Phineas Gage
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Phineas Gage (1819-1861) foi um australiano que, num acidente com explosivos, teve seu cérebro perfurado por uma barra de metal , sobrevivendo apesar da gravidade do acidente.
Após o ocorrido, Phineas, que aparentemente não tinha sequelas, apresentou uma mudança acentuada de comportamento, sendo objeto para estudo de caso muito conhecido entre os neurocientistas.
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[editar] O caso de Gage
Às 4 e meia da tarde de 13 de setembro de 1848, um grupo de operários estava dinamitando um rochedo para contruir uma estrada de ferro. Gage foi o encarregado de vazar a pólvora dentro de um profundo furo aberto na rocha. No momento em que ele pressionou a pólvora no buraco, o atrito fez uma faísca, o que a fez explodir.
A explosão resultante projetou a barra de um metro de comprimento contra seu crânio em alta velocidade. Esta barra entrou pela bochecha esquerda destruindo seu olho, atravessou - na sequência - a parte frontal do cérebro e saiu pelo topo do crânio, do outro lado. Gage perdeu a consciência imediatamente e começou a ter convulsões. Porém ele a recuperou momentos depois sendo levado ao médico local - Jonh Harlow - que o socorreu.
Incrivelmente, ele estava falando e podia até caminhar. Perdeu muito sangue, mas depois de alguns problemas de infecção ele, não só sobreviveu à lesão, como também se recuperou fisicamente muito bem.
[editar] Gage depois do acidente
Durante três semanas a ferida foi tratada pelos médicos. Em novembro, Gage já circulava pela vila.
Mas, se tornou o exato contrário do antigo Gage, que era amável e eficiente. Transformou-se em um homem de mau gênio, grosseiro, desrespeitoso com os colegas e incapaz de aceitar conselhos. Seus planos feitos para o futuro foram abandonados e ele passou a agir sem pensar na consequências. Deixou de conviver com os amigos.
Sua transformação foi tão grande que todos diziam que "Gage deixou de ser Gage".
Ele morreu em 1861, treze anos depois deste acidente, sem dinheiro e epiléptico.
[editar] Importância deste caso clínico para a Neurociência
o caso de Gage é considerado como uma das primeiras evidências cientifícas que indicavam que a lesão nos lóbulos frontais pode alterar a personalidade, emoções e a interação social.
Antes deste caso os lóbulos frontais eram considerados estruturas silentes (sem função) e sem relação com o comportamento humano.
[editar] Bibliografia
- Livro Contruindo Consciências