North-American T-6
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North-American T-6 | |
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Descrição | |
Fabricante | North American Aviation/EUA Sob licença: Canadian Car&Foundry Co. Ltd/Canadá; Noorduyn Aviation/Canadá, Commonwellth Aircraft Corp./Austrália |
Primeiro vôo | 1935 |
Entrada em serviço | |
Missão | Instrução básica e treino de pilotos |
Tripulação | 2 (1 piloto e 1 aluno) |
Dimensões | |
Comprimento | 8,84 m |
Envergadura | 12,82 m |
Altura | 3,66 m |
Área (asas) | 23,60 m² |
Peso | |
Tara | kg |
Peso total | 1938 kg |
Peso bruto máximo | 2540 kg |
Propulsão | |
Motores | 1 x Pratt&Whitney R-1340-AN1 Wasp, de 9 cilindros radias arrefecidos a ar |
Força (por motor) | 550 Hp kN |
Performance | |
Velocidade máxima |
402 km/h (Mach: ) |
Alcance bélico | km |
Alcance | 1200 km |
Tecto máximo |
6550 m |
Relação de subida | m/min |
Armamento | |
Metralhadoras | {{{metralhadoras}}} |
Mísseis/ Bombas |
2 Bombas de 50Kg; 6 Bombas de 15 Kg |
O North-American T-6 é um avião monomotor, de trem de aterragem convencional, retráctil, com roda de cauda destinado à instrução e ao treino de pilotos e, também, utilizado em combate em diversos cenários como a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coreia e mais recentemente na Guerra do Ultramar Português.
A denominação T-6 Texan pela qual o avião ficou famoso, só foi adoptada pelas Força Aérea dos EUA em 1948. Até aí, as suas várias versões tiveram várias designações, quer de fábrica quer dos diversos utilizadores.
Em 1936 a Marinha dos Estados Unidos encomendou cerca de 40 aviões à North American Aviation para instrução dos seus pilotos. O protótipo desta aeronave recebeu a desiganção de fábrica NA-16.
Rapidamente,principalmente pela caracteristica de possuir o trem retráctil, o fabricante começou a receber inúmeras encomendas, dos três ramos das forças armadas americanas. O Exército alterou a designação para AT-6. Iniciou-se a produção em grandes quantidades em 1941, produzindo-se cerca de 1200 aviões.
Quando a Segunda Guerra Mundial começou, a Força Aérea dos Estado Unidos dispunha de mais de 2000 aviões AT-6 ao serviço.
Em 1947, foi o avião escolhido para a instrução básica de pilotagem. Em 1948 começaram a aparecer aviões ostentando uma nova designação,o T-6G Texan que apresentava algumas inovações como depósitos com maior capacidade, um novo painel de instrumentos com melhores instrumentos de navegação, etc.
Sob licença, os canadenses fabricaram este tipo de avião, com o nome Harvard.
Foi um dos aviões mais utilizado pelas diversas forças armadas mundiais.
Índice |
[editar] Variantes
Existiram numerosas variantes do T-6, algumas das quais foram as seguintes:
- NA-16 - protótipo inicial, com trem de aterragem fixo, sem carenagem e motor de 225 CV;
- NA-16-1E - versão com trem de aterragem retráctil do NA-16;
- NA-19/ BT-9 - 42 exemplares de instrução básica encomendados pelo Exército dos Estados Unidos e ali designados como BT-9;
- BT-9A/ BC-1B - versão armada desenvolvida para o Exército dos Estados Unidos do BT-9, depois redesignado BC-1B;
- NA-23/ BT-9B - versão com uma nova asa e nova cauda do BT-9A
- NA-26/ BC-1 - redesenho do BT-9 com uma nova asa, nova cauda e fuselagem inteiramente em metal;
- NA-33/ Wirraway - versão de reconhecimento armado do BC-1 produzida na Austrália e ali conhecida como Wirraway;
- NA-56/ BT-9B - Versão para a China do BT-9;
- NA-57/ BT-9B - Versão para a França do BT-9;
- NA-41/ BT-9C - Versão para o Exército dos Estados Unidos;
- NA-48 - Versão do NA-26 para a China
- NA-58/ BT-14 - versão com a fuselagem inteiramente em metal para o USAAC
- NA-64/ BT-14A - versão do BT-14 destinados à França
- NA-49/ Harvard I - 400 exemplares do NA-26 destinados à RAF e ali designados Harvard I;
- NA-59/ BC-1A/ AT-6/ SNJ-1/ Harvard II - versão com trem de aterragem retráctil do NA-48. Inicialmente designado no Exército Americano BC-1 e, depois, AT-6. Denominado SNJ-1 na Marinha dos EUA e Harvard II na RAF;
- SNJ-2 - versão desenvolvida do SNJ-1;
- NA-54/ BC-2 - desenho modificado do BC-1;
- NA-77/ AT-6A/ SNJ-3 - desenvolvimento do NA-59;
- NA-84/ AT-6B - versão de treino de tiro
- NA-88/ AT-6C/ SNJ-4/ Harvard IIA
- AT-16/ Harvard IIB
- T-6D/ SNJ-5/ Harvard III - programa de modernização do AT-6 com nova cabina, nova hélice, nova roda de cauda e maiores tanques de combustível. Passou a denominar-se na Força Aérea dos Estados Unidos T-6D Texan;
- NA-121/ AT-6F/ SNJ-6
- NA-168/ T-6G/ SNJ-7 - modernização do T-6 iniciada em 1949 e denominada T-6G Texan pela Força Aérea dos Estados Unidos;
- NA-186/ T-6J/ Harvard 4 - versão produzida no Canadá até 1954.
