Mário de Castro
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Mário de Castro (Formiga, 30 de junho de 1905 — 29 de abril de 1998) foi um jogador brasileiro de futebol, e médico conceituado.
Ex-jogador do Clube Atlético Mineiro entre 1926 e 1931. Marcou três gols na sua primeira partida disputada como profissional do Atlético, numa goleda histórica por 6x3 contra o América-MG, principal adversário do Galo na época.
Mário de Castro marcou 3 gols em sua estréia no clube, contra o até então imbatível América, na vitória por 6x3, que daria ao Galo o título Mineiro de 1926.
Além de ser jogador, Mário exerceu a medicina em Formiga por 22 anos, prestando grandes serviços à população. Uma grande curiosidade é que seu pai não queria que Mário jogasse bola, mas o amor pelo futebol foi tão grande que ele jogava escondido do pai, enquanto concluía os estudos de medicina.
Ficou no atlético até 1931 e manteve o cetro de maior artilheiro da história do clube até 1974, quando foi superado por Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha.
"Mário de Castro nunca chutava uma bola fora", recordaria o atleticano José Secondino Dos Santos décadas e décadas depois de ter visto o artilheiro em campo. "Ou o goalkeeper defendia, ou ela entrava. Nunca ia fora." A precisão do tiro era apenas um dos detalhes do talento daquele gênio. "Ele dava um chute forte e a bola pegava um efeito tão impressionante que voltava para seus pés", recorda Fileto de Oliveira Sobrinho, que jogou no Atlético em 1923 e 1924. "Os outros tentavam fazer igual, mas ninguém conseguia."
Sua última partida foi uma exibição de gala. O Atlético perdia do Villa Nova por 3x0, quando no segundo tempo, Mário fez 4 gols, garantindo o título de 1931. No tumulto da comemoração, um diretor atleticano acabaria atirando em um torcedor do Villa Nova. Indignado, Mário de Castro resolveu encerrar a carreira, aos 26 anos. Com ele o Galo tornou-se o gigante que faria história no futebol.
Mário de Castro foi o primeiro jogador de um time mineiro a ser chamado para a Seleção Brasileira de futebol. O jogo de inauguração do estádio de Lourdes foi visto por um diretor da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), Horácio Werner, e por um representante da Associação dos Conistas Despostivos do Rio de Janeiro, Alysio de Hollanda Távora. Os dois ficaram estupefatos com o futebol do craque. Dias depois, Mário de Castro recebeu o comunicado. Ele deveria se apresentar no Rio de Janeiro para integrar a Seleção. Seria o reserva de Carvalho Leite, atacante do Botafogo do Rio. "Respondi que só iria para ser titular", diria, décadas depois, o atacante atleticano. E, assim, o Atlético não teve representantes na primeira Copa do Mundo, a de 1930.
Depois do mundial, Mário teve a oportunidade de duelar com Carvalho Leite e mostrar qual dos dois era melhor. Em 30 de agosto de 1930, o Atlético recebeu o Botafogo em Belo Horizonte. Venceu por 3x2 - e todos os gols do alvinegro mineiro marcados por Mário de Castro. Na revanche, na festa de inauguração dos refletores do estádio do Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1º de Outubro do mesmo ano, o Botafogo deu o troco: 6x3. Carvalho Leite, que não marcara no confronto em Belo Horizonte, fez três. Mário de Castro, dois. No final, o artilheiro do Atlético venceu o duelo por 5x3. Estava provado: Mário era o melhor.
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[editar] O Trio Maldito
Em qualquer time que jogasse, Mário de Castro teria feito sucesso. Mas certamente não teria brilhado com tanta intensidade se não contasse com a sorte de jogar ao lado de Jairo e de Said. Os dois eram craques superlativos.
Com sua trinca de reis e um grupo de gênios em campo, o Atlético do final dos anos 1920, início dos 1930, parecia indestrutível. Era forte, irremediavelmente vencedor e não guardava nenhuma semelhança com a equipe acanhada que estivera a ponto de ir a pique poucos anos antes.
Juntos, para a imprensa e para os adversários, eram o Trio Maldito. Para a massa alvinegra, nunca houve linha tão bendita.
[editar] Informações
Títulos:
Campeonato Mineiro 1926/1927/1931.
Artilharia:
Foi artilheiro do campeonato mineiro de 1926 com 20 gols, e de 1927, com 27 gols. Em 1929, marcou 17 gols e dividiu a artilharia com um atleta cruzeirense.
Outros Clubes:
Nenhum, pois se recusou a jogar no Fluminense/RJ e Cruzeiro/MG, sempre dizendo "Meu futebol é só pro Atlético". Fonte: Jornal Estado de Minas, 12/2002.
Recorde Mundial: Numa época em que o futebol tinha um calendário tímido, com encontros em poucos finais de semana do ano, Mário de castro marcou 203 gols em 100 partidas, tornando assim o jogador profissional com a maior média de gols por partida do mundo, 2,03 por jogo.
[editar] Artigos Relacionados
[editar] Fontes
"Enciclopédia Atlético de todos os tempos" - Adelchi Ziller
"Atlético Mineiro - Raça e amor" - Ricardo Galuppo