Caju
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- Nota: Para outros significados de Caju, ver Caju (desambiguação).
O caju (do tupi-guarani acayu ou aca-iu, com o significado ano, uma vez que os indígenas contavam a idade a cada safra) é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro (Anacardium occidentale) quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos popularmente como "caju" se constitui de duas partes: a fruta propriamente dita, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, pseudofruto geralmente confundido com o fruto Este constitui-se em um pedúnculo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho, geralmente carnoso, suculento e rico em vitamina C e ferro, comestível, de onde se preparam sucos, mel, doces, passas e cajuína, uma bebida sem álcool.
O fruto propriamente dito é duro e oleaginoso, mais conhecido como castanha-de-caju, consumido assado e geralmente salgado.
A castanha-de-caju também pode ser usada verde nos pratos quentes - é o chamado maturi. Os indígenas preparam um vinho, o mocororó, que em Moçambique tem a fama de trazer de volta as lembranças perdidas.
No tronco do cajueiro há uma resina conhecida por goma arábica, que tem função repelente de insetos e é usada na preservação dos livros. Na seiva da casca há um corante indelével, que no saber popular é conhecido como um anticoncepcional.
O cajueiro tem nas folhas uma resina tóxica à qual só os macacos são imunes, por isso é comum vir chuva na época dos frutos, pois é a água quem elimina essa substância.
Fruto nativo dos tabuleiros e dunas do Brasil, sempre vizinho ao mar, é de André Thevet, em 1558, a mais antiga descrição do fruto, comparado a um ovo de pata. Posteriormente, Maurício de Nassau protegeu os cajueiros por decreto, e fez o seu doce, em compotas, chegar às melhores mesas da Europa.