[editar] Operadores
- Bélgica
- Biafra
- Bolívia
- Brasil
- Canadá
- República da China
- Chile
- Colômbia
- Congo
- Cuba
- Dinamarca
- República Dominicana
- El Salvador
- França
- Gabão
- Alemanha
- Grécia
- Honduras
- Índia
- Israel
- Itália
- Japão
- Katanga
- México
- Marrocos
- Países Baixos
- Moçambique
- Nova Zelândia
- Noruega
- Paquistão
- Paraguai
- Filipinas
- Portugal
- África do Sul
- Eslovênia
- União Soviética
- Suécia
- Tailândia
- Tunísia
- Reino Unido
- Estados Unidos
- Uruguai
- Venezuela
- Zaire
- Iugoslávia
[editar] Operação em Portugal
Em 1947, foram adquiridos os primeiros 28 aviões North-American AT-6 com destino à Aeronáutica Militar. Em 1951 foram recebidos mais 20 aviões, ao abrigo um protocolo de defesa entre Portugal e os Estados Unidos, do tipo T-6G Texan.
A Aviação Naval recebeu em 1950, oito aviões SNJ-4, a versão utlizada pela Marinha dos Estados Unidos.
Em 1952, todos esses aviões foram integrados na Força Aérea Portuguesa que os reuniu na Base Aérea Nº1, utilizando-os na instrução de pilotagem. A FAP também decidiu uniformizar todos esses aviões modificando-os para versão T-6G. O apelido Texan nunca foi usado em Portugal. Dado que os primeiros aviões eram da versão canadiana, ali denominada Harvard, todos os T-6 portugueses, independentemente da origem ficaram conhecidos por T-6 Harvard.
O número de unidades em serviço foi sucessivamente aumentado. Um total de 257 T-6 serviu as Forças Armadas Portuguesas, fazendo o que faz dele o modelo de aeronave militar com o maior número de unidades de sempre a servir Portugal.
No inicio da Guerra do Ultramar, em 1961, foram enviados para as três frentes onde desempenharam um bom papel. Para tal, nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, receberam alguns melhoramentos. Foram montados nas asas suportes para bombas, metralhadoras e ninhos de foguetes. A Força Aérea Portuguesa foi, provavelmente, o último utilizador do T-6 em operações militares reais.
Mantiveram-se alguns aviões na Base Aérea Nº3 para treino operacional de pilotos até 1978, data a que foram abatidos ao efectivo.
Actualmente o Museu do Ar tem 2 aviões T-6 em reserva e mais um em estado de voo. O Museu Aero Fenix possui um T-6G (Ex-USAF 51-15177, ex-FAP 1635) que está a restaurar para estado de voo.
[editar] Operação no Brasil
A Força Aérea Brasileira operou a versão AT-6D entre 1947 e 1976. Foi utilizado em missões de treinamento avançado, tiro, bombardeio, patrulha e demonstração aérea. Nesta última, na equipe de demonstração aérea da FAB, a Esquadrilha da Fumaça. O Museu Aeroespacial tem em seu acervo a aeronave de matrícula FAB 1559, voada pelo Coronel Antônio Arthur Braga, recordista mundial de horas de vôo em aviões T-6 e comandante da Esquadrilha da Fumaça.
[editar] Ver também
- Força Aérea Portuguesa
- Força Aérea Brasileira
- Lista de aeronaves que serviram a Força Aérea Brasileira
- Esquadrilha da Fumaça
- Lista dos aviões mais produzidos