Cadete
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Segundo tradição, o cadete era o soldado nobre por ascendência, titular do privilégio de acesso ao oficialato militar, sem estágio nos postos inferiores -- praça de pré distinta, ora moço fidalgo, ora descendente de guerreiros enobrecidos nas batalhas ou de quem fosse portador da Grandeza concedida pelo Rei ou Imperador. Nos estados modernos, sem regalias de sangue ou de fortuna, o cadete continua a ser, contudo, por sua vocação e opção livre, um soldado privilegiado.
No Brasil, dá-se o posto de cadete ao aluno da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), da Academia da Força Aérea (AFA) e de algumas academias de polícias militares e de corpos de bombeiros militares estaduais.
[editar] O cadete da Academia Militar das Agulhas Negras
O aluno da AMAN recebe o título de cadete e tem como objetivo servir à Pátria nas lides castrenses, na paz ou na guerra, cumprindo os deveres de cidadão prescritos na Constituição federal, nas leis e nos regulamentos. Vive em regime de internato durante quatro anos, sendo alojado, alimentado e fardado por conta do Exército, além de receber proventos previstos em lei. Nesse período, realiza intensas atividades militares, ficando sujeito ao exercício de serviços internos, e participa também de atividades sociais, culturais, recreativas e esportivas, patrocinadas pela AMAN e pela Sociedade Acadêmica Militar (SAM).
Nos quatro anos de curso, o jovem que ingressa na Academia Militar das Agulhas Negras passa, diariamente, por intensa atividade física e intelectual, acompanhado sempre por instrutores e professores. Isto ocorre durante todo o período desde sua passagem pelo portão dos novos cadetes, quando adentra simbolicamente pela primeira vez a AMAN, até sua saída pelo portão dos novos aspirantes, ao término do curso.
O cadete é portador do Espadim de Caxias, réplica miniaturizada do sabre do marechal Luís Alves de Lima e Silva – o Duque de Caxias, patrono do Exército. O espadim, símbolo da honra militar, é entregue ao cadete, no primeiro ano do curso, durante solenidade realizada na AMAN, ocasião em que firma compromisso com a honra militar.
Ao final do quarto ano, o espadim é devolvido em solenidade na qual o cadete é declarado aspirante-a-oficial e recebe a espada de oficial do Exército, firmando compromissos com a instituição e com a Pátria.
[editar] O cadete da Academia da Força Aérea
Cadete da aeronáutica é o que vem para a força aérea, depois de preencher as condições legais de idade, escolaridade, aptidão física, exame médico e psicotécnico.
Beneficiário de rigorosa seleção inicial, é o cadete da aeronáutica, ao longo de sua preparação para o oficialato, objeto de contínuo e crescente apuro em sua formação. Como praça especial, tem graduação hierárquica, acima das demais praças e precedência sobre elas; como militar da ativa, tem o uniforme de uso privativo da força aérea. Esse uniforme, símbolo de autoridade militar, impõe-se, por força da lei, ao apreço de todos os cidadãos e constitui crime de desacato desrespeitá-lo.
A livre e genuína manifestação do sentimento patriótico é, então, fundamental. É prerrogativa do cadete preparar-se para servir ao futuro da pátria, ao amanhã da nação, de forma a assegurar-lhe a incolumidade, a perenidade e a honra.
É dispor-se, conscientemente, ao sacerdócio do oficialato militar; e definir-se, desde logo, por um vivo traço de superioridade moral; a capacidade de submissão voluntária à disciplina, a hierarquia, ao dever.
E ser cadete da aeronáutica é ser soldado de escol, que adestra o espírito e o corpo para o nobre ofício de servir ao Brasil nos céus, ou na terra em atividades administrativas, operacionais e de combate. É este contexto que ele escolheu para honrar a pátria e defendê-la.
