Torre de Vilanova dos Infantes
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A Torre de Vilanova dos Infantes, também conhecida como Torre de Celanova, localiza-se no centro da povoação medieval de Vilanova dos Infantes, município de Celanova, na província de Ourense, comunidade autónoma da Galiza, na Espanha.
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[editar] História
Segundo a tradição, a origem da vila remonta a um mosteiro feminino, fundado em 940 por Ilduara, mãe de São Rosendo. Atualmente desaparecido, é provável que a ele tenham se recolhido as duas filhas do rei Afonso X de Leão e Castela.
No castelo habitariam os pais de São Rosendo por volta de 927, admitindo-se que tenham sido eles os seus construtores[1].
É fato que, durante o século XII, o castelo teve um papel de destaque durante as guerras com o Reino de Portugal.
Posteriormente, durante o convulsionado século XIV galego, os domínios da vila e seu castelo pertenciam a Fernando de Castro. Ao final da guerra civil entre Henrique II de Castela e Pedro I de Castela, este nobre, partidário do derrotado Pedro, perdeu estes e outros domínios para a família dos Biedma. Quando a linhagem dos Biedma entroncou com a dos Monterrei, o castelo ingressou no patrimônio desta poderosa família.
Em meados do século XV, este castelo contava-se entre as melhores praças-forte dos Monterrei, que tiveram que disputar com a família dos Lemos a sua posse.
Em 1467, durante a grande revolta irmandinha, a fortificação foi arrasada. Sufocada a revolta, os derrotados foram obrigados a reconstruí-la, contribuindo não apenas com a própria mão-de-obra, mas também com uma penalidade de 100 maravedis por cabeça.
No contexto da Guerra da Restauração Portuguesa, as suas defesas foram reforçadas por volta de 1645, embora não tenha vindo a ser afetado pelo conflito.
Do antigo castelo, apenas chegou em boas condições aos nossos dias a antiga torre de menagem, que se encontra protegida por Decreto de 22 de Abril de 1949.
[editar] Características
O castelo assentava diretamente sobre a rocha-mãe, erguido em aparelho de granito, de boa lavra.
A torre apresenta planta quadrada, com mais de nove metros de lado e dezenove metros de altura. As paredes atingem dois metros de espessura. Embora não conserve mais as primitivas ameias salientes, ainda podem ser observados os cachorros que as sustinham.
A sua porta rasga-se a cinco metros de altura, acedida por uma escada moderna. No muro Norte abre-se, a maior altura, uma segunda porta em arco quebrado, formado por grandes aduelas. Esta segunda porta serviria de comunicação entre a torre e o corpo principal do castelo, primitivamente acedida por uma ponte levadiça sustentada por quatro mísulas triplas.
A torre ostenta uma pedra armorial com as armas dos Zúñiga.
Da muralha que protegia a vila conserva-se apenas um pequeno troço de três metros de espessura com aproximadamente seis de altura.
Notas
- ↑ Guía do patrimônio arquitetônico da Galiza.
[editar] Bibliografia
- (gl)BOGA MOSCOSO, Ramón (2003), Guía dos castelos medievais de Galicia, págs. 219-220, Guías Temáticas Xerais. Edicións Xerais de Galicia, S.A.. ISBN 84-9782-035-5
- (gl) PONCE COUCE, Leandro e SÁNCHEZ GARCÍA, Jesús A. (1998), Guía do patrimonio arquitectónico de Galicia, págs. 387-388, Vía Láctea Editorial. ISBN 84-89444-50-1
- (es) MARTÍNEZ-RISCO DAVIÑA, Luis e LÓPEZ MARTÍNEZ, Jose Antonio (1993), Terra de Celanova. págs. 63-65, Editorial Everest, S.A.. ISBN 84-241-9801-8