-se, assim, ao máximo, transformar a Internet num meio seguro de informações.

Nesse consenso, o usuário da Internet deve ter um mínimo de ética, e tentar, sempre que possível, colaborar para o desenvolvimento da mesma. O usuário pode colaborar, tanto publicando informações úteis ou melhorando informações já existentes, quanto preservando a integridade desse conjunto. Ele deve ter em mente que algum dia precisará de informações e será lesado se essas informações forem ilusórias.

[editar] Crime na Internet

Muitos crimes na internet estão associados à pedofilia, envolvendo a prostituição e a divulgação de fotos pornográficas de menores.

Também tem sido constantes os problema sobre difamação em sites de relacionamento bem como a apologia de atos ilícitos e também a divulgação dos mais diversos tipos de preconceitos.

Outra questão importante refere-se aos crimes bancários e financeiros praticados na Internet. No Brasil, segundo o jornal O Globo[8], o quadro é preocupante.

Em 2004, foram registrado 4 015 casos, sendo 5,3% registrados no Cert.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil) [9]. Em 2005, o número de casos passou para 27 292, um aumento de 500% em relação a 2004. Estima-se que houve prejuízo de cerca de R$ 300 milhões sofrido pelos usuários, um aumento de 50% em relação a 2004. Desta vez, os registros de fraudes no Cert.br corresponderam a 40,13% do total.

Os crimes mais usuais na rede incluem o envio de e-mails com pedidos de atualização de dados bancários e senhas. Da mesma forma, e-mails referentes a listas negras ou falsos prêmios também são práticas comuns, bem como o envio de arquivos anexados. Especialistas indicam que é melhor não abrir arquivos com extensões consideradas perigosas, como ".exe", ".scr" ou qualquer outra extensão desconhecida, por servirem de verdadeiras portas de entrada para vírus de computadores, os quais causam estragos ou roubam, via spywares, informações sobre os usuários. No entanto, é de senso comum que os chamados “cookies” são inofensivos, uma vez que o objetivo deles é reunir dados estatísticos (como sítios mais acessados), utilizados por sítios, como, por exemplo, o Alexa.

Ademais, em 2004, os prejuízos com perdas causadas por fraudes virtuais foram de 80% em relações às perdas por razões diversas[10].

[editar] Nomenclatura

A palavra Internet é tradicionalmente escrita com a primeira letra em maiúsculo, como um nome próprio. Internet Society, Internet Engineering Task Force, ICANN, World Wide Web Consortium e várias outras organizações relacionadas usam essa convenção em suas publicações. Da mesma forma vários jornais, revistas e periódicos usam o mesmo termo, incluindo The New York Times, Associated Press e Time.

Outras organizações alegam que a primeira letra deve estar em minúsculo (internet), e que o artigo "a internet" é suficiente para distinguir entre "uma internet", usada em outras instâncias. Publicações que usam essa forma estão ausentes no meio acadêmico, mas presentes em medias como The Economist e The Guardian.

Internet e internet possuem significados diferentes. Enquanto internet significa um conjunto de redes de computadores interligadas, a Internet refere-se a internet global e pública disponibilizada pelo Protocolo de Internet. Dessa forma, existem inúmeras internets espalhadas por redes particulares, seja interligando empresas, universidades ou residências. Entretanto, existe somente uma rede única e global, o conjunto de todas as redes.

Referências

  1. INTERNET USAGE STATISTICS - The Big Picture (inglês). Internet World Stats (19 de março de 2007). Página visitada em 27 de abril de 2007.
  2. Robert Hobbes (1 de novembro de 2006). Hobbes' Internet Timeline v8.2. Página visitada em 24 de abril de 2007.
  3. Walter Willinger; Ramesh Govindan, Sugih Jamin, Vern Paxson e Scott Shenker (2002). Scaling phenomena in the Internet (inglês) pp. suppl. 1, 2573 – 2580. Proceedings of the National Academy of Sciences, 99. “...prime example of a large-scale, highly engineered, yet highly complex system”
  4. Internet pode sofrer colapso em 2010. Baboo (21 de novembro de 2007). Página visitada em 22 de novembro de 2007.
  5. John P. Foley.. Ética na Internet. Sítio oficial do Vaticano. Página visitada em 28 de novembro de 2005.
  6. Dênis de Moraes. Ética comunicacional na Internet. Página visitada em 28 de novembro de 2005.
  7. Augusto C. B. Areal. Plágio e direito autoral na Internet brasileira. Página visitada em 28 de novembro de 2005.
  8. Edição de 6 de janeiro de 2006
  9. Mais informações em http://www.cert.br/
  10. IPDI apud Gazeta Mercantil, 11 de janeiro de 2006.

[editar] Leitura adicional

Internet para a educação
  • LÉVY, Pierre. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. 34.ed. São Paulo: 
  • LITWIN, Edith. Educação a distância: temas para o debate de uma nova linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
  • LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
  • LEÃO, Lúcia. O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço. 2.ed. São Paulo: Iluminuras, 2001.
  • PARENTE, André. Tramas da rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2004.

[editar] Ver também

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