Pinheiros (distrito de São Paulo)
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Distrito paulistano de | |
Pinheiros | |
Área | 8,00 km² |
População | 58.623 hab. (2000) |
Densidade | 7.327,88 hab./km² |
Renda média | R$ 4.181,95 |
IDH | 0,960 - elevado |
Subprefeitura | Pinheiros |
Região Administrativa | Oeste |
Área Geográfica | Centro Expandido |
Distrito de Pinheiros e arredores | |
Distritos de São Paulo |
Pinheiros é um distrito da zona oeste de São Paulo. Tido por alguns historiadores como o mais antigo dos distritos paulistanos, como o autor do livro "As Estórias e Histórias de São Paulo", serviu por muito tempo como passagem dos tropeiros para o sul do Brasil. Pinheiros é um dos mais sofisticados distritos da cidade, tem intensa vida cultural e gastronômica. Entre as etnias estrangeiras predominantes no distrito destacam-se os alemães, chineses, portugueses, franceses, coreanos e bolivianos.
Segundo o site São Paulo Bairros, abrange os bairros de Sumarezinho, Vila Nogueira, Jardim das Bandeiras, Jardim das Rosas, Jardim Santa Lúcia, Jardim Viana, Jardim Paulistano, Jardim Europa, Jardim Universidade Pinheiros, Pinheiros e Vila Madalena.
Índice |
[editar] História
A região de Pinheiros é considerada pela grande maioria dos historiadores como o primeiro bairro de São Paulo, tanto por suas origens indígenas quanto portuguesas. Após a chegada dos jesuítas ao planalto que originaria a cidade de São Paulo, um grupo indígena se instalou às margens do rio Grande, que posteriormente ficaria conhecido como rio Pinheiros (justamente devido ao nome da região). Parte de sua taba ficava no atual Largo da Batata, um local protegido das habituais inundações das margens do rio. Essa região habitada pelos indígenas tornou-se uma vila conhecida como Farrapos, e para a catequese dos índios foi erguida uma igreja com o nome de Nossa Senhora da Conceição.
A área de Pinheiros naquela época correspondia ao território que se estende desde o Butantã até parte do Pacaembu. Pertencia a uma sesmaria doada por Martim Afonso de Sousa a Pedro Góes em 1532 e que, a partir de 1584 passou a pertencer a Fernão Dias Paes. Este último foi um dos responsáveis pela expulsão provisória dos jesuítas do local, pois como bandeirante não concordava com a postura jesuíta contra a escravização dos índios.
A vila indígena, que passou a ser conhecida como Aldeia dos Pinheiros, ficava isolada da vila paulistana devido à topografia da região. Apesar disso, sempre foi importante por causa do estreitamento das margens do rio Pinheiros, o que facilitava muito sua travessia e acabou tornando-se um trecho obrigatório de diversos caminhos que cruzavam a região, sejam de indígenas ou bandeirantes. Sua importância acentuou-se com a construção de mais vilas ao sul e de uma ponte que atravessa o rio. Essa ponte foi muito utilizada nos séculos seguintes e, por ser destruída regularmente devido às enchentes, foi substituída por uma de metal em 1865.
No início do século XVII, o Caminho de Pinheiros, que atualmente corresponde à rua da Consolação, era um dos mais destacados da Vila de São Paulo, por ser o único acesso à aldeia e à outras terras além do rio. O desenvolvimento econômico e populacional do bairro posteriormente foi causado pelo sítio do Capão, uma propriedade altamente produtiva que se localizava nas terras da sesmaria, principalmente quando esta se encontrava sob comando de Fernão Dias Paes Leme, o "Caçador de Esmeraldas" e neto do antigo dono da sesmaria.
A região de Pinheiros possuía também uma boa quantidade de quilombos, os esconderijos e moradas dos escravos que fugiam de seus senhores e lá se instalavam devido às boas condições oferecidas pelo bairro com sua abundância de terrenos baldios e mato muito espesso. Nesses quilombos também se abrigavam assaltantes que atacavam viajantes que passavam por Pinheiros, por volta do século XVIII.
O progresso se estabeleceu na região apenas na época do ciclo do café no Brasil, principalmente em São Paulo, e foi constituído com o dinheiro proveniente das exportações do produto. Ao final do século XIX a região recebeu um bom número de imigrantes italianos e, posteriormente, já no século XX, de japoneses. O bairro começou a se firmar como uma região de classe média, com grande presença de comércio e indústrias.
Por volta de 1920 é fundada a Sociedade Hípica Paulista, que gozava de intenso movimento, principalmente das classes mais abastadas, sendo um dos grandes pontos de encontro dessa elite paulistana até meados do século XX. Cinco anos antes, em 1915, foi firmado um acordo entre o governo do estado de estado de São Paulo e a Fundação Rockfeller para a construção da sede da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. Esse acordo também previa a criação de um hospital para ser utilizado no aprimoramento dos estudantes e ao mesmo tempo no atendimento da população mais carente da capital paulista e até do interior do estado. Este hospital, que por uma série de dificuldades começou a ser construído apenas em 1938, foi chamado de Hospital das Clínicas e foi inaugurado oficialmente em 19 de abril de 1944. O hospital ainda é um dos principais da cidade e é considerado o maior complexo hospitalar da América Latina.
Com a consolidação da cidade de São Paulo como maior centro econômico e financeiro do país, o distrito de Pinheiros teve algumas de suas áreas escolhidas pela elite mais rica da cidade para fixar residência. Estas áreas são os atuais bairros do Jardim Europa, do Jardim Paulista e do Jardim Paulistano, que, junto ao bairro vizinho de Cerqueira César (que pertence ao distrito da Consolação) formam a região conhecida como Jardins, o reduto de boa parte da classe mais abastada da cidade.
Na atualidade, neste distrito aconteceu um acidente [1] em janeiro de 2007 com o colapso de um túnel de metrô.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
Fontes e Textos: *Guia oficial do Bairro Pinheiros
Referências
- ↑ UOL Notícias Álbum de fotos do acidente.