Cavalinha (planta)
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Cavalinha | ||||||||||||
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Equisetum hyemale |
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Classificação científica | ||||||||||||
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Espécies | ||||||||||||
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A cavalinha (Equisetum ssp.) constitui o único gênero da família das equisetáceas, descrito por Lineu em 1753. Seu nome é de origem latina, composto por "equi" (cavalo) e "setum" (cauda), ou seja, rabo de cavalo. Esta espécie também é conhecida como milho de cobra, erva-carnuda, rabo-de-rato, cauda-de-raposa, rabo-de-cobra, cana-de-jacaré, erva-canudo, lixa-vegetal, cola-de-cavalo, entre outras. O nome cavalinha surge devido a semelhança do seu caule com uma cauda de cavalo; o nome Equisetum é do latim equus, "cavalo", e seta, "pelo".
As cavalinhas são plantas vasculares, perfazendo cerca de 16 espécies de plantas do gênero Equisetum. Este gênero é o único na família Equisetaceae, a qual por sua vez é a única família da ordem Equisetales e da classe Equisetopsida (também conhecida como Arthrophyta em livros antigos), embora algumas análises moleculares recentes coloquem este gênero dentro das Pteridophytas, relacionando-as aos Marattiales. Estes dados moleculares, contudo, são ainda ambíguos. Outras classes e ordens de Equisetophyta são conhecidas a partir de informação fóssil, pois eles foram importantes membros da flora durante o período Carbonífero
O gênero é comum nas cidades, está presente em todos continentes exceto Austrália e Antártica. Elas são plantas perenes, ou herbáceas, secando no inverno (para a maioria das espécies temperadas) ou sempre verde (para algumas espécies tropicais, e a espécie temperada Equisetum hyemale). A maioria delas cresce 0,2 – 1,5 m de altura, embora a E. telmateia possa excepcionalmente alcançar 2,5 m, e a espécie tropical E. giganteum 5 m, e E. myriochaetum 8 m.
Nestas plantas, as folhas são muito reduzidas, se mostrando inicialmente como pequenas inflorescências translúcidas. Os caules são verdes e fotossensíveis, apresentando como características distintas o fato de serem ocos, com juntas e estrias.
Considera-se que esta planta tem mais de 300 milhões de anos.
Índice |
[editar] Características
A cavalinha é uma planta perene. Não possui flores e, consequentemente, nem sementes; algumas espécies possuem folhas verticiladas, mas reduzidas a tamanho insignificante.
O caule é de cor verde, oco, fotossintético, com textura áspera ao tacto por causa da presença de silício e pode ser encontrado de duas maneiras:
- o caule fértil, geralmente curto, surge no início da primavera. Apresenta na extremidade a espiga produtora de esporos, que serve para a sua reprodução, que, porém, também pode ocorrer através de rizomas.
- o caule estéril, geralmente longo, surge depois que o caule fértil murcha.
Os esporos estão contidos em estróbilos apicais.
Sua composição química é formada por grande quantidade de silício e quantidades menores de cálcio, ferro, magnésio, tanino, sódio, entre outros.
É adaptada a solos húmidos e por ser agressiva e persistente; deve–se cuidar para que não se torne uma erva daninha.
[editar] Aplicações terapêuticas
Suas propriedades adstringentes, diuréticas e estípticas, auxiliam no tratamento da gonorréia, diarréias, infecções de rins e bexiga, estimulam a consolidação de fraturas ósseas, agem sobre as fibras elásticas das artérias, atuam em casos de inflamação e inchaço da próstata, aceleram o metabolismo cutâneo, estimulam a cicatrização e aumentam a elasticidade de peles secas, sendo indicada ainda para o combate de hemorragias ou câimbras, úlceras gástricas e anemias.
É usada também como hidratante profundo, ajuda a evitar varises e estrias, limpa a pele, fortalece as unhas, dá brilho aos cabelos, auxilia no tratamento da celulite e também da acne.
Com fins ornamentais é utilizada na composição florística de lagos decorativos, em áreas brejosas, etc... nao serve para dor de cabeca
[editar] Restrições de uso
A cavalinha pode ser considerada tóxica ao gado Vacum, devido à grande quantidade de silício presente em seus tecidos, o que pode causar diarréias com presença de sangue, abortos e fraqueza nos animais. Já os animais monogástricos não são afetados.
[editar] Formas de utilização
[editar] Chá por decocção
Ingredientes: 2 colheres de sopa de erva picada; 500 ml de água
Coloca-se a planta em um recipiente com água fria, fervendo-se por 5 minutos contados a partir do momento do início da fervura. Coa-se e toma-se ainda quente.
[editar] Óleo para prevenir estrias
Coloca-se um ramo ou caule da cavalinha (já seca) em um vidro pequeno de óleo de amêndoas. Deixa-se macerar por 30 dias e passa-se na pele, sempre após o banho.
[editar] Infusão para limpeza de pele
Coloca-se um pouco da planta (fresca ou seca) em uma vasilha e despeja-se água fervendo. Abafa-se e deixa-se descansar por 10 minutos. Depois de fria, usa-se a infusão para limpar a pele utilizando-se um chumaço de algodão.
[editar] Para dar brilho aos cabelos e fortalecer as unhas
Faça-se um chá com caules e folhas da cavalinha, deixe-se esfriar e use-se no enxágüe final dos cabelos.
Para fortalecer as unhas, faça-se um chá mais concentrado, deixe-se amornar e mantenham-se as unhas imersas por cerca de 15 minutos.
OK
[editar] Espécies
De entre as espécies de Equisetum, algumas são de origem européia, como o E. arvensis, outras de origem americana, porém, todas têm características e usos semelhantes.
No Brasil se encontra o Equisetum giganteum, nativa de áreas pantanosas de todo o país. É usada como medicinal do Sul e Sudeste, mas praticamente desconhecida no Nordeste. pf maikel
Outras espécies das Américas são o E. hyemale e o E. martii.
Subgénero Equisetum
- Equisetum arvense L.
- Equisetum bogotense HBK.
- Equisetum diffusum D.Don
- Equisetum fluviatile L.
- Equisetum palustre L.
- Equisetum pratense Ehrh.
- Equisetum sylvaticum L.
- Equisetum telmateia Ehrh
Subgénero Hippochaete
- Equisetum giganteum
- Equisetum myriochaetum Schlecht. and Cham.
- Equisetum hyemale L.
- Equisetum laevigatum
- Equisetum ramosissimum Desf.
- Equisetum scirpoides Michx.
- Equisetum umbrosum J.G.F. Meyer ex Wild.
- Equisetum variegatum Schleicher
[editar] Referências
- Harri Lorenzi e F. J. Abreu Matos: Plantas medicinais no Brasil, Editora Plantarum