Via das pentoses-fosfato
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A via das pentoses-fosfato, ou mais simplesmente via das pentoses, é uma via alternativa de oxidação de glicose-6-fosfato, que leva à produção de 3 compostos, a ribose-5-fosfato, CO2 e o NADPH.
- A ribose-5-fosfato é a pentose constituinte dos nucleotídeos, que vão compor os ácidos nucleicos, e de muitas coenzimas, como o ATP, NADH, FADH2 e coenzima A.
- O NADPH que atua como coenzima doadora de hidrogênio em sínteses redutoras e em reações para proteção contra compostos oxidantes.
Na via das pentoses são produzidos vários açúcares fosforilados, com um número variável de átomos de carbono. A energia vinda da oxidação da glicose é armazenada sob a forma de NADPH e não de ATP, como na glicólise.
A via das pentoses fosfato compreende uma etapa inicial que é oxidativa, na qual a glicose-6-fosfato é convertida a ribose-5-fosfato e gás carbónico por duas oxidações intercaladas por uma reação de hidrólise.
- A etapa oxidativa ocorre no sentido da conversão de NADP a NADPH. A etapa seguinte, que não é oxidativa, vai transformar a ribulose-5-fosfato em ribose-5-fosfato pela ação de uma isomerase. Esta pentose sofre em seguida conversões e gera açúcares fosforilados com números variados de átomos de carbono. Todas as etapas não-oxidativas são reversíveis, o que permite que haja interconversão entre os diferentes açúcares.
Assim como a glicólise a via das pentoses ocorre no citosol; e elas estão relacionadas por intermediários comuns que são a glicose-6-fosfato, frutose-6-fosfato e o gliceraldeído-3-fosfato. Esse compartilhamento de intermediários e a interconversibilidade permite que esta seja uma via de integração entre várias linhas metabólicas.
Regulação da via das pentoses
A atividade da via das pentoses vai variar de acordo com tecido, sendo mais intensa em tecidos que ativam ácidos graxos ativamente, como é o caso do fígado e do tecido adiposo. As duas desidrogenases que participam da via convertem NADP a NADPH e vão ser inibidas competitivamente por NADPH.
A utilização da glicose-6-fosfato pela via das pentoses ou pela glicólise vai depender das relações ATP/ADP e NADPH/NADP existentes nas células.
- Quando a relação ATP/ADP é baixa, a glicose vai ser degradada pela via glicolítica, produzindo ATP; não vai ocorrer a síntese de ácidos gordos e a relação NADPH/NADP é alta, inibindo a via das pentoses.
- Mas se a relação ATP/ADP é alta, a via glicolítica fica inibida e a síntese de ácidos gordos é favorecida, consumindo NADPH e eliminando a inibição das desidrogenases.
Portanto quando a carga energética das células é alta, o consumo de glicose-6-fosfato pela via das pentoses é favorecida.
A via das pentoses é ativa quando as taxas glicémicas são altas; os níveis altos de insulina resultantes acarretam, no tecido adiposo, aumento da permeabilidade à glicose e, no fígado, intensa síntese de glicocinase. Essas duas condições propiciam a síntese de ácidos gordos, que também é estimulada pela insulina.