Teocracia
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Teocracia é o sistema de governo em que autoridade politica é exercida por pessoas que se consideram representantes de Deus na Terra. Nas Teocracias o governante tem ao mesmo tempo o poder politico o religioso, como Justiniano.
Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe-de-Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos Aiatolás, lideres religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica em 1979.
Sua forma corrupta é denominada clerocracia.
A forma de Estado teocrático contém princípios bastante diversos dos que norteiam a monarquia e a república. Enquanto estas duas são peculiares ao ocidente, as teocracias são típicas do mundo islâmico - ou muçulmano. Como o próprio nome indica, teo refere-se ao que provém ou está relacionado a Deus - aqui é preciso cuidado para que não se confunda a teocracia com a variante absolutista do Estado monárquico. Nas monarquias ocidentais, o poder real continha uma natureza divina. No entanto, por mais próximos que estivessem o Estado e a Igreja, ambos constituíam esferas separadas: a monarquia detinha o poder político, enquanto a Igreja, os poderes espiritual e moral. Já nas teocracias tal distinção está ausente. Os poderes político e religioso andam lado a lado. Portanto, quem detêm o controle do Estado regula também os preceitos morais, espirituais, educacionais e culturais. Nada é feito de forma autônoma. Toda e qualquer atitude tomada pelo Estado ou pela sociedade está vinculada a uma única lógica religiosa, que serve como fundamento universal.
Tais características imprimem um elemento místico ao poder estatal. Nas teocracias o exercício da autoridade política é, ao mesmo tempo, um ritual religioso, que, em tese, afasta qualquer contestação social. Os países islâmicos, sobretudo aqueles nos quais a facção xiita é majoritária, são fortemente estruturados sobre essa mistura de crença e submissão. "Um exemplo presente de Estado teocrático é o Irã, onde vigora o regime dos aiatolás, que são, simultaneamente, sacerdotes e governantes e sustentam, como objetivo central, a destruição do mundo ocidental por meio de atos terroristas estimulados pelo fanatismo religioso." Embora nem todos os países islâmicos possam ser caracterizados como teocracias, é preciso que se diga que a incorporação de padrões políticos e culturais típicos do ocidente - como a democracia e a separação entre Igreja e Estado - é muito remota, uma vez que envolve processos consolidados ao longo de séculos de história.