Pé-de-moleque
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O pé-de-moleque é um doce tradicional da comida caipira do Brasil, notadamente dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
O doce é feito através da mistura de amendoins torrados, descascados e masserados, que posteriormente são misturados a uma rapadura previamente derretida. A mistura é lentamente batida (alguns amendoins inteiros são acrescentados) em fogo brando até atingir o ponto prévio à cristalização, rapidamente a mistura deve ser distribuída sobre uma superfície lisa e fria de pedra. A utilização de um tacho de cobre é desejável. Depois de resfriado o doce adquire a consistência macia que é característica do processo tradicional por incorporar o óleo do próprio amendoim macerado.
Tal processo artesanal foi posteriormente substituído por outros similares, mais simples, ao se misturar açúcar derretido aos amendoins de modo a obter o pé-de-moleque rígido (igualmente popular). Assim se pôde manufaturar o doce em maior escala mantendo o padrão industrial desejado.
O pé-de-moleque tradicional ainda pode ser facilmente encontrado nas menores cidades do interior do país, e deve ser diferenciado de outros doces similares mas que não usam os mesmos ingredientes ou métodos tradicionais como a paçoca doce (que não é cozida), o gibi, o doce de leite com amendoim, o pé-de-moleque rígido (que utiliza bicarbonato de sódio), o pé-de-moleque branco etc.
A cidade de Piranguinho no sul do estado de Minas Gerais é famosa pela produção artesanal do tradicional pé-de-moleque brasileiro.
Em O dialeto caipira, de Amadeu Amaral, há referência ao pé-de-muleque.
Em Portugal, o pé-de-moleque é conhecido como nogat.
No nordeste, como em Pernambuco, o pé-de-moleque é um bolo que faz parte da culinária junina. Ele é feito de massa de mandioca acerscido de outros ingredientes como café, castanha, cravo, erva-doce entre outros.