Berlengas
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O arquipélago das Berlengas localiza-se no Oceano Atlântico a cerca de 5,7 milhas náuticas de distância do cabo Carvoeiro (cerca de 10 km de Peniche), na costa de Portugal.
Formação granítica muito antiga, é composto por três grupos de ilhéus, todos de natureza geológica diferenciada da costa da península Ibérica:
- Berlenga Grande e Cerro da Velha
- Estelas
- Farilhões-Forcadas
O clima do arquipélago é fruto de dois tipos de influências: a atlântica e a mediterrânea. O seu isolamento proporciona-lhe características únicas de fauna e flora, tornando-o um valioso ecossistema.
No tocante à fauna destacam-se a Lagartixa de Bocage e o Sardão, esta última espécie ameaçada pela populações de Gaivota, Coelho-bravo e Rato-preto. Existem várias espécies de aves, marinhas e não-marinhas, que nidificam neste ponto isolado do litoral, tais como:
- Airo (ave símbolo da Reserva Natural da Berlenga)
- Cagarra
- Corvo marinho de crista
- Gaivotas (Gaivota-de-patas-amarelas, Gaivota-d´asa-escura)
- Pardela-de-bico-amarelo
- Roque de Castro
No mar, entretanto, é que se encontra a maior riqueza do arquipélago, de piscosidade ímpar na costa portuguesa.
O número de espécies botânicas ascende a cerca de uma centena. Entre as que se adaptaram evolutivamente ao isolamento do arquipélago, marcado pela aridez do solo granítico, pelos constantes ventos e pela elevada salinidade, três espécies se destacam:
- Armeria berlengensis,
- Herniara berlengiana,
- Pulicaria microcephala.
Considerada como a primeira área protegida do mundo, uma vez que o rei D. Afonso V (1438-81) desde 1465 proibiu a prática de qualquer modalidade de caça na Berlenga Grande, na actualidade, com o fim de se preservar o ecossistema e a biodiversidade deste arquipélago singular, foi criada a Reserva Natural das Berlengas (3 de setembro de 1981